sexta-feira, abril 03, 2009

Crónica de uma noite passada no sofá.

É! Tal como a minha gaja havia ameaçado (ver os comentários ao post anterior...), esta noite acabei por ter de dormir no sofá. À primeira ameaça de "Nem penses que te deitas aqui! Vais mas é para o sofá, é para aprenderes a não fazer elogios à Mónica Sofia!", ainda respondi com uma argumentação retirada do mais puro Kant: "Vou para o sofá, o caralho! Sabes o que isso vai fazer às minhas costas, sabes?!", mas não tive hipótese, porque ela limitou-se a empurrar-me para fora do quarto e a espetar-me com a porta nas fuças, tendo-a posteriormente fechado à chave.

Vim, pois, para o sofá. Deitar-me foi uma aventura, pois fazer caber um corpinho de um metro e oitenta mais uns pózinhos num sofá de meio metro é quase tão complicado quanto enfiar um lutador de sumo dentro de um copo de sumo. Por mais que me dobrasse todo, ficava sempre uma parte do corpo fora do sofá. Arranjei por fim uma maneira, lá para as duas da matina: meti as pernas por cima de um dos braços do sofá e deitei-me assim, com o propósito de adormecer. O que também não foi fácil. Virava-me para um lado, batia com o nariz nas costas do sofá; virava-me para outro lado, espetava os cornos no chão... tive de me pôr de barriga para cima e foi assim que peguei no sono.

Às 3, acordei. Tinha sede. Fui ao bar e aviei meia garrafa de Martini Rosso. Deitei-me de novo. Adormeci rapidamente, mas pouco tempo depois senti algo a roçar-se-me no braço esquerdo, que pendia, inerte, para fora do sofá. Pensei "Olhas, queres tu ver que é a gaja a pedir desculpas e a suplicar-me para tornar ao leito?" Abri os olhos: não era a gaja e sim uma das minhas gatinhas. "Que queres tu, amostra de pantera?", perguntei. A resposta foi dada com um salto felino para cima da minha pança: queria brincadeira. Acedi, não sem antes ter ido ao bar beber um terço de uma garrafa de Porto, só para ficar com disposição. "Nhau nhau" para aqui, "munhéu munhéu" para ali, "miu miu" para acoli... ficámos na brincadeira durante uns bons 40 minutos, até que a bichana se fartou e adormeceu mesmo aos pés do sofá. Voltei a deitar-me, e adormeci.

Às 4 e meia, porém, acordei. Um sonho vívido com a Mónica Sofia despertara-me. E eu sem a Playboy ali ao perto, uma vez que ainda não a adquiri. Tive de ir ao bar mandar abaixo 14 penáltis de vodka, só para tirar aquela imagem da cabeça. Tentei regressar ao sofá, mas estava tão bêbado que dei com a testa na parede, caí de costas para o chão e aí adormeci até ao chegar da manhã. Acordei, levantei-me, tomei um duche e vim trabalhar, fresco que nem uma alface.

Como viram, até nem foi uma noite muito mal passada... tenho é um galo do tamanho da arrogância do José Sócrates bem no meio da testa! Afora isso, e uma dor assim para o irritante aqui na zona do fígado, 'tá-se bem.

Bom fim-de-semana, e durmam no sofá, se quiserem!

5 comentários:

Rafeiro Perfumado disse...

E a gata, depois de 40 minutos de brincadeira, consegue andar a direito?

Abraço!

PS: tenho o PDF com essa playboy, infelizmente faltam-lhe as reportagens, ou já ta tinha enviado

Ilda disse...

Pois, eu reparei que a pobre bichana no dia seguinte de manhã tinha um andar novo! Tadinha! Gatófilo!!!

Inês Brito disse...

Cuidado com a sociedade protectora dos animais!

Bj,
(i)

Maestro disse...

Á grande mulher Benfiquista!!

É assim mesmo!! Devia era dormir la todos os dias...

Ilda disse...

Ahahahaha! Já sabes a nova (se calhar já não é assim tanto, mas não interessa)? A Disney realizou mais um "filmito": Paulo Bento e os sete golões!!