quinta-feira, julho 10, 2008

Soltura!

O post de hoje trata de um tema não muito bonito, e também não muito cheiroso: estou com dores de barriga e já evacuei umas 5 vezes, isto só nos últimos 40 minutos! De quem é a culpa? Bom, uma investigação aprofundada revelou-me que a culpa é de um gang de feijões brancos que tive o desprazer de deglutir ontem; soubesse eu que a história iria acabar assim, em agressões físicas que me deixaram o ânus em carne viva (é nestas alturas que eu tenho pena do José Castelo Branco) e tinha atirado os feijões aos porcos ou, sei lá, aos deputados da assembleia da República que hoje debatem o Estado da Nação.

No entanto, a minha fantástica presença de espírito permite-me tirar partido desta ocorrência: todas as vezes que me vejo necessitado de sentar o rabinho no grande camião de porcelana, aproveito para acompanhar essa evacuação física de uma evacuação mental. Isto quer dizer que, à semelhança dos meus intestinos, que expulsam tudo o que os incomoda na forma de uma substância castanha (bem, mais ou menos...) e sólida (hmmm... mais ou menos...), o meu cérebro obriga-me a debitar, na forma de palavras faladas, tudo o que o chateia. E, assim, gera-se uma espécie de dança psicossomática, na qual a mente acompanha o corpo e o corpo acompanha a mente. O que acontece é nada mais nada menos do que isto (perdoem-me a imagem que se segue, mas tenho de ser preciso e rigoroso na descrição): enquanto se processa o alívio intestinal, desato, entre dentes, a proferir o alívio mental, na forma de "cabrão do Bush", "sacana do Sócrates, da Ferreira Leite, do Jerónimo, do Portas e do Louçã", "e lá vai mais um lampião", "e um dragão", "afoga-te, ó José Mourinho", "snifa isto, Amy Winehouse" e outros impropérios afins.

Eu sei, eu sei: isto é nojento (a parte do alívio intestinal, entenda-se), mas da mesma forma que não há cu que aguente - e o meu já não aguenta muito -, também não sou capaz de suportar certas personalidades, e portanto estas ocasiões servem precisamente para eu poder dar-me a exercícios de catarse, dos quais saio mais leve e mais livre. Além disso, é a única maneira que conheço de tornar divertida a actividade cagatória, isso se exceptuarmos aquelas brincadeiras parvas, que se tinham quando éramos crianças, de meter as fezes dentro de sacos para depois os atirarmos à residência do presidente da junta de freguesia. (O quê, vocês nunca fizeram isto?!!? Shame on you!!!!)

E agora despeço-me, pois tenho de ir de novo ao W.C. Aiiiiiiiiiiiii! :(

3 comentários:

Ilda disse...

Bom, sabes o que te digo? Que assunto de m**** este, hummm!!!!

Rita disse...

Tu és cá dos meus também não gostas de literatura na casa de banho, é mais utilização desenfreada do cérebro...
As melhoras
Jokas

Peter of Pan disse...

Obrigado...