quinta-feira, dezembro 29, 2005

Quine = Marreta

Hello! Where is my gavagai?
Hellu! Vhere-a ees maee gefegeee?

Os dois indivíduos acima são, na verdade, os maiores filósofos do século XX. Foram os únicos a compreender e a formalizar teses como a Inescrutabilidade da referência e a Indeterminabilidade da tradução.
Mas o talento intelectual não é a única coisa que estes génios possuem em comum. Consta que o Quine cozinhava tão bem ou melhor ainda que o cozinheiro sueco e há ainda outro ponto a ter em atenção... vejam bem as fotos e digam lá se o Quine não parece um bocado Marreta?!...

Eterno Entorno

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Ser filósofo analítico já passou de moda.

Tadeusz Szubka: At the end of your recent paper you ponder the question if analytic philosophy should continue, and suggest that in current times we should rather be philosophers without adjective. However, the rift between analytic and continental philosophy refuses to disappear. Do you think it will ever disappear?

Hilary Putnam: I did not mean that philosophical disagreement should cease -that would be the end of philosophy, indeed of independent thinking and reflection, but I am disturbed by the idea of a group which labels itself "analytic philosohy". In practice that group tends to be exclusionary (to look down on all but a certain number of English-speaking philosophers). Moreover, what is the basis of unity of this group? Not a common method, and certainly not common views, but only a self-congratulatory claim that "We are CLEAR and the others are FUZZY". (Not only is analytic philosophy often far from clear, but the assumption that everything worth saying can be said clearly has never, to my knowledge, beed ARGUED for. I don't think it is self evident; in fact, I don't think it is true.

"Postado" pelo próprio Cão

Correspondência Louçã-Jerónimo

Jerónimo:

Vou ser curto e grosso! Em primeiro lugar, vou ficar à tua frente nas eleições presidenciais. Vou sim. Em segundo lugar, sou mais marxista-leninista do que tu, e até mesmo mais trotskista e stalinista. Sou pois. Em terceiro lugar, o Bloco de Esquerda tem gajas mais boas que o PC, mesmo quando este se transforma em CDU e apanha as garinas d'Os Verdes. Ó se temos! O Bloco conta nas suas fileiras com jovenzinhas atraentes e frescas, dotadas de uma suave e apetitosa carne que desperta o carnívoro que há em nós, apesar de sermos vegetarianos. E o que tem o PC, hã?! A vossa sex-symbol é a Odete Santos, e isso diz tudo... É a esquerda bolorenta e a cheirar a mofo em comparação com a esquerda do Bloco, moderna e fashion.
Adeus, Jerónimo. Prometo fumar umas ganzas em tua honra quando os resultados das presidenciais me atribuírem o quarto lugar. Passa bem.

Francisco

Camarada Louçã:

Respondo à sua missiva numa toada não tão curta nem tão grossa, à maneira do que era apregoado pelo camarada Brejnev.
Em primeiro lugar, o camarada Louçã não irá ficar à minha frente nas presidenciais. Não senhor! Tenho por mim a força inabalável dos operários e trabalhadores deste país, força essa muito superior à dos estudantes pedrados e armados em camarada Che Guevara que você, camarada Louçã, mais os seus camaradas Rosas e Fazenda, atraem a esse partidozeco. O quarto lugar será portando todo meu e do PCP.
Em segundo lugar, nunca o camarada Louçã se pode arrogar de ser mais marxista-leninista do que eu ou qualquer outro camarada militante comunista. O marxismo-leninismo é a nossa fé, o nosso dogma, o qual fazemos questão de respeitar estritamente. Também reconheço no stalinismo uma das forças propulsoras do partido, mas não fica muito bem dizê-lo publicamente porque, como o camarada Louçã sabe, o camarada Stalin era ligeiramente ditador, embora amigo do proletariado e do povo. Já quanto ao camarada Trotsky, ele foi um traidor dos valorosos princípios da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, de modos que pode o camarada Louçã ficar com ele.
Em terceiro lugar, é falso que o Bloco se superiorize ao PCP no quesito feminino. Acredite o camarada Louçã quando digo que a camarada Odete ainda dá um baile a qualquer camarada Joana Amaral Dias ou Ana Drago. Os anos de experiência passados pela camarada Odete a rodar pelo Comité Central, quando não por alguns camaradas membros da Komintern, transformaram-na numa autêntica máquina sexual, fique o camarada Louçã a saber. A camarada Odete interiorizou na perfeição a máxima do "sexo igual para todos, sem excepção de género, credo ou raça", transformando-se numa diva capaz de rivalizar com qualquer camarada prostituta do bairro comunista de Amsterdão, ao passo que as camaradas do Bloco devem perceber menos de sexo do que a camarada tia-avó do camarada Krutschev.
Fique bem, camarada Louçã! Fume lá umas brocas no dias das eleições. Eu aproveitarei para festejar ao sabr de um belo vodka tomado na Soeiro Pereira Gomes. Graças à força do PCP, ou CDU, ou sei lá o quê, vou ficar em quarto lugar: isso é tão certo quanto o regime norte-coreano ser uma democracia, como advogava o camarada Bernardino.

Camarada Jerónimo

Eterno Entorno

analiticidades


Cão?

terça-feira, dezembro 27, 2005

São as máquinas irremediavelmente não-inteligentes?

Será que alguma vez vamos conseguir criar uma coisa que seja artificialmente inteligente? O que seria uma tal coisa? Teria ela um sentimento de si? E vontade própria? Porque é que a nossa reacção imediata é pensar (ou pelo menos desejar), "não"? Talvez a resposta para a última pergunta seja: porque queremos ser especiais e ter um estatuto único entre as coisas que são. Tudo bem, não vejo nada de mal em pensar que somos mais do que uns agregados de matéria. Mas a que custo podemos dizer que somos coisas especiais? Como justificar a posse de um tal estatuto? Considerada a partir deste ângulo (pensando na questão como uma interrogação acerca do que nos define enquanto humanos) a reflexão filosófica em torno da questão da inteligência artificial não pode deixar de constituir uma actividade cheia de interesse filosófico. Na realidade, julgo que é possível colocar grande número de questões filosóficas a partir da perspectiva da inteligência artificial.
Para quem ficou escandalisado com a última afirmação, devo esclarecer que a frase não está a insinuar que vão ser uns gajos de bata branca quem vai responder a todas as questões filosóficas, deixando os gajos que fumam cachimbo sem nada para fazer. O que me parece é que a interrogação acerca da possibilidade da inteligência artificial, fornece uma perspectiva a partir da qual podemos pensar um grande número de problemas filosóficos (A ideia não é muito diferente se pensarmos em termos de plantas; vejam a questão "o que é que nos distingue de uma máquina?" como análoga a "o que é que nos distingue de uma couve?").
Consideremos alguns exemplos:
No filme "2001, Odisseia no Espaço", Hal, o computador que controla a nave, é ou não culpado da morte dos tripulantes?
Kaspararov foi derrotado pelo Deep Blue: podemos dizer que o computador foi mais inteligente do que o homem?
Uma máquina de calcular "pensa" diferentemente de mim, quando dá o resultado de uma operação aritmética simples (2+3=5, por exemplo)?
Admitindo que interpretar uma peça musical é mais do que um exercício mecânico, porque razão é que é mais do que um exercíco mecânico? Porque é que uma máquina nunca poderá ser um intérprete de renome?
Mais uma vez, não me parece mal pensar que estas perguntas não fazem sentido. O que me parece mal é não explicar porque é que elas não fazem sentido. E se fazem sentido, não é um desafio filosoficamente relevante procurar respostas para ela? Não poderá um tal actividade ser útil para a compreensão daquilo que nós somos?
Só para acabar, devo confessar que eu não sei nada destas coisas (nota-se, não é?), portanto se vos der para pensar nelas, não me venham com perguntas. Quem sabe é o Dennett e se quiserem Dennett, sugiro que vejam uma entrevista com ele que está aqui e que leiam outra que está aqui. Se quiserem saber tudo sobre a vida do gajo e ficarem muito irritados por ouvirem falar de um tipo que parece só ter virtudes, leiam aqui.
Cão

sábado, dezembro 24, 2005

Ele sabia bem do que estava a falar

"- A maior parte dos teus haveres, ò Céfalo, obtiveste-as por herança ou por aquisição?
- Quanto é que eu tive por aquisição, ó Sócrates? Como homem de negócios, fiquei a meio caminho entre o meu avô e o meu pai. Com efeito, o meu avô, que tinha o mesmo nome que eu, herdou uma fortuna aproximadamente igual à que eu agora tenho, e aumentou-a umas poucas vezes; ao passo que Lisânias, o meu pai, ainda a tornou mais pequena do que é presentemente. Eu dou-me pro satisfeito, se não a deixar menor a este moços, mas sim ligeiramente superior à que herdei.
- Se te fiz esta pergunta - disse eu -, foi porque me pareceste não prezar muito as riquezas; e isso fazem-no geralmente aqueles que não as adquirem por si.(...)"
Platão, República (Livro I, 330 b)

Materialismo

Ser inteligente como o Platão, é para mim um desejo secundário. O que eu gostava mesmo, era de ser rico como o Platão.

Cão

Ainda melhor que o Marcelo

Aristotle taught in the Lyceum for twelve years (from 335 B.C. until 323 B.C.). It is said that in the mornings he would lecture to his students on logic and metaphysics (the esoteria), and that in the afternoons he would present public lectures on rhetoric, politics, and ethics (the exoteria). Aristotle was succeeded as head of the Lyceum first by Theophrastus and later by Strato.

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Hello Kitty

"Like my cat, I often simply do what I want to do."

Derek Parfit, Reasons and Persons

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Profecias para 2006

Ainda não é este ano que vamos ter o Quinto Império.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Aplicação prática do Teorema de Pitágoras

Uma aplicação totalmente inovadora do Teorema de Pitágoras pode ser vista aqui.

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Schock Prize

Um dia, com jeitinho, o nosso departamento ainda ganha um destes.

sábado, dezembro 17, 2005

sexta-feira, dezembro 16, 2005

O nosso pequeno Saul


Parece que foi ontem, que ele andava por aí a tocar acordeão e a cantar a música do bacalhau quer alho. O nosso pequeno Saul, sempre com aquela alegria, um sorriso desdentado e resposta sabida na ponta da língua. Ainda o estou a ver a brincar com os seus amigos, macaco Adriano e João Baião. O tempo passa e nós a ficarmos mais velhos.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Comunicado da PJ


Este homem desapareceu de sua casa. É conhecido por ocasionalmente ter comportamentos obscenos, como exibir em público o seu designador rígido, e por proferir afirmações perturbadoras como "Estados mentais, não são idênticos a estados físicos" e "Existem verdades necessárias a posteriori". Além do mais, é idolatrado por certas facções dessa comunidade de depravados conhecidos como "filósofos".

terça-feira, dezembro 13, 2005

Peter of Pan Lectures

Parece já ser oficial que o próximo Petrus Hispanus Lecturer vai ser um tal de David Kaplan. Claro que o nosso departamento não se fica atrás e, como tal, temos o prazer de anunciar que o Peter of Pan Lecturer 2006 vai ser nem mais nem menos que esse gajo admirado à brava pela malta, mas mesmo bué, bué, bué (i.e., buéréré) admirado, o João Pinto. Autor de uma frase que as mentes mais simplórias nunca conseguiram perceber e sobre a qual as mentes mais sofisticadas tem vindo a reflectir, "Prognósticos só no fim do jogo," este grande pensador vai apresentar uma reflexão em torno do determinismo e da aparência do livre arbitrío. O objectivo será o de esclarecer essa frase (apenas aparentemente) contraditória, de tal forma que todos possamos reconhecer que não faz sentido falar de antes e depois, dado que tudo está necessáriamente determinado a acontecer.

Cão

segunda-feira, dezembro 12, 2005

à la Sartre

We have been lucky to discover several previously lost diaries of French philosopher Jean-Paul Sartre stuck in between the cushions of our office sofa. These diaries reveal a young Sartre obsessed not with the void, but with food. Apparently Sartre, before discovering philosophy, had hoped to write "a cookbook that will put to rest all notions of flavor forever." The diaries are excerpted here for your perusal.

Regresso ao Futuro

De agora em diante, estamos de volta ao template passado.

Cão

Agride um candidato também!

Já é do vosso conhecimento que este escriba possui óptimos contactos no submundo político. E foi através deles que soube disto: a agressão a Mário Soares ontem, em Barcelos, não se trata de um caso isolado. Estão planeados, com uma frieza de fazer inveja à própria Al-Qaeda, novos actos de violência contra candidatos presidenciais. Aquele perpetrado por um ex-combatente do Ultramar(1) e que vitimou o pai do eterno derrotado João Soares foi apenas o primeiro, vejam o que se segue:

  • Cavaco Silva será pontapeado por António Guterres (sim, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados), devido a nunca ter feito um Orçamento de Estado em condições.
  • Manuel Alegre ver-se-á esmurrado por Nuno Júdice porque, segundo este, "não sabe construir rimas correctamente".
  • Jerónimo de Sousa será atacado pelo corpo embalsamado do Lenin, porque sim.
  • Francisco Louçã será agredido à seringada por vários heroinómanos que lutam pela globalização do chuto.
  • Garcia Pereira, não querendo ficar de fora, violar-se-á a si próprio e tentará culpar o patronato, o capital, o Belmiro de Azevedo, o Cristiano Ronaldo, as prostitutas do Técnico, o CDS/PP, o PPM e o POUS, os espanhóis e os distribuidores de calçado do Haiti.
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(1) Um dos meus contactos subterrâneos confessou-me que o agressor, afinal, não é um ex-combatente do Ultramar. É outra coisa qualquer, mas agora já não me lembro o quê. Azar...

Eterno Entorno

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Bibles for Porn

A group of atheists at UTSA was asking students to exchange bibles for porn magazines Wednesday, and that has made some religious leaders angry.

Casa Claudia

Cheguei, vi e não resisti a mudar os cortinados. Infelizmente, sem querer fiz desaparecer os links para os outros blogs. O restante corpo docente que me desculpe. Vou tentar recolocar aqueles de que me lembro. Se não se importarem, depois coloquem os outros vocês.

Cão

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Bem, em que ficamos?

Peter of Spain has been established as the medieval author of a work that became widely known as Summule logicales magistri Petri Hispani (Collection of Logic Matters of Master Peter of Spain). The great number of manuscripts and printed editions is evidence of the enormous success this work met with throughout European universities well into the seventeenth century. But finding out the true identity of the author of this influential Tractatus has proved to be a difficult task. For a long time it was assumed that he was a Portuguese who became Pope in 1276, under the name of John XXI. There is also another, earlier tradition, according to which the author of the Tractatus was regarded as Spanish, and a member of the Dominican order. Yet another attribution, dating from the fifteenth century, was to a Petrus Ferrandi Hispanus (d. between 1254 and 1259), which would be consistent with the idea that the work originated from the first half of the thirteenth century. According to still another attribution, the Summule was compiled by a Black Friar no earlier than in the late thirteenth or early fourteenth century.

Lingvistiska samlarbilder


Declara-se aberta a época de caça ao gavagai.

Peter Of Pan

Agora sim, isto vai ser uma publicação de elevado rigor científico.

Cão

terça-feira, dezembro 06, 2005

Diálogo peniano ou conto de fadas metassexual

Era uma vez dois pénis, um pequeno e outro grande. Diz o primeiro para o segundo:
— Ó pénis... nem sabes quanto eu gostaria de ser como tu. Daria tudo para me tornar num órgão imponente e altivo, forte e vigoroso. Mas, hélas, não passo de um falo mirrado e delicado, fraco e vergonhoso.
O grande, compreensivo, respondeu:
— Ó péninhito... mal sabes a sorte que tens. Não é pêra doce ser um mastruço como eu! Na vida dos grandes pénis nada é fácil, garanto-te. Imaginas por exemplo o que é não ter tempo para mais nada senão sexo, sexo, sexo e sexo?! Calculas a pressão que é estarem constantemente a exigir de ti um bom desempenho?! Eu não tenho descanso nem sossego, estou exangue e ainda assim tenho de estar preparado para a próxima sessão de coito. Fazes alguma ideia da angústia que me acompanha? Da tristeza que percorre o meu corpo cavernoso?
Oh, como desejaria ser como tu, ter oportunidade de gozar uma existência digna... em vez de estar reduzido à esmagadora condição de objecto sexual. Tu, pequena picha — sim tu! —, é que és verdadeiramente feliz.

Moral da história:
Se tiverem um pénis pequeno, não se lamentem por isso. Há coisas piores na vida.
Se, pelo contrário, forem possuidores de um garboso mastro, cuidem para que ele não ande por aí a filosofar como o pénis deste conto. De outro modo, estão bem lixados, pois de um pénis filosofante nunca sai o que deveria sair, escorre apenas um amontoado de verborreia inútil.
Se não possuem pénis algum (isto é, são raparigas ou o José Castelo Branco), porque é que leram o texto até ao fim? Vão trabalhar, malandras!

Eterno Entorno

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Razão e paixão: reler Hume!

David Hume terá afirmado algures:(1) "A razão é escrava das paixões." Sou obrigado a concordar e lanço desde aqui a minha admiração por alguém que teve os tomates para escrever tão pungente frase. É certo que o caro David não poderá ouvir-me — em parte, porque está morto — mas isso não importa! O tipo poderia ser gordalhufo, inglês, desajeitado, inglês, mau a escolher perucas e inglês (é mesmo um grande defeito, que querem?!), mas não era pudico nem estava com merdices. Um filósofo — e relembro que os filósofos são muitas vezes vistos como o suprasumo da racionalidade(2) — capaz de reconhecer o domínio das paixões sobre a razão só pode ser merecedor de todo o respeito.

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(1) Querem saber a obra exacta onde Hume escreveu isto? Vão à procura! Estão a pensar que sou o quê?
(2) Ahahahahahaahahahaahahahaahahahahaahahh!!!!! Esta foi óptima, não? Tamanha ilusão só pode mesmo ser alvo de piada...

Eterno Entorno

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Coisas que nunca vi mas gostaria de ver

Todos nós temos sonhos ou desejos não confessados que gostaríamos de ver realizados. Normalmente, esses caprichos consistem em megalomanias inconcretizáveis, tipo "o fim da fome em África", "a paz entre as nações", "o Sporting vencedor da Champions League" e por aí vai. Mas os meus são de natureza mais frugal e estão agora — em primeira mão — disponíveis para os leitores do Peter of Pan. Aqui estão as coisas que nunca vi mas gostaria de ver:

  • Um porco a andar de bicicleta. Por exemplo, o Alberto João Jardim.
  • Uma vaca a voar. Por exemplo, a Elsa Raposo.
  • Um político respeitável.
  • Um treinador do Sporting que fosse inteligente.
  • A Monica Bellucci afagando a Sophie Marceau no meu quarto.
  • George W. Bush a dizer, em correcto sotaque brasileiro, "Eu ti amo, Saddam!".
  • A Monica Bellucci afagando a Laetitia Casta na minha sala-de-jantar.
  • Alguém proibindo Manuel Alegre de proferir frases com as seguintes palavras: "Liberdade", "Democracia", "República". E, já agora, de fazer "poesia" ou o que quer que se chame àquelas coisas por ele escritas.
  • A Monica Bellucci afagando a Angelina Jolie na minha cozinha.
  • Um concurso Eu Sou Menos Marxista-Leninista Do Que Tu, com a participação de Durão Barroso, Zita Seabra e Pacheco Pereira.
  • Um livro de jeito escrito por um filósofo português (Espinosa não conta, afinal ele não era bem português... sortudo d'um raio).
  • A Monica Bellucci afagando a Merche Romero na minha despensa.
  • Portugal ser eliminado no Mundial 2006 pela selecção angolana.
  • A Monica Bellucci afagando a Scarlett Johansson na minha banheira.
Eterno Entorno

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Porque não sou monárquico!

"Isabel, quando tivermos um novo filho, poderíamos chamar-lhe Afonso Miguel Rafael Gabriel Pedro Sancho Rés-Vés-Campo-de-Ourique Alá Jeová Saravá Fernando Luís Carlos A-Isabel-Figueiras-Tem-Umas-Mamas-Que-Despertam-O-Rei-Que-Há-Em-Mim António Sebastião Filipe Hoje-Está-Bom-Tempo?-Mais-ou-Menos! Manuel Mário Henriques A-República-É-Pirosa Josué Maria de Herédia e Bragança"

Em dia de comemoração da Restauração da Independência, sinto que devo afirmar: antes republicano do que monárquico! Nada contra a monarquia, mas se "isto" (leia-se, D. Duarte) é o melhor que a casa de Bragança tem para oferecer, então vou ali chamar o Robespierre e já volto.

Eterno Entorno