A menina Samantha é sobretudo reconhecida graças a uma cançãozinha muito catchy, a Touch Me, cujo tom dançável e simples colocou a sua intérprete nas bocas do mundo... isso e o par de mamas, claro está. Qualquer adolescente masculino digno desse nome conhecia de cor aquele refrão (cito-o tal e qual me recordo):
Touch me, touch me
I want to feel your body
Your heart beat next to mine
Touch me, touch me now
e esses mesmos adolescentes, se saudáveis, depois de escutarem a canção na rádio ou, preferencialmente, após visionarem o teledisco, esgalhavam o pessegueiro pensando nas mamas da Samantha onde quer que houvesse oportunidade para tal: na casa de banho da escola, em casa quando os pais se ausentavam, debaixo da mesa de snooker na tasca do Quim Tó, ou nos caniços que ficavam nos terrenos abandonados pela Câmara. (ah, quão bom era ser adolescente durante os anos 80...)
O problema é que este tipo de coisas deixa sequelas. Há associações que, por mais tempo que passe, permanecem no cérebro, esperando a altura certa de se manifestarem. Foi o que me sucedeu ontem. Ontem fui, de manhã, a um supermercado comprar umas coisas para casa (cerveja preta, vinho, cachaça... enfim, tudo o que um homem precisa para passar um domingo em beleza) e nisto, zás, a música ambiente, que até então eu vinha ignorando, muda para a Touch Me da Samantha Fox quando eu já me encontrava na fila para a caixa. Resultado imediato: o meu inconsciente teve reminiscências da minha adolescência e comunicou com o meu corpo, e assim FIQUEI COM UMA BRUTA ERECÇÃO! EM PLENO DOMINGO, DIA DE MISSA, NO MEIO DO SUPERMERCADO! Ainda procurei disfarçar colocando a grade de cervejas, fresquinhas, na frente da minha zona pélvica. Ainda tentei, enquanto escutava a música da Samantha a sair do sistema de som, pensar noutras coisas, tipo na I Will Survive da Gloria Gaynor. Debalde... continuei com AQUILO de pé, e a situação não melhorou quando tive de colocar a grade de cervejas na passadeira para a garina da caixa poder proceder à sua contagem. Fiquei ali, com aquele mastro em riste, à mercê de toda a gente. Temi até que a coisa apitasse à minha passagem pelo alarme... e aquele som de fundo ("Touch Me, Touch Me, I Want To Feel Your Body") cantado pela
Felizmente - e essa foi a minha sorte - a canção é relativamente curta, e lá chegou ao seu término. Quase automaticamente, o meu animalzinho fez fuóóóóón, ou seja, passou a um estado de semi-erecção. Pude evitar então maiores vergonhas, e pirei-me tão depressa quanto possível do supermercado para fora, carregando a grade e as garrafas como podia, ao mesmo tempo que cantarolava o refrão da Olhos d'Água do Toy, isto com o inteligente propósito de evitar que aquela "Touch Me, Touch Me, I Want To Feel Your Body" se reapoderasse do meu ser, e por meu ser refiro-me, obviamente, à minha picha. Isto de certa forma resultou, embora tenha ainda assim ficado um pouco mal visto ("Ó Amélia, já me viste ali aquele bêbedo maluco a cantar uma música do Toy? Ainda por cima, desafina que se farta, raio do homem! E é impressão minha ou ele está com o coiso semi-erecto por debaixo dos calções?"). Quando cheguei a casa e a gaja me perguntou se tinha corrido tudo bem, limitei-me a um "Sim, sim", deixei as bebidas no frigorífico e fui que nem um tiro para a casa de banho, onde, rendido, deixei que a música da Samantha me invadisse e o meu falo se erigisse... e fiz o que fazia na minha adolescência.
O Pavlov é que sabia, pá! Há reflexos que já estão como que programados, e no meu caso, sei bem o que sucede quando ouço a Touch Me... TÓIN!!!!
Despeço-me com a homenagem devida à
1 comentário:
Lembro-me de ser miúdo e de ter visto imagens das mamas da Samantha Fox e me ter interrogado como era possível alguém ter mamas assim: para além de grandes eram pontiagudas, como mísseis, e não arredondadas como as que eu já tinha visto.
Desde esse dia tornei-me um estudioso da ciência da mama. Aprendi que não há dois pares iguais.
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