Estive recentemente em Viena (para os mais geograficamente distraídos, é a capital da Áustria, país europeu que foi berço de personalidades como Mozart, Hitler ou Schwarzenegger) e posso dizer que, se houvesse uma Liga dos Campeões para cidades bonitas, Viena só por uma roubalheira do caralho, semelhante à que o Sporting sofreu contra a Fiorentina na passada terça-feira, é que não levava sempre a Taça!
Admito que fiquei abismado com o raio da cidade, pese o facto (e lá voltamos ao futebol...) de ser esta que abriga um clube de mui má memória para os adeptos leoninos, o Rapid de Viena. Mas estas merdas depressa se esquecem quando somos confrontados com tamanha beleza, e juro que não vou neste post falar de mamas!
E Viena é bela. Viena é deslumbrante! Viena é magnífica! Viena é avassaladora! Viena é a Monica Bellucci das capitais europeias! Viena é, em pedra, cimento e alcatrão, o equivalente a uma orgia em que participassem a Bar Rafaeli, a Heidi Klum, a Cláudia Vieira, a Beyonce, a Scarlett Johansson, a Rachel Weisz e eu! (ora bolas, afinal a conversa sempre resvalou para mamas...)
Mas o que tem Viena que as outras cidades não têm? Para começar, é melhor inverter a pergunta e apontar aquilo que Viena não tem e que as outras cidades têm. Viena não tem trânsito caótico. Viena não tem sujidade nos passeios. Viena não tem buracos nas estradas. E Viena, acima de tudo, não tem portugueses em quantidade suficiente para que se declare um Alerta Vermelho.
Numa mera palavra, Viena destaca-se de qualquer outra localidade pela sua civilização. Viena é uma cidade civilizada, onde tudo o que existe faz sentido. Nada está ali a mais ou por acaso. As ruas, os edifícios, as estradas, as pontes... tudo obedece a um plano bem organizado, ao invés de ser edificado caoticamente e de acordo com os desejos de construtores civis. Ademais, o património (e acreditem, se há cidade que tem património, essa cidade é Viena!) está muito bem cuidado ou em vias disso, a oferta cultural é absolutamente invejável (tive a oportunidade de visitar dois museus fabulosos, o Kunsthistoriches Musem - tem Caravaggios, Vermeers, Brueghels, Tintorettos, Ticianos, Duhrers, etc. etc. etc - e o Albertina - tem Rothko, Miró, Liechenstein, Picasso, etc. etc. etc.) e as pessoas, ao contrário da mitologia/ideologia dominantes que afirmam que só os países do Sul da Europa são hospitaleiros, revelam-se muito simpáticas e prestáveis.
Tudo isto dá que pensar. Viena foi a grande cidade do império Austro-Húngaro, que proporcionalmente não atingiu a dimensão do império português. Porém, o que os vienenses fizeram com aquilo que tinham foi incomensuravelmente superior àquilo que os reis de um país que possuía o ouro do Brasil, a força dos africanos e as especiarias da Índia fizeram. E nem o mais aceso patriota pode negar isto: por cada convento de Mafra, mosteiro dos Jerónimos ou ponte Dom Luís, Viena (e só Viena...) apresenta pelo menos duas dúzias de construções que arrasam aquelas em imponência e deslumbre. Às vezes, chega até a ser irritante: cada vez que dobrava uma esquina, dizia para mim mesmo "este é o edifício mais fabuloso que já vi na minha vida!". E era... até dobrar a esquina seguinte!
Como poderiam dizer os brasucas, Viena é do caralho!!!!!!
(mais tarde colocarei algumas fotos parvas, só para vos fazer inveja...)
quinta-feira, agosto 20, 2009
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5 comentários:
Olá! Estás de volta? Essas férias, foram boas? Este comment é só de fugida, é apenas para te avisar que tens mais um miminho para ti, lá na fritadeira :)
Beijocas.
Nunca lá fui, mas já me disseram que é uma cidade impressionante.
Curiosamente também me disseram que os austríacos são mais nazis que os alemães... :S
Folgo em saber que tiveste umas excelentes férias, que com certeza terão sabido a pouco.
Pára com isso pá! Estou cá com uma inveja...
Por acaso, ainda não fui a Viena. Estivemos indecisos entre ir para Viena, Praga ou Dubrovnick, mas acabámos por optar por Praga. :P
Beijinhos.
Qdo é que voltamos lá??? Foram dois dias magníficos! E os dois que se seguiram também não ficaram atrás! Também gostei muito de Praga! Tu não?
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