Olá, bom dia, como é que está a ser o vosso início de semana? O meu está a ser bom, muito obrigado.
Não obstante, esta madrugada foi uma coisa assim para o surreal. Então não é que acordo, sobressaltado, por volta das 3 e meia da matina, tudo por causa de um barulho ensurdecedor? Imaginem um espectáculo dos Stomp, mas em bom, ou seja, com mais ritmo: era mais ou menos isso que me chegava aos ouvidos. Fiquei quieto no leito, a tentar perceber de onde viria aquele ruído, e descobri: vinha da minha barriga! Eram barulhos de fome, meus caros e minhas caras! Fome! O meu organismo avisava-me da única maneira que pode avisar-me, que é fazendo um cagaçal do caraças! Duvido que as barrigas de mil etíopes subnutridos pudessem fazer tanto barulho como a minha barriguinha apenas.
(peço desculpa pelo humor negro. Da próxima vez, utilizarei como exemplo mil crianças suecas, pode ser?)
Mas fome porquê?, pensei eu. Afinal, ao jantar tinha ingerido o equivalente vegetariano a um boi, uma vaca, e a sua descendência composta por três vitelinhos. Tinha enchido o bucho, portanto. Como é que, num universo marcado pela obediência estrita às leis físicas (tudo o que sobe há-de cair, é impossível prever o comportamento de partículas minúsculas, o Sporting é o clube mais lindo da Via Láctea) um gajo que manda para dentro quilos e quilos de massa alimentar pode, pouquíssimas horas depois, ter o estômago a roncar de fome?! Sempre soube que o meu metabolismo era acelerado, ele é tipo o Usain Bolt dos metabolismos, se o pusessem à frente do processo Casa Pia, podem ter a certeza que já teria sido tudo julgado e condenado 2 segundos depois do caso ter entrado em tribunal, mas isto é ridículo!
O pior é que o barulho foi tão extremo e intenso que hoje de manhã não se fala de outra coisa no bairro. Quando fui despejar o lixo, deparei-me com o seguinte:
Vizinho 1: Ó vizinha, ouviu aqueles barulhos horríveis esta madrugada? Aquilo foi um terramoto, não foi?
Vizinha 1: Ó vizinho, terramoto não foi, não senti o chão tremer. Eu acho que foram vários trovões, seguidinhos.
Vizinho 2: Minha gente, cá para mim aquilo foi uma explosão. Ouviu-se bem: CATRAPUM, BUM, BAM! O que acha, Peter of Pan?
Eu: Ahhhn, não sei. Só sei que, se a cara da Joana Amaral Dias fosse música, era uma sinfonia do Beethoven.
Vizinho 1, Vizinha 1 e Vizinho 2, em uníssono: Hã?!
Eu: Já aquele barulho de ontem à noite, se fosse o rosto de uma figura pública, era assim como que a mistura de uma Manuela Moura Guedes com a Odete Santos.
Vizinho 2: Boa, bem visto.
Vizinho 1: Tem toda a razão!
Vizinha 1: Ó Peter of Pan, você tem mesmo jeito para as comparações idiotas.
E foi isto. Aquela coisa foi escutada num raio de vários quilómetros. Não se surpreendam se o caso passar hoje na CNN.
(agora, contudo, já estou bem. Acabei de enfardar 5 pães de leite, 4 caixas de queijo A Vaca Que Ri, 2 pacotes de 1,5L de Ice-Tea e 3 melões, só para desenjoar. Espero que isto acalme as minhas entranhas aí por 20 minutos)
segunda-feira, agosto 02, 2010
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3 comentários:
Tu deste a explicação para o sucedido no teu texto, pá, quando escreveste "equivalente vegetariano". Carnuxa, pá, o estômago quer é febrinha!
Já te disse que porco é vegetal???
Ah! Eras tu!
Acordaste-me a cachopa, pá!
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