(conclusão dos posts anteriores)
A caminhada prosseguiu, e quase sem dar por isso, cheguei ao final da ponte 25 de Abril. O que é dizer: acabavam os motivos de interesse. Ou não: ali em Alcântara, ajuntaram-se uns quantos espectadores para aplaudir os participantes, inclusivamente aqueles que, como eu, não corriam. Resolvi agradecer a simpatia de todos os que puxavam do lado de fora com uns não menos simpáticos manguitos. E quando um senhor de meia-idade me atirou com um "Malcriado" para cima, não fiz mais senão repetir a célebre frase que o deputado José Eduardo Martins lançou, em plena assembleia da República, ao também deputado Afonso Candal: "Vai pró caralho!". Com um pouco de sorte, acontecer-me-á o mesmo que aconteceu ao próprio Eduardo Martins: serei convidado para fazer comentários políticos na Sic Notícias. O que é fixe, sempre pode dar-se o caso de ficar a conhecer a Marta Atalaya ou a Ana Lourenço, duas das jornalistas portuguesas com mais sex-appeal.
(ainda outro aparte: agora que já há uma Playboy portuguesa - voltarei a este assunto em breve - por que não pedir a estas duas mocitas que posem para a revista? De preferência, ao mesmo tempo e em figuras de sugestivo lesbianismo, nham, nham...)
Foi também na zona de Alcântara que tive uma agradável surpresa: o reabastecimento. Paletes e paletes com garrafas de água esperavam junto da estrada, disponíveis para os participantes da corrida. Saquei uma meia dúzia, que acondicionei devidamente dentro da mochila que carregava às costas, e continuei o passo, apenas para ser de novo surpreendido: logo a seguir às paletes com água, estavam mais paletes com garrafas de Powerade, ou seja, uma bebida isotónica, ou lá como se chama essa gaita. Peguei numa dúzia de exemplares, e vá de enfiar aquilo na mochila junto da garrafada que já por lá se encontrava. Fiquei todo contente, com esta história toda não precisaria de ir ao supermercado comprar bebidas (as alcoólicas não contam!) durante as próximas três semanas. O único problema que isto gerou foi o acréscimo de peso, e isto quando ainda faltavam cerca de 4 quilómetros - a Avenida da Índia desde Alcântara até aos Jerónimos - para terminar a aventura maratonesca.
Portanto, esta segunda parte da prova fi-la a arrastar-me. Só despertei para a vida junto da Cordoaria Nacional, porque estava a decorrer neste espaço uma Feira da Mulher. À entrada, encontrava-se uma vistosa fémea... se lá dentro fosse tudo assim, adeus meia-maratona! O problema é que, mal esbocei um elegante movimento de abandono da prova, a minha companheira trocou-me as voltas e pregou-me uma rasteira que me levou a beijar o piso de alcatrão. Não tive a mínima hipótese de ver mulherada na Feira da Mulher...
Os restantes quilómetros foram, pois, penosos. Bebi metade dos líquidos que havia armazenado na mochila, e se isto trouxe como vantagem um alívio no peso que carregava, como desvantagem gerou uma vontade imensa de me "aliviar". Mas só poderia fazê-lo quando terminasse a prova, uma vez que as casas de banho ambulantes disponibilizadas pela organização tinham filas de 50 metros. Esta gente não sabe fazer o xixi em casa, depois dá nisto...
Foi, então, com alegria que vi o final da prova. Já me sentia até rejuvenescido, e pensei para mim: "Agora corto a meta, vou buscar a medalha, os morfes e o gelado que esta malta costuma oferecer para quem acaba a prova, vou mijar ali ao CCB e pisgo-me para casa". Porém, não foi isto que aconteceu. Nos últimos 100 metros da meia-maratona, encontrava-se uma fila de senhores controladores: um deles chegou-se junto de mim e mandou-me encostar às boxes. Motivo: eu tinha entrado ILEGALMENTE na prova, ou seja, não tinha o dorsal obrigatório para competir, e que teria de ser adquirido por 17€ num balcão de um banco qualquer. É claro que não dei um tusto para a coisa, e entrei à socapa na ponte; só no fim é que levei com a organização em cima e fui obrigado a retirar-me, vergonhosamente, da corrida. Morri na praia, por assim dizer, mas poderia ter sido pior: olhem se o gajo tivesse dito "Você não tem dorsal? Volte já tudo para trás!".
Acabava desta forma abrupta e menos feliz a minha aventura. Valeu a pena, de qualquer modo. Não paguei um pintelho e diverti-me q.b. Ainda levei umas quantas garrafas com água e Powerade para casa. Para o ano, estou lá novamente!
Bom fim-de-semana, e corram muito!
A caminhada prosseguiu, e quase sem dar por isso, cheguei ao final da ponte 25 de Abril. O que é dizer: acabavam os motivos de interesse. Ou não: ali em Alcântara, ajuntaram-se uns quantos espectadores para aplaudir os participantes, inclusivamente aqueles que, como eu, não corriam. Resolvi agradecer a simpatia de todos os que puxavam do lado de fora com uns não menos simpáticos manguitos. E quando um senhor de meia-idade me atirou com um "Malcriado" para cima, não fiz mais senão repetir a célebre frase que o deputado José Eduardo Martins lançou, em plena assembleia da República, ao também deputado Afonso Candal: "Vai pró caralho!". Com um pouco de sorte, acontecer-me-á o mesmo que aconteceu ao próprio Eduardo Martins: serei convidado para fazer comentários políticos na Sic Notícias. O que é fixe, sempre pode dar-se o caso de ficar a conhecer a Marta Atalaya ou a Ana Lourenço, duas das jornalistas portuguesas com mais sex-appeal.
(ainda outro aparte: agora que já há uma Playboy portuguesa - voltarei a este assunto em breve - por que não pedir a estas duas mocitas que posem para a revista? De preferência, ao mesmo tempo e em figuras de sugestivo lesbianismo, nham, nham...)
Foi também na zona de Alcântara que tive uma agradável surpresa: o reabastecimento. Paletes e paletes com garrafas de água esperavam junto da estrada, disponíveis para os participantes da corrida. Saquei uma meia dúzia, que acondicionei devidamente dentro da mochila que carregava às costas, e continuei o passo, apenas para ser de novo surpreendido: logo a seguir às paletes com água, estavam mais paletes com garrafas de Powerade, ou seja, uma bebida isotónica, ou lá como se chama essa gaita. Peguei numa dúzia de exemplares, e vá de enfiar aquilo na mochila junto da garrafada que já por lá se encontrava. Fiquei todo contente, com esta história toda não precisaria de ir ao supermercado comprar bebidas (as alcoólicas não contam!) durante as próximas três semanas. O único problema que isto gerou foi o acréscimo de peso, e isto quando ainda faltavam cerca de 4 quilómetros - a Avenida da Índia desde Alcântara até aos Jerónimos - para terminar a aventura maratonesca.
Portanto, esta segunda parte da prova fi-la a arrastar-me. Só despertei para a vida junto da Cordoaria Nacional, porque estava a decorrer neste espaço uma Feira da Mulher. À entrada, encontrava-se uma vistosa fémea... se lá dentro fosse tudo assim, adeus meia-maratona! O problema é que, mal esbocei um elegante movimento de abandono da prova, a minha companheira trocou-me as voltas e pregou-me uma rasteira que me levou a beijar o piso de alcatrão. Não tive a mínima hipótese de ver mulherada na Feira da Mulher...
Os restantes quilómetros foram, pois, penosos. Bebi metade dos líquidos que havia armazenado na mochila, e se isto trouxe como vantagem um alívio no peso que carregava, como desvantagem gerou uma vontade imensa de me "aliviar". Mas só poderia fazê-lo quando terminasse a prova, uma vez que as casas de banho ambulantes disponibilizadas pela organização tinham filas de 50 metros. Esta gente não sabe fazer o xixi em casa, depois dá nisto...
Foi, então, com alegria que vi o final da prova. Já me sentia até rejuvenescido, e pensei para mim: "Agora corto a meta, vou buscar a medalha, os morfes e o gelado que esta malta costuma oferecer para quem acaba a prova, vou mijar ali ao CCB e pisgo-me para casa". Porém, não foi isto que aconteceu. Nos últimos 100 metros da meia-maratona, encontrava-se uma fila de senhores controladores: um deles chegou-se junto de mim e mandou-me encostar às boxes. Motivo: eu tinha entrado ILEGALMENTE na prova, ou seja, não tinha o dorsal obrigatório para competir, e que teria de ser adquirido por 17€ num balcão de um banco qualquer. É claro que não dei um tusto para a coisa, e entrei à socapa na ponte; só no fim é que levei com a organização em cima e fui obrigado a retirar-me, vergonhosamente, da corrida. Morri na praia, por assim dizer, mas poderia ter sido pior: olhem se o gajo tivesse dito "Você não tem dorsal? Volte já tudo para trás!".
Acabava desta forma abrupta e menos feliz a minha aventura. Valeu a pena, de qualquer modo. Não paguei um pintelho e diverti-me q.b. Ainda levei umas quantas garrafas com água e Powerade para casa. Para o ano, estou lá novamente!
Bom fim-de-semana, e corram muito!
4 comentários:
Só mesmo tu...
Jokas
Já que tinhas entrado ilegalmente, bem que podias a meio da ponte ter dado um encosto no pseudo-engenheiro...
Abraço!
@Rita: só eu?!? Havia por lá mais malucos, garanto-te...
@Rafa: eu quis. Mas não o encontrei.
Epá, faltou a foto da tua bela t-shirt! E morrer na praia sem ter comido o geladito que tavam a dar no fim! É grave, pá!
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