Na localidade de Lousa (Beira Baixa) decorrem as celebrações dedicadas à - olhem o nome, caramba! - Nossa Senhora dos Altos Céus. As festas, de acordo com a tradição, devem-se à - olhem o nexo da história, caramba! - santa em questão ter auxiliado os habitantes desta povoação a livrarem-se de uma praga de gafanhotos. Enfim, eu sei, é tão estúpido quanto uma intervenção da Nossa Senhora de Fátima na 7ª avaliação da Troika, o que só revela que o nosso presidente da República tem a mentalidade de um campónio do século XVII. Já cá desconfiava...
Alegres pelo fim da praga dos bicharocos, parece que umas virgens e uns gajos desataram para lá a dançar, e isso tornou-se um costume repetido ano após ano, costume esse que agrada muito aos autóctones, e outrossim (pá, não me apetece escrever "também") aos turistas que se deslocam a Lousa só para assistir às celebrações. Toda a Lousa se anima, e animam-se ainda mais os comerciantes da região, pois esta é sempre uma ocasião em que entra algum dinheirinho a mais nos cofres da freguesia.
E é aqui que devemos pensar um bocadinho. Com o país na crise em que está, não podemos aproveitar a paloncice de mais uns papalvos e criar romarias, festas, tradições que estimulem a economia e a cultura das localidades? Eu acho que podemos. Diria mais: devemos!!! Está aqui uma oportunidade a não desperdiçar.
Assim, inspirado nas festas à Nossa Senhora dos Altos Céus - não, a sério, olhem o nome, caramba! - sugiro a criação de uma romaria dedicada única e exclusivamente à Nossa Senhora dos Baixos Céus. Quê, acham que não faz sentido nenhum?! O caraças! Faz tanto sentido uma dos baixos quanto uma dos altos. E mais, e mais: uma Nossa Senhora dos Baixos Céus seria uma santa mais próxima das populações. Enquanto que a Nossa Senhora dos Altos Céus é uma santa que se dedica a apresentar milagres, digamos, mais complexos, como seja o fim de uma praga de gafanhotos, a Nossa Senhora dos Baixos Céus é menina para resolver aquelas pequenas coisas com as quais a grande maioria dos santinhos não está para se ralar: unhas encravadas, cheiro a sovaco, borbulhas... e tem a grande vantagem de disponibilizar uma resposta rápida, pois a distância dos Baixos Céus para os habitantes terrestres é menor em comparação com os Altos Céus, factor que se traduz numa superior satisfação do cliente. Por exemplo, uma velhota de 83 anos que peça, às 10 da manhã, à Nossa Senhora dos Baixos Céus para lhe curar uma unha encravada, tem 97% de hipóteses de receber uma resposta positiva lá pelas 6 da tarde. E isto, meus caros e minhas caras, são números que dificilmente podem ser alcançados pela Nossa Senhora dos Altos Céus. Nem com milagres...
Portanto, é isto. Façam-se já celebrações à Nossa Senhora dos Baixos Céus. Podem até manter as danças, só que convém que seja com virgens anãs e homens anões, por uma questão de coerência com Sua Baixidade. A terriola que for anfitriã desta tradição terá aqui um estímulo garantido à sua economia.
Palavra de Peter of Pan, futuro candidato à junta de freguesia da aldeia que resolver iniciar a tradição da Nossa Senhora dos Baixos Céus.
Alegres pelo fim da praga dos bicharocos, parece que umas virgens e uns gajos desataram para lá a dançar, e isso tornou-se um costume repetido ano após ano, costume esse que agrada muito aos autóctones, e outrossim (pá, não me apetece escrever "também") aos turistas que se deslocam a Lousa só para assistir às celebrações. Toda a Lousa se anima, e animam-se ainda mais os comerciantes da região, pois esta é sempre uma ocasião em que entra algum dinheirinho a mais nos cofres da freguesia.
E é aqui que devemos pensar um bocadinho. Com o país na crise em que está, não podemos aproveitar a paloncice de mais uns papalvos e criar romarias, festas, tradições que estimulem a economia e a cultura das localidades? Eu acho que podemos. Diria mais: devemos!!! Está aqui uma oportunidade a não desperdiçar.
Assim, inspirado nas festas à Nossa Senhora dos Altos Céus - não, a sério, olhem o nome, caramba! - sugiro a criação de uma romaria dedicada única e exclusivamente à Nossa Senhora dos Baixos Céus. Quê, acham que não faz sentido nenhum?! O caraças! Faz tanto sentido uma dos baixos quanto uma dos altos. E mais, e mais: uma Nossa Senhora dos Baixos Céus seria uma santa mais próxima das populações. Enquanto que a Nossa Senhora dos Altos Céus é uma santa que se dedica a apresentar milagres, digamos, mais complexos, como seja o fim de uma praga de gafanhotos, a Nossa Senhora dos Baixos Céus é menina para resolver aquelas pequenas coisas com as quais a grande maioria dos santinhos não está para se ralar: unhas encravadas, cheiro a sovaco, borbulhas... e tem a grande vantagem de disponibilizar uma resposta rápida, pois a distância dos Baixos Céus para os habitantes terrestres é menor em comparação com os Altos Céus, factor que se traduz numa superior satisfação do cliente. Por exemplo, uma velhota de 83 anos que peça, às 10 da manhã, à Nossa Senhora dos Baixos Céus para lhe curar uma unha encravada, tem 97% de hipóteses de receber uma resposta positiva lá pelas 6 da tarde. E isto, meus caros e minhas caras, são números que dificilmente podem ser alcançados pela Nossa Senhora dos Altos Céus. Nem com milagres...
Portanto, é isto. Façam-se já celebrações à Nossa Senhora dos Baixos Céus. Podem até manter as danças, só que convém que seja com virgens anãs e homens anões, por uma questão de coerência com Sua Baixidade. A terriola que for anfitriã desta tradição terá aqui um estímulo garantido à sua economia.
Palavra de Peter of Pan, futuro candidato à junta de freguesia da aldeia que resolver iniciar a tradição da Nossa Senhora dos Baixos Céus.
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