quarta-feira, outubro 14, 2009
Lúcidos comentários sobre o caso Maitê Proença
Já li e ouvi muita coisa sobre a reportagem, ou lá como se chama aquilo, que a Maitê fez sobre Portugal, mas como sempre não li nem ouvi nada com lucidez. Por isso, resolvo-me a falar também eu do caso, para que finalmente haja uma opinião inteligente, sensata, conhecedora e imparcial.
Começo por isto: costuma-se dizer que ao génios se perdoa tudo, não é?! É verdade que a Maitê está muito longe de ser um génio, pois mais facilmente encontramos um neurónio no vírus da gripe A do que no crânio da célebre actriz, porém a Maitê possui algo que é mais importante do que a presumível genialidade. Sim, a Maitê tem mamas. E, apesar da idade, ainda conserva uma grande dose de beleza. Não sei quanto a vocês, mas se aos génios se perdoa tudo, com muito mais propriedade se perdoa o que quer que seja a uma mulher bonita. É que os génios trouxeram-nos obras de arte, instrumentos com os quais melhoramos a vida, histórias de encantar, mas também guerras e conflitos. Já as mulheres bonitas trazem-nos tusa. Pesando as coisas bem pesadas, quem é que prefere aqueles a estas?!? Só um louco...
Mas observemos o caso mais de perto. O que, afinal, fez a Maitê naquele vídeo e que tanto chocou os portugueses?!? Disse que éramos esquisitos? Quem se atreve a negá-lo?!? É por isso que há tanta indignação? A Maitê classifica-nos como esquisitos e cai-lhe a nação em cima, ao passo que o Vasco Pulido Valente anda a chamar-nos coisas muito piores desde que nasceu e é considerado um intelectual distinto?! Como diria Rui Santos: "então mas que raio de democracia é esta?!" Para o VPV, nós somos idiotas, atrasados, ignorantes, imbecis e o raio que nos parta. Comparado com isto, o que a Maitê fez é um elogio.
E quem diz o VPV, diz o José Gil. Sim, o José Gil, autor daquele best-seller que dá pelo nome de Portugal - O Medo de Existir. Aqui, assevera-se que os portugueses, além de terem medo de existir, se caracterizam pela não-inscrição no real. Ora, esta merda é grave, muito grave! Se alguém me chama de esquisito, eu até deixo passar, mas um gajo que me acusa de não-inscrição no real está a arranjar motivos para levar uma sapa naquelas fuças! Isto é coisa para se marcar um duelo de pistola, à antiga! A Maitê, coitada, por mais que se esforce, nunca conseguirá atingir o nível de insulto que o José Gil produziu.
Portanto, só posso concluir que, no fundo, os portugueses estão indignados não pelo que a Maitê disse e sim porque ela é brasileira e não conhece bem Portugal. Mas isto, meus amigos, é um raciocínio que, além de chauvinista, é falacioso. A Maitê não conhece bem Portugal? Sem dúvida: as alarvidades que ela debitou sobre o Tejo ou o Salazar comprovam-no. Mas se quisermos ser sinceros, aqueles ditos "intelectuais" que passam a vida a mandar abaixo os portugueses também desconhecem o país. José Gil passa mais tempo em França do que no nosso cantinho, e Vasco Pulido Valente tem passado toda a sua existência enfiado no século XIX. Sendo assim, quem tem mais legitimidade para falar mal de Portugal, hmmmm?!?
Há aqui também uma questão pessoal, confesso. Se não queremos que uma brasileira diga mal de Portugal, como é que podemos querer nós dizer mal dos outros povos?! Não sei quanto a vocês, mas um dos meus passatempos favoritos é dizer mal dos habitantes de outros países. E acreditem, sou muito mais acintoso e capaz de bem pior do que "esquisitos". Se retiramos à Maitê a liberdade de dizer merda preconceituosa sobre os portugueses, então também temos de abdicar de dizer merda preconceituosa sobre brasileiros, espanhóis, franceses, romenos, ucranianos, americanos, ingleses, angolanos, chineses, indianos, russos, gregos, canadenses, argentinos, moçambicanos, polacos... Eu, pessoalmente, gosto de chamar esta gente toda de labregos, criminosos, arrogantes, porcos, ladrões, filhos-da-Maitê, atrasados mentais, e tudo o mais de que me lembrar. Por favor, não me tirem esta diversão... caso contrário, tenho de chamar isto tudo aos portugueses, e eu não quero ficar como o Vasco Pulido Valente ou o José Gil.
Por último, oferece-se-me dizer algo sobre a questão do cuspo. Aqui sim, percebo que os portugueses tenham ficado ofendidos. Todavia, a minha opinião é a de que este acto só prejudica quem o comete. Afinal, o que está a Maitê Proença a revelar quando cospe na fonte? Está a revelar que ela é uma mulher que prefere cuspir a engolir, e isso é uma chapada a todas as suas compatriotas. As brasileiras, bem sabemos, são mulheres que, quando vêm para Portugal, de Lisboa a Bragança (olha, parece uma música dos Xutos...), fazem de tudo, até engolir. Só que a Maitê não: a Maitê não engole, a Maitê cospe. A Maitê, no fundo, não é como as outras brasileiras que vêm trabalhar para o nosso país. Ela não consegue fazer aquilo que as suas compatriotas fazem. Ela não se digna a tanto esforço. E porquê?! Porque, em conclusão, a Maitê é uma esquisita...
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9 comentários:
Andei a ler muita coisa sobre esta senhora,mas na verdade,no meio de tanta palavra,cheguei à mesma conclusão que tu:há "portugueses" que nos chamam bem pior.
A senhora ja fez um video a pedir desculpas... que querida!
Bitch.
Eh pá, este post está demais! Gostei.
Muitos desses que se indignaram com as bocas de MP e que se acham patriotas, quando têm oportunidade são os primeiros a bazar e a falar mal do país no estrangeiro...
Fiquei um bocadinho aborrecida com a senhora...eu compreendo o que dizes mas esta é a velha questão eu posso falar mal dos meus mas se ouço alguém a dizer mal deles é obvio que me parece muito mal e fico chateada pois claro que fico chateada!
um texto a que chamo de soberbo frase tipo: .... Está a revelar que ela é uma mulher que prefere cuspir a engolir, e isso é uma chapada a todas as suas compatriotas.....
O melhor comentário que li sobre todo este caso. Lúcido, inteligente e que nos deixa sem saliva para acrescentar mais a esta polémica. Venham mais cuspidelas...
As coisas que ela disse, sinceramnete, nem me afectam muito, mas o aspecto dela cuspir na fonte já acho mais degradante, mas enfim. Porque será que todos os gajos que comentam esse episódio não muito feliz da actriz, focalizam-se em especial na parte da fonte, e dizem sempre essa piadinha de:"prefere cuspir a engolir" e etc etc? Gajos pá! ahahahaha
Para acalmar os ânimos lusitanos, contarei as verdades por trás das supostas brincadeiras da Maitê:
A comida portuguesa é muito salgada. Depois de se fartar de bacalhau e outros pratos demasiadamente salgados, acompanhados de muito vinho do Porto, a Maitê, sentindo a sua boca com gostos desagradáveis, percebeu o melhor momento em cuspir: Em uma fonte, ao invés de cuspir no chão!
Com a boca já menos seca na hora da gravação do vídeo, após ter tomados dois litros de água para se hidratar, naturalmente quis se aliviar da mistura de paladares que ainda a atormentava. Porém não cuspiu no chão, ato de civilidade!
É preferível cuspir em uma fonte a cuspir no chão. Além de ser aquosa a saliva, ela é constituída de minerais, enzimas, bactérias... Nada melhor que enviar o cuspe para um lugar apropriado. A água da fonte agradece a saliva e o chão dos visitantes também!
Parece que o pessoal de Matosinho, vendo tamanha civilidade da Maitê em não cuspir no chão, se motivou com o seu ato e agora quem cuspir no chão é multado. Na Lei de Matosinho, cuspir na água de qualquer lugar é liberado, somente o chão é proibido. O bom senso fala mais alto, claro...
Quanto ao episódio do hotel com o hardware que aqui no Brasil chamamos em inglês (Mouse) e os portugueses no nosso idioma (Rato), foi outro grande mal entendido.
Vocês portugueses sabiam que a Capivara é parente distante do Rato? Pois é! A Capivara é o maior roedor do mundo e o menor é o Rato!
O Mouse (Rato) que a Maitê estava utizando no Micro era enorme, muito acima dos padrões convencionais, pois até o técnico portugues se assustou com o hardware. Ele ficou abismado, analisando minuciosamente o tamanho do Mouse que ele nunca tinha visto na vida, decifrando os exageros daquele raro e estranho gigante Mouse.
Daí a causa da Maitê ter dito: “Ele olhava para o Mouse (Rato) como se fosse uma Capivara... Como uma coisa estranha em cima da minha mesa...”
Quanto a Vila de Sintra, Maitê já estava embriagada de vinho do Porto. Quando ela disse: “E para provar pra vocês que nós estamos em Portugal...”, ela não completou o que iria dizer: “E para provar pra vocês que nós estamos em Portugal, estou tão bebada com o forte vinho portugues que estou vendo um 3 invertido!” Mas ao perceber a realidade, resolveu narrar apenas o que estava vendo e nada mais.
Ela lá iria saber que todo 3, invertido ou não, é relacionado a Maçonaria, exoterismo, cabalismo ou o que for? Até porque se for da maçonaria, esta é machista e querer que uma mulher saiba dos seus ocultismos é demais. O maçon dono da casa poderia ter colocado o Esquadro e o Compasso, a letra G, ou três pontos em formato triangular para facilitar as coisas. Ou pode ter sido burrice do morador mesmo.
Falando em Maçonaria deveríamos lembrar de seu lema principal: Liberdade, Igualdade e Fraternidade!
Espero ter esclarecido os faCtos.
Os seus cometários e sua agressiviadede são muito mais asquerosos que os dela. seguramente esquisito pra vc é elogio.
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