segunda-feira, abril 27, 2009

O caminho para a santidade

Foi ontem canonizado Nun’Álvares Pereira, ao que parece. Pessoalmente, posso dizer que não fiquei muito convencido. Pelo menos, de início… Não é por ser ateu e não acreditar em milagres como os que a cozinheira de Ourém relatou; as razões por que torci inicialmente o nariz prendiam-se com considerações inerentes à própria figura do agora santo: afinal, que fez o mentor da táctica do quadrado para merecer a distinção atribuída pelo Vaticano?

Comecei então a investigar: aparentemente, Nun’Álvares passou os últimos anos de vida refugiado num mosteiro, dedicando a sua vida a Deus e ajudando os mais pobres. É de mim, ou isto não constitui motivo para a santidade? Um gajo que se refugia num mosteiro e evita o contacto com outros da mesma espécie é, para mim, um eremita, um misantropo; alguém que dedica a sua vida a Deus é um fanático religioso, um bardamerdas; qualquer pessoa que ajude – ou tente ajudar – os mais pobres não passa de um canalha comunista, ou com simpatias vermelhas!

Mas há mais coisas: Nun’Álvares foi supostamente um homem que lutou pela pátria, impedindo que esta caísse na mão de gentes estranhas. Ora, um homem que luta pela pátria e combate os estrangeiros até à morte, mais do que um patriota, é um fascista. Mais: um neo-nazi! E dão a santidade a gente desta?

Mas depois vi as coisas mais de perto… os estrangeiros que Nun’Álvares combateu eram castelhanos. Ora, os castelhanos hoje em dia são espanhóis. E Nun’Álvares bateu-se contra, derrotou e matou uma série deles. Espanhóis, meus amigos!…

E pronto, fiquei convencido! Nun’Álvares merece ser chamado “Santo”. Com toda a propriedade! É um filantropo como há poucos! Se outras características da sua vida e da sua personalidade não são nada de especial, o simples facto de ter andado a limpar o sebo aos peropomperos já basta para que o canonizem. É de homens desta fibra que o país – mais, o mundo! – precisam. O caminho para a santidade passa por esventrar espanhóis.

Por minha parte, penso seguir as pisadas do Santo Condestável. Vou começar modestamente, pois ir para Aljubarrota está, de momento, fora de questão. É preferível fazer pequenas acções, e ir crescendo aos poucos. A limite, o projecto é erradicar a raça salsera e flamenquera da face da Terra… mas por enquanto contento-me por ir ali ao Estádio da Luz dar cabo da espanholada que lá está. Quique, estás feito. Reyes e Balboa, vocês também. O espírito de Nun’Álvares está comigo!

Quem quer acompanhar-me nesta via sacra?!

6 comentários:

Catwoman disse...

Sou incapaz de fazer mal ao Quique!!! Aiiiiii...

Beijinhos :)

Rita disse...

É pá o Quique não, tudo menos o Quique. O Quique é um peropompero tão fofinho...
Jokas

izzie disse...

Aaaah então é aí que está o espírito!
Contigo!
Pois...
Vê lá se deixas de ser egoista e partilhas c'a gente, tá bem?

Beijinho,

Anónimo disse...

o senhor até podia fumar umas ganzas no quarto escondido. sabe-se lá... e isso é pecado.


maufeitio3

Peter of Pan disse...

@Catwoman: está bem, eu faço por ti. Estúpido Quique...

@Rita: não há espanhóis fofinhos, ponto final. Muito menos os que são treinadores do Benfica.

@Izzie: são vocês que têm de se tornar merecedores de receber o espírito do Nun'Álvares.

@Maufeitio: 1º: não considero que fumar ganzas seja pecado. 2º: qualquer eventual pecado do senhor é compensado pela virtude magnânima de limpar sebo a espanholecos.

Ilda disse...

Se é para ir ao estádio do Benfica ver o Quique, conta comigo!