segunda-feira, agosto 18, 2008

A pop tuga e o José Castelo Branco: alguns subsídios de investigação que culminam numa conspiração intergalática (não, não estão a delirar!!)

Há exactamente um mês, mandei para o ar neste blog a ideia de que a canção "Fon Fon Fon", interpretada pelos Deolinda, era a melhor música pop tuga de todos os tempos. Afirmação arrojada, bem sei, e foi por me ter recordado dela que resolvi armar-me em Nick Hornby no Alta Fidelidade e elaborar um top 5 das melhores canções pop criadas por artistas portugueses. A lista saiu-me assim:

nº5: Anzol (Rádio Macau)
nº4: GTI (Clã)
nº3: Candy Girl (Supernova)
nº2: Fon Fon Fon (Deolinda)
nº1: Voltas (Entre Aspas)

Portanto, retracto-me. Os Deolinda são batidos pelos Entre Aspas. "Voltas" é que é, a meu ver, a melhor música pop feita em terras lusas, superando por muito pouco a deliciosa "Fon Fon Fon".

Todavia, a elaboração desta lista revela outras curiosidades. Exceptuando a nº3, todas são cantadas na língua de Camões, pré-acordo ortográfico. E todas, sem excepção, são obras de bandas que têm como frontman uma frontwoman. Que conclusões se retiram? Retira-se, por exemplo, que as únicas bandas pop com tomates e talento para compor músicas de jeito são as que possuem mulheres como vocalistas. Isto é algo que não merece sequer discussão, e quem já teve o desprazer de escutar coisas como Pólo Norte, Delfins, GNR ou Pedro Abrunhosa vê-se na obrigação de concordar comigo. Quem não concordar, que vá ouvir a discografia do Zé Cabra durante 48 horas seguidas, ok?

Sem querer estar para aqui com grandes estudos, digo apenas que é provável que a razão da qualidade das músicas pop tugas esteja precisamente na doçura das vozes femininas, que tão bem casa com aquele estilo musical, fresco e leve. Ora, esse casamento está ausente quando a voz de cavalo do Rui Reininho ou o tom de quem está a ser sodomizado por uma tribo africana (e a gostar!) do Pedro Abrunhosa massacram os nossos tímpanos. Comparadas com isto, Ana Bacalhau ou Viviane soam como um bálsamo, e isso ajuda a fazer a diferença.

Porém, agora surge a pergunta: então e o José Castelo Branco, pá? Não merecia ele figurar na lista acima?

Pois, e o José Castelo Branco?

Bom, o que se passa é que o José Castelo Branco não é, claramente, um gajo, portanto não o coloco no grupo dos Miguéis Ângelos, Abrunhosas, Reininhos e afins, os quais, embora de sexualidade duvidosa, não são tão bichas loucas quanto o enfant terrible do jet set. Contudo, o José Castelo Branco não pode nunca situar-se ao lado das divas da pop portuguesa, e isto por duas razões muito simples.

Primeira: José Castelo Branco não faz pop (a não ser quando tira o vibrador da regueifa). Aliás, aquilo que ele "canta" não é sequer rotulável e muito menos pode ser considerado música. O recital de flatulência que executo cada vez que me falam no ministro Manuel Pinho é mais música e arte do que qualquer coisa que saia da boca do Castelo Branco, incluindo o pénis do Diogo Infante.

Segunda: José Castelo Branco não é gaja, embora desejasse muito sê-lo. A verdade é que o género e espécie de Castelo Branco são, até hoje, desconhecidos. Esse larilóide é a prova provada de que os extra-terrestres vivem de facto entre nós, tal como o agente do FBI, Fox Mulder, vinha apregoando há muito. E o que é pior é que eles estão a corromper-nos através dos seus disquinhos da treta. Tudo começou com o Alex e o seu "Mr. Gay", agora é o José Castelo Branco, e muitos outros seguir-se-lhe-ão, acreditem!!!!

(eu, aliás, ando cá desconfiado do Joe Berardo. Ninguém me tira da cabeça que ele é um alien e que as obras de arte (?!?!) do Museu Berardo não passam, na realidade, de artefactos deitados ao lixo por várias civilizações espaciais. Cá para mim, ele está a preparar o lançamento de um álbum produzido pelo Jardim Gonçalves, que é outro E.T., pertencente a uma raça de usurários (uma espécie de judeus do espaço, portanto) cujo objectivo de dominação universal passa pelo controlo de Bancos terrestres)

1 comentário:

Rita disse...

Nem seio o que dizer porque venho um bocado enferrujada de férias mas este post está mesmo muito bom. Gosto particularmente das duas razões porque JCB "...não pode nunca situar-se ao lado das divas da pop portuguesa...". Gosto e concordo...
Jokas