De quinta-feira a domingo decorreu o Oktoberfest em Lisboa, e eu fui. Esperava encontrar mais nazis por metro quadrado do que numa claque de futebol, mas fui defraudado: afinal, a festa alemã tinha p'raí os mesmos nazis que um comício do CDS/PP, ou seja, a rondar os 60% da população total.
Eu sei que a primeira pergunta que vocês estão a fazer é "Ouve lá, mas o teu post de hoje é sobre isto? Pensávamos que irias falar do Sporting! Então, voltaram a não ganhar, he he he?!?!". A isto eu digo: calem-se, antes que eu chame a Gestapo! Passem à segunda pergunta!
E a segunda pergunta que vocês querem fazer-me, estou certo, é: "Ouve lá, mas então tu não és anarquista?! Que raios foste tu fazer a uma festa que celebra a tradição teutónica, uma tradição que tem tanta anarquia quanto o exército chileno à época do Pinochet?! E que achaste da substituição do Liédson ao intervalo?!"
Eu respondo, eu respondo: sou anarquista, mas fui à Oktoberfest no Campo dos Mártires da Pátria porque, em boa verdade, onde houver comes e bebes à fartazana, eu sinto-me em casa! Ah, já estou a ver que esta minha resposta está a gerar em vós uma terceira pergunta, que é "Ouve lá, então mas tu, além de anarquista, não és vegetariano?! E vais a uma festa onde o prato principal são salsichas?! E pensas que o Paulo Sérgio tem condições para continuar no comando técnico dos leões?"
Bom, já estou farto das vossas perguntas, sobretudo dos ataques ao meu sportinguismo, mas tudo bem: eu fui lá para comer e beber, mas não toquei nas salsichas. Em vez disso, satisfiz-me com pão, pretzels, salada de batata, apfelstrudel e, principalmente, com sauerkraut até me escorrerem couves dos olhos! E estava bom, embora o pessoal tenha exagerado nos preços (devem pensar que somos todos judeus cheios da guita, ou que temos o salário médio de um alemão). Seja como for, posso dizer-vos que, depois de ter a barriga cheia, me apeteceu por diversas vezes pegar num Panzerkampfwagen VI de 70 toneladas e invadir a Polónia... suspeito que os teutões metem qualquer coisa na Erdinger!
Havia também distribuição de prémios (não, não ofereciam câmaras de gás), mas não ganhei nada. Um casal amigo meu, contudo, ganhou uma hora de SPA num hotel XPTO qualquer no Algarve, embora eu tenha a absoluta certeza que eles preferiam um álbum ilustrado com as melhores imagens dos campos de concentração. Enfim, o que eu posso dizer é que o evento foi engraçadito, vimos algumas alemãs vestidas em trajes da Baviera mostrando as suas belas erscheinungs, vimos alemães e portugueses bêbados, vimos alemãs idosas a cair de cu no chão, e eu acho que estou a ficar com um duplo queixo. E pronto, foi isto!
segunda-feira, setembro 27, 2010
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5 comentários:
Muito bom! Da próxima vamos a Munique, eu gostei!!! Cada vez que penso na musiqueta que ouvimos ainda sinto as pernas a querer marchar!!!
Que animado!
Não sabia que havia essa festa cá. Para o ano vou. Ainda por cima até já estive na original.
Ps. Entretanto, Peter, estou muito preocupado com a Nigella, pá. Está ... forte, pá. Mesmo.
@Gaja: Munique?!? Vamos é já invadir Varsóvia!
@Angelik: Sim, foi!
@Pulha: Enfim, pelo que eu sei, a de Lisboa não passa de mera amostra. Mas diverte.
Tens razão acerca da Nigella. Enfim, aquelas receitas, algum dia, tinham de fazer efeito no corpito da moçoila que, aliás, já passou dos 50.
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