Já vos contei daquela vez em que fui a uma visita de estudo à Assembleia da República e apanhei uma piela porque antes de entrar emborquei litro e meio de cerveja?! Então foi assim: fui a uma visita de estudo à Assembleia da República e apanhei uma piela porque antes de entrar emborquei litro e meio de cerveja.
Uma das mais radicais e difíceis decisões da minha vida foi não ter mandado um calduço no Durão Barroso quando o vi caminhar, em plena Av. 5 de Outubro, na minha direcção. Ainda hoje não consigo explicar o porquê... nem um calduço, nem uma rasteira, nem ao menos uma cuspidela naquela tromba... não consegui fazer nada, e carregarei o arrependimento até ao final dos meus dias.
Outra decisão radical e difícil foi ter-me tornado vegetariano. Tal opção significaria, daí para diante, deixar de comer coisas que me davam prazer: chouriço, farinheira, um bife mal passado, enfim tudo coisas de que a maior parte das pessoas não está preparada para abdicar. Mas escolhi esta via por razões éticas: a integridade dos animais está acima do prazer que eu pudesse ter ao consumi-los.
Como é natural, a minha entourage (família, amigos, colegas, prostitutas de Monsanto...) não compreendeu logo tal decisão. Temiam que a minha saúde se ressentisse; temiam que eu, já de mim magro, sofresse com a ausência da carne e ficasse um anémico de pele e osso. Porém, nada disso ocorreu...
Desde que resolvi ser vegetariano, não só não emagreci como fui mesmo capaz de engordar mais de 10 quilos... and counting! Ou seja, os temores dos que me circulavam eram completamente infundados. A razão é simples: hoje em dia, eu como desmesuradamente mais do que comia antigamente. Se na minha fase omnívora eu ficava bem com um bife acompanhado de batatas fritas, agora só fico saciado se comer, a cada refeição, uma sopa, uma travessa com salada (tomate, alface, cebola, orégãos), um pratinho de queijo fresco (vedado aos vegans, mas não aos vegetarianos - um dia explico a diferença), um prato cheio com rancho/lasanha/pizza/qualquercoisa vegetariana, uma peça de fruta, uma taça de gelado, uma taça com amendoins/cajús/amêndoas/passas ou tudo junto.
Portanto, tudo o que for vegetal ou fruto, tal como couves, alfaces, soja e seus subprodutos como seitan e tofu, cenouras, tomates, alhos franceses, maçãs, beringelas, courgettes, cebolas, laranjas, batatas, melancias, espinafres, nabos, morangos, pepinos, abóboras, batatas-doces, pêras, etc. eu como. Por vezes, tudo ao mesmo tempo. Eu sou o equivalente vegetariano ao monstro das bolachas. Eu sou um monstro vegetariano! E a minha saúde não sai prejudicada, bem pelo contrário, embora os mais de 10 quilos que já ganhei às contas desta "dieta" tenham prejudicado um pouco o meu rendimento futebolístico. No fundo, o que eu quero dizer é que compensa ser vegetariano: compensa eticamente, porque não se agride os animais; compensa monetariamente, porque, mesmo a enfardar vegetais à maluca gasto menos do que gastava com carne; compensa na saúde, porque tenho uma alimentação rica sem ter de me chatear com gorduras e nitrofuranos e coisas afins.
E mais: consigo ser vegetariano e ainda assim manter uma certa coolidade de vida. Sim, coolidade, que é como quem diz uma qualidade cool. Já viram que seitan, foneticamente, se assemelha a Satã? E que eu como disto praticamente todos os dias? Vocês imaginam o cool que é estar em concertos de bandas satânicas (mais de metade das bandas que eu ouço são-no...) e no meio de duas canções virar-me para o vocalista e berrar "I did eat some seitan two hours ago. It was good"? Quem disse que os vegetarianos são todos uns nhónhós, hmmm? Ser vegetariano é fixe, sobretudo quando se é um veggie monsta que come satãzinhos ao almoço...
Até amanhã e boas refeições. Comam muito seitan, que faz bem ao corpo e à alma.
quarta-feira, março 03, 2010
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5 comentários:
Fonix, tu vai mas é comer palha para abrantes!!!
lool gostei do texto :)
Epah, então hás-de contar quem faz a comida, se tu, onde aprendeste...
boa peter. ainda te curto mais.
QUICHE DE SOJA
Ingredientes:
Massa:1/a chávena de chá de farinha integral
1/a chávena de farinha sem fermento
2 co/sopa de azeite
Água morna e sal qb
Juntar as farinhas, o sal e azeite misturar, de seguida adicionar aos poucos a água e amassar com as mãos até obter uma massa homogénea e se despegue das mãos. Esticar e forrar a base de uma tarteira previamente untada com azeite.
DICA: pode-se juntar á massa sementes de sésamo
Recheio: Legumes variados(cenoura, couve, feijão, cogumelos, alho francês, azeitonas, cebola, ect
1/a chávena de chá de soja granulada fina
1 pacote de natas vegetais
50 g de queijo
2 ovos
Sal qb
Numa frigideira colocar azeite e refogar um pouco a cebola picada, e colocar os legumes partidos em juliana fina ir mexendo até estarem translúcidos temperar a gosto.
Colocar os ovos, as natas e queijo num recipiente e passar com a varinha mágica e juntar metade da mistura aos legumes e misturar. Colocar este recheio na tarteira e preencher com o resto da mistura das natas, vai ao forno a 200 graus até ficar dourada(aproximadamente 30min)
DICA:em vez do sal usar, molho de soja, usar uma parte de queijo parmesão, polvilhar com sementes
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