quarta-feira, junho 30, 2010

Também, com um cognome desses, estavam mesmo a pôr-se a jeito...

Olhem só as frases de efeito que podemos construir à conta da derrota de ontem:

"Navegadores ficam a ver navios"

"Armada espanhola afunda navegadores portugueses"

"Navegadores metem água nos oitavos de final"

"Espanhóis tomam conta do leme da selecção lusa"

"Chupem, seus gandas palhaços!!!"


Ok, ok, nesta última está ausente o motivo marítimo, mas e daí?!

terça-feira, junho 29, 2010

Conflitos conjugais: a luta por uma cama melhor

Já ouvi dizer que as mulheres têm, em média, uma temperatura corporal mais baixa que a dos homens em cerca de 2 graus centígrados. Também já ouvi dizer que o José Sócrates é um primeiro-ministro muito competente, por isso custa-me muito acreditar nas coisas que ouço.

Porém, e se me restringir ao universo da minha casa, o estudo que indica terem as mulheres um termómetro interior com valores mais baixos comparativamente aos machos é verosímil. E não se limita, essa discrepância, aos meros 2 graus centígrados. Não: lá em casa, o homem é do equador, e a mulher do pólo sul! A sério: a gaja, por mais calor que esteja, sente-se sempre com frio! Podem estar 50 graus na rua, e ela há-de queixar-se do fresquinho que está... Para a minha gaja, o aquecimento global não só não é uma calamidade como, efectivamente, é um aspecto indispensável à sua felicidade na Terra. No fundo, só ficará contente quando o planeta for um autêntico forno. Eu já lhe disse para poupar dinheiro no sentido de comprar uma viagenzinha até Vénus, porque parece que o efeito estufa provocado pela atmosfera do nosso vizinho astral origina temperaturas mais elevadas do que as que um homem sentiria ao ver, diante de si, a Megan Fox em brincadeiras íntimas com a Soraia Chaves numa banheira cheia de espuma, mas a verdade é que ela interpretou a coisa como uma indirecta minha para que desse de frosques. São mesmo torcidas, estas mulheres...

O confronto térmico entre mim e a gaja atinge o seu zénite na cama. Não, não é isso que vocês estão a pensar: eu não estou a dizer que a minha gaja, debaixo dos lençóis, é fria como gelo e eu um vulcão à beira da erupção. Nesse capítulo, a gaja é hot as hell (ui, ca bom!!!). O que eu estou a afirmar é que, na cama, e devido às nossas diferenças térmicas, gera-se - quando não estamos a cometer actos pecaminosos, daqueles que o João César das Neves não gosta - um confronto que faz o conflito israelo-palestiniano parecer uma ninharia.

E porquê?! Porque - lá está! - mesmo que esteja um calor capaz de cozer um ovo, para a minha gaja a cama nunca está suficentemente quente. Nem em pleno Verão! Ela só se sente confortável caso tenha o pijaminha vestido, um lençol por cima, mais um cobertor e até, por vezes, o edredão. Já eu, bom, eu durmo de boxers e dispenso todo e qualquer agasalho adicional. E é aqui que se gera a guerra: como posso eu estar confortável quando sinto um calor do diacho e a cama se encontra repleta de parafernália desnecessária?! Como posso eu dormir bem quando, de 30 em 30 segundos, uma voz me sussura aos ouvidos "Tenho frio! Põe o lençol por cima!"? Como consigo eu descansar nestas condições? Enquanto luto por uma cama mais fresquinha, a gaja combate-me com o desejo de um leito mais quente. E é isto toda a santa noite...

Estou a pensar seriamente em erigir uma espécie de muro de Berlim que separe os dois lados da cama. O meu lado não terá lençóis, nem cobertores, muito menos o edredão quando as temperaturas começarem a subir. Embora esta medida tenha como defeito a impossibilidade de contacto com a gaja (com um muro entre ambos, como é que poderemos, vá lá, prevaricar na cama?), em princípio dar-me-á a possibilidade de descansar em paz, à temperatura certa, em lugar de, como ocorre amiudemente, acordar às 3 da manhã alagado em suor porque a gaja se decidiu a cobrir-nos com o lençol, o cobertor, o edredão, a manta, a toalha de banho e tudo o mais que apanhou pela frente!

Ou isso, ou vou passar a dormir na rua à noite... sempre se está mais fresquinho!

segunda-feira, junho 28, 2010

O Pavlov é que tinha razão!

Quem não se lembra dos anos 80? Eu lembro-me, porque a minha adolescência apanhou parte desta década, e recordo-me perfeitamente de um dos grandes ícones sexuais desta altura: a Samantha Fox. A Samantha Fox era o equivalente da Beyonce ou da Jennifer Lopez dos dias de hoje, mas com a vantagem de ser muito mais explicitamente badalhoca. E o que nós, os adolescentes dos anos 80, gostávamos de badalhoquice explícita!...

A menina Samantha é sobretudo reconhecida graças a uma cançãozinha muito catchy, a Touch Me, cujo tom dançável e simples colocou a sua intérprete nas bocas do mundo... isso e o par de mamas, claro está. Qualquer adolescente masculino digno desse nome conhecia de cor aquele refrão (cito-o tal e qual me recordo):

Touch me, touch me
I want to feel your body
Your heart beat next to mine
Touch me, touch me now

e esses mesmos adolescentes, se saudáveis, depois de escutarem a canção na rádio ou, preferencialmente, após visionarem o teledisco, esgalhavam o pessegueiro pensando nas mamas da Samantha onde quer que houvesse oportunidade para tal: na casa de banho da escola, em casa quando os pais se ausentavam, debaixo da mesa de snooker na tasca do Quim Tó, ou nos caniços que ficavam nos terrenos abandonados pela Câmara. (ah, quão bom era ser adolescente durante os anos 80...)

O problema é que este tipo de coisas deixa sequelas. Há associações que, por mais tempo que passe, permanecem no cérebro, esperando a altura certa de se manifestarem. Foi o que me sucedeu ontem. Ontem fui, de manhã, a um supermercado comprar umas coisas para casa (cerveja preta, vinho, cachaça... enfim, tudo o que um homem precisa para passar um domingo em beleza) e nisto, zás, a música ambiente, que até então eu vinha ignorando, muda para a Touch Me da Samantha Fox quando eu já me encontrava na fila para a caixa. Resultado imediato: o meu inconsciente teve reminiscências da minha adolescência e comunicou com o meu corpo, e assim FIQUEI COM UMA BRUTA ERECÇÃO! EM PLENO DOMINGO, DIA DE MISSA, NO MEIO DO SUPERMERCADO! Ainda procurei disfarçar colocando a grade de cervejas, fresquinhas, na frente da minha zona pélvica. Ainda tentei, enquanto escutava a música da Samantha a sair do sistema de som, pensar noutras coisas, tipo na I Will Survive da Gloria Gaynor. Debalde... continuei com AQUILO de pé, e a situação não melhorou quando tive de colocar a grade de cervejas na passadeira para a garina da caixa poder proceder à sua contagem. Fiquei ali, com aquele mastro em riste, à mercê de toda a gente. Temi até que a coisa apitasse à minha passagem pelo alarme... e aquele som de fundo ("Touch Me, Touch Me, I Want To Feel Your Body") cantado pela mamalhuda respeitável artista Samantha só contribuia para o piorar da situação.

Felizmente - e essa foi a minha sorte - a canção é relativamente curta, e lá chegou ao seu término. Quase automaticamente, o meu animalzinho fez fuóóóóón, ou seja, passou a um estado de semi-erecção. Pude evitar então maiores vergonhas, e pirei-me tão depressa quanto possível do supermercado para fora, carregando a grade e as garrafas como podia, ao mesmo tempo que cantarolava o refrão da Olhos d'Água do Toy, isto com o inteligente propósito de evitar que aquela "Touch Me, Touch Me, I Want To Feel Your Body" se reapoderasse do meu ser, e por meu ser refiro-me, obviamente, à minha picha. Isto de certa forma resultou, embora tenha ainda assim ficado um pouco mal visto ("Ó Amélia, já me viste ali aquele bêbedo maluco a cantar uma música do Toy? Ainda por cima, desafina que se farta, raio do homem! E é impressão minha ou ele está com o coiso semi-erecto por debaixo dos calções?"). Quando cheguei a casa e a gaja me perguntou se tinha corrido tudo bem, limitei-me a um "Sim, sim", deixei as bebidas no frigorífico e fui que nem um tiro para a casa de banho, onde, rendido, deixei que a música da Samantha me invadisse e o meu falo se erigisse... e fiz o que fazia na minha adolescência.

O Pavlov é que sabia, pá! Há reflexos que já estão como que programados, e no meu caso, sei bem o que sucede quando ouço a Touch Me... TÓIN!!!!

Despeço-me com a homenagem devida à boazona do caraças magnífica cantora em questão e espero que as vossas casas de banho estejam livres. Até amanhã.

sexta-feira, junho 25, 2010

Reacções à eliminação da Itália


Depois dos franciús, ontem foi a vez dos mafiosos amantes de pizza voltarem para casa. A Squadra Azzurra, detentora do título de campeã do mundo, foi com os porcos!!! E mais que os próprios italianos, há um grupo de indivíduos que sentiu, com pesar, este abandono: os gays! Os gays, habituais apreciadores das qualidades da selecção italiana, não ao nível do catenaccio e sim dos corpos normalmente bem torneados dos futebolistas transalpinos, ficaram perplexos. E eu, como acho alguma piada a gays chorosos, peguei no microfone (não, a sério: foi mesmo no microfone e não naquilo que vocês estão a pensar), vesti umas cuecas de aço, uma camisola a dizer "Eu cá gosto é de mamas" e desloquei-me até uma discoteca gay da capital pronto a entrevistar alguns rabicholas. Eis alguns depoimentos que obtive:

Rabicho 1: "Fiquei muito triste com a saída da selecção italiana. Já não chorava tanto desde que o meu ex-companheiro me quebrou um frasco de perfume Armani quando saiu de casa"

Rabicho 2: "Este Mundial está a ser uma porcaria. Primeiro, quase todas as selecções de pretos caralhud... aham, de futebolistas africanos, ficam pelo caminho. Agora, são os deliciosos italianos. Eu juro que, se o Kaká não jogar contra Portugal, tenho um chilique"

(quando informei este rabicho de que o Kaká, efectivamente, não defrontaria a selecção lusa por estar amarelado, ele deu dois gritos histéricos e foi para o WC masculino enfiar sabonetes pelo cu. Pelo menos, foi o que me informaram, minutos depois, dois amigos desta borboletazinha que, curiosamente, quando falavam tinham o hálito a saber a sabonete)

Rabicho 3: "Passadas tantas horas, ainda não estou em mim. O Pirlo... o Cannavaro... o Di Natale..., o Zambrotta..., o Gilardino..., o Grosso, que é um ganda grosso... o selvagem do Gattuso... ai, que não posso! A culpa é do Lippi por não ter convocado o Totti e o Del Piero. Ai, o Totti... ai, o Del Piero... Olhe, posso terminar esta entrevista? Tenho de ir ali atrás ter uma conversa com um pepino"

Rabicho 4: "Eu gostava era de ser italiano e poder enfiar uma vuvuzela no traseiro de um eslovaco. Não, espere... afinal eu gostava era de ser eslovaco"

Rabicho 5: "Cá para mim, a derrota da Itália deve-se a uma conspiração da Igreja Católica que tem como propósito atacar a comunidade gay. É tudo uma conspiração deles, acredite. Patrocinada, no nosso país, pelo César das Neves. É isso mesmo. Hmm, a sua camisola é muito, sei lá, interessante: «Eu cá gosto é de mamas». Não a quer despir?!"

Depois disto, pirei-me dali para fora. Tadichos dos rabichos...

quinta-feira, junho 24, 2010

A televisão que eu gosto de ver


Por mais anos que viva, jamais terei capacidade para compreender o porquê de certas pessoas adorarem, mesmo idolatrarem, séries cuja qualidade se aproxima de um remate do Yannick Djaló que passa a 500 quilómetros da baliza. O culto que rodeia programas como Bost, que é uma losta, House, 24, as diversas franchises do CSI, tal como os seus diversos clones, é algo que não entendo. Basta ver 5 minutos - 5 minutinhos apenas de qualquer uma destas séries - para desejar que me cortem o pescoço e me deitem alcatrão pela ferida aberta!

Já estou a ouvir as vossas objecções, vis fãs de séries da treta: "Então tu, que só estás bem é a dizer mal, o que é que gostas de ver na caixinha que mudou o mundo?"

Eu, como homem que sou, tenho gostos simples. Desde que os canais passem futebol e gajas nuas, por mim está tudo bem. Graças ao campeonato do mundo, a profusão de espectáculos futebolísticos tem sido mais do que suficiente; de gajas nuas é que ainda há um nítido défice, sobretudo tendo em conta que não assino nenhum dos canais mais ricos nesse aspecto, como a Hustler ou a Playboy TV. Enfim, choro ainda - e todo o macho digno desse nome chorará comigo, estou convicto - a ausência do célebre canal 18, que tantos momentos de beleza carnal me proporcionou. Isso e ter-me ensinado espanhol é algo a que ficarei eternamente grato.

Órfão de nudez explícita (salva-se a honrosa excepção do Fashion TV das 11 à meia-noite, que lá vai mostrando umas mamocas jeitosas), tenho de me virar para outro tipo de programas. E é aqui que os meus gostos simples se tornam um tudo-nada mais elaborados: passar pelo VH1 Rocks e pelo Mezzo (sim, gosto simultaneamente de heavy metal e de música erudita, qual é o problema?), ver o Family Guy, o South Park, o American Dad, o Ren & Stimpy, o Happy Tree Friends e também os velhinhos Simpsons, acompanhar um ou outro episódio do Dexter, que é das poucas séries norte-americanas que não está com mariquices, um ou outro episódio do Castle, do Weeds, do Californication e, claro, os programas da Nigella, que são a única razão que me faz sintonizar na SIC Mulher. Isso e as mamas da Adelaide de Sousa. Depois, há as britcoms, de que eu sou particular fã, e documentários como os que dão no Odisea, no História, no Discovery, no NGC HD e afins. Gosto muito, por exemplo, de ver os chimpanzés-pigmeu macho a mocar uns com os outros, e só tenho pena de o inquisidor-mor do reino, o João César das Neves, não estar ao meu lado de forma a perceber que a homossexualidade é sem dúvida uma coisa natural, tão natural quanto uma pessoa normal ter vontade de se chegar junto dele, João César das Neves, e rebentar-lhe a boca toda ao pontapé.

E vocês, o que é que gostam de ver? Digam, assumam-se: a primeira pessoa que responder "CSI!", "Lost!", "House!", "Prison Break!" ou semelhantes arrisca-se é a levar uma resposta mais torcida...

quarta-feira, junho 23, 2010

Balanço da minha ida ao dentista

Correu tudo muito bem, obrigado, não cheguei a estar muito tempo de boca aberta, o guito que tive de desembolsar também não foi assim por aí além, embora eu pessoalmente ache que teria sido mais bem empregue em CDs, a dentista foi simpática e não se pôs com comentários parvos, nem eu, porque afinal tinha uma broca na boca, e ter uma broca na boca inibe qualquer um, o que me faz pensar se não seria uma excelente ideia enfiar uma broca pela goela do José Sócrates abaixo.

Outra ideia excelente, magnífica até, era fazer um Concerto para Vuvuzela e Broca. Tenho pena por o grande Stockhausen já não estar entre nós, porque se havia homem capaz de passar esta minha ideia para pauta, esse homem era ele. Tenho mais pena ainda de não perceber puto de composição, porque se há homem capaz de passar esta minha ideia para pauta, esse homem sou eu - só que infelizmente não sei distinguir uma semínima de uma clave de Fá. Contudo, não me custa afirmar que um tal Concerto para Vuvuzela e Broca seria uma obra de vanguarda que romperia barreiras musicais, estéticas e sonoras. Já estou a imaginar os melómanos no CCB, na Gulbenkian, ou mesmo no Coliseu dos Recreios a escutar uma orquestra composta de vuvuzeleiros e broqueiros... que maravilha! Os otorrinolaringologistas haveriam de esfregar as mãos de contentes.

Já agora, digo-vos que, no meio da intervenção dentária, tive uma espécie de epifania. Enquanto me tratavam da boca, vi imagens de 11 jogadores vestidos de camisolas às riscas verdes e brancas festejando a conquista da Liga dos Campeões. E eu estava lá no meio, com um cachecol que dizia "O Sporting é lindo como duas mamocas daquelas bem redondinhas", a celebrar junto de outros adeptos leoninos, entre os quais se encontravam a Monica Bellucci, a Elizabeth Hurley de há 15 anos atrás e a Manuela Ferreira Leite depois de uma cirurgia estética bem sucedida que a deixou com o corpo da Mia Farrow na epoca do Rosemary's Baby, mas mais cheiinha, ou seja, mais boa. Das duas, uma: ou tratou-se de uma premonição, como aquelas que os malucos têm, e o Sporting vai mesmo conquistar aquele caneco, ou era um efeito secundário da anestesia. Seja como for, foi um momento belíssimo.








(esperem lá: mas eu não levei anestesia... devo ser mesmo maluco)

terça-feira, junho 22, 2010

Ai, as saudades...


Daqui a pouco, tenho consulta no dentista. É verdade que nunca tive medo de ir ao dentista, sempre aguentei estoicamente toda e qualquer visita que fazia, e juro-vos que já fiz muitas. Acontece, porém, que acho tudo aquilo desagradável. Ficar tanto tempo de boca aberta chateia-me: não nasci para prostituta. Ter uma broca a passear-me pelos dentes também me incomoda: afinal, não sei se já vos tinha dito, não nasci para prostituta. Depois, também é irritante ter de gerir a saliva que se me acumula enquanto me tratam da boca. É necessário um esforço enorme para engolir, o que me recorda que não nasci para prostituta. Por fim, acho de todo escusado que o ou a dentista, depois de verificar o estado da minha saúde oral, venha sempre dizer "O menino anda a abusar de coisas que lhe fazem mal aos dentes. Não pode meter tudo o que vê na boca!", o que, por outras palavras, é estar a tratar-me como a prostituta que, no fundo, não sou nem nasci para ser.

Mas o pior, mesmo pior, de tudo é que, acabada a visita, quem tem de desembolsar uma pipa de massa é mesmo a prostituta... o que constitui uma clara inversão da relação comercial habitual.

Até amanhã e lavem bem os vossos dentinhos.

segunda-feira, junho 21, 2010

Descobri recentemente...

...que produzo 4 vezes mais esperma do que um homem normal!

Não me perguntem é como fiquei a saber disto!...

Já agora, posso também informar-vos que o Paulo Portas é 4 vezes mais estúpido do que um homem normal com síndrome de Down, mas tenho a sensação de que isso é algo que já toda a gente sabe, certo?!?!

sexta-feira, junho 18, 2010

E agora pá, quem é que vai chatear os beatos?!?!


Adeus, José! Muitos dos teus livros marcaram-me como leitor. Só tenho pena de não teres falado mais em mamas nos teus textos. E pronto, um ponto final aqui e ali também não teria calhado mal. Mas vais fazer falta. Muita falta. De ateu para ateu, aqui fica a minha despedida: obrigado!

A minha selecção favorita para ganhar o Mundial é Argentina

Gosto muito da Argentina. Tem o Maradona, o melhor jogador de futebol de todos os tempos, como treinador. Tem o Messi, o melhor jogador de futebol da actualidade. Tem o Aguero. O Higuaín. O Milito. O Heinze, que jogou por 6 meses no Sporting. Praticam um futebol que mistura técnica e raça. São uma equipa mas não abafam as individualidades. Enfim, têm tudo para conquistar o caneco. E têm, principalmente, isto: uma adepta de classe ímpar.


Doutro ângulo:

E agora de mais outro:


E eis o grand finale:

Uffff, até me ficou a doer a vuvuzela! Como dizem os fanáticos lá das pampas: "Vamos vamos, Argentina, vamos vamos a ganar!"

(obrigado ao Futebol Portugal pelas imagens!)

quinta-feira, junho 17, 2010

E claro, já cá faltava

A mais famosa e glosada cena de A Queda, desta vez com Hitler a dar cabo das vuvutretas.

Finalmente, a notícia por que todos os amantes de futebol ansiavam

Maniche, Evaldo e André Santos são as primeiras contratações do Sporting para a época 2010/2011! Brevemente, farei um ensaio mais cuidado sobre o primeiro, que mantém o Sporting na tradição de apostar em jogadores rechonchudos (Jardel, Tello, Rochemback, Miguel Veloso, só para citar alguns exemplos recentes. Um dia, ainda espero ver o boneco da Michelin a vestir de verde e branco).

Outra notícia bem saborosa é a do fim da ditadura sonora da porcaria das vuvuzelas. Uma empresa desenvolveu um mecanismo para abafar aquele zunido odioso e algumas operadoras nacionais, como a Meo, já se decidiram por implementar o sistema. Aplaudo, embora eu não tenha contrato com a Meo. Por via disso, e porque não suporto barulho, limito-me a baixar o som à TV e colocar, na aparelhagem, um cd de uma banda qualquer de black metal norueguês.

Agora só falta alguém inventar um aparelho que abafe os comentários do Rui Santos e corte os do Luís Freitas Lobo sempre que ele vier falar em transição (ou seja, 90% das vezes).

E porquê ficar por aqui? Inventem depressa um aparelho que silencie os deputados sempre que estes dizem bacoradas. Isto transformaria, e muito bem, a AR TV num canal Zen. Os espectadores só ficariam a ganhar.

quarta-feira, junho 16, 2010

Coisas mais irritantes, futebolisticamente falando, do que 30000 vuvuzelas


1 - Gente que chama maluco ao Maradona só porque ele prometeu, caso a Argentina vencesse o Campeonato do Mundo, passear todo nu em Paris. Vai-se a ver, e essa mesma gente votou Sócrates nas passadas legislativas. Quem é mais maluco?

2 - Gente que insiste em chamar Cristiano Reinaldo ao jogador madeirense (vá lá, não chamarem Cassiano Reinaldo se calhar já é muito bom!).

3 - Gente que arranja desculpas esfarrapadas para disfarçar a própria incompetência. Do tipo: "Ah, aqueles meninos só jogavam à defesa, assim fica difícil para os nossos meninos". É a mesma táctica do "As nossas políticas eram boas, a conjuntura internacional é que não ajudou", estão a ver?!

4 - Gente que, por simples clubite, só fala da selecção, desvalorizando aquela que é a grande notícia futebolística da semana: a chegada, ao Sporting, do ex-internacional português Maniche (que, a crer pela figura que apresenta, andou a experimentar as receitas da Nigella Lawson).

5 - Gente de nacionalidade brasileira que, só porque o Brasil derrotou ontem a maior democracia da Ásia, talvez mesmo do mundo, vá lá, de sempre, passou pela minha rua aos buzinões e aos berros. Tománocuseusfiadaputa!

6 - Gente que, enquanto estou a ver um filme, me massacra o cérebro com perguntas do tipo "Ah, aquele é que é o mau, não é?", ou "E o que é que vai acontecer agora?", ou mesmo "E por que é que estás a olhar fixamente para as mamas daquela tipa?" levando-me sempre a responder, secamente, "Gaja, cala-te e vê o filme!". Pronto, está bem, esta cena nada tem a ver com futebol, mas que é irritante, lá isso é!

terça-feira, junho 15, 2010

Bibliofilismo


O sentido em que uso a palavra que dá nome ao título não é o sentido habitual. Claro que eu gosto de livros, aliás toda a minha vida profissional tem girado em torno desses objectos, e já uma vez fiz amor com uma edição do Conde de Monte Cristo, e foi bom. Pelo menos, para mim foi; para o livro, não sei, até porque ele nunca me disse nada. Acho que ficou chateado por lhe ter colado as páginas... enfim, o que é que ele queria?!?!

Falo, aqui, de bibliofilismo na semântica do levantador de livros. Nos últimos dois dias, e por culpa de o local onde trabalho estar a sujeitar-se a obras de restauro, ando a trasladar a livralhada toda para outro poiso. E custa, porque é mesmo muito livro. Nas passadas 48 horas, já devo ter dado mais movimento aos bíceps, aos peitorais e, por que não?, ao esternocleidomastoidéu do que o Arnold Schwarzenegger num ano de culturismo. E, em boa verdade, eu é que estou a fazer realmente culturismo, porque ando a carregar com a cultura às costas. Lindo, não é?!

Isto serve também para desmistificar aquela ideia de que os tipos amantes de livros não passam de uns lingrinhas de óculos, uns fracotes, uns pólvora-seca. No meu caso, isso até corresponde à realidade, mas dêem-me mais uns 3 ou 4 dias nestes exercícios de pura força e pura resistência e vão ver se não fico com um corpanzil de fazer inveja a qualquer lutador de wrestling. Se duvidam de mim, venham cá ver com os próprios olhos. E se continuarem a duvidar, dêem cá uma mãozinha, a ver se não me dão logo razão...

E agora desculpem, vou ali acartar mais uma tonelada de livros, ok? Até amanhã.

segunda-feira, junho 14, 2010

Santos 2010: o rescaldo

Livre dos compromissos que nos últimos dois meses andaram a moer-me a tola, Sábado fui aos santos. E ir aos santos é todo um programa sociológico, porque é nestas ocasiões em que se percebe verdadeiramente o que é ser português. E ser português, como pude partilhar com o pessoal que me acompanhou no caminho para Lisboa, é estranho: nós não conseguimos aguentar, sem reclamarmos, que uma pessoa sequer esteja à nossa frente numa fila (eu sei, porque sou assim. Seja no supermercado, nas finanças ou em qualquer outro sítio, basta estar uma pessoa antes de mim para eu começar logo a disparatar), mas não nos importamos de marrar com outras pessoas nem de conseguirmos andar somente 2 metros a cada 10 minutos por entre um mar de gente se, pelo meio, houver bebida e comida. No fundo, nós gostamos de confusão e de maralhal, mas só se conseguirmos enfardar e beber à grande. Isto é ser português, e se o José Gil tivesse falado nisto em vez de mandar que a nossa característica mais predominante é a "não inscrição no real", talvez o Portugal, Hoje: o medo de existir, fosse um livrinho de jeito.

Também muito interessante de observar nos santos (eu gosto muito de observar. Faz parte da minha natureza voyeurística. E agora tentem dizer "natureza voyeurística" aos vossos colegas de trabalho sem se rirem!...), além das tentativas de velhotes rebarbados em engatar menininhas imberbes (contei uns quantos. Um deles até tentou algo comigo. Devia estar confuso, coitado...), é a forma como as modas evoluem nestes eventos. Todos os anos há algo novo. Por exemplo, aqui há dois anos proliferava uma espécie de pulseiras ou fitas fluorescentes; no ano passado não sei porque não pus os pés em Lisboa; este ano, o último grito não eram as vuvuzelas, felizmente, embora tivesse escutado umas duas ou três, mas sim uns chapéus a imitar manjericos. Adereço ridículo, sim, mas que dava azo à imaginação javarda. Tantas, tantas vezes vi raparigas com aqueles chapéus e tantos, tantos rapazes dizendo-lhes "eh porra, mas que linda manjericona!"... Tantas, tantas...

Outro aspecto sociologicamente relevante prende-se com o romper das amarras de classe. Em dias normais, os jovenzinhos de, digamos, boas famílias só convivem com o povo quando é para o espezinhar. É a herança paterna que fala: filhos de betos, de tios e de capitalistas possuem, geneticamente, tendência para se acharem acima do povo, o que os leva ao PSD, ao CDS e ao Bloco de Esquerda (ninguém me tira da ideia que o Bloco de Esquerda é um partido criado por aristocratas com a intenção de se infiltrarem na esquerda de forma a destruí-la a partir de dentro...). Bom, esta gentalha muda completamente a pose aquando de eventos como os santos populares. Aqui, o betinho de cabelo ao lado e camisinha com o botão de cima estrategicamente desabotoado come e bebe e dança descontraído com os drogados dos Olivais ou, pasme-se, com os imigrantes asiáticos do Martim Moniz. E a pitinha tiazorra que só lê a Cosmopolitan e não se chega a menos de 10 metros de um representante da classe média-baixa, quando vai aos santos é vê-la a roçar-se junto do agarrado desdentado enquanto bebe um copo de 3. Isto também é ser português e leva-me a pensar se o caminho para o socialismo, em vez da revolução e da luta de classes, não será antes uma sardinhada...

Por último, um desabafo. Há algo de muito errado a passar-se comigo. Eu fui no Sábado aos santos única e exclusivamente, e aqui cito uma autoridade suprema - eu próprio - para "apanhar uma bebedeira monstra". Porém, bebi, bebi, bebi, bebi e bebi, e embebedar-me nicles. NICLES! Jorrei (porque o termo correcto é mesmo este, jorrar) sangria para a goela; enfrasquei-me de cerveja preta; ajudei um amigo a mandar abaixo uma garrafa de litro de ginjinha - mas nada de ficar bêbedo. Nem tonto para além do normal fiquei. Ou o meu fígado adquiriu super-poderes, ou então já não sei mais nada. O que é preciso fazer para me embebedar? Gastar o equivalente à dívida externa portuguesa para 2012 em álcool?!?! Não percebo...

sexta-feira, junho 11, 2010

Hey, I'm back!

Era com este título que Paul Newman se despedia no final d'A Cor do Dinheiro, querendo com isso dizer que estava de volta para agarrar com força no taco e fazer-se à vida. Ora, eu também, e para tornar a comparação ainda mais forte, estou neste preciso momento a agarrar-me ao taco.

Agradeço aqueles que, vindo deixar aqui comentários, me desejaram umas óptimas férias. Agradeço também aos que não o fizeram, porque, afinal, estes é que tinham razão! Eu NÃO estive de férias, infelizmente. Quando, no post abaixo, afirmei que iria estar de molho, os motivos eram muito menos burgueses do que "ir de férias": o que se passou é que sou trabalhador a tempo inteiro e estudante, também, a tempo inteiro, e quando calha a fase dos testes, das apresentações e das entregas de trabalhos, fico como um Atlas a carregar o planeta. Daí ter tido menos tempo para coisas que, embora me sejam muito caras, são consumidoras da minha actividade mental, como por exemplo pensar em mamas 2534683023 vezes ao dia, reflectir sobre as futuras contratações do Sporting, mandar o governo levar no pacote e, claro, postar aqui no blogue.

Mas agora que regressei, esperem tudo isso de mim, e muito mais. E já que hoje começa o Mundial 2010, aproveito para dizer que ODEIO AS VUVUTRETAS. METAM AS VUVUZELAS NO VUVUCU E DEIXEM-ME VER E OUVIR OS JOGOS DESCANSADO!

Obrigado e bom fim-de-semana!