sexta-feira, maio 08, 2009

Relatório de uma ida rápida à Feira do Livro

Ontem aproveitei a hora de almoço e desloquei-me ao parque Eduardo VII para apanhar no c...

(desculpem, é a força do hábito, não foi nada daquilo que eu fiz... Bom, vou recomeçar)

Ontem aproveitei a hora de almoço e desloquei-me ao parque Eduardo VII para visitar a Feira do Livro de Lisboa. Burro... Se tivesse adiado a coisa para hoje, teria feito melhor. É que hoje o tempo está mais agradável, e agradável no sentido em que não me torraria os cornos enquanto eu andasse para cima e para baixo no meio das bancas das editoras. E por falar em bancas, aqueles mamarrachos da Leya continuam a lixar-me o juízo. Embora sejam grandes como a merda, têm proporcionalmente menos livros do que as clássicas banquinhas amarelas; como se não bastasse, a Leya tem um espaço quase guetizado, pois as editoras que representa estão juntinhas num circuito fechado, com alarmes e tudo! Estas merdas, na minha opinião, são um ataque ao espírito da Feira do Livro. Que eu, pessoalmente, não sei qual é, mas não é este, de certeza.

A raiva que estas bancas da Leya despertaram levaram-me, e tal como fiz no ano passado, a cuspir para cima de uma delas (sem ninguém ver, que eu sou muito discreto nos meus actos de sedição. Tivessem os manifestantes que agrediram o Vital Moreira aprendido alguma coisa comigo e ninguém teria conseguido filmar a cena). Após a salivadela, desci para assistir à conferência que os altifalantes espalhados pela Feira publicitavam: "O meu filho não quer ler! O que devo fazer?". Eu tinha várias opiniões que gostava de partilhar com a audiência, a começar por: o seu filho não quer ler? E se lhe der com os livros nos cornos?, mas depois olhei para o relógio e concluí que era melhor voltar para o meu local de trabalho, pois não me pagam para despertar as consciências das pessoas.

Enquanto fazia o caminho de volta, já me encontrava eu perto da escultura do Cutileiro, assisti à chegada de uma excursão de escolinhas. Por um momento, achei que tudo neste cenário se conjugava na perfeição: miudagem de 7-8 anos; escultura do Cutileiro; parque Eduardo VII. Mas foi só por um momento, pois logo de seguida reflecti que enviar putos em excursão pelo parque Eduardo VII é como fazer desfilar um grupo de zebras junto da toca do leão. Mas isto era eu a pensar, pronto, e posso estar enganado, afinal o sol já batia bem na minha cachola, e se calhar até faz sentido exibir um comboio de pitalhada naquela zona.

Só sei que me vim embora, e nem sequer comprei nada. Vou ver se regresso durante o fim-de-semana, e desta vez vou tentar urinar sobre uma banca da Leya. Se me quiserem ajudar, serão bem-vindos.

1 comentário:

Carmela disse...

Já por lá andámos numa tarde mais solarenga do que esta, mas não nos importamos de ir novamente.
Enviem um telegrama se quiserem companhia.
Mas nessa parte de urinar nas barraquinhas.. pode ser que a miúda te faça companhia.
:)
Bom fim de semana