"As centrais sindicais e os políticos não criam emprego"
Dois avisos do Peter of Pan ao senhor Ulrich: primeiro, cale-se! Segundo, esse seu raciocínio é redundante na primeira insinuação, e errado tout court na segunda. Redundante porque não pertence, nem nunca pertenceu, aos objectivos das centrais sindicais a criação de emprego! Senhor Fernando Ulrich, uma informação grátis: a criação de emprego cabe aos restantes agentes económicos, tipo as empresas que, como o seu próprio nome deixa adivinhar (duh!), empregam - você pensa que as empresas existem só para dar lucro, não?! Às centrais sindicais cabe sim defender os trabalhadores, informando-os dos seus direitos, e lutar para estes tenham melhores condições (isto, pelo menos, é o que acontece nos países civilizados, não sei ainda como é em Portugal). Ora, exigir às centrais sindicais a criação de emprego é pedir-lhes que transgridam e passem para além das suas funções básicas. Aliás, se isto sucedesse, pior seria para as empresas: o que aconteceria se as centrais sindicais gerassem emprego? Algo do género:
Empresário 1: Ó pá, ter uma empresa em Portugal está cada vez mais difícil!
Empresário 2: Pois é, pá!
Empresário 1: Já nem há trabalhadores para explorarmos!
Empresário 2: Pois é, eles vão todos trabalhar para as centrais sindicais, olha que gaita!
Já no que toca à segunda acusação do senhor Ulrich, o senhor está pura e simplesmente enganado, porque os políticos sim transgridem e ultrapassam a sua função elementar, que é fomentar, criar condições para que haja emprego. Por vezes, os políticos armam-se em empresários e geram também eles emprego: o senhor Ulrich nunca ouviu falar nos jobs for the boys? Pois é isso...
Portanto, senhor Ulrich: esteja caladinho e vá trabalhar, malandro! O que, no seu caso, é: vá explorar o proletariado, malandro!
Tanis
5 comentários:
Humm, "vai trabalhar malandro" é uma frase que aprecio... e acho que no nosso pais se aplica em bastantes situações!
Por exemplo: tu! Que andas a "postar" em vez de estares a fazer uma catalogações!!! Ah pois é!
Chiu, o meu sindicato permite-me estas divagações...
Camarada!!
Um dia, quando criarmos a República Bolchevique da Lusitânia, arrastaremos esses cães raivosos até à Praça do Comércio e abatê-mo-los um a um, com um tiro na nuca, como fez o camarada Stalin aos Generais Czaristas e o camarada Mao aos traficantes de droga, e assim teremos uma pátria pura, livre dessa escumalha.
Pronto, todos não que há capitalistas que são gajas boas.
Depois queixa-te que te chamam berloquista... O que é que andaste a fumar?!
Sou um incompreendido...
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