sexta-feira, setembro 30, 2011

Diferenças de perspectiva

Eu enquanto peão: "Cabrões dos ciclistas e dos automobilistas, pá! Era proibir essa gente de andar na estrada!"

Eu enquanto automobilista: "Cabrões dos peões e dos ciclistas, pá! Era pegar nessa gentalha e passá-los a ferro com uma betoneira!"

Eu enquanto ciclista: "Cabrões dos automobilistas e dos peões, pá! Era dizer ao Bruno Alves para lhes tirar a vida à cabeçada!"

E depois queixam-se as pessoas de ser impossível resolver conflitos. Como é que as grandes discordâncias da humanidade hão-de ter solução se um e o mesmo gajo, que até é inteligente e coiso e tal, discorda de si próprio mediante o ponto de vista de que se ocupa?! É assim a vida...

terça-feira, setembro 27, 2011

A decisão que se impunha

Em Barcelona, acabou-se finalmente com as corridas de toiros. Os cidadãos daquela região acham que gritar "OLÉ" para o Mourinho já é mais do que suficiente. É bem, é bem...

segunda-feira, setembro 26, 2011

Receitas do Peter of Pan

Já que o Jamie Oliver é um panasquito e a Nigella nunca mais deu as mamas caras, é altura de ser eu a contribuir com receitas originais que são, ao mesmo tempo, sexy. Esta é a minha rendição para um mini refogado.

Mini Refogado com Folhas de Rabanete

Ingredientes:
1/2 cebola
1 dente de alho
5 a 6 folhas de rabanete
azeite
sal
1 tomate

Número de pessoas:
1

Preparação:
Cubra o fundo de um tacho com azeite. Pique a cebola e o alho e deite-os para o tacho. Ligue o fogão, pois dá um certo jeito refogar com o fogão ligado. Com uma colher de pau, vá mexendo até a cebola alourar. Corte o tomate aos pedacitos; corte também as folhas de rabanete, por exemplo em juliana, ou de outra maneira, é como preferir, eu aqui não obrigo ninguém, e misture tudo. Deite umas pedrinhas de sal e vá mexendo. Enquanto o refogado não fica no ponto, vá pensando em mamas. Pensar em mamas ajuda sempre a realizar um bom cozinhado. Mas não se esqueça de ir mexendo de quando em vez o refogado, olha que caraças! Pode optar por meter uma folha de louro. Eu não meti porque me esqueci, ocupado que estava a pensar em mamas. Por vezes acontece. Quando o refogado estiver pronto, sirva num prato pequeno e acompanhe assim a sua refeição principal. O ideal é que o faça quando o Sporting estiver a jogar; eu fi-lo e espetámos 3 a 0 ao Vitória de Setúbal.

P.S.: Eu sei que pode ser difícil encontrar folhas de rabanete. Normalmente, o que há à venda são os próprios rabanetes, ainda por cima caros c'mó caraças. Mas procurem, de certeza que encontram. O Domingos também encontrou a maneira de pôr o Sporting a jogar bem, e podem estar certos de que isso é BEM mais difícil do que encontrar folhas de rabanete...

sexta-feira, setembro 23, 2011

A única coisa de que temos medo é que um satélite nos caia em cima

Pois é, pois é: está prevista para hoje a queda do satélite da NASA. Infelizmente, parece que vai espalhar-se para os lados da Papuásia Nova Guiné (ex-Papua Nova Guiné; quem se lembrou da mudança de nome, tinha uma imaginação delirante, ui ui. Pá, um país mudar de Alto Volta para Burkina Faso, isso sim, é de macho, mas trocar Papua Nova Guiné por Papuásia Nova Guiné é, como hei-de dizer isto?, pá, é estúpido, pronto!). Se houvesse justiça poética, o satélite só teria um sítio para cair: era ali na Madeira, bem no meio dos cornos do Alberto João, e se lhe abrisse um buraco na cachola, então aí a justiça seria tão poética que até pareceria um soneto do Petrarca.

Bom fim-de-semana e não se esqueçam de olhar para o céu, sabemos lá nós o que pode vir de lá...

quinta-feira, setembro 22, 2011

As ideias de Francisco José Viegas para a cultura: alguns comentários

Ontem, o secretário de estado da Cultura, Francisco José "amo o Pinto da Costa" Viegas, fez questão de dar uma conferência de imprensa para explicar os próximos projectos e, sobretudo, os próximos cortes a que esta área estará sujeita. Por exemplo, ficámos a saber que será criado o Agrupamento Complementar de Empresas, encarregue de gerir a Cinemateca, o Teatro São Carlos, o Teatro São João, o Teatro D. Maria II e a Companhia Nacional de Bailado. Só faltou mesmo foi mandar esta última para os poços dos infernos, pois um país em crise não pode dar-se ao luxo de gastar dinheiro com bailado. Ei, um país que não esteja em crise também não, aliás! Dança não é cultura, ponto final. Querem dançar?! Vão dançar para o raio que os parta...

Depois, ficámos também a saber que vários institutos vão ser extintos. Infelizmente, Francisco José "o Pinto da Costa é o meu homem" Viegas não teve testículos para extinguir a Companhia Nacional de Bailado; não sei se já vos disse, mas não gosto de dança. Quer dizer, então o objectivo é poupar e não se elimina uma entidade cujo único activo está no rebentar de milhões de euros provenientes de subsídios em homens e mulheres que se arrojam, roçam e arrastam pelo chão, coisa à qual os intelectuais dão esse nome de "dança"?!

Por fim, Francisco José "o Pinto da Costa não é nada corrupto, isso é tudo uma conspiração de sportinguistas e benfiquistas, que me caia já aqui uma Companhia Nacional de Bailado se o Pinto da Costa alguma vez jantou com árbitros, contratou prostitutas, influenciou dirigentes da Liga e mandou espancar jogadores adversários ou mesmo os do seu próprio clube que quisessem ir embora" Viegas reforçou que a aposta nos livros e nas bibliotecas será uma característica do seu mandato enquanto secretário de estado da Cultura. Por mim, acho muito bem, mas ficaram a faltar outros dois elementos essenciais: os cds e os dvds. Como é, pá?!? A trindade cultural composta por livros, cds e dvds é para ficar toda no mesmo pé, com IVA à taxa mais baixa, ou só os livros é que serão contemplados, cagando-se para cds e dvds, cujo preço subirá, mais uma vez, em flecha?! Depois espantam-se que o pessoal pirateia e o camandro... Estas omissões não ficam bem ao secretário de estado, como também não ficou bem a não extinção da Companhia Nacional de Bailado e o despedimento incondicional de todos os seus funcionários, era pegar nos bailarinos e bailarinas, atar-lhes mãos e pés, lançá-los para o meio de um pinhal a arder e dizer-lhes "vá, agora dancem. Dancem!!!!".

Enfim, é a sina deste país: fazem-se sempre as coisas pela metade e nunca se vai ao fundo dos problemas. Obrigado por nada, Francisco José "Pinto da Costa, olé, Pinto da Costa, olé" Viegas...

quarta-feira, setembro 21, 2011

Hipóteses de emprego para Alberto João Jardim caso venha a perder as eleições regionais

1 - Produtor de queijo suíço.

2 - Gestor de um campo de golfe.

3 - Defesa central do Sporting.

4 - CEO de uma empresa de construção civil.

5 - Mineiro chileno.

Enfim, tudo o que envolva abrir, manter e enfiar-se dentro de buracos, porque desta poda o homem percebe mesmo.

terça-feira, setembro 20, 2011

(Mais um) facto chato e verídico

O Sporting está tão mal que já precisa de recorrer à intervenção americana.

P.S.: Depois do jogo de ontem, a mulher perguntou-me o resultado. Respondi que havíamos ganho 3-2, mas preferia que tivéssemos empatado. "Porquê?", questionou ela. "Ora, porque quem marcou o golo da nossa vitória foi o amaricano", respondi eu. E estava a falar a sério. Um sportinguista é e será sempre um sportinguista, mas um anti-americano é e será, também sempre, um anti-americano!

segunda-feira, setembro 19, 2011

Facto chato e verídico

Começaram a aparecer-me pequenas borbulhas pelo corpo. Isto significa que apanhei uma alergia ou então estou a transformar-me em adolescente!

Mal por mal, antes a primeira hipótese...

sexta-feira, setembro 16, 2011

Filme da treta: O Bibliotecário - Em busca da lança do destino

Gosto muito de cinema, digo já. Do que eu não gosto, tal como o José Sócrates não gostava de telejornais da TVI travestidos de comentário político, é de lixo disfarçado de filme. É a velha história do lobo e do cordeiro: prefiro mil vezes ver um lobo à minha frente, ocasião em que me preparo para a sua presença, do que ter um cordeirinho fofinho que ao fim de cinco segundos me morda os túbaros. É chato, dói e era algo para o qual eu não estava minimamente preparado, compreendem?!

Bom, isto vem a propósito do autêntico ataque nuclear em forma de filme que vi ontem. Chama-se O Bibliotecário : Em Busca da Lança do Destino e é a primeira parte de uma trilogia que em muito má hora o canal MOV decidiu exibir, e que eu em muito pior hora ainda resolvi gravar com a box à espera que fosse algo de jeito (pobre de mim...). O IMDB dá-lhe um rating de 5.9 em 10, mas não acreditem: aquilo só com muito boa vontade estaria acima dos -1.000.000.000 em 10. É mau, é muito mau, é terrível, muito terrível, está mal feito, o argumento parece ter sido escrito pelo Jorge Jesus entre duas idas ao barbeiro, as cenas de acção são risíveis, as prestações são um nojo, e levam a questionar-me se o Kyle McLachlan não terá sido substituído por um andróide, pois não é possível o senhor ter passado de actor fetiche do grande David Lynch, para uma coisa tão intragável que nem sou capaz de encontrar definição, enfim, é tudo um lixo, lixo, lixo, parece um eventual PEC V ou, sei lá, um governo de coligação entre o PSD liderado por Pedro Passos Coelho e o CDS-PP liderado por Paulo Portas, espero que tal hecatombe nunca assole o mundo em geral e o nosso país em particular. Hããã... pois!

Depois de ter visto este filme - e eu, corajoso como sou, aguentei-o até ao final - até já vejo o regresso do Djaló com bons olhos, pois percebi que, em comparação, o pai da filha da Floribela, afinal, não é assim tão mau. Passem longe, é o que vos sugiro. E se quiserem alinhar-se comigo num embargo ao canal MOV, um embargo que empurre os gestores a indemnizarem os seus espectadores por danos psicológicos, força nisso, prometo que não sairão desapontados, já tenho até umas ideias magistrais para encostar os tipos à parede, envolvendo, entre outras coisas muito giras, amarrá-los a cadeiras com espigões à frente de televisores que exibem O Bibliotecário: Em Busca da Lança do Destino, e deixá-los lá estar até que eles digam "Pá, as cadeiras ainda vá, ao fim de um tempo a gente habitua-se a ter a carne da nalga e o rego dilacerados por estes espetos, mas o filme não, o filme não se aguenta, libertem-nos e a gente dá-vos a porcaria da indemnização".

Bom fim-de-semana...

quinta-feira, setembro 15, 2011

Agora é que eu já não percebo mais nada

Segundo noticia esse grande jornal, esse colosso da palavra escrita que é o Correio da Manhã, um pai/padrasto abusou anos a fio das suas filhas/enteadas. Informações destas servem apenas para demolir o nosso edifício de certezas, assim como a notícia de que a Terra girava à volta do Sol e não o contrário serviu para destruir toda a ciência e filosofia medievais. Então não é que, afinal, os homofóbicos, os racistas, os padrecos, os beatos, os militantes do CDS-PP, os republicanos dos Estados Unidos, os cardeais do Vaticano, os neo-nazis, e muitos, muitos outros, estavam enganados quando nos juravam, a pés juntos, que isto da pedofilia era sempre e só cometida por homossexuais?!? Ó pá, e eu a acreditar, como sempre fiz e faço [inserir ironia], na posição deles... que direito tem o Correio da Manhã para vir agora desmenti-los???!!!

Das duas, uma: ou o Correio da Manhã arranja ali alguma maneira de aldrabar, quer dizer (em linguagem jornalística sem escrúpulos), arranjar provas de que, na realidade, o senhor que andou a violar filha e enteadas era, por alguma razão desconhecida, gay, ou então o mundo está irremediavelmente condenado porque, se já não se pode acusar os homossexuais de nada, quem poderemos acusar nós?!?!

É uma treta esta coisa de a vida real desmentir toda e qualquer opinião bacoca e mal informada, pá! Tss, tss...

quarta-feira, setembro 14, 2011

Os senhores da troika são uns sádicos

Eles não querem resolver a situação do país. Eles querem é rebentar com tudo isto enquanto, sentados nas suas cadeiras pipis, se riem uns para os outros. Está bem que exigir medidas de austeridade está-lhes no sangue, mas se eles quisessem o bem de Portugal, já teriam pedido que o governo fosse fazer uma viagem até Plutão. E ninguém me tira da ideia que, nas reuniões pré-acordo, além dos documentos que comprovavam a situação financeira de Portugal, os representantes do FMI, do BCE e da Comissão Europeia estavam todos com a obra do Marquês de Sade em mãos, de forma a retirarem daí ideias para nos f*derem ainda melhor.

Não dou dois meses para a troika propor aumentos na vaselina na ordem dos 570% e exigir o baixar das calças a todo e qualquer residente no território português. Vão ver...

terça-feira, setembro 13, 2011

Pedalar até cair (7)

Andar de bicicleta em hora de ponta e transportando um saco com cinco quilos de maçãs mal atado ao lado direito do guiador: não tentem isto em casa!!! Posso assegurar que não foi nada fácil, e só um ciclista com um domínio tão extremo do seu instrumento, e da sua bicicleta, é que consegue realizar tal façanha sem bater com os cornos no chão, ser atropelado por um camião ou deixar cair as maçãs. Faz melhor, Cadel Evans!!!!

segunda-feira, setembro 12, 2011

A televisão que temos

Caramba, foi o fim-de-semana todo, não se falou de outra coisa. Foi reportagem atrás de reportagem, depoimento atrás de depoimento, entrevista atrás de entrevista, ligações em directo atrás de ligações em directo. Bem vi os rostos que passavam no ecrã, notando-se perfeitamente neles as expressões de medo e de horror. E aquela frase tantas e tantas vezes repetida "Como pôde uma tragédia destas ter acontecido?"


Maldito congresso do PS...

sexta-feira, setembro 09, 2011

O Peter of Pan entrevista Bin Laden

Pois é, está a chegar o 10º aniversário do 11 de Setembro. Até parece que foi ontem que vi, pela televisão, as duas torres a arder e a espetarem-se no asfalto... e foi ontem mesmo, porque essas imagens estão sempre a passar! Bom, e que melhor personalidade para entrevistar, nesta efeméride onde o que emerge é a propaganda americana, do que a pessoa responsável por tudo o que ocorreu? Sem mais demoras, e directamente do céu dos muçulmanos, o homem do turbante, Osama Bin Laden.

Peter of Pan: Bin Laden, começo desde já por lhe agradecer a disponibilidade em prestar este depoimento. E para lhe dizer que, para morto, você está com muito bom aspecto, tirando esse buraco no meio da cara. Ah, não, agora que vejo melhor, esse buraco é a sua cara. Bem, olhe, obrigado por aceder a dar esta entrevista.
Bin Laden: De nada, rapaz. De nada. Allah Akbar.
Peter of Pan: Já agora, posso pedir-lhe um pequeno favorzinho antes de começar a despejar perguntas?
Bin Laden: Diz lá, rapaz. Allah Akbar.
Peter of Pan: Quando proferir qualquer palavra em árabe, pode tentar produzir o mínimo de gosma possível?! É que isso incomoda, e depois quando for escutar a gravação, parece que estamos no meio de um concurso de escarretas...
Bin Laden: Ó pá, está bem. Allah Ak... ah, pronto, parei. Lança lá as tuas perguntas como se lançasses aviões contra arranha-céus.
Peter of Pan: Bom, comecemos precisamente por aí. Como é ser o responsável pelo ataque terrorista de maior dimensão de que há memória? O que sentiu quando começou a ver a primeira torre a desmoronar-se?
Bin Laden: Olha, tenho de dizer que tudo não passou de um equívoco.
Peter of Pan: Um equívoco?! Como assim?!
Bin Laden: Pá, miúdo, a Al-Qaeda nunca teve como intenção inicial dar cabo das torres gémeas.
Peter of Pan: Como não?!
Bin Laden: Eu explico. O que nós estávamos a fazer, naquela manhã de 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque, era a treinar para a Red Bull Air Race. O que aconteceu foi que, ao primeiro piloto, entrou um cisco no olho, e portanto em vez de passar pelo meio das duas torres, entrou por uma delas adentro. O segundo piloto, bom, esse tipo estava a vir muito bem, só que quando se aproximou das torres, foi perturbado pela fumarada, e então o resultado foi aquele que se viu: cornos na outra torre. E assim, o que era para ser um mero exercício de voo transformou-se num suposto ataque ao território norte-americano.
Peter of Pan: Bin Laden, desculpe-me, mas essa história parece-me um bocado mal contada. Então e o avião que embateu no Pentágono? E o que se despenhou na Pensilvânia?
Bin Laden: Rapaz, isso foi tudo uma aldrabice. Nunca leste os livros do Thierry Meyssan?
Peter of Pan: Não, na verdade, não. Nos últimos 10 anos, o único livro que tenho sobre a minha mesa de cabeceira, e principalmente na casa de banho, é a biografia da pornstar Jenna Jameson.
Bin Laden: Olha, isso é francamente bom. Já li isso umas 500 vezes.
Peter of Pan: Mas avancemos. Nega, então, que é um fundamentalista islâmico, um terrorista anti-ocidental?
Bin Laden: Não, não nego. O meu objectivo sempre foi e sempre será combater os infiéis. Mas o que se passou no dia 11 de Setembro foi aquilo que eu disse: um ensaio para as provas da Red Bull. E se não acreditas em mim, espera aí que eu vou já chamar os meus mujaedines para te convencerem...
Peter of Pan: Não, ó Bin Laden, não se preocupe. Não vale a pena chatear-se. Eu sou um tipo que ainda acredita que o Sporting vai ganhar o campeonato, não ia cá agora acreditar numa hipótese tão plausível quanto a que avançou para explicar os atentados...
Bin Laden: Então passa por cima disso. Faz-me outras perguntas.
Peter of Pan: Está bem. Vamos agora para questões de teor mais pessoal. Bin Laden, como reage à acusação de que, quando levou um balázio nos cornos, a sua mulher tentou protegê-lo? Que raio de terrorista é este que se esconde por detrás de um par de saias?
Bin Laden: Não sei do que estás a falar...
Peter of Pan: Como não sabe?! Os Navy Seals entraram pelo complexo adentro e pum, limparam-lhe o sebo, mesmo apesar da oposição da sua esposa.
Bin Laden: Pois, mas não sei mesmo do que estás a falar. É que eu levei um tiro mesmo em cheio, fiquei sem olhos e já não vi mais nada.
Peter of Pan: Pronto, não insisto. E quanto às acusações de que o seu computador pessoal tinha o disco rígido cheio de pornografia?!
Bin Laden: Sim, o que tem?
Peter of Pan: Não acha contraditório um presumido opositor dos valores ocidentais andar a consumir pornografia a torto e a direito?!
Bin Laden: Ó meu petiz, e quem te disse que a pornografia lá guardada era ocidental?! Aquilo era pura pornografia islâmica! Islâmica, meu menino!
Peter of Pan: Pornografia islâmica?! Mas isso existe?!
Bin Laden: Puto, a pornografia islâmica é que dá tesão à séria! Ui, já alguma vez viste cenas de lesbianismo com burqas? Quando há cenas dessas, então... bem, fico todo maluco!
Peter of Pan: Estou a ver, estou a ver... deve ser uma coisa muito à frente...
Bin Laden: É à frente, é atrás... porque o sublime da burqa é esse, tu estás a ver duas mulheres completamente cobertas, de cima a baixo, e não sabes onde está a parte da frente e a parte de trás, onde está a parte de baixo e a parte de cima, tu estás a ver elas a roçarem-se e a lamberem-se mas não sabes onde, pode ser em qualquer lado, e isso é fascinante para a líbido.
Peter of Pan: Uau, estou perante um expert. Mas é melhor mudarmos de tema. Posso fazer mais umas perguntas?
Bin Laden: Faz, meu rapaz, faz.
Peter of Pan: Muita gente tentou denegrir a imagem do actual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, referindo que o apelido Obama se assemelhava muito ao nome do principal inimigo norte-americano, Osama. Porém, nunca ouvi ninguém a falar de algo muito mais interessante, e que é isto: você já reparou que o seu nome, Osama, se parece muito com o apelido do actual presidente dos Estados Unidos, Obama? Na minha opinião, isto é uma metáfora indicando que, afinal, terroristas islâmicos e imperialistas norte-americanos são mais semelhantes do que aquilo que querem admitir. Que tem a dizer sobre isto?
Bin Laden: Não falo sobre esse senhor. Faz-me outra pergunta. Sobre ele, não.
Peter of Pan: Então mas porquê?!
Bin Laden: Por causa dele, fui eliminado. O estar morto não me incomoda assim tanto, mas vir para o além com a cara desfeita, parecendo que não, chateia um bocado. E tudo por causa desse pret...
Peter of Pan: Bom, está bem, está bem. Passo então às perguntas finais. Bin Laden, como é, afinal, a vida no céu dos muçulmanos?
Bin Laden: É agradável, rapaz. Calminho, não se ouve uma bomba a rebentar, é porreiro.
Peter of Pan: Então e as 72 virgens? Teve sorte nesse capítulo?
Bin Laden: Mais ou menos. As 72 virgens estão cá, só que, como eu não tenho cara, elas não querem nada comigo. A sorte é que nem tudo ficou perdido, porque tinha na pen uma cópia de todo o meu acervo de pornografia islâmica, e pronto, assim lá me vou entretendo.
Peter of Pan: Muito bem. Posso então fazer-lhe uma última pergunta?
Bin Laden: Podes, miúdo.
Peter of Pan: Como vai passar o 10º aniversário do 11 de Setembro?
Bin Laden: Ah, para mim vai ser um dia normal. Levanto-me, tomo o pequeno-almoço, olho-me ao espelho para ver se o buraco da cara está com bom aspecto, vejo as notícias, mando uns piropos às 72 virgens, só para assustá-las um bocadinho, rezo a Alá, enfim, faço tudo aquilo que um bom muçulmano deve fazer, à excepção de bombardeamentos porque já não tenho saúde para isso.
Peter of Pan: Bin Laden, muito obrigado.

quinta-feira, setembro 08, 2011

Ser sportinguista nos dias que correm

Aqui no local de trabalho, só há três sportinguistas assumidos: eu e mais dois colegas. Os outros sportinguistas que eventualmente existam não se assumem, e na verdade fazem eles muito bem, pois há poucas coisas tão desagradáveis quanto vir no elevador e ter um portista, um benfiquista, um bracarense ou um vilarealdesantoantóniense segredando aos ouvidos uns dos outros coisas como "psht, olha, aquele ali é sportinguista, coitado, não, não apontes que é feio, olha só e deixa-o estar. Logo à noite, quando ele já tiver ido para casa, enchemos-lhe o gabinete com preservativos usados".

Eu e esses meus outros dois colegas, pela primeira vez em toda a história da instituição para a qual laboramos, cruzámo-nos no corredor que leva ao bar. Já tínhamos estado dois a dois, mas nunca os três juntos. Nunca! Havia sempre uma terceira parte que jamais estava presente. Porém, agora deu-se um tal recontro. Três seres em tudo diferentes, unindo-os apenas o sportinguismo. Olhámo-nos em silêncio, no meio daquele corredor que, mais ninguém presente, se assemelhava à vastidão do espaço sideral, e depois abraçámo-nos. Abraçámo-nos com força, desenhando um pequeno círculo naquele corredor que parecia ser todo nosso. Um exclamou, com a lágrima à beira de pingar do olho, "agora com o Elias é que vai ser!". O outro, entre soluços, só conseguiu dizer "os árbitros. Temos de baixar a bola aos árbitros!". E eu, mais calmo e fleumático, rematei um "f*da-se, ao menos já não temos o c"r@lho do Djaló nem o lambe piç*s do Postiga a estragarem as jogadas, filhos da p#ta do c@r&lho!". Ficámos uns minutos assim, reflectido em tudo o que havia sido dito, desabraçámo-nos e foi cada um à sua vida.

Posso confessar que foi um momento emocionante. Nunca aquelas paredes, aquele chão e aquele tecto tinham assistido a um tal índice de derrotismo. Um episódio digno de figurar numa novela mexicana...

quarta-feira, setembro 07, 2011

Mais um exemplo da ineficácia deste governo

O executivo conseguiu cortar no sol de Agosto quando o que as gentes exigiam era um mês soalheiro. Chegou Setembro, e em Setembro quer-se sempre um tempo mais ameno, mas o governo não, o governo, num claro sinal de arrogância, optou por, num laivo despesista, libertar o sol todo que havia poupado anteriormente. Se isto não é governar contra o povo, não sei o que é.

E a Merkel sobre isto não diz nada?!?!

terça-feira, setembro 06, 2011

Ódios de estimação

Detesto aquelas pessoas que enfiam tudo e mais alguma coisa no caixote do lixo. Isto é fazer do caixote do lixo um caixote do lixo!

segunda-feira, setembro 05, 2011

Os panos de Alexandre, o Grande

Eu e a gaja discutimos muito. Cerca de 25 horas por dia, 9 dias por semana. Por vezes, as nossas discussões chegam a vias de facto. Ontem foi uma dessas vezes, como já havia sido anteontem e no dia antes desse. Como tudo começou, já não me recordo: só sei que a páginas tantas vi a minha cara metade de vassoura em riste ameaçando a minha integridade física. Havia que fazer algo para me defender, e recorri à primeira coisa que tinha à mão, um normal pano de cozinha. Sim, à partida um pano de cozinha pouco ou nada pode fazer contra uma vassoura em mãos experientes, mas não vacilei e fui em frente. "AHA", disse eu, "agora é que estás tramada. Tenho aqui um pano de cozinha, nem com mil vassouras davas cabo de mim. Eh eh eh!". Ela não pareceu impressionada: "Pffft, se pensas conseguir defender-te de mim com um pano de cozinha meio sujo, então é porque és mais tonto do que eu imaginava."

Aquelas palavras reforçaram ainda mais a minha determinação. Eu não iria ceder. Se fosse preciso inventar uma história, eu inventá-la-ia. E, com um raciocínio mais rápido do que uma finta do Messi, lá engendrei uma história que fosse capaz de quebrar o cepticismo da minha gaja em relação às capacidades bélicas de um singelo pano de cozinha. Começei:

"Sabes o que aconteceu à última pessoa que duvidou de um pano de cozinha, sabes?! Chamava-se Dário, era rei da Pérsia e foi dizimado pelas forças de Alexandre, o Grande! Dário tinha elefantes, arqueiros, cavalos, e um exército de, sei lá, montes de gente. O Alexandre só tinha o seu cavalo Bucéfalo e um pano de cozinha, visto ter perdido a sua espada na campanha da Ásia Menor, e todo o seu exército tinha ficado para trás à procura do brinco de ouro do Vítor Baptista, famoso general macedónio que não deve ser confundido com um jogador do SLB do mesmo nome que quis o destino ficasse famoso por perder um brinco de ouro em pleno estádio da Luz. Que coincidência... Bom, mas não é preciso dizer-te o que aconteceu, pois não?! Todos os livros de História o sabem: Alexandre venceu e conquistou de vez o Império Persa. Só com um pano de cozinha! Quando o exército macedónio se lhe reuniu, houve celebração à farta, com banquetes, festas, sexo homossexual e sacrifícios humanos durante 10 dias. Aí, depois de uma enorme bebedeira e de haver sido arrombado nas traseiras por 10 enormes efésios, Alexandre propôs que, a partir de então, os macedónios largassem as armas de ferro e bronze e passassem a combater só com panos de cozinha. O problema é que ninguém seguiu a opinião do grande conquistador: fingindo acatar as ordens de Alexandre, os macedónios acabaram por pegar nos panos de cozinha e, em lugar de se armarem com eles, resolveram fazer mangas para as suas armaduras, daí a velha e popular expressão "dar pano para mangas". Resultado: a campanha seguinte, a da Índia, correu mal, Alexandre foi forçado a recuar e acabou por morrer na Babilónia, tudo porque os seus súbditos se recusaram a crer no poder de um pano de cozinha. E agora que acabei a minha narrativa, o melhor é pormos paninhos quentes sobre esta discussão e tu vais-te embora com a tua vassoura."

Ora, se a gaja não se mostrou impressionada quando eu a ameacei com o pano de cozinha, menos ainda ficou no final da minha história. Ficou uns 5-6 segundos a olhar para mim com a cara que, julgo eu, um psiquiatra olha para o seu paciente e após esse pequeno hiato resolveu-se a dar com a vassoura na minha cabeça, deixando-me estatelado, sem reacção e de pano de cozinha à banda.

Moral da história: há duas. Primeira, nem sempre fugir para a frente é a melhor opção. Se eu tivesse fugido para trás, ou para os lados, talvez a gaja não me apanhasse. Segunda, e por mais incrível que pareça, um pano de cozinha não é mesmo rival para uma vassoura. É a vida...

sexta-feira, setembro 02, 2011

De pequenina é que se torce o volante

Vi nas notícias enquanto tomava o pequeno almoço, e vocês podem ler aqui: uma menina de quatro anos andou a conduzir a carrinha do pai por uma autoestrada na China. Este acontecimento é tão insólito quanto tocante: a menina não tem carta de condução, não usa cinto de segurança, ultrapassa outros veículos à maluca, não respeita regras elementares... dá mesmo vontade de dizer: tão pequenina, tão chinesa e já está a aprender tudo aquilo que um português comum faz!

E depois nós ainda nos queixamos de falta de reconhecimento internacional... uma chinesa que se comporta como um português é prestígio! Enfiem, Nações Unidas! Embrulha, União Europeia! Os valores portugueses espalham-se pelo globo a uma velocidade maior do que o crescimento da dívida madeirense!

quinta-feira, setembro 01, 2011

Como resolver esta dúvida?!

Quero pôr uma campainha na bicicleta, mas não estou com vontade nenhuma de ter daquelas que fazem dlim, dlim. Isso é muito mariquinhas. O que eu verdadeiramente quero é arranjar uma campainha máscula, mas agora estou na dúvida pois tenho duas opções igualmente legítimas para funcionar como toque.

Uma, é pôr como toque a minha própria voz a gritar "Desviem-se, caralho". Cada vez que eu carregasse na campainha, saía aquilo. Parece-me, na teoria, maravilhoso, e aposto que na prática seria mais maravilhoso ainda.

Outra, é pôr como toque já não a minha, mas a voz do Hélio a pedir o célebre "Sai da frente, Guedes". Uma vez mais, isto aparenta ser maravilhoso do ponto de vista teórico, e maravilhoso mesmo, mais do que a teoria que defende ser o Djaló um jogador de futebol (a propósito: vocês não têm pena do Nice?! Eu não! Foi um negócio bué da naice...).

O que escolher, então?! Eu não consigo decidir-me, pois ambas são bastante viáveis, tirando o pormenor logístico de colocar um ou outro toque numa campainha analógica, mas pronto, nada que um pedido ao nosso ministro das Finanças não resolva, se ele consegue ter a cara de pau de aumentar as merdas todas e ainda continuar vivo, é homem para reiventar a Física e conseguir meter um produto digital numa casca analógica. Só falta mesmo é escolher qual o toque que quero...

Ah, dilemas e mais dilemas...