quinta-feira, outubro 29, 2015

Desconfio que estou a tornar-me num autohomossexual

Por um acaso do caraças, quando saía do duche esta manhã tive um vislumbre do meu rabo no espelho da casa de banho. E não é que estou com um rabinho para lá de bom? (E agora, AVISO, entra uma descrição bués homoerótica. Se não gostam e querem antes conteúdos másculos, vão à página de Facebook do marido do Eduardo Beauté!) O meu rabo está cheiinho, redondinho, empinado e musculado, forte e atraente. É um rabo que exibe uma elegância arrogante, como se dissesse de si próprio: "sou bom, sei disso e não tenho problemas em mostrá-lo".

O meu rabo está tão apetecível que eu, se fosse eu, comia-me a mim mesmo sem pensar duas vezes.

Mas aqui é que está a questão! Estou a confessar a minha homossexualidade! Uma homossexualidade bastante específica, neste caso, porque é única e exclusivamente relativa à minha própria pessoa (e por "pessoa" quero dizer, naturalmente, "rabo"). Em circunstâncias normais, qualquer mínimo desvio apanascado da minha parte seria rapidamente abafado por pensar em mamas. Por exemplo, se a minha gaja me perguntasse "Olha lá, tu és homem, mas não achas o Chris Hemsworth giro?", e eu começasse a pensar no assunto e à minha mente, essa parvalhona, lhe desse para o "sim", bastaria evocar seios femininos para me voltar a sentir o gajo mais viril à face do sistema solar. Agora, neste novo cenário pós-visualização do meu rabiosque à saída do duche, sempre que me esforço por pensar em mamas, a imagem que bate na minha cabeça é a do meu cu (que frase, por Slimani, que frase...).

Não sei onde vou parar, mas enrolar-me comigo próprio é uma grande probabilidade. Não consigo tirar o meu cu da minha cabeça (e esta frase é ainda mais... sei lá!... do que aquela...). E o pior é que isso anda a excitar-me.

Que estranho mundo este, em que um gajo se sente atraído pelo próprio rabo...

terça-feira, outubro 27, 2015

Ganda molha, ó pá!

Fui enganado, ontem.

O dia levantou-se até animador, com um céu azul pontilhado aqui e ali por umas fofinhas nuvens brancas. Arrisquei e levei a bicicleta para o trabalho, até porque quando finalizasse o expediente, tinha de ir aqui e ali por Lisboa resolver umas cenas.

Claro que a partir das 18 horas, mais coisa menos coisa, tinha de cair uma daquelas chuvadas. Nem o meu casaco ultra-xpto-para-andar-de-bicicleta-comprado-caríssimo-aí-uns-5-euros-no-Lidl serviu para atenuar a valente molha que apanhei. Fiquei em estado líquido, verdadeiramente. Mais molhado do que o pito de uma adolescente em dia de concerto dos One Direction. Cheguei a casa a pingar e os meus pés pareciam couves velhas.

E há uma coisa que eu tenho de apontar. Fónix, está bem que caiu água c'mó caraças, mas ajudaria uma beca que as estradas de Lisboa fossem menos esburacadas. Não percebo: sempre e sempre em obras, mas chove e é a mesma merda. Lisboa transforma-se numa piscina, até admira que não tenhamos mais nadadores a lutar por medalhas nos jogos olímpicos quando temos o mar aqui ao pé do território nacional e as águas da chuva tão dentro dele. Ali a zona do Saldanha dava na boa para servir de refúgio aos golfinhos que um dia decidam abandonar o estuário do Sado, e o cruzamento da Marquês de Tomar com a Av. de Berna parecia a fossa das Marianas, mas com uma beca de mais água. Pá, se é para isto que o ex-presidente da Câmara da capital António Costa vai ser primeiro-ministro de um governo de esquerda, podemos esperar nada mais nada menos do que o regresso de Portugal ao seu passado marítimo, onde naus atracadas no Lumiar levantam ferro para levar a reforma agrária ao Alentejo profundo.

A minha bicicleta ficou muito bem lavadinha, contudo...