O frio, quando é mesmo frio, torna-se chato, mesmo chato. Temos de andar agasalhados, não nos apetece sair da cama, e para quem está a ficar careca, como é o meu caso, só tem duas opções: ou sai para a rua de (pouco) cabelo ao vento, mostrando que é macho mas rapando um frio do caraças; ou sai com um gorro enfiado na cachola, protegendo-se do griso, é certo, mas revelando ao mundo que é um mariquinhas do caraças (só gente sem eles no sítio é que usa gorro, pá!).
Mas o frio traz uma consequência ainda mais danosa. É esta: o que fazer quando se tem vontade de ir visitar o grande camião de porcelana, a.k.a. sanita?! É que, quando o tempo arrefece, a superfície do vaso de loiça que temos lá pela casa de banho torna-se mais gelada do que uma frígida a ter sexo no pólo norte! Este problema, na minha perspectiva, não tem uma solução à vista. Aqueles palhaços do CERN, em vez de andarem à procura do Bosão de Higgins, mais o raio que os parta, deviam era andar a pensar nisto.
Porque a verdade é que a superfície fria da sanita é incómoda, é agressora, é insuportável. Quem é que tem vontade de largar o tijolo sabendo que, ao sentar-se no trono, vai levar com uma temperatura de -40º no cagueiro? Quando está frio, até a merda se assusta! Nos últimos dias, tenho vivido autênticos duelos na casa de banho: eu a rapar um frio desgraçado com o nalguedo e as coxas encostadas no gelo da sanita, esforçando-me por defecar e sair dali o mais rapidamente possível para depois poder encostar o cu à lareira, e aquela coisa castanha recusa-se a sair dos intestinos quentinhos para o exterior gélido sem dar luta! "Ai, agora não, está frio", parece dizer o cagalhão. "Vou voltar lá para dentro, chama-me quando estiverem pelo menos uns 27º", parece continuar. Até que eu faço um pouco mais de força e, pimba, quer queira quer não, lá vai ele por ali abaixo. Depois é só puxar o autoclismo e dizer-lhe adeus, esperando que ele encontre um esgoto quentinho onde possa passar o resto da sua vida de merda.
Como atrás referi, não creio que, dado o estado actual da ciência, haja uma solução para este flagelo. Colocar pano ou alcatifa no rebordo da sanita não me parece bem, estetica e profilaticamente. Fica feio e corre o risco de apodrecer por causa dos inevitáveis pinguinhos de urina que por lá caiam. Outra hipótese seria fazer como o Saddam e outros tiranos que manifestavam a sua excentricidade através de sanitas em ouro. Mesmo que o ouro seja mais imune ao frio - o que eu, por nunca ter sentado o cu num desses tronos, não posso corroborar -, corre-se o risco de dar um outro sentido à expressão "chuva dourada", e acho que ninguém quer isso. Aquela expressão é para ser usada no contexto em que foi criada, contexto esse deveras rico, se me é permitido acrescentar. Não é, portanto, para ser aplicada a um gajo que está a mictar para uma sanita feita em ouro.
Se alguém, contudo, tiver sugestões com provas dadas para evitar que eu rape um briacho do caraças quando vou à casa de banho, é favor deixar essa informação na caixa de comentários.
Obrigado e defequem muito.
Mas o frio traz uma consequência ainda mais danosa. É esta: o que fazer quando se tem vontade de ir visitar o grande camião de porcelana, a.k.a. sanita?! É que, quando o tempo arrefece, a superfície do vaso de loiça que temos lá pela casa de banho torna-se mais gelada do que uma frígida a ter sexo no pólo norte! Este problema, na minha perspectiva, não tem uma solução à vista. Aqueles palhaços do CERN, em vez de andarem à procura do Bosão de Higgins, mais o raio que os parta, deviam era andar a pensar nisto.
Porque a verdade é que a superfície fria da sanita é incómoda, é agressora, é insuportável. Quem é que tem vontade de largar o tijolo sabendo que, ao sentar-se no trono, vai levar com uma temperatura de -40º no cagueiro? Quando está frio, até a merda se assusta! Nos últimos dias, tenho vivido autênticos duelos na casa de banho: eu a rapar um frio desgraçado com o nalguedo e as coxas encostadas no gelo da sanita, esforçando-me por defecar e sair dali o mais rapidamente possível para depois poder encostar o cu à lareira, e aquela coisa castanha recusa-se a sair dos intestinos quentinhos para o exterior gélido sem dar luta! "Ai, agora não, está frio", parece dizer o cagalhão. "Vou voltar lá para dentro, chama-me quando estiverem pelo menos uns 27º", parece continuar. Até que eu faço um pouco mais de força e, pimba, quer queira quer não, lá vai ele por ali abaixo. Depois é só puxar o autoclismo e dizer-lhe adeus, esperando que ele encontre um esgoto quentinho onde possa passar o resto da sua vida de merda.
Como atrás referi, não creio que, dado o estado actual da ciência, haja uma solução para este flagelo. Colocar pano ou alcatifa no rebordo da sanita não me parece bem, estetica e profilaticamente. Fica feio e corre o risco de apodrecer por causa dos inevitáveis pinguinhos de urina que por lá caiam. Outra hipótese seria fazer como o Saddam e outros tiranos que manifestavam a sua excentricidade através de sanitas em ouro. Mesmo que o ouro seja mais imune ao frio - o que eu, por nunca ter sentado o cu num desses tronos, não posso corroborar -, corre-se o risco de dar um outro sentido à expressão "chuva dourada", e acho que ninguém quer isso. Aquela expressão é para ser usada no contexto em que foi criada, contexto esse deveras rico, se me é permitido acrescentar. Não é, portanto, para ser aplicada a um gajo que está a mictar para uma sanita feita em ouro.
Se alguém, contudo, tiver sugestões com provas dadas para evitar que eu rape um briacho do caraças quando vou à casa de banho, é favor deixar essa informação na caixa de comentários.
Obrigado e defequem muito.
1 comentário:
Deixar que a jove vá primeiro, sempre leva com o choque térmico. Simples, pá!
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