Esta bolsinha que vêem acima é minha. Sinto-me bastante envergonhado por dizê-lo, mas a verdade é a verdade, e a verdade é que é minha, sim, e uso-a praticamente todos os dias, embora não o queira.
O problema é que as mulheres são sibilinas e agem insidiosa e enganosamente, procurando sempre transportar a água ao seu moinho. E acontece que a minha gaja é muito mulher, e soube convencer-me a experimentar o raio do objecto, apesar da minha óbvia e compreensível oposição. O fio do diálogo - ou melhor, discussão, porque é impossível dialogar com uma gaja! - foi mais ou menos este (vejam lá se as gajas não não diabólicas!):
Eu: Bom dia, amorzinho, minha luz, meu raio de Sol. Amo-te tanto...
Ela (indiferente): Pois. Olha, o que podias fazer era experimentar esta bolsinha que comprei para ti.
(Mostra-me a bolsinha mariconça)
Eu: O que é isto?! Uma bolsa rabeta? Eu é que não vou usar isso!
Ela: Por que é que chamas a isto "bolsa rabeta"?
Eu: Porque é!!! Esse tipo de bolsas é o mais usado pelos gays. Aliás, é tão certo associar bolsinhas destas a gays quanto associar Nuno Gomes a "jogador perneta"!
Ela: Lá estás tu! Esta bolsinha é tão gira, e não é nada maricas, nem sei por que te foste lembrar disso, e comprei-a de propósito para ti, com tanto amor e carinho...
(Começa a lacrimejar e a fazer beicinho. E eu não resisto a que me façam beicinho... derreto-me todo, prontos... malditas gajas, sabem sempre como proceder a chantagens emocionais!)
Eu: Devias ter-me perguntado antes, não é?
Ela (já aos berros): MAS EU FIZ ISTO POR TI! QUAL É O TEU PROBLEMA? EXPERIMENTA-A HOJE, PELO MENOS! OU AS COISAS QUE TE OFEREÇO NÃO SÃO SUFICIENTEMENTE BOAS? OU EU NÃO SOU SUFICIENTEMENTE BOA PARA TI? É ISSO, É?!
(Estão a ver? As gajas são mesmo manipuladoras... Eu devia era levar este caso ao Conselho de Segurança da ONU!)
Eu: Não é isso, é que esta bolsa faz-me parecer maric...
Ela: BUÁÁÁÁÁÁÁ! (E faz mais beicinho)
Eu (já farto do "diálogo"): Pronto, eu vou usá-la hoje. Depois logo se vê.
Ela (acalmando-se): J-j-juras?! Chuif...
Eu (contrariado, mas sem hipótese de reacção): Sim.
Foi assim que fui levado! Não tive alternativa senão experimentar o raio da bolsinha! E não é que, apesar de constantemente assediado na rua por homens, gostei? (Atenção: gostei de andar com a bolsa, não de ser assediado! E quem me assediou também não deve ter gostado lá muito, visto levar com uma cabeçada na cana do nariz, um pontapé no nalguedo e, para completar, um golpe rotativo com a bolsinha) Afinal, aquila porcaria até dá um certo jeito! Revela-se útil e prática, nomeadamente para guardar o leitor de mp3, o telélé (brevemente, falarei sobre este objecto), lápis e/ou canetas, um cadáver (desde que pequenininho) e, no fundo, qualquer coisa que me apeteça e que caiba dentro daquele fundo mariconço.
E à pergunta, que devem estar todos(as) mortinhos(as) por fazer, que é "Mas não te sentes gay ao usar a bolsa que, convenhamos, pelo menos a avaliar pela fotografia que aqui colocaste, tem mesmo um aspecto eltonjohnesco?", eu limito-me a responder: Sim, um bocado! Mas compenso isso não tomando banho!
2 comentários:
Confessa, tu gostaste, aliás agora nem a largas para dormir!!! :)
Não comento!
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