Podia começar este post por afirmar que aquilo de que as putas gostam é de um bom Bloco Central, e quanto mais Bloco e mais Central, melhor. Podia, mas não é por aí que eu quero ir. A associação que dá título a esta magnífica crónica tem outra razão de ser.
Confesso que discordo da maneira como a possibilidade de um Bloco Central pós-legislativas de 2009 começa a ser vista. Algumas pessoas não só têm admitido essa hipótese, como também têm sugerido, levianamente, que é a melhor opção governativa para Portugal, principalmente se nenhum dos dois partidos (ou seja, PS e PSD) conseguir a maioria absoluta.
Eu discordo. Discordo porque - e aqui entram as putas! - admitir sequer uma coligação PS-PSD após as eleições legislativas é tão ético quanto duas prostitutas que andaram à bulha por causa do mesmo cliente, irem juntas, após terem-no aviado à vez, à casa-de-banho lavar o grelo uma da outra! Não fica bem, pronto! Um certo decoro é preciso, e não são as tangas do "ai, mas reactivar o Bloco Central nesta época de crise é ter sentido de Estado" que vão mudar a minha opinião, que, diga-se, é bastante sensata e avisada. Apanhar com o Bloco Central é como levar um bico mal feito: não serve para nada e dá mais dores de cabeça do que prazer!
Também não me parece que o argumento da estabilidade político-governativa colha! Este país teve estabilidade política durante 48 anos, e foi a merda que se viu. Durão e Portas fizeram uma coligação a favor da estabilidade, e foi a merda que se viu. O PS teve 4 anos de estabilidade alcançada às custas de uma maioria absoluta, e é a merda que se vê. Portanto, qual é o problema de um governo minoritário? Nenhum! Pode até dar azo a discussões engraçadas no Parlamento (e o Parlamento só teve uma discussão engraçada, nos últimos 10 anos, na ocasião - recente, aliás - em que José Eduardo Martins, do PSD, resolveu mandar para o caralho o deputado Afonso Candal, do PS - ora, isto é que foi uma coisa mesmo "à Bloco Central"!!!) e, sobretudo, aproximar mais os portugueses das tarefas democráticas!
Não acreditam? Raciocinem comigo: um governo minoritário está refém de entendimentos no Parlamento, certo?! Ora, se aquela malta não se entender, é muito provável que o governo se demita e/ou a Assembleia da República seja dissolvida, correcto?! E se isso acontecer, pimba, convocam-se novas eleições e os portugueses são outra vez chamados a decidir! É aqui que eu quero chegar: sendo que a prática faz a perfeição, se os portugueses tiverem eleições legislativas todos os meses, vão começar a aprender em que é que consiste uma democracia. Ei, pode ser até que, após tanta eleição, acabem por acertar!
P.S.: Pá, pareceu-me ver, pelo canto do olho, exposta numa papelaria o número novo da Playboy. Como estava com pressa para apanhar o comboio, não consegui prestar mais atenção (além de que seria muito chato entrar num transporte público com uma erecção monstra). Alguém pode confirmar-me se de facto já saíu o nº 2 da revista? E de quem são as mamas, já agora? Obrigadinhos...
terça-feira, maio 05, 2009
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2 comentários:
Já saiu.
Claudia Jacques.
Como se já não tivesses comprado...
Jokas
Acredites ou não, ainda não comprei...
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