segunda-feira, abril 30, 2012

Peter of Pai

Andei ausente do blogue por uma razão muito simples: o meu melhor post de todos os tempos foi publicado. Nasceu o meu filhote! Como consequência, a partir daqui esperem por muitos posts sobre cocó. É para variar dos meus habituais posts de merda.

Hãããã... pois!

quinta-feira, abril 19, 2012

Cartão do cidadão Peter of Pan

Fui levantar o meu cartão do cidadão. O sentimento foi agridoce. Desde logo, assustei-me com o bicho que aparecia na fotografia; só depois de me acalmar consegui aperceber-me de que aquela coisa meio alienígena era eu. Mas nem tudo foi mau. O cartão do cidadão acaba por ser uma merdinha pequinininha que substitui várias merdinhas pequinininhas: o bilhete de identidade, o número de contribuinte, o número de beneficiário da segurança social e o número de utente de saúde. São várias merdinhas, pequinininhas, como já disse, mas todas juntas ainda aleijam, e bastou retirá-las da minha carteira para perceber que o peso total desta se reduziu pràí em meio quilo! O meu rabo já agradece!*

*Pá, sim, ando com a minha carteira no rabo. No bolso de trás das calças, para ser mais preciso, não vão cá vocês pensar noutra coisa...

terça-feira, abril 17, 2012

Venho eu do almoço...

...vou para o local de trabalho, dá-se-me a dor de barriga, vou até ao W.C. Ocupo um dos dois cubículos e arreio as calças. Dou um pum subtil. Subtilíssimo, mesmo. Ouço passos. O outro cubículo acaba de ser ocupado. E sinto vir lá outro pum. Daqueles nada, nada subtis. Ainda penso na possibilidade de se dar uma coisa assim semelhante a esta



mas fico com vergonha e também desconheço a índole de quem se sentou na outra porcelana. Pode ser alguém sem sentido de humor. E sem gases, o que é tanto ou mais recriminável. Tento aguentar ao máximo o pum. Faço força. Tenho os músculos do cu tão contraídos que se soltasse o tijolo agora, aposto que saía dali um diamante. Ainda assim, por mais força que faça, sinto o pum escapar-se-me. Temo uma tragédia. Escapou-se: não foi o trovão que imaginei pudesse ser, foi mais um fuííííííííín agudo. Do outro lado, o meu compadre tem a lata de dizer "'tá mau isso, hã?!". Nem tenho tempo de responder: o meu cu fá-lo por mim. Outro pum, desta feita um FRÓÓÓÓM que, se um instrumento fosse, só podia ser uma tuba. Se eu tivesse algum sítio onde me esconder, era logo. Quer dizer, até tinha, mas era uma sanita, não conta. Do outro cubículo, o coitado levanta um "Dass!" Lá faço o que tinha a fazer, limpo o que tenho a limpar, visto-me, lavo as mãos e saio do W.C. mais depressa do que o governo inventa medidas de austeridade.

Foi mau, foi muito mau...

segunda-feira, abril 16, 2012

Negócios em ascensão: dar nas orelhas

A minha gaja, sou eu o primeiro a reconhecê-lo, tem múltiplos talentos. Mas há um talento dela que é mais talento do que os outros: esse talento é o de dar nas orelhas. A minha gaja é o Messi do dar nas orelhas! E não vão só por mim, que tenho levado nas orelhas desde há tempos imemoriais: as amigas da gaja têm levado tanto ou mais nas orelhas do que eu, e o que é mais espantoso, elas voltam! Elas querem! Elas gostam!!!!!

Dotado de olho para o negócio, estou decidido a aproveitar tais qualidades e fazê-las render um bom dinheiro. O primeiro passo será montar um site. Já está tudo mais ou menos planeado: a homepage terá uma foto da minha gaja, e o seguinte slogan, que considero extremamente apelativo:

"Precisas de levar nas orelhas e não sabes como nem tens quem o faça? Não sejas estúpido(a). Liga já para a Gaja do Peter of Pan e leva nas orelhas como nunca levaste. Satisfação garantida.
As primeiras 10 chamadas receberão um desconto de 10% na primeira sessão e de 5% nas sessões seguintes."

E o programa, também já o tenho todo montado. A minha gaja, qual Freud de dar nas orelhas, prestará um serviço em 5 sessões. Os conteúdos, os horários e o preçário seguem abaixo.

Levar nas orelhas: programa psico-analítico ministrado pela Gaja do Peter of Pan

Sessão 1: "Se eu fosse a ti, não teria feito isso". 1 hora. 100€
Sessão 2: "És mesmo parvo(a), não sabes que o melhor era agires assim e assado?!". 45 minutos. 75 €.
Sessão 3: "Pá, mas quem é que te atura?! Chiça...". 45 minutos. 75€
Sessão 4: "O que tu merecias era um estaladão, para abrires a pestana". 1 hora, com mais meia hora de opção dependendo do número de estalos. 100€ ou 150€
Sessão 5: "Ó f*da-se, deixa de ser um(a) choninhas e faz-te à vida, c@r@lho, irra!". 30 minutos. 50€

Digam lá se isto não vai ser só chover dinheiro para os nossos lados...

sexta-feira, abril 13, 2012

Um post em rage comic


True story...

quinta-feira, abril 12, 2012

Eu pensava que estas coisas só aconteciam em sketches dos Monty Python...

Lembram-se daquele sketch dos Monty Python com velhotas delinquentes?!? Se não se lembram, é este aqui, vejam que eu espero:



Pronto, já viram?!
Hoje vivi uma situação semelhante no comboio. Fui tentar sentar-me no único lugar livre da carruagem, um lugar junto à janela. Os outros três lugares (recordo que era um comboio: os assentos são aqueles 2 a 2, virados um para o outro) encontravam-se ocupados por três vetustas velhotas; o que eu queria ocupar, reparei enquanto me aproximava, afinal não estava propriamente livre, visto ter umas malas de velhota em cima. Educadamente, pedi licença. As velhas levantaram a cabeça e baixaram-na de novo. Nada! Voltei a pedir licença. Entre uns renhónhónhós de reclamação, uma das velhas lá tirou as malas de cima do banco. Sentei-me. Senti três pares de olhos dardejando na minha direcção. Eu, que já viajei em carruagens apinhadas de bêbedos, de ciganos, de negros, de adeptos do Benfica, pela primeira vez tive medo. Medo esse que se viu reforçado quando as velhas resolveram entrar na galhofeira. Falavam aos berros, riam-se com aquele riso assustador e agudo, um IHIHIHIHIHIHIHIHIH que se entranha nos ouvidos e de lá não quer sair, uma delas babou-se, outra abriu a boca de tal maneira, revelando uma caverna tão negra e profunda, que fiquei surpreendido por não ver de lá sair um ou dois morcegos. O medo por mim sentido depressa se transformou em terror, e o terror só não se transformou em cagaço porque me concentrei muito. Já tinha visto Orçamentos de Estado mais simpáticos do que a situação presente. Eu só desejava que aquilo acabasse...

Por sorte, acabou três estações depois. Só que a saída das velhas dos seus respectivos lugares foi tudo menos pacífica: a que estava imediatamente à minha frente, ao levantar-se, deu-me com a mala no joelho. De forma irónica, proferiu um "Ah, desculpe, jovem"... e riram-se as três com aquele irritante IHIHIHIHIHIHIHIHIHIHIHIHIHIH! Além de mal educadas, eram provocadoras. Mas pronto, ao menos tudo tinha terminado e, se bem que ferido no meu orgunho, estava vivo. E inteiro. A partir de agora, contudo, sempre que vir velhotas em grupo, fujo. É melhor...

quarta-feira, abril 11, 2012

Ó pá, vão-se lixar. Assim já não posso ser do contra!!!

As minhas opiniões colocam-me, desde há muitos anos, sempre do lado da minoria. Em todo e qualquer assunto, eu estou do contra. O país é maioritariamente benfiquista?! Então eu sou sportinguista. A maioria dos sportinguistas é anti-benfiquista?! Eu também sou, mas sou mais anti-portista. O país é maioritariamente católico? Então eu sou ateu. O país é maioritariamente centro-direita?! Então eu sou de extrema-esquerda. Enfim, podia estar nisto o dia todo... note-se, no entanto, que além de serem do contra, as minhas posições distinguem-se também pela sua cristalina lucidez. O que me leva àquilo que me incomoda de momento.

No que toca ao actual governo que dirige o país, sempre me assumi como um anti-passos coelhista. Aliás, eu já era anti-Passos Coelho quando o Passos Coelho ainda só mandava na JSD (sim, sou muito hipster, eu!). O Passos Coelho ganhou as eleições, o pessoal todo aplaudiu, e eu só dizia mal do gajo. O Passos Coelho continuou no seu estado de graça, o pessoal todo gostou, e eu só dizia mal do gajo. Mas agora, agora toda a gente diz mal do gajo. Neste cenário, como fico eu, euzinho, eu que sempre disse mal do gajo?! Como é que posso continuar a ser do contra num contexto assim?! Se vocês todos dizem mal do Passos Coelho, o que é que eu estou aqui a fazer?! Nada!

Portanto, a partir de agora, e de modo a continuar com a minha atitude de ser do contra, atitude essa que é tão identitária, que faz tão parte de mim como, sei lá, gostar de mamocas, portanto, dizia eu, para poder ser do contra neste actual cenário em que todos estão contra o Passos Coelho, comprometo-me a dizer bem do Passos Coelho. Por exemplo, acho que o Passos Coelho está a ser muito competente a...







...a...










...a...










AHHHHHHH, f*da-se! Raios partam!!! A culpa é toda vossa. Vá, voltem lá a apoiar o Passos Coelho, caramba!

terça-feira, abril 10, 2012

E se enfiassem mas era os catetos no quadrado da hipotenusa, hã?!

Então não é que os manuais escolares vão aumentar? Em especial, há um - tinha de ser de Matemática - que vai passar a ser vendido pela módica quantia de... tcharam: 37,51 €uros. A esta altura, os paizinhos dos estudantes estão a pensar exactamente aquilo que o Doc Brown pensou quando o Marty McFly disse quais as necessidades energéticas do DeLorean para viajar no tempo:

ONE POINT TWENTY ONE GIGAWATTS?!?!?

É duro, não é?! Por aquele preço (convertendo para escudos, dá 7.500$00. Por um livro de matemática, caramba), só espero que a sequência de Fibonacci apareça com as mamas à mostra, que as equações diferenciais tenham muito sexo lésbico e que os números inteiros não se ponham com paneleirices. Se assim for, até pode valer a pena.

Não deixa de ser irónico, no entanto, que para adquirir um mero livro de matemática para os filhos, sejam os encarregados de educação aqueles que têm logo de fazer contas...

segunda-feira, abril 09, 2012

Diferentes estúpidos, a mesma estupidez

Ora, ora: parece que um simpático grupo de 1309 pessoas, o mesmo número das que embarcaram na viagem original do barquinho que deu um filme bastante rentável, quer refazer o percurso que foi interrompido há 100 anos atrás por um cubinho de gelo. Está tudo aqui. A minha pergunta é: a reconstituição vai ser fiel ao ponto de também desta vez esbarrarem contra o iceberg?! Ou vão armar-se em maricas e levar o barco até Nova Iorque?! E se o fizerem, será que ainda podemos falar de reconstituição?!

E ninguém falou ainda dos tubarões! Os tubarões, que ficaram super-excitados quando ouviram boatos acerca da repetição do que ocorreu há 100 anos atrás, e que circula na mitologia tubarina como "o dia em que o mar da Islândia gerou papinha da boa", ocasião só comparável, na mitologia humana, ao maná que caiu aos hebreus no deserto aquando do Êxodo. Ora, como ficam os tubarões?! São capazes de ficar chateados se a viagem tiver um desfecho diferente da original, não?! É bom que as 1309 aventesmas pessoas pensem um pouco nisto. Ou fazem as coisas bem feitas, ou então não vale a pena.

Ficamos todos então à espera de ouvir nas notícias aquilo que todos nós, e por nós refiro-me a mim e a um cardume de tubaritos, queremos.

quarta-feira, abril 04, 2012

Diálogos parvos (a série continua... e não tem fim)

O despertador toca. O macho lá de casa (para quem tem dúvidas, trata-se de mim) levanta-se. Toma duche. Vai vestir-se. É aqui que entra a indignação:

Ela: Mas...mas... tu vais de manga curta?!?!
Eu: CLARO!
Ela: [com desespero, estupefacção, incredulidade e coisas afins estampadas na voz] Deves ser doido...

Nada diz "isto hoje vai ser um dia do caraças" como a expressão "deves ser doido" proferida pela mais-que-tudo...

segunda-feira, abril 02, 2012

Comprimidos vaginais: um incómodo linguístico

Anda por aí um anúncio nas televisões a publicitar uma marca de comprimidos vaginais. O nome da marca agora escapa-se-me, mas o conceito de "comprimidos vaginais", bom, esse agarrou-se-me aos neurónios e provocou uma certa indignação. Indignação essa que posso resumir no seguinte questionamento: mas por que raios é que os comprimidos vaginais hão-de ser chamados assim, de comprimidos vaginais?!

Não sendo eu farmacêutico, considero porém que a questão merece alguma reflexão, quanto mais não seja porque sim. Ora, reflectindo, chega-se a uma primeira conclusão: como se chamam os comprimidos que se tomam por via oral?! Comprimidos. E como se chamam os comprimidos que se tomam por via anal?! Supositórios. E, lá está, como se chamam os comprimidos que se tomam por via vaginal?! Comprimidos vaginais.

Pois bem, é este o cerne do problema! Por que razão estranha se favoreceu, na nomenclatura de fármacos, o rabo em desprimor da racha?! Por que razão os comprimidos que se enfiam pela peida acima têm um nome exclusivo, enquanto que aqueles que se têm de meter pela boca do corpo se limitam a levar um mero acrescento lexical literal: "vaginais"?!?! Trata-se, sem dúvida, de um claro empobrecimento da língua de Camões, que tem palavras e mais palavras para designar o órgão genital feminino, mas nenhuma delas foi aproveitada para, à semelhança do que aconteceu com o supositório (um termo que designa sem qualquer ambiguidade um medicamento que é colocado no corpo via anilha), criar um neologismo que substituísse a tão feia expressão "comprimidos vaginais". É caso, então, para começar a dar uso à língua em favor da vagina. Hã?! Pois...

Acrescento, desde já, que não é só por razões estéticas que trago este assunto à liça. Não. Há razões também práticas. Se houvesse um termo próprio que designasse os comprimidos vaginais, muitos equívocos poderiam ser evitados. Um exemplo: imaginem vocês que estão numa festa. A dado momento, uma das vossas amigas interrompe: "ah, quase me esquecia de tomar o comprimido. Alguém segure na minha mala enquanto procuro". Vocês, claro, como pessoas de bem que são, ficam a pensar: ela vai buscar um copo de água, ingere o comprimido e a festa pode continuar como até aqui. Só que, quando ela encontra o dito comprimido, não vai buscar copo de água nenhum: em vez de enfiá-lo pela goela abaixo, levanta a saia e espeta-o pela perseguida acima. O resultado óbvio é que, depois disto, nenhuma festa fica como até então.

É portanto, também por este motivo que sugiro uma nomenclatura que faça pela pachacha aquilo que o supositório faz ao cu. Algo que encaixe lá bem, no fundo. Agora, bem sei que esta sugestão levanta novos tipos de problemas. Afinal, que nome dar à coisa? Pachachamido?! Ratatório?! Suposicoño?! Sei lá, as hipóteses são tantas... Mas o que eu acho é que se deveria dar mais atenção a isto do que ao Acordo Ortográfico, lá isso acho!...