segunda-feira, outubro 31, 2011

O que aconteceria se este blogue fosse escrito por uma gaja?

28 de Janeiro de 2009
Hoje fui comprar mais um par de sapatos. Bem, são tão lindos... quando os calcei pela primeira vez até tive um orgasmo.

4 de Maio de 2009
Não sei o que é que as minhas amigas vêem no Hugh Jackman. É tão peludo, o homem, que horror.

22 de Agosto de 2009
Fui à praia experimentar o meu novo bikini. Fica-me mesmo bem, até provoquei um choque entre surfistas.

29 de Agosto de 2009
Inventei um novo desafio enquanto ainda estou de férias: descobrir quem é a mulher, lá no trabalho, que tem o melhor par de mamas. Eu aposto em mim mesma, vamos lá a ver.

10 de Setembro de 2009
Consegui ver o primeiro par de mamas a uma colega minha. Molhei propositadamente a Teresa com café; ela despiu a sweater e ficou só com o sutiã, então eu despejei mais um copo. Ao tirar o sutiã, vi perfeitamente que as maminhas da Teresa são pequenas e mirradinhas. Vitória para mim!

31 de Outubro de 2009
Hoje é dia das bruxas. Vou telefonar à mãe do meu ex-namorado e dar-lhe os parabéns.

7 de Novembro de 2009
Comecei já a fazer as primeiras compras de Natal. Comprei-me um novo par de sapatos, comprei-me uma saia, comprei-me um novo telemóvel, comprei-me um casaco de inverno, comprei-me 4 frascos de perfume, comprei-me um cinto. Puf, ainda falta tanta coisa da lista...

13 de Dezembro de 2009
Jantar de Natal da empresa. A Teresa ainda me guarda rancor. À sobremesa, mandou-me com um prato de arroz doce; felizmente nessa altura o meu telemóvel apitou, e ao baixar-me para o ir buscar à mala o prato voou por cima de mim e aterrou mesmo na tromba do sr. Santos. Foi justiça poética, pois corre o rumor, aqui no trabalho, que ele e a Teresa são amantes. Enfim, não sei como é que alguém consegue gostar das mamas da Teresa, mas pronto, quem sou eu - eu, do alto do meu par de mamas tão giro - para julgar quem quer que seja?

24 de Dezembro de 2009
Consegui tratar das últimas compras de Natal, mesmo antes de as lojas encerrarem. Comprei-me um vestido de noite LINDO DE MORRER, comprei-me um cruzeiro pelo Mediterrâneo, comprei-me dois pares de sapatos Louboutin, comprei-me a assinatura da Cosmopolitan, comprei-me um colar de pérolas, e ainda consegui, com os últimos tostões do subsídio de Natal, reservar uma mesa no Javardongo Bar, que vai ter strip masculino no reveillon.

1 de Janeiro de 2010
Estou de ressaca.

6 de Janeiro de 2010
Continuo de ressaca. Meti baixa.

25 de Janeiro de 2010
Regressei ao trabalho e consegui fazer mais uma vítima do meu desafio! Encontrei a Carminho na casa-de-banho, meti-lhe um sabonete à frente sem ela ver, escorregou, bateu com a cabeça no lavatório e desmaiou. Despi-a rapidamente, vi-lhe as mamas e pirei-me antes que ela acordasse. Em termos de tamanho, são maiores que as minhas, mas são tão foleiras; tipo, os mamilos são estrábicos e a mama direita tem uma verruga cá em baixo. Mais uma vitória para mim, isto está a correr bem.

26 de Janeiro de 2010
A Carminho, ao que parece, deu entrada no hospital. Os médicos dizem que ficou em coma por causa de uma queda que ninguém sabe como aconteceu. Estamos muito tristes aqui na empresa e torcemos todos por ela, menos o Renato que ainda está a rir-se só porque ela foi encontrada inconsciente e semi-nua na casa-de-banho. As pessoas, às vezes, conseguem ser tão insensíveis...

19 de Março de 2010
Não gosto do Sócrates. Mas gosto muito das calças que comprei hoje na Benetton.

11 de Abril de 2010
A Carminho despertou do coma e sai amanhã do hospital. Ficámos muito felizes, eu aliás fiquei tão feliz que marquei um fim-de-semana nos Alpes Suíços.

22 de Maio de 2010
As minhas amigas estão com inveja, porque envelhecem e engordam e eu estou aqui toda enxuta. Ah, ah, é tão bom ser boa!

28 de Maio de 2010
A empresa tem uma estagiária nova, a Sandra. À primeira vista, parece ter umas mamas grandes. Preciso de confirmá-lo.

17 de Julho de 2010
Fui à praia. Um homem casado meteu-se comigo e levou um estalo. Ele gostou. Que se passa com os homens de hoje?!

21 de Julho de 2010
Bem, odeio a Sandra, a estagiária. Fomos juntas à Zara durante a hora de almoço e partilhámos um dos gabinetes de prova de roupa. Vi-lhe as mamas e são perfeitas: grandes, redondas, bicos salientes... até me senti mal. Que puta!!! Não me conformo!

30 de Julho de 2010
Consegui! Consegui! Quando não estava ninguém por perto, fui ao fundo de maneio e tirei o dinheiro todo. Pu-lo depois dentro da mala da Sara, uma coisa rasca comprada de certeza aos ciganos. Quando deram pelo desaparecimento, gerou-se um sururu que só visto. Assim como quem não queria a coisa, preguei com a mala da Sara no chão que, ao abrir-se, revelou o dinheiro. Resultado: não volta mais a pôr lá os pés! Bem feito! Mamas da Peter of Pan 3, Mamas das outras gajas do meu trabalho 0!

15 de Agosto de 2010
Férias! Altura ideal para pôr a leitura em dia e brincar com o dedito.

19 de Agosto de 2010
Cansei-me de brincar com o dedito e comprei um Vibra-Master 4000 na eBay.

3 de Setembro de 2010
Voltei das férias e ainda não recebi o meu Vibra-Master 4000.

13 de Setembro de 2010
Nova vítima do meu desafio: desta vez foi a Paula. Enquanto almoçávamos, passei-lhe um papelinho que dizia "Paula, entrou uma osga pela tua camisa adentro. Sê discreta!" Só que ela não ligou ao meu conselho e começou, em pleno restaurante, aos gritos enquanto rasgava a camisa e o sutiã. Tem umas belas mamas, lá isso tem, mas perde em comparação com as minhas. Quem gostou muito foram os clientes masculinos, mas a gerente do restaurante (se calhar tem umas mamas de porcaria) proibiu a Paula de lá voltar. Mais uma vitória para o meu lado.

31 de Outubro de 2010
Hoje é dia das bruxas. Vou ligar outra vez à mãe do meu ex e dar-lhe os parabéns. Acho que vou telefonar também à Sara, disfarço a voz e rogo-lhe uma praga às mamas.

2 de Novembro de 2010
Cansada de esperar, meti um processo no eBay por causa do Vibra-Master 4000. Vamos lá a ver o que acontece... espero resolver este assunto rapidamente, já estou a ficar sem cenouras.

quarta-feira, outubro 26, 2011

Semiótica e referência do guarda-chuva: um curto ensaio

Poucos objectos ilustram tanto as falácias da linguagem como o guarda-chuva. O guarda-chuva ou, na sua alocução mais popular, "chapéu-de-chuva", não designa exactamente aquilo que é designado, passe a redundância, na sua designação. O guarda-chuva não serve, de facto, para guardar, antes para repelir, a chuva. Já o chapéu-de-chuva também não é feito de chuva. De onde vem então este sentido enganador das palavras?!

Magritte que, no quadro abaixo (reproduzido aqui sem autorização, porque não encontrei o número de telemóvel do gajo), ironizou sobre esta questão, parece indicar-nos como seria o verdadeiro guarda-chuva: um chapéu que, efectivamente, contivesse em si, enquanto objecto, a chuva.
Porém, como todos reconhecemos, não é este o papel do guarda-chuva. A escola anglo-saxónica reflectiu profusamente sobre esta contradição do signo e da referência, agudizada ainda mais pelo facto de, nos países de língua inglesa, guarda-chuva não ser "guarda-chuva" e sim "umbrella". Trevor Spigetz, no seu majestoso Beyonce's Behind and other Alliterations (2006), chamou a atenção para "umbrella" ter como raiz "umbra", a palavra em latim para sombra. Umbrella seria, então, um objecto destinado a provocar a sombra, mas isso só faria sentido se fosse um guarda-sol, e não um guarda-chuva! Discípulo como é de Chomsky, Spigetz procurou argumentar que esta contradição derivava de os Estados Unidos serem uma potência imperialista, situação que, aliás, motivou a sua discórdia com o mestre, pois as teses a) Os Estados Unidos são uma potência imperialista (defendida por Spigetz) e b) Os Estados Unidos são uma potência muito imperialista (proclamada por Chomsky) entram, naturalmente, em conflito.

Eric Cartman, na revista do Círculo Filosófico Pós-Fregeano de New Haven, One Dot and Another Dot, That Makes Two Dots, procurou resolver a questão com um lapidar, e cito, "screw you guys, I'm going home" (CARTMAN: 2008, 17), inserindo-se na tradição wittgensteiniana do Tractatus de que aquilo sobre o qual não podemos falar, mais vale a pena ficarmos calados (WITTGENSTEIN: 1922, §7). Em resposta, Homer Simpson, no vol. 15, nº 3 do Bulletin of Springfield Linguistics limitou-se a dizer "duh" (SIMPSON: 2008, 344), para logo depois acrescentar, em jeito de escárnio, "Duff beer" (SIMPSON: 2008, 345), o que de resto motivou os protestos de Naomi Klein, por estar a ser utilizada uma marca comercial num ensaio de linguística (KLEIN: 2010b, 123-136, cf. também KLEIN: 2010a, 790-1047, e ainda KLEIN: 2010c, 910008880, mas ligue só entre as 17 e as 19 horas).

Regressando à reflexão produzida em terras lusas, José Gil afirmou, recentemente, em conjunto com um fabricante chinês de guarda-chuvas, que o guarda-chuva se chama "guarda-chuva" e não "repele-chuva" porque quem o nomeou tinha medo de existir (GIL e XING-HUANG: 2011, 14), mas esta hipótese carece de confirmação pelo motivo muito simples de que a pessoa que nomeou o guarda-chuva já não existe, não se sabe se por medo. Ainda mais recentemente, num programa televisivo, a investigadora Cátia propôs, com coragem, que um guarda-chuva seria realmente um guarda-chuva se fosse pendurado de pernas para o ar num alpendre (CÁTIA: 2011); contudo, por mais arrojada que seja esta teoria, não leva em conta o facto de ninguém querer utilizar um guarda-chuva de pernas para o ar, além de não se perceber o recurso ad hoc ao alpendre.

Continuamos, portanto, sem resposta satisfatória para o problema de haver um objecto que faz exactamente o contrário daquilo que diz que é. Espera-se que o III Seminário Sobre Cenas Esquisitas e Coisas Afins, a decorrer na Universidade de Leiden durante os dias 23 e 24 de Fevereiro de 2012, possa trazer alguma luz a esta questão. Até lá, aguardemos.

FIM

(ensaio a publicar no Journal For Extra-Terrestrial Issues, 2012, v. 1, nº 1)

P.S.: este post foi inteiramente composto sem recurso a estupefacientes.

terça-feira, outubro 25, 2011

A natureza deve ter algo contra mim, e eu não sei porquê!

13 horas. Antes de sair para almoçar, olho para a rua. Está sol. Não está com ar de que vá chover. O casaco com capucho vai continuar pendurado no cabide; não o levo.

13 horas e 45 minutos. Acabo de almoçar. Levanto-me para regressar ao meu local de trabalho.

13 e 47 minutos. Está a chover c'mó caraças! E são cerca de 100 metros entre o sítio onde estou e o meu gabinete... onde descansa, fiel, o casaco com capucho que poderia proteger-me da molha.

13 e 48 minutos. Decido enfrentar, como um estóico, a chuva que cai impiedosamente dos céus.

13 e 50 minutos. Depois de muitos ziguezagues, entro no gabinete. Estou completamente molhado. O meu casaco, esse, está mais seco do que uma mulher frígida a apanhar banhos de sol no deserto do Sara. Mas pronto, agora pode continuar a chover à vontade que as gotas já não me apanham.

13 e 53 minutos. Lá fora, parou de chover. Porém, dentro do meu gabinete, eu continuo a pingar. Vão mas é todos para o caraças!!!!!!

segunda-feira, outubro 24, 2011

Da próxima vez, agradeço aos profetas que acertem!

Não sei se sabem, mas penso que sim, que um lunático qualquer previu o fim do mundo para as 15 horas da passada sexta-feira. Bom, ou o relógio do mundo está atrasado, ou então o profeta enganou-se. Enganou-se e enganou-me a mim também, o cabrão! Eu, um céptico de primeiríssima água, desta vez deixei-me levar, pois os sinais eram muito fortes e inequívocos: crise internacional, Paulo Portas de novo no governo, Kadafi morto, o Sporting a jogar bem e a ganhar jogos... face a isto, não me parecia nada improvável que o mundo desse mesmo o badagaio às 15 horas do dia 21 de Outubro, tal como previsto por Harold Camping, o tal pastor evangélico que é também profeta lunático (aren't they all?!?).

Confrontado com a proximidade do apocalipse, fiz aquilo que qualquer pessoa faria perante o anunciado fim do mundo. Enfim, já todos vimos filmes do género, já todos lemos coisas semelhantes, e eu não me distancio em nada do comportamento dos protagonistas de tais histórias: pus-me a fazer, nas minhas prováveis últimas horas de vida, tudo aquilo que nunca havia feito. Comecei, pois, por me baldar ao trabalho, aproveitando os meus primeiros momentos de folga forçada para violar meia dúzia de gajas boas. Depois, violei mais uma dúzia. Eram 10 horas de sexta feira e ainda faltava bastante para o armagedão. Num ápice, li os sete volumes do Em Busca do Tempo Perdido, do Marcel Proust, e perdi de facto o meu tempo, pois não percebi nada e deveria ter, em vez disto, violado mais gajas. Apanhei um avião, fui até ao Aeroporto Sá Carneiro, roubei um táxi, assaltei um banco e fui até ao Estádio do Dragão onde, sem ser visto, consegui urinar bem no meio do relvado. Depois voltei ao aeroporto, violei uma hospedeira e regressei a Lisboa. Era agora meio dia, e ainda tinha muito para fazer. Com o dinheiro conseguido do assalto, comprei um iPad; saquei um filme porno, pu-lo a rodar, meti o som no máximo e abandonei o iPad junto à entrada da Sé de Lisboa, roubei mais um táxi, acelerei até ao Centro Cultural de Belém e violei a colecção Berardo em 10 minutos.

Por esta altura, já estava cansado, embora ainda faltassem 2 horas para o fim do mundo. Resolvi então, só pela ironia da coisa, ir à embaixada dos EUA solicitar a cidadania norte-americana. Como eles também acreditavam que o mundo iria acabar, deram-ma sem delongas, e ainda pude aproveitar para violar a tipa da recepção. Satisfeito, saí e com o sabor doce que só a impunidade total dá, fui para casa esperar o eclipse da vida enquanto via a cassete VHS dos 7-1 que o Sporting espetou aos lampiões.

Chegaram as 3 horas. E eu: "é agora! Ah, se a gaja, em vez de estar a trabalhar, estivesse aqui comigo, ainda a violava!" Na sua ausência, quis violar as gatas, mas elas estavam a marimbar-se para o fim do mundo e andavam à caça de passaritos. Emborquei então meia garrafa de uísque, de penálti. Já passava um minuto. Enfim, até o apocalipse poderia atrasar-se, a pontualidade é uma coisa que não toca a todos. Para combater a tensão, mamei meia garrafa de vodka. Passavam agora 4 minutos das 15 horas. Olhei lá para fora, e tudo parecia normal, se é que algo pode parecer normal a um alcoolizado. Não se ouviam metralhadoras a disparar, bombas a cair, pessoas mutiladas a gritar; os céus não ribombavam, a terra não tremia, e até os meus intestinos estavam calmos. Comecei, pela primeira vez, a desconfiar que tudo não tinha passado de um embuste. "Querem ver", pensava para comigo, "que isto de profetas religiosos a marcarem a data do fim do mundo, afinal, é uma tanga parecida com aquelas dietas de emagrecimento das televendas?!?!" Se de facto fosse assim, se o mundo não iria acabar, então o problema não era o de o mundo acabar, mas de saber onde iria este mundo parar quando já nem as profecias acertam!

Meia hora após as três, já eu me encontrava em profunda depressão. Fui enganado, e senti que tudo o que havia feito nessa sexta feira, afinal, tinha sido em vão. Para quê violar gajas atrás de gajas, cometer crimes impunemente, fazer trinta por uma linha quando, afinal, o mundo não vai ao ar?! Senti-me, por uns breves momentos, um Dominique Strauss-Kahn, e não deveria ser esse o espírito de alguém que aguarda o seu fim. E o que eu iria fazer com a cidadania norte-americana, pedida num momento de euforia apocalíptica, no fundo a minha maneira muito camusiana de dizer, enquanto vigoroso anti-americano que sou, que o mundo e a vida não passam de um absurdo?! Acrescentado a tudo isto, há que considerar ter-se perdido todo um espectáculo cuja beleza deveria ser única: explosões, destruição, mortes e afins, mas a acontecer mesmo em vez de ser num filme do Michael Bay.

Agora estou para aqui, consumido em remorsos. Remorsos por ter cometido várias injúrias e ter de viver com elas, quando teria sido muito mais fácil, eticamente falando, romper com todas as barreiras e quinar logo a seguir graças ao apocalipse. Há coisas de que não me arrependo, como urinar no Estádio do FCP, ou violar mulheres, mas ler o Em Busca do Tempo Perdido e deixar um iPad na Sé de Lisboa são coisas que me atormentam. Podia, hoje, estar com um iPad...

E, claro, sinto remorsos por ter sido intrujado, pois isto é, em última instância, também o reconhecer de uma culpa minha. Culpa por ter sido tão crédulo. Da próxima vez que o mundo acabar, não vou estar nem aí. A ver se aprendo...

quarta-feira, outubro 19, 2011

O Peter of Pan vai à psiquiatra para resolver o trauma de ter sido ultrapassado por um gordo (3)

[Continuação]

Eu: Então... bom... então... fui dar uma volta de bicicleta, sabe...
Psiquiatra: Sim?...
Eu: Pois, e pedalei bastante, sabe... mas... ai, é tão difícil falar!
Psiquiatra: Vamos ficar nisto o resto da sessão, é? Recordo-lhe que cobro à hora.
Eu: Mas custa tanto... Bom, já no regresso, pedalava eu todo contente, quando nisto vejo passar por mim, numa velocidade considerável e que eu não podia acompanhar, um... um... um...
Psiquiatra: Um quê?! Um arquétipo jungiano?! Um behaviorista?! Um Carlos Amaral Dias?!
Eu: Não... um... um... UM GORDO! Uhhhhhh, buáááááá, uhhhhhhh!
Psiquiatra: Mas então... então você põe-se a chorar por isso?! Foi ultrapassado por um gordo e fica assim?! Ó homem, recomponha-se, caramba! Foi por isto que veio consultar-me?
Eu: S-s-s-sim...
Psiquiatra: Ó que diabos! Você sabe o que eu tenho de aturar neste consultório, sabe?! Daqui a três horas, recebo um casal que só consegue ter relações sexuais quando ele se veste de panda e ela recita versos da Anna Akhmatóva. Isto é que é um caso clínico, agora o seu só dá vontade de o mandar prender.
Eu: Mas o tipo era mesmo gordo, tinha mais de 120 quilos, de certeza. A doutora não faz ideia de como eu fiquei, eu, um jovem elegante e em excelente forma física, eu, que numa corrida de 100 metros poderia perfeitamente competir com o Usain Bolt, vi-me a comer a poeira de um trambolho! Isso destroçou-me a psique, e quero saber o que a senhora psiquiatra pode fazer quando a isso. Ah, já agora, eu e a minha esposa só conseguimos ter relações sexuais quando eu me visto de leão e ela recita os quatro primeiros capítulos da Montanha Mágica do Thomas Mann. Portanto, trate-me que é para isso que lhe estou a pagar.
Psiquiatra: Retiro o que disse. Você é completamente louco. Começo a ponderar seriamente mandar interná-lo.
Eu: Ehhhhh, tanta coisa só por causa de um gordo, também não. Contento-me com uns medicamentozinhos ou coisa assim, tipo, a doutora receita-me umas merdas e eu deixo de pensar em gordos, ou manda-me fazer uma cura num SPA e eu fico a acreditar que gordos não existem. Não é isso que vocês psiquiatras fazem?!
Psiquiatra: Mas você vem aqui ensinar-me como se faz o meu trabalho, é?! Eu estou na psiquiatria há 22 anos, tenho o diploma ali pendurado na parede, pratiquei Logoterapia em Viena com o doutor Viktor Frankl, ajudei a tratar futebolistas esquizofrénicos da terceira divisão venezuelana, dormi com todos os participantes masculinos ao 9º Congresso Mundial de Psiquiatria, e agora vem o senhor Peter of Pan pôr tudo em causa só porque uma pessoa ligeiramente acima do peso passou por ele de bicicleta!... Ora, ele há com cada uma...
Eu: Permita-me discordar, mas não era uma pessoa ligeiramente acima do peso. A doutora não estava lá: era um gordalhão do caraças! E isso traumatizou-me. Vai ou não vai tratar de mim?!
Psiquiatra: Se concordar em ser internado, posso pensar nisso. Mas primeiro, interna-se. Você parece-me demasiado perigoso para ser deixado aí à solta.
Eu: Perigoso, eu? Eu sou um amor de pessoa. E perfeitamente normal. Tirando este caso com o gordo ciclista, nunca tive nada que me levasse a precisar de ajuda. E olhe que sou sportinguista!
Psiquiatra: O que você é, é um maluco da cabeça.
Eu: Mau! Agora ofensas, é?! Sabe que quando era criança, confundia psiquiatra com psicopata. Estou a ver que, afinal, tinha razão... não sei por que está a fazer-se difícil. Arranje-me lá uns comprimidos para eu deixar de pensar em gordos, vá. Custa-lhe muito, é? Se eu tivesse ido tratar disto com o professor Bambo, já estava curado e ele ainda me oferecia uma mezinha para utilizar contra o mau-olhado.
Psiquiatra: Mau, então rebaixa-me, é?! Por que não usou toda essa fúria contra o gordo que o deixou para trás?! Sabe que mais?! É muito bem feito, ihhhhh, um gordo ultrapassou-o, ah ah ah, gordos, gordos, gordos, viva a gordura e o Peso Pesado, ehhhh, gordura é formosura, bicicletas para todos os gordos do mundo, ahhhhhhh, gordos, gordos, gordos, vivam os gordos...
Eu: Olha, a gaja enlouqueceu. Eu bem digo que os gordos traumatizam uma pessoa!

E foi assim. Vim-me embora da minha primeira consulta, não paguei e deixei a psiquiatra a falar sozinha. Parece que agora está no Miguel Bombarda a ser tratada. Um amigo meu que é maluco e está lá internado falou-me ontem numa tipa que apareceu no pátio vestida de ornitorrinco a pedir sexo com gordos que soubessem representar peças do Ionescu. É ela, só pode ser ela...

Já eu continuo sem ter solução à vista para o meu problema do gordo que me ultrapassou. Temos porras!

terça-feira, outubro 18, 2011

O Peter of Pan vai à psiquiatra para resolver o trauma de ter sido ultrapassado por um gordo (2)

Como contei ontem, e após vários dias de tortura causados por pesadelos com gordos, achei por bem consultar um especialista idóneo que pudesse lidar com esta situação, e por um especialista quero dizer, claro está, uma especialista, porque eu cá não abro a minha alma a homens. Nem a alma, nem coisa alguma! Eis como correu a primeira e última sessão:

Psiquiatra: Bom dia, é o senhor Peter of Pan?
Eu: Sou sim.
Psiquiatra: Então faça o favor de se deitar aí na marquesa.
Eu: Está bem.
Psiquiatra: Prefere que o trate por Peter ou por senhor Pan?
Eu: Pode tratar-me por Ricky Van Wolfswinkel.
Psiquiatra: Hã?!
Eu: Ah, pode ser Peter of Pan, sem o "senhor".
Psiquiatra: Muito bem. Peter of Pan, o que o traz aqui então?
Eu: A minha bicicleta.
Psiquiatra: Ah, ah, ah, temos aqui um engraçadinho... Estúpido! Não, que motivo o trouxe aqui?!
Eu: A minha bicicleta.
Psiquiatra: Mau! Mas continuamos a brincar, é?! Olhe que eu cobro à hora; portanto, como dizem os anglo-saxónicos, the joke is on you. Deixe-se lá de palhaçadas e comece a falar a sério!
Eu: Mas é a sério! Eu na verdade estou aqui por causa da minha bicicleta.
Psiquiatra: Ó meu Deus!... Àquela vaca d'Os Sopranos não calhavam coisas destas! Então está aqui por causa da sua bicicleta?
Eu: Sim, já o disse.
Psiquiatra: Então o que sucedeu? Caiu da bicicleta quando era criança e isso provocou um trauma psíquico que não consegue ultrapassar? Vê na bicicleta uma representação da sua mãe e, sofrendo do complexo de Édipo, sente um constrangimento sempre que sobe para ela e a pedala? Verifica uma perturbação da líbido ao ouvir a corrente girar? Sente-se diminuído por a sua bicicleta não ser um automóvel, e deste modo não conseguir fazer a tão comum transferência do pénis? Vá, desembuche!
Eu: Não, não é nada disso, embora essa última hipótese seja bastante gira. Não! O que aconteceu... bem... é-me tão difícil falar disso... olhe, tem internet? Vá ao meu blogue, lá eu narrei tudo o que sucedeu.
Psiquiatra: Ah, não, desculpe mas eu não leio blogues desde que vi o primeiro post do Abrupto. Conte-me mas é a história, vá!

[Continua]

segunda-feira, outubro 17, 2011

O Peter of Pan vai à psiquiatra para resolver o trauma de ter sido ultrapassado por um gordo (1)

O título do post já diz tudo, não é verdade? Eu gosto de não deixar nada por dizer! Atormentado como tenho sido por pesadelos onde gordos de bicicleta me ultrapassam sucessivas vezes ou, noutras versões, onde dezenas de gordos me atacam na minha própria casa, revisitando com um acrescento de banha Os Pássaros do Hitchcock, achei que o melhor seria buscar ajuda profissional. Foi então que me decidi a consultar uma psiquiatra.

Devo porém, antes de mais, confessar que quando era mais jovem tinha uma ideia completamente diferente da que tenho hoje sobre a psiquiatria. Isto porque, quando era novo, confundia o significado de "psiquiatra" com o de "psicopata". Este facto, aparentemente inócuo, gerou, na minha cabeça, representações que pouco tinham a ver com a realidade. Por exemplo, quando a minha professora de História do 5º ano disse numa aula que "o dr. Freud foi um grande psiquiatra", eu imaginava logo ali o Sigmund a convidar raparigas adolescentes para o seu gabinete, forçando-as depois a deitar na marquesa e logo as assassinando com requintes de malvadez. Na situação inversa, quando ao assistir a um documentário na televisão, deparei com o locutor a exprimir a ideia de que Jack, o Estripador, era um psicopata que se ocupava de prostitutas, eu interiorizava um Jack simpático e solidário a chegar-se junto das profissionais do sexo procurando, através de uma regressão à infância, compreender como haviam chegado àquela situação, partindo daí para uma cura definitiva e, quem sabe, um canguru perneta gratuito.

Claro que, bastante tempo depois, acabei por desfazer esta confusão semântica e perceber que psiquiatras e psicopatas não eram bem aquilo que eu pensava que eram. Portanto, quando eu decidi consultar uma psiquiatra, não temia já ser retalhado e ter os bocados deitados ao mar, aos cães ou aos simpatizantes do PAN, que com toda a certeza se dizem vegetarianos para não consumirem carne de animais, mas não viram o nariz ao consumo de carne humana, são tipo eu, também sou vegetariano, mas sempre que olho para a minha gaja, dá vontade de comê-la, ainda mais agora que vem com brinde!...

Alongo-me. Em suma, fui consultar uma psiquiatra por causa do meu trauma com o gordo que me ultrapassou de bicicleta. Amanhã, conto os detalhes...

[Continua]

sexta-feira, outubro 14, 2011

O que faltou no discurso de ontem do Passos Coelho sobre as novas medidas de austeridade

Um chicote, um godemiché, um ferro em brasa, umas algemas e restante parafernália sadomaso para melhor nos torturar.

quinta-feira, outubro 13, 2011

Passa a outro e não ao mesmo: o caso Djaló

Nice quer devolver Yannick Djaló ao Sporting, Sporting não aceita.

Lembram-se daquele jogo de crianças, o "passa a outro e não ao mesmo"?! Para quem nunca foi puto nos longínquos anos 80, a brincadeira resumia-se a isto: num grupo de amigos, alguém dava uma leve pancadinha ou, nas versões mais hardcore, um calduço do caraças noutra pessoa, e dizia "passa a outro e não ao mesmo", significando isto que quem levasse a pancada ou o caldução teria de fazer a mesma coisa a outra pessoa, excepto à que lhe tivesse dado o "presente". Ora, os cabrões dos franceses do Nice, ou são estúpidos de nascença (o que explica muita coisa, desde logo a vontade deles em contratar o Djaló), ou nunca jogaram a este jogo, ocupados que estavam nas brincadeiras típicas de franceses, como imitar o Marcel Marceau ou enfiar baguetes nos seus próprios ânus (sim, grafei bem, o plural de ânus é ânus...). Portanto, não perceberam que não podem devolver o "presente". Se quiserem ver-se livres do Djaló, não é ao Sporting que devem recorrer. É a outro. E olhem, messieurs, há muito clube a quem podem dar esse calduço. Sei lá, tipo o Benfica, ou coisa assim. A regra tem é de ser a de sempre: passem a outro e não ao mesmo. Entenderam agora?!

quarta-feira, outubro 12, 2011

Triatlo à Peter of Pan

Ontem, pedalei durante 15 minutos, corri durante 20 e no final passei 25 minutos a beber cerveja preta e vinho. Isto é que é um desporto a sério. Faz melhor, Vanessa Fernandes!!!

terça-feira, outubro 11, 2011

Distraído eu?!? Náááá. Mas... do que é que estava a falar?!

Sempre fui um tipo distraído, porém agora estou a ultrapassar todo e qualquer limite. Se eu fosse velho, de certeza que me auto-diagnosticaria com Alzheimer, isso se eu, chegado a uma idade avançada, soubesse fazer um auto-diagnóstico. Se eu chegar a velho, dar-me-ei por contente, tenha Alzheimer ou não, se souber o que fazer com aquela dentadura que flutua, ameaçadoramente, num copo com água em cima da mesa de cabeceira; realizar um auto-diagnóstico clínico, ou médico, sei lá qual é a diferença, será muita areia para a minha camioneta gerôntica. Também seria porreiro se eu, ao chegar a velho, puder comemorar uns quantos títulos do Sporting. Ou, então, caso venha a ter Alzheimer, que seja uma crise tão grande que consiga esquecer que sou do Sporting.

Mas estou a dispersar-me. Ou a distrair-me, que é precisamente o tópico de hoje. Terei de me concentrar mais daqui para a frente. Porque ando mesmo muito distraído. Distraído ao ponto de, na semana passada, por três vezes ter ameaçado colocar as meias sujas no frigorífico, em lugar de na máquina de lavar roupa. E já por uma boa meia-dúzia de ocasiões, no mínimo, me desloquei à despensa para ir urinar, tendo depois ficado muito espantado por, em vez de deparar com o grande camião de porcelana, colocar os olhos sobre pacotes de esparguete e latas de feijão. Se eu fosse cínico, teria dito para mim mesmo "pronto, lá está outra vez a gaja com mudanças, tss, tss", mas afinal eu não sou cínico, sou é mesmo distraído. As minhas necessidades fisiológicas, aliás, têm sido as que mais sofrem com o meu actual período de distração (e coloco distração tal e qual como o novo Acordo Ortográfico dita porque eu, um céptico do AO, estou, obviamente, distraído...). Para além das vezes em que ameacei mictar na despensa, há poucos dias, quando acertadamente fui urinar à casa de banho, fiquei tão absorto com uma formiga que vi a passear pelos azulejos que me esqueci de tudo o resto. Só despertei quando, já a estranhar o tempo demorado, a minha gaja gritou, lá dos confins da casa, para mim "Ouve lá, o que estás a fazer aí há tanto tempo?!? Espero bem que não tenhas aí nenhuma Penthouse, estás a ouvir?". Foi só então que me lembrei do que tinha ido ali fazer, e que não era nada a ver com formigas, nem com Penthouses, infelizmente.

Portanto, ando mesmo distraído. Mesmo, mesmo. Espero que esta fase termine rapidamente, caso contrário qualquer dia ainda me esqueço de respirar.

Termino este post com uma nota dramática, porque posso andar distraído, mas há certas coisas que, ainda assim, ficam tão gravadas na mente humana que são impossíveis de olvidar: porra, ultrapassado por um gordo?!?!?!?

segunda-feira, outubro 10, 2011

Pedalar até cair (8): contra gordos, não há argumentos

Choque. Estou em choque! E não tem nada a ver com os resultados das eleições regionais na Madeira, embora sobre isso tenha a dizer o seguinte: uma população que vota, em peso, no PSD e no CDS/PP é uma população que já não tem mais níveis a progredir no caminho para a imbecilidade.

Mas vou deixar agora a análise política profunda de lado para explicar o porquê de eu estar em choque. Ora, estou em choque porque ontem fui dar uma volta de 20 quilómetros em bicicleta. Percorri vários e diferentes terrenos (alcatrão, relva, terra batida, gravilha, areia...), subi uma ladeira cuja inclinação, a dada altura, assemelhou-se-me às subidas que vejo os ciclistas efectuarem nas etapas de montanha no Tour de France, desci outras ladeiras a alta velocidade, fiz manguitos aos carros que, atrás de mim, soavam as suas buzinas, e principalmente diverti-me a apreciar a paisagem. Até que.

Até que. Já vinha eu no percurso de retorno, quando por mim passa, em velocidade considerável, não um veículo motorizado mas sim outra bicicleta. Que, em lugar de ser pedalada por um super-homem, ou o Alberto Contador, estava a ser guiada por um monte de banha com os seus 150 quilos. Um gordo, caramba!!! Um gordo passou por mim a toda a brida! Este acontecimento, na minha opinião, constitui um maior desafio à Física do que o conjunto de experiências que tiveram lugar no CERN visando encontrar o bosão de Higgs. Pá, um gordo daquela dimensão não deveria sequer conseguir sair da cama, quanto mais equilibrar-se em cima de uma bicicleta... e mais, ultrapassar um gajo que é, indiscutivelmente, o maior ciclista português desde Joaquim Agostinho: eu! Um gordo?!?!? Porra...

Aquilo destruiu por completo a minha auto-estima, e estragou o resto do meu passeio. De nada serviu eu observar que a bicicleta do marmanjo era superior à minha. Isso é uma fraca consolação. Estava obrigado a não ser ultrapassado por aquela morsa mesmo que eu pedalasse um triciclo e ele conduzisse um Ferrari. Era um gordalhão, caraças!!! Daqueles mesmo gordos. Como é que um tipo desses passa por mim, ainda por cima na maior das facilidades?!? Como?!? É algo que desafia a compreensão humana, mais do que, para os crentes, saber como Deus é ao mesmo tempo Uno e Trino ou, para as pessoas sensatas, descortinar os resultados das eleições na Madeira.

Porra, um gordo?!?!?

sexta-feira, outubro 07, 2011

Compilação de piadas secas e estúpidas acerca da morte do Steve Jobs: uma criação Peter of Pan

A Apple vai deixar de contratar mais pessoa. "We're out of Jobs", diz a administração.

***

O Steve Jobs, afinal, era mau, mas tão mau que vai parar ao iFerno.

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- Ei, sabias que o Steve Jobs morreu?!
- iMorreu?!? Não, não sabia...

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Steve Jobs' last words: "Uhhhh... iDie".


Bom fim-de-semana e não estraguem os vossos iPhones.

quinta-feira, outubro 06, 2011

Daqui a pouco, anuncia-se o Nobel da Literatura. E, já agora, deixo os meus candidatos ao Nobel da Paz

Eu não faço apostas, mas tenho cá a ideia de que se houver miúdas e gays no júri, o Cristiano Ronaldo leva o prémio.

...é claro que, se o Ronaldo não vencer, é certo e certinho ocorrer uma conferência de imprensa onde o craque discorrerá sobre a falta de tino do Comité Nobel, com acusações de inveja por causa de ele ser bonito, rico e bom jogador.

E os meus candidatos ao Nobel da Paz, quem são, hum?!?

1 - A defesa do Sporting na época 2010/2011. Este colectivo fez mais pela paz no mundo do que AMI, Amnistia Internacional, Médicos sem Fronteiras, Cruz Vermelha e mais não sei o quê juntos. Abel, João Pereira, Anderson Polga, Daniel Carriço, Nuno André Coelho, Marco Torsiglieri, Leandro Grimi e Evaldo mostraram ser fiéis discípulos de Gandhi, essa figura mítica do Nova Déli Futebol Clube, e adoptaram durante toda a temporada o princípio da resistência passiva e não violenta. Esse princípio foi visto como sendo, essencialmente, "muita fixe" por todos os adversários que defrontaram o Sporting e cujos avançados entravam pela zona defensiva do clube verde-e-branco sem serem minimamente incomodados. Mais pacífico do que isto, é difícil.

2 - Alberto João Jardim. A solidariedade do presidente do Governo Regional da Madeira ficou mais uma vez patente ao produzir um buraco de tamanho tal que é possível lá enfiar os madeirenses, os açorianos e os portugueses continentais em caso de estalar um conflito nuclear algures no mundo. Se isso acontecer, nós já temos o nosso bunker. E ainda dizem que o Alberto João está permanentemente em guerra com o continente... meus amigos, se não fosse aberto um bunker na Madeira, seria onde?! No estádio do Dragão?!!? Lá não há espaço, lotado que está de árbitros, prostitutas e caixas com fruta.

3- Osama Bin Laden. Muita tinta correu por causa deste fundamentalista islâmico. Disseram que ele era mau. Terrorista. Diabólico. Assassino. Sem escrúpulos. Sócio do Benfica. Mas cinjamo-nos aos factos: o Bin Laden fez mal a alguém nos últimos tempos?! Não! Nada!!! Nem uma bombinha no cu de uma velha, nem um gato com o pescoço torcido, nem uma aranha com as patinhas arrancadas, nadinha, o tipo andou mais impávido e sereno do que o Manuel Luís Goucha a ver um filme erótico com lésbicas. As más línguas vão dizer que é por ele estar morto (o Bin Laden, não o Goucha, infelizmente), mas isso são acusações de baixo nível. O que eu acho é que ele está arrependido das suas acções passadas, e isso às vezes é levado em conta pelo Comité Nobel norueguês (e não sueco; o sueco entrega os outros. Informem-se!). Ei, o Arafat e o Kissinger foram agraciados, não foram?! Então o que impede o Bin Laden de o ser? "Ah, mas ele está mesmo morto e tal". Pá, não me venham com histórias, pois esta semana o Nobel da Medicina também foi parar a um morto. Portantos, prontos.

E é isto. Se o Nobel da Paz não for parar a um destes três candidatos, ficarei muito desapontado e no dia da escolha juro que não como a sopa toda.

terça-feira, outubro 04, 2011

Double entendre

Com tanta gente a ir às putas em Monsanto, não admira que uma vez ou outra se apanhe bicha.

segunda-feira, outubro 03, 2011

Uma constatação (terrível)

A Teresa Guilherme parece um zombie a quem deram um tratamento de photoshop.