quinta-feira, janeiro 29, 2015

O meu superpoder

Descobri ter superpoderes! Eu já andava desconfiado há muito tempo, pelo menos desde os meus cinco anos, altura em que me mascarei de Super-Homem no carnaval. A licra e a capa assentavam-me mesmo bem, caramba...

Bom, o meu superpoder é um superpoder mesmo superfixe. Sou imune ao álcool! Tenho andado a beber tanto, mas tanto, e a verdade é que os efeitos secundários normalmente associados à ingestão de álcool não aparecem! Sempre fui resistente ao álcool, sim; trata-se certamente de uma predisposição genética destinada a fazer de mim um campeão nas visitas ao Bairro Alto, mas assim tão resistente como sou agora é algo que já não pode ser explicado com base nos mecanismos evolucionistas. A única explicação consistentemente lógica só pode ser esta: devo ter bebido alguma garrafa de Licor Beirão modificado pela radioactividade e pimba, o meu fígado sofreu mutações que me dotaram de imunidade ao álcool. Nada mal!...

O senão disto tudo é que este superpoder ainda não é lá muito bem aceite pelos outros seres superpoderosos. Na semana passada viajei até à mansão dos X-Men à espera de ocupar um lugar na equipa, e a entrevista não correu tal como eu esperava:

Professor X: Então tu tens superpoderes?
Eu: Sim.
Professor X: E que superpoderes são esses?
Eu: Imunidade às bebidas alcoólicas.
Professor X: Mas já nasceste com essa capacidade?
Eu: Mais ou menos... acho que foi sobretudo um Licor Beirão estragado que me deixou assim.
Professor X: Mau! Nós aqui só aceitamos mutantes!
Eu: Os meus amigos chegados e a minha família sempre disseram que eu era uma coisa dessas!
Professor X: Nós aqui por "mutante" queremos dizer uma pessoa que nasce com superpoderes. Só é X-Man quem é mutante. Não basta ser picado por uma aranha radioactiva ou ser banhado por raios cósmicos para fazer parte da nossa equipa. Não aceitamos qualquer um.
Eu: Ah. Mas isso não é racismo? "Se és mutante, és dos nossos, se não és, fora daqui"? Posso fazer desde já queixa à Comissão de Ética dos Super-Heróis.
Professor X: Cala-te. Há ainda outra coisa.
Eu: O quê?
Professor X: De que servem os teus superpoderes na luta incessante contra os vilões?
Eu: Bem, numa luta não servem lá de muito, mas se vocês quiserem convidar o Magneto para beber uns copos, sou o vosso homem!
Professor X: ... ó pá, vai-te lá embora antes que eu te frite o cérebro...

Foi isto. Algo me diz que vou ter de formar o meu próprio colectivo de super-heróis. E combater o mal com uma garrafa de uísque numa mão e um copo de martini na outra.

terça-feira, janeiro 27, 2015

Somos gregos!

A Grécia está numa maré de sorte bestial. Elegeu para o governo um conjunto de pessoas de extrema-esquerda (e agora estou de mão esquerda fechada no ar!) e ficou sem o Demis Roussos.

Nas eleições legislativas portuguesas programadas para este ano, vamos todos votar PCP, BE e PCTP-MRPP! Pode ser que fiquemos sem o Tony Carreira, o Marco Paulo e o Neno.

quinta-feira, janeiro 22, 2015

Estou aqui, fuzilem-me!

Parece que aqueles maluquinhos do costume fuzilaram 13 rapazes por verem um jogo de futebol.

Sortudos, estes 13... E ainda dizem que o 13 é o número do azar... Só eu é que não tenho a felicidade de ser morto após um jogo... Ontem no final do Belenenses X Sporting dava tudo para ter um fundamentalista a meter-me uma bala nos cornos!

(mas que bando de mentecaptos é aquele que leva 3 do Belenenses depois de estar a ganhar 2 a 0?!?! Há coisas, francamente, de que só o Sporting é capaz...)

quarta-feira, janeiro 21, 2015

Desconfio que nasci com a orientação sexual errada

Início da tarde:
Encontro com um colega. Conversa puxa conversa, acabamos a falar do Pulp Fiction. Vamos almoçar juntos. Passamos o tempo todo a recordar partes do filme e a interpretá-las. Concordamos que é o melhor filme jamais feito. Despedimo-nos afectuosamente. Almoço perfeito!

Início da noite:
Pego no dvd do Pulp Fiction. Insiro-o no leitor, para, espicaçado pelo diálogo que decorreu à hora de almoço, rever a película. Pela nãoseiquantésima vez. A esposa entra na sala: "estás a ver o Pulp Fiction? Outra vez?! Mas que gaita?! Não sei o que vês nesse filme...". Só não me irrito porque não gosto de perder nem uma pontinha do frame que está a passar na televisão.
 
Maldita a hora em que os meus níveis de testosterona me tornaram heterossexual!

segunda-feira, janeiro 19, 2015

À guerra, rapazes!

Segundo os notíciários (não, não me apetece linkar. Procurem vocês), Portugal dispõe de cerca de 200 toneladas de urânio nas minas da Urgeiriça que poderiam servir para o fabrico de armas de destruição em massa.

(uma primeira nota cínica: se os americanos soubessem disto, já estaríamos a ser bombardeados)

Ora, isto quer dizer que possuímos matéria-prima suficiente para nos tornarmos uma megapotência militar. Acho muito bem porque, com Portugal armado até aos dentes com um arsenal nuclear de respeito, não só nos tornaríamos o país que o Bandarra sonhou que seríamos, como o mundo se transformaria num local mais habitável. Tudo porque um Portugal nuclear seria, ao contário de um Paquistão, de uma China, de uns Estados Unidos, um Portugal nuclear fofinho, que utilizaria as suas armas em benefício próprio, pois claro, mas como os interesses deste pequeno país são tão, digamos, pequenininhos, praticamente não haveria sofrimento provocado por danos colaterais. Vejamos, pois, o que Portugal executaria por meio da destruição nuclear:

1. Guerra com Espanha pela posse de Olivença. Uma bomba nuclear no estádio Santiago Bernabéu e os espanhóis ficavam todos com o rabinho entre as pernas. Danos colaterais: ficar sem o Ronaldo e o Fábio Coentrão. Não se perdia muito, portanto (sim, sim, não me lixem: até a Irina já abandonou o Ronaldo!).

2. Guerra com a Noruega pela posse do bacalhau. É uma chatice termos de mandar vir, e pagar por isso, bacalhau de um país que nem sequer se interessa pelo bacalhau. Por isso, ameaçava-se o país dos fiordes com umas bombazitas: ou faziam um desconto na ordem dos 90% ou cabum! em Oslo. Se isto não funcionasse, ameaçava-se os próprios bacalhaus: ou vocês vêm reproduzir-se junto das Selvagens ou levam com umas bombazitas nos cornos (até ficavam mais fáceis de apanhar e tudo. E a radiação era um extra, algo capaz de gerar até mais mil novas maneiras de cozinhar bacalhau).

3. Impor o Zézé Camarinha como Secretário-Geral da ONU. Foda-se, isto era lindo.

4. Guerra com Trinidad e Tobago, só porque tem um nome estúpido. Obrigar a nação a mudar a sua designação oficial para Cátia Andreia.

Acho que isto basta para reconhecermos o potencial destrutivo-construtivo das carradas de urânio da Urgeiriça. Força, Portugal!

segunda-feira, janeiro 12, 2015

Apontamento de muito mau gosto, mas em bom

Acerca do golo marcado pelo Tanaka no último minuto do jogo com o Braga: desde Pearl Harbour que os japoneses não tinham tão boa pontaria.

Boa semana.

quarta-feira, janeiro 07, 2015

Tempo, vai à merda!

Aquilo que se tem passado nas últimas duas semanas em Portugal no que toca à meteorologia só pode ser classificado como um autêntico desperdício de frio. Está um frio do caraças, não se pode andar na rua sem trazer um mil-folhas de roupa, e isto tudo para quê?! Para nada! Um gelo destes estava a pedir mesmo sabem o quê? Neve! Farta e branca neve! Se nevasse, ao menos o frio teria servido para alguma coisa. Mas não neva. Bardamerda...

E por que queria eu que nevasse? Bom, além da estética (aquela história do "manto branco" e tal...), eu gosto deveras de neve porque faz o mundo assemelhar-se a um gigantesco gelado. E tudo o que se assemelhe a um gelado só pode ser bom. Se o João César das Neves tivesse neve na sua estrutura ontológica e não apenas no nome, eu era gajo para o lamber e chupar todo, mas isto cá sem paneleirices.

Melhor do que um mundo parecido com um gelado, só um mundo parecido com duas gigantestas e bem formadas mamocas. E melhor ainda do que isto, só um mundo parecido com duas mamocas cobertas de neve até à pontinha dos biquinhos.

Obrigado por nada, frio gélido de merda!