sexta-feira, abril 29, 2011

Chapa gasta, chapa (ainda mais) ganha.


Olá, bom dia a todos, em particular ao José Saramago, que está a fazer-me rir como um perdido n'A Jangada de Pedra, que é a minha presente leitura de transportes públicos. Sim, eu sei que o tipo já morreu, mas e daí? Há alguma lei que impeça uma pessoa de dar os bons dias aos quinados?! Hmmm?!?

Bom, e quanto ao título do post, em que ficamos?! "Chapa gasta, chapa (ainda mais) ganha"?!? Que raios é que isto significa? Como é evidente, vou explicar tudo, tim tim por milou.

A expressão normal é, como todos sabem, "chapa ganha, chapa gasta", e é utilizada sobretudo pelos assalariados que, recebendo o seu cheque ou o dinheiro na sua conta bancária, têm imediatamente de gastar tudo para fazer face às despesas necessárias como, e exemplificando, um gajo que acabe de receber 1000 € como paga pelo seu desempenho profissional mensal e gaste tudo em putas logo no dia seguinte, é assim que vai a meretriz da vida, o custo dos bens de consumo é tão elevado que umas duas ou três quecas chupam logo um gajo, física e economicamente, as coisas são mesmo injustas, não há dúvida, e agora acho que me perdi, acontece.

Regressando à terra, e ao assunto que ora trago, a inversão que procedi da popular expressão nada tem a ver com salários, ou coitos, ou prostitutas. Eu digo "chapa gasta, chapa (ainda mais) ganha" para traduzir uma situação muito particular, como é a de eu fazer exercício e depois ir à paparoca. Assim, explicando tudo com princípio, meio e fim, a chapa gasta significa a energia e calorias que despendi aquando da realização dos exercícios físicos, a chapa ganha por sua vez significa a energia e calorias que ganhei aquando do jantar, e o (ainda mais) refere-se, por sua vez, ao facto de, estupidamente, eu ter ingerido muito mais calorias do que aquelas que havia previamente deitado fora. Pronto, está dada a explicação, e peço desculpa por não ter cumprido totalmente o que prometi, eu disse que ia explicar tudo com princípio, meio e fim, mas, se seguiram o meu raciocínio, verifica-se que expliquei tudo, sim, só que com princípio, fim e meio, vá lá saber-se porquê.

Ou seja, e resumindo tudo aquilo que foi dito, menos a parte dos salários, e das putas, e das quecas, e também do pedido de desculpas antecedente, num indivíduo ou numa indivídua comuns, a actividade física serve como factor para a perda de peso, mas numa pessoa como eu, o exercício só provoca a engorda, isto porque esgoto-me tanto a correr e a alongar-me e a elevar-me e mais não sei o quê que, quando chega a hora da refeição, estou tão desesperado de fome que como este mundo, o outro e os seus respectivos satélites. Se se desse o caso de eu fazer exercício todos os dias, era mais do que certinho estar em condições de passar por um nativo da Samoa ou, pior ainda, de fazer concorrência ao Maniche.

É por esta razão que, se eu fosse um trambolho gordo, seria a ovelha negra de programas como o Peso Pesado, a adaptação do The Biggest Loser a estrear em breve na SIC. Quanto mais me obrigassem a fazer ginástica, mais eu comeria logo a seguir, e em vez de perder peso, ganhá-lo-ia de certeza, tanto tanto que a própria balança a dada altura recusar-se-ia a pesar-me, e compreendia-se, pois embora seja um objecto inanimado, até as coisas inanimadas têm a sua dignidade, basta olharmos para o cérebro do Jorge Jesus.

No meu caso, a melhor maneira de perder peso é mesmo ficar quieto e não fazer nenhum. Assim, é verdade que não gasto muita chapa, mas também o é que venho a ganhar menos...

Bom fim-de-semana.

quinta-feira, abril 28, 2011

Prioridades trocadas: o casamento real

O casamento ou, se me quiser exprimir perifrasticamente, o fim-do-mundo para o membro masculino envolvido numa relação amorosa, vejam lá como isto ficou bonito, e verdadeiro, que é o que mais importa aqui, mas dizia eu, o casamento real que irá celebrar-se amanhã na Bifolândia, ou, se me quiser exprimir de novo perifrasticamente, a terra dos bifes, é a prova mais do que provada de que as prioridades estão, neste mundo, todas baralhadas, e aqui não há perífrase de que me valha, é isto mesmo, prioridades baralhadas.

E porquê?! Então não é que, para o casamento, estão a ser mobilizados milhares e milhares de canais televisivos, a cerimónia vai passar em vários e diferentes países, jornalistas e comentadores e até o José Rodrigues dos Santos já assentaram tenda em Westminster e o caraças, MAS NEM UM SACANA DE UM CANALZINHO CONSEGUIU O EXCLUSIVO PARA TRANSMITIR A LUA DE MEL, logo a consequência mais interessante de qualquer matrimónio?!?!? É por estas e por outras que o mundo está no estado em que está, ou seja, todo torto...

Obrigadinho por nada...

quarta-feira, abril 27, 2011

E se o Futre tivesse feito o 25 de Abril?!

Teríamos apanhado não com o 25 e sim com o 24+1 de Abril, as palavras de ordem teriam sido "vai vir chaimites" (com chineses maoístas lá dentro) e o Marcello Caetano teria sido posto a andar do convento do Carmo com um lapidar "presidente do Conselho, presidente do Conselho: por favor, estou concentradíssimo".

Era capaz de ter sido giro... a revolução dos cravos seria outra!

...vai vir chaimites!

terça-feira, abril 26, 2011

A inevitabilidade de dizer parvoíces.

Qualquer coisa me serve de estímulo para proferir parvoíces. E quando chega aqui, à minha secretária, uma tipa chamada Inês Pereira, está mais do que assente que vou ser parvo, ah pois está! Tão certo como o Sporting não conquistar a porra de um título nesta época que acaba.

É que, quando ela se foi embora, não resisti a dizer um "Então adeus, Nespereira". I-NE-VI-TÁ-VEL!

Até amanhã.

segunda-feira, abril 25, 2011

25 de Abril é isto!

Ficar em casa, juntinho da gaja, dando-lhe apertõezinhos e abracinhos de quando em vez, ela vendo documentários sobre o William e a Kate na televisão, eu lendo O Delfim do José Cardoso Pires ou coscuvilhando a internet, e assim se passam horas revolucionárias num ambiente aburguesado. E sabem de uma coisa?!?! É bom demais...

(enquanto teclo isto, a gaja abandona o aconchego do sofá e vai ver o que se pode fazer para o almoço. Não tarda nada, chama-me para ajudá-la. E eu vou, feliz e contente. Viva o 25 de Abril!)

quarta-feira, abril 20, 2011

E depois o povo é que é javardo e mal educado e o caraças...

Ora vejam lá isto:

"A alimentação da família real era (...) bastante escrutinada: um rei que arrotava e que emitia muitos ruídos enquanto comia era criticado, o mesmo acontecendo com os membros da família régia que se alimentavam em quantidades imoderadas (...). O príncipe Filipe - futuro D. Filipe II de Portugal - gostava muito de comer, ao ponto de García de Loyasa lhe ter recomendado, em 1591, que se moderasse. E também as mulheres da família real estavam sujeitas a este tipo de escrutínio: D. Maria Francisca, por exemplo, gostava de beber grandes quantidades de vinho, tendo sido por diversas vezes repreendida por Pedro II, seu marido. São vários os observadores estrangeiros que criticam, também, a falta de maneiras dos reis portugueses à mesa, de que o caso mais espectacular é, talvez, o de D. Pedro II durante a década de 1960, diversas vezes visto por um diplomata francês a comer um naco de carne, usado somente as mãos e sentado num toco de madeira.
Muito criticado também foi D. Afonso VI por causa dos seus hábitos alimentares. Para além da falta de moderação a comer, distinguia-se pela sua intemperança, pela sua predilecção por carne crua e pelo facto de gostar de comer na cama, comportamento tido como indecoroso, não saudável e, até, antinatural."

Citação retirada de Pedro Cardim, "A corte régia e o alargamento da esfera privada", in História da Vida Privada em Portugal: A Idade Moderna, Lisboa, Temas & Debates, 2010.

"Portantos", vamos lá a ver se eu percebi bem: o povo, isto é, a gente comum, é tantas e tantas vezes acusado de conduta inadequada à mesa, de má educação, de javardice e tal só porque, de quando em vez, lança um ou outro arroto ou até um gás, mas e o que se verifica com as nossas grandes figuras de estado?!? Uns também arrotavam (deve ser a isto a que se referem os monárquicos de hoje em dia quando falam da proximidade entre povo e reis...), outros eram glutões, outras embebedavam-se, e assim por diante. E o que dizer do Afonso VI? Pá, o Afonso VI é de outro mundo: carne crua?!?! Comer na cama?!?! Estou mesmo a ver a rainha consorte, D. Maria Francisca (sim, a mesma bêbeda que, depois da deposição de Afonso VI, viria a casar-se com Pedro II), no leito real a virar-se para o Afonso e perguntar-lhe: "Olá! Mas o que é isto aqui tão rijo que estou a sentir entre as pernas de Sua Majestade? É hoje que vamos consumar o nosso matrimónio?", só para ter como resposta um "Não, estúpida! Isso é o pernil de perú que sobrou do jantar. Está aí guardado porque daqui a pouco vou dar-lhe uma trinca". E depois desta frase, claro, arrotaria. E peidava-se. Enfim, não admira que lhe tenham posto um processo em cima.

E ainda há quem olhe de lado para mim quando, num restaurante público, eu coço os tintins depois da sobremesa... Tenham juízo, caramba!

terça-feira, abril 19, 2011

Noites de tempestade

Ó pá, foi tão gira a noite/madrugada de ontem! Tantos trovões, tantos relâmpagos e tanta chuva. Foi mesmo fixe. Eu já não via tanta humidade desde que assisti ao Universitárias Badalhocas 4: Vem Enfiar-nos a tua Tuna. A dada altura, imaginei que, se o Turner estivesse vivo, ele teria dado o cu e cinco tostões por um pincel, uma tela e umas quantas aguarelas de forma a imortalizar, em quadro, a magnificência da tempestade de ontem. Já agora, quero um prémio de escrita criativa para mim por, atrás, ter feito um jogo estúpido entre "Tuna" e "Turner". Eu sei que vocês não apanhariam se eu não vos tivesse dito, mas não interessa. Bom, adiante.

Estava a falar de como a noite de ontem tinha sido mesmo fantástica. Foi cabrum e pshhhhhhhhh a noite toda. Cabrum. Pshhhhhh. Pshhhhh. Cabrum. A dada altura, só para dar mais ambiente, fui buscar o meu cd homónimo dos Black Sabbath e pus a rodar a Black Sabbath (é, a Black Sabbath dos Black Sabbath do disco Black Sabbath: a banda tinha muita imaginação para nomes!), a primeira música heavy metal de sempre, que coincidentemente se faz iniciar por uns pshhhhhs e cabruns. E sim, abanei a carola ao som que vinha da aparelhagem e ao que vinha lá de fora, e tive de me conter, muito aliás, para não fazer um mosh à mesa da sala.

Já a gaja não gostou muito da tempestade. Não é coisa que a fascine particularmente. Encolhia-se a cada trovão mais próximo, maldizia a chuva, intrigava-se por me ver tão contente. E foi-se deitar mais cedo do que o costume, cobrindo-se completamente com os lençóis, ao passo que eu peguei num livrinho e fui passando os olhos pelas páginas ao mesmo tempo que estava atento aos cabruns e pshhhhhhs que se faziam sentir. Pouco depois, embalado por este cenário, adormeci, e posso dizer que tive uma noite santa, apenas interrompida por uma ida à casa de banho, interrupção essa que me fez constatar, com agrado, que a tempestade lá fora ainda continuava. Quando voltei ao leito, não foi preciso muito para tornar a cair nos braços de Morfeu, e digo "braços de Morfeu" porque é uma expressão popular que significa dormir que nem um anjinho, não fiquem cá a pensar que um negro musculado, como o do Matrix, se tinha juntado a nós na cama. Quando acordei, fi-lo revigorado, como se tivesse dormido dois dias seguidos. Tudo por causa da tempestade. E do Morfeu. Hã?!?!?

Eu sei que muitos, em particular a minha gaja, não vão achar grande piada ao que vou dizer em seguida, mas gostava muito que esta noite houvesse uma tempestade similar à que ocorreu na noite de ontem. Foi mesmo fixe. As tempestades são do catano, pá!

segunda-feira, abril 18, 2011

A primeira ida à praia do ano

Como Abril tem andado armado em Junho ou mesmo Julho - embora hoje não, hoje, como pode avaliar-se pela nuvens que encobrem o céu, Abril está apenas armado em parvo - , no Sábado eu e a gaja demos um saltito até à praia, aproveitando a soalheira tarde que fazia.

E foi um belo dia, devo dizer, pois o sol estava simpático, mostrando-se mas não querendo abusar das suas propriedades queimatórias; a areia, embora suja, tinha espaço limpo suficiente para nós deitarmos a toalha sem ser em cima de uma fralda abandonada ou numa cratera pejada de beatas de cigarro; não havia vento e a água, em que eu mergulhei, nadei e boiei, embora um pouco fria, estava boa.

Sim, bem sei que já vos oiço a fazer a inevitável pergunta: "Ó Peter, mas e então e as gajas?!?! Como estamos de gajas?!? Muitos bikinis a passear? Muito fio dental?!?! Muito topless?!?! Viste muitos cus e muitas mamas?!?! E que te pareceram?!?! A fome que, devido à crise, alastra em Portugal tem servido, ao menos, para reduzir a percentagem de focas gordas e aumentar o número de gajas boas, ali rijinhas, com tudo no sítio, sem celulite e o caraças?!?!?" Eu percebo a vossa preocupação, pois estes temas são da máxima importância. Porém, recordo-vos que estava acompanhado da minha gaja, o que quer dizer que foi construída uma muralha da China de areia em meu redor que impedia, enquanto me encontrava deitado na toalha, de olhar para a praia em busca de corpos femininos. É a vida...

Ora, não podendo então realizar uma análise - que creio seria fundamental para vós - aprofundada do factor gajedo, limito-me a constatar um fenómeno que pode muito bem prejudicar qualquer estadia, seja breve ou mais alongada, na praia: refiro-me, claro, às crianças. Pá, as crianças, os putos, a pitalhada, enfim, os ranhosos, deviam ser impedidos de ir à praia. Tudo muito bem, se as pessoas querem levar cães, acho que sim, que podem, porque os cães nem incomodam assim tanto, é verdade que deixam uma poia ou outra, ladram, correm, soltam areia e por vezes até, ao sacudirem-se, mandam pingos de água salgada para cima de nós, mas nada disto se compara ao que as crianças conseguem fazer. Crianças na praia equivale mais ou menos a soldados americanos em cenário de guerra, ou ao Teixeira dos Santos no ministério das Finanças, ou ao Yannick Djaló num relvado de futebol: dê lá aquilo por onde der, é inevitável que dali sairá merda!

O Sábado passado nada mais fez que comprovar esta minha opinião. Desde choros e berros (ui, como as crianças choram e berram, caraças), daqueles que se enfiam mesmo mesmo dentro dos ouvidos, estejam eles entupidos com água do mar ou não, a brigas anárquicas na areia, com total indiferença para quem está deitado na sua toalha a querer apanhar com sol nas costas e de repente se vê com um pé de uma criança a 2 milímetros do nariz, passando por correrias desenfreadas que levantam mais areia do que qualquer canídeo é capaz, já para não falar nas belas surpresas que são as poças de xixi no meio da areia mais dura, as crianças são capazes de aterrorizar qualquer pessoa de bem que deseja ir à praia aliviar do stress.

Daí o meu apelo: se vocês são pais, por favor, neste 2011, evitem trazer crianças para a praia. Sei lá, deixem-nas sozinhas em casa, faz-lhes bem um pouco de independência. Ou tragam-nas para a praia, mas com açaime, trela e correntes ligadas aos pés, daquelas com uma bola de 10 quilos na ponta. Ou, sei lá, as praias que construam um pré-fabricado onde os pais possam deixar os querubins durante o tempo que vão a banhos. Até podem, nesse espaço, estimular-se actividades próprias e adequadas para as crianças, como por exemplo introdução à aprendizagem ao fabrico de sapatos. Imaginem 50 ou 60 putos, ali dentro de um pré-fabricado de madeira, em pleno Verão, a coser sapatos enquanto os adultos se esforçam por apanhar cancro de pele no lombo, e vão ver se os dias de praia não se tornarão muito mais agradáveis. Pensem nisto, ok?

Até amanhã.

sexta-feira, abril 15, 2011

Trocadilho estúpido

"I have a dream... that one day we could all be gay"

Se o Martin Luther King tivesse sido defensor dos direitos dos gays, chamar-se-ia Martin Leather King.


Obrigado e bom fim-de-semana.

quinta-feira, abril 14, 2011

A minha opinião final e definitiva sobre o Futre

Acho que o Paulo Futre anda a ser injustamente criticado e rebaixado desde que proferiu aquelas famosas declarações na campanha para as presidenciais leoninas. Afinal, o Futre percebe do assunto. Pode até ser mesmo um visionário. Pelo menos, é certo que anda a tomar umas cenas que o fazem ver coisas que nenhum outro director desportivo é capaz de ver.

Pensem nisto antes de voltarem a gozar com o Futre.

quarta-feira, abril 13, 2011

Já alguma vez pensaram

em pegar no Sócrates, no Passos Coelho, no Portas, no Jerónimo e no Louçã, prendê-los com correntes, atirá-los ao mar, depois pescá-los com uma rede, enfiá-los numa grelhadeira, rodar e rodar até aquilo ficar tudo bem tostadinho, cortá-los às fatias e depois jogar os pedaços aos porcos?

Já alguma vez pensaram nisto, já?! Eu não, nem sei por que é que vim com esta história...

terça-feira, abril 12, 2011

A nova coqueluche alimentar do Peter of Pan: Pão Pita


Desde que embalagens com pães pita começaram a ser postas à venda nos hipermercados, eu não quero outra coisa. "Ah", mas perguntam vocês, desconhecedores de tudo o que não seja feijoada à transmontana ou bife com batatas fritas, "o que raios é um pão pita? É um pão fêmea adolescente? É um pão feito com bocadinhos de órgãos genitais femininos?!?"

Não, caramba. Um pão pita é um pão cozido típico do Médio Oriente, mas sem o cheiro a bombas e a raides aéreos. Fazendo-lhe um corte transversal, abre-se como uma espécie de bolsa e depois é só enfiar-lhe lá para dentro aquilo que nos apetecer. No meu caso, abstémio de carne, pode parecer que estou um pouco limitado, o que não deixa de ser verdade. Se querem saber o que eu enfio para dentro da pita [por favor, não me venham com freudianismos, ok?!?], aqui vai uma lista: alface, tomate, cebola, milho, pepino, rabanete, orégãos, pimento, cenoura, queijo... acho que é só! Por vezes, também acompanho com ketchup ou maionese. Pouca coisa, sim, mas para mim é suficiente.

Se comer umas 3 ou 4 pitas seguidas, fico bem [por favor, não me venham com freudianismos, ok?!?, parte 2]. É uma refeição rápida, saudável, barata mas ao mesmo tempo prazenteira e divertida. É que não deixa de ser engraçado, como se fosse um passatempo, abrirmos a pita e enfiarmos lá para dentro os nossos ingredientes predilectos. Às vezes, é necessária uma tal eficácia na coordenação e na pontaria que ficamos a pensar se os exercícios prestados na tropa serão tão exigentes. E depois há a questão quase filosófica de sabermos quem nós somos quando enchemos uma pita [por favor, não me venham com freudianismos, ok?!?, parte 3]. Há quem o faça à bruta, há quem o faça devagar e suavemente [por favor, não me venham com freudianismos, ok?!?, parte 4]. Há quem ponha os ingredientes à vez, tipo primeiro uma dose de cebola, depois uma dose de alface, e assim por diante, há quem ponha tudo ao molho e fé em deus. E isto, minha gente, diz mais sobre nós do que qualquer outro evento culinário.

Se querem saber como sou eu, confesso que encho as pitas devagar e suavemente e ponho tudo ao molho e fé em deus. Por vezes, até, quero enfiar mais do que a pita pode comportar e acabo por rasgá-la nas margens. Acontece... [por favor, não me venham com... ah, bolas, esta não dá mesmo para escapar. Ficou explícita demais! Enfim, adiante...]

No fim desta conversa, fiquei com vontade de comer uma pita. Até já!

segunda-feira, abril 11, 2011

Adivinha: o que é que tanto vira à esquerda como à direita?!

Uma serpente a rastejar no chão quente do deserto?!

Um bêbedo às 3 da manhã nos Restauradores?!

Um adolescente diante de dois ecrãs que exibem pornografia?!

O Cristiano Ronaldo a driblar?!

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Não, pá! É óbvio que é o Fernando Nobre! Num momento está no Bloco de Esquerda, no outro no PSD! É desconcertante, o tipo...

sexta-feira, abril 08, 2011

Filmes série B que eu gostaria de ver (1)

É raro encontrar filmes que agradem ao meu lado intelectual e ao meu lado lúdico. Sim, sou um cinéfilo de gostos apurados, valorizo os enredos, as actuações e a realização. Mas sou, também, um apreciador do desopilanço típico de um despretencioso filme de série B, que ganha nesse quesito aos pontos a uma qualquer mega-produção hollywoodesca, que se leva demasiado a sério para ser considerada cinema qua cinema. Só que, hélas, ninguém, nem mesmo os realizadores e argumentistas independentes, se arrisca a fazer os filmes que eu gostaria de ver. Ora, é nesse contexto que inauguro uma nova série aqui no blogue: Os filmes série B que eu gostaria de ver. Esta é a minha primeira ideia:

Os Feiticeiros Vampiros Zombies Enfrentam os Aliens Assaltantes de Bancos.

Cansados da falta de liquidez vivida na galáxia Brobix, situada a dez mil milhares de milhões de anos luz, ou, em linguagem científica, "bué da longe", da Via Láctea, um grupo de alienígenas decide tentar a sua sorte no planeta Terra. Em pouco tempo, conseguem retirar, com sucesso, graveto dos maiores bancos terrestres.

Nitidamente preocupadas com a vaga de assaltos, as autoridades mundiais, incapazes de lidar com a tecnologia alienígena, decidem recorrer a medidas extremas: o projecto Feiticeiros Vampiros Zombies. Este projecto mega-híper-ultra secreto foi criado, originalmente, pela União Europeia no sentido de dar resposta a uma eventual eleição do Paulo Futre como director desportivo dos principais clubes europeus de futebol. Como temiam uma invasão de charters com jogadores chineses lá dentro, os grandes dignitários da UE reuniram-se e alguém teve a seguinte iluminação: "e se criássemos uns vampiros zombies que fossem também feiticeiros de modo a combater a invasão de futebolistas chineses?!" A proposta foi imediatamente aceite e em poucas semanas, num laboratório secreto ali para os lados de Fernão Ferro, foram criados os primeiros Feiticeiros Vampiros Zombies. Só que, como o Futre nem sequer foi eleito para director desportivo do Sporting, quanto mais dos principais clubes europeus, a ameaça deixou de fazer sentido e os Feiticeiros Vampiros Zombies foram colocados em animação suspensa, até que uma razão de maior levasse ao seu despertar...

Confrontados com o exército de Feiticeiros Vampiros Zombies, os Aliens Assaltantes de Bancos vêem-se obrigados a uma reacção estratégica. Disfarçada de lavadora de escadas, uma alienígena consegue infiltrar-se na sede dos Feiticeiros Vampiros Zombies, onde seduz uma feiticeira vampira zombie (filme de série B que é filme de série B tem de ser uma cena altamente tórrida de lesbianismo, pá!). Só que, lá está, os Aliens Assaltantes de Bancos, como são de outra galáxia, não conhecem as propriedades de feiticeiros, vampiros e zombies, e é então que, no fim da cena altamente tórrida de sexo lésbico inter-galáctico, a feiticeira vampira zombie morde o pescoço da alien assaltante de bancos, come-lhe o cérebro e lança um Hocus Pocus, que, tecnicamente, não faz nada mas causa um efeito altamente dramático nos ecrãs das salas de cinema.

Vários dias depois, intrigados com a falta de notícias da sua camarada extra-terrestre, os Aliens Assaltantes de Bancos acorrem todos à sede dos Feiticeiros Vampiros Zombies, e é então que se dá uma gloriosa mega-batalha pelo futuro do sistema bancário da Terra. Chovem raios laser de um lado, feitiços do outro, mas no final da refrega os Feiticeiros Vampiros Zombies saem vencedores: a ameaça dos Aliens Assaltantes de Bancos é debelada. FIM!

Fónix, ganda filme, não é?!?!?

Bom fim-de-semana

quinta-feira, abril 07, 2011

Pessoas com nomes de bichos: estudo, análise e diagnóstico da coisa

Se estavam a pensar que eu hoje viria falar de política e de ajudas externas, azarito! Não tenho por hábito falar de minudências. Hoje, o assunto é profundo e toca a todos: pessoas com nomes de bichos! Quantas pessoas conhecem cujos apelidos são bichos?! Desde os comuns Pinto e Coelho, passando por Lobo, Pombo, Leitão, Pardal, Peixe ou pelos menos vulgares Cão (lembram-se do Diogo?), Gato ou Rato, do qual temos até um exemplo na nossa recém-dissolvida assembleia da república na figura da Rita Rato que, não por acaso, é uma bela rata... aham, desculpem, Rita. Há, até, nomes mais exóticos, como Leão ou Lagarto, Falcão, Gavião... curiosamente, porém, nunca vi - para grande tristeza dos lampiões - ninguém chamado Águia.

A grande pergunta que, necessariamente, se coloca é, então: Por que é que há bichos dignos de figurarem como nomes de pessoas e outros não?!? Se temos um João Lagarto, por que não temos um André Crocodilo?! Por acaso um crocodilo é menos nobre do que um lagarto?!? E os nossos parentes mais próximos?! Nunca se questionaram por não encontrar ninguém com os apelidos Orangotango, Chimpanzé ou Bonobo?! E por que carga de água as aves se assumem como maioritárias no grupo de pessoas que têm nomes de bichos? Além dos supracitados Pombo, Pardal, Falcão ou Gavião, também podemos encontrar Pato, Galo e um sem número de outra passarada... mas alguma vez viram um Mário Avestruz?! Ou uma Sara Abelharuco?!? E porquê?! Que razões subjazem a tal discriminação? E os insectos?! Se os insectos, enquanto espécie, são em maior diversidade e número que as aves, por que é que essa proporção não se reflecte nos apelidos das pessoas? Tirando Barata ou Formiga, não me recordo de encontrar pessoas cujos nomes fossem insectos. Já depararam com algum Nuno Tarântula?! Ou uma Joana Percevejo?! Eu não!

E os seres aquáticos, como ficam?! Sim, temos o genérico Peixe, mas há razões para haver um Emílio Peixe, ex-jogador do Sporting, Benfica e Porto, e não haver uma Maria Alforreca que, sei lá, seja patinadora nos hipermercados Continente?! Não há, creio eu! E ninguém se chega à frente para explicar o porquê destas tretas! Parece, na realidade, que no que toca a dar nomes de bichos às pessoas, o ditado orwelliano faz história: "todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros". E ninguém sabe porquê. Pensem nisto.

quarta-feira, abril 06, 2011

Sequinhas à la Peter of Pan

Era uma vez um gajo tão, mas tão feio que, quando se olhava de frente para o espelho, o espelho reflectia as costas.

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Era uma vez um gajo tão, mas tão gordo que não morava uma casa e sim num sistema solar.

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Era uma vez uns músicos tão, mas tão maus que decidiram formar os Black Eyed Peas.


Obrigado e até amanhã.

terça-feira, abril 05, 2011

Não percebo!

Quando eu, embalado pelos decibéis que estoiram no meu leitor de mp3, começo a abanar a cabeça no comboio e a bater o pé, sou imediatamente olhado de soslaio por toda a gente, os seguranças são chamados, marcam-se números no telemóvel e pergunta-se quando é que os senhores da camisa de força chegam... mas quando é este palhaço a dançar no meio da rua, já ninguém diz nada, se for preciso até acham muito giro e cool e o diabo a sete.



Mas que raio de dois pesos e duas medidas...

Ah, e garanto que abano a cabeça e bato o pé com muito mais estilo do que o Hugh Jackman dança, ok?

segunda-feira, abril 04, 2011

Homeopatia de #*&%@

Como nos últimos meses (anos?!?!) tenho vindo a notar um crescimento inexplicável da minha pança, assim como se fosse tipo um défice, e a comparação não é absurda, pois o défice, tal como a pança, tendem a crescer quanto mais se consome, decidi tomar medidas. Virei-me, então para a homeopatia. Enfim, vocês sabem, a homeopatia. Não, a homeopatia não é uma tia homossexual, deixem de ser ignorantes. É, isso sim, um tipo de medicina alternativa (mas, contrariamente a outras cenas alternativas, não cheira mal nem usa dreadlocks) caracterizada por curar as maleitas através da prescrição, em doses pequenas, daquilo que provocou a maleita. Outra comparação permitirá ilustrar a coisa mais eficazmente: o Sócrates deu cabo do país, certo? Por outras palavras, o país levou uma dose tão grande de Sócrates, que ficou doente. Ora, o que a homeopatia diz é que, se queremos curar o doente, temos de servi-lo com doses pequenas daquilo que o pôs mal. Neste caso, seria cortar o Sócrates aos bocadinhos e dá-lo ao país, um pedacito de cada vez. Em teoria, isto parece-me mais do que bem: parece-me até perfeito!

Bom, foi mais ou menos isso que resolvi fazer em relação à minha pança. E desenganem-se, pois não se tratou de comer bocados de Sócrates às refeições: eu sou vegetariano, caramba! Isso exclui-me de comer animais, mesmo irracionais. O que eu quero dizer é que procurei valer-me dos princípios da homeopatia: se a minha pança cresceu porque eu andava a comer muito, então a solução teria de passar por dar à minha pança doses mais pequenas de comida. Foi então que, nas últimas semanas, andei a comer doses de periquito: uma coisita aqui, outra ali, mais outra acolá, em lugar de enfardar tudo o que me aparecesse à frente a torto e a direito. Por exemplo, antes, quando ia ao almoço, enfiava tudo o que pudesse enfiar em cima do prato e nhac, nhac, nhac, era comer até o fundo ficar todo reluzente. Agora não: em respeito pelos princípios homeopáticos, mas também da nouvelle cuisine française, pego num prato, coloco umas poucas coisinhas, assim sei lá, uma alface e um tomatito, e como. Depois, pego novamente no prato, vou buscar mais coisinhas, e como. Depois disso, vou buscar mais umas cenas... e como. E assim sucessivamente, em doses sempre pequenininhas!

Resultados desta minha auto-medicação?! Estes: NÃO ESTÁ A RESULTAR!!!!! A homeopatia é uma treta e quem a inventou devia, sei lá, ser seviciado pelo esfíncter em doses cavalares. As doses mais pequenas não curam nada, pá! De tanta dose pequena que tenho consumido, a minha pança já cresceu mais uns quantos centímetros de diâmetro...

sexta-feira, abril 01, 2011

Já agora, só falta virem dizer que os álbuns do Abrunhosa eliminam o chulé

A quinta sinfonia do Beethoven dá cabo do cancro, de acordo com uma investigação.

Bem cantava o Paco Bandeira... "minha quinta sinfonia..."

[Ah, bem sei que isto parece uma notícia de 1 de Abril, mas não é. Se estiverem com atenção, verificam que a data da coisa é 29 de Março. A ciência consegue ser mais estranha que a aldrabice!...]


Bom fim-de-semana