segunda-feira, novembro 30, 2009

Cabrão do Quim, pá!

O texto que aqui deixo hoje não é exactamente o texto que eu tinha em mente. Havia preparado uma eloquentíssima dissertação acerca dos 8 a 0 com que o Sporting deveria ter brindado o Benfica no último dérbi de sábado, incluindo 5 golos que o Liédson supostamente marcaria, mas infelizmente só acertei em metade do marcador. Sim, o Benfica ficou em branco, mas não, o Sporting não só ficou muito longe dos 8, como nem sequer marcou unzinho para alegrar a malta.

E se o Sporting não marcou um golito, isso deve-se ao cabrão do Quim, o guardião das lampiãs redes. E a verdade é que já não é a primeira vez que o Quim faz desfeitas aos lagartos. O Quim, que manda frangalhadas contra todas as outras equipas, sejam elas portuguesas (Braga, Setúbal, Leiria...) ou estrangeiras (Milan, Barcelona, Nacional da Madeira...), quando joga contra o Sporting engata sempre. Mas é que é sempre!!! E isto, minha gente, isto só pode ter um nome: DISCRIMINAÇÃO! Sim, o Quim discrimina o Sporting, e já é tempo de a Liga e a Federação porem mão nisto. Aliás, é até altura de o Bloco de Esquerda também dizer qualquer coisinha sobre o assunto, porque se não aceitam - e bem - que as vac... aham, as mulheres, os pret... aham, as pessoas de cor e os maric... aham, os gays sejam discriminados, também não se pode aceitar que o palhaço de um guarda-redes lampião discrimine os jogadores de um clube só porque eles envergam camisolas com riscas horizontais verdes e brancas, defendendo todas as tentativas para chegarem ao golo, ao passo que deixa entrar as bolas quando estas são rematadas por outros jogadores. Não se pode admitir uma conduta destas, caramba!

O Quim tem, portanto, de ser castigado. As suas exibições contra o Sporting deveriam ser inconstitucionais, de tanto atingirem os direitos humanos de pessoas de bem. Aquela defesa ao rematezorro do Miguel Veloso deveria, por si só, ser castigada com uma multa de, no mínimo, 200 mil euros e uma pena efectiva de 10 anos de prisão. Se fosse um jogador de outra equipa, o Quim certamente teria ficado pregado ao relvado e acompanharia, deliciado, o esférico a entrar pelas redes encarnadas. Mas como foi um jogador do Sporting, o filho de uma grande rameira resolveu armar-se em canguru e deu um salto tal que conseguiu evitar que aquela bola ultrapassasse o risco. Assim não vale, está bem?!?! Está na hora de acabar, de uma vez por todas, com o racismo, tanto na sociedade em geral, como no futebol em particular, e sobretudo neste. Da próxima vez, exijo que o Quim se comporte contra os lagartos da mesma maneira que contra os outros clubes, e mande lá uma frangalhada ou outra. Porque, afinal, somos todos diferentes, todos iguais, e eu quero igualdade de tratamento, olhem que porra!!!!

Por falar em igualdade de tratamento, tenho só mais três coisinhas (vão numeradas e tudo) a dizer àquelas pessoas que hoje têm tolerância de ponto e estão a fazer ponte:

1 - VÃO
2 - À
3 - MERDA!

E tenho dito!

sexta-feira, novembro 27, 2009

A prova indirecta

A água faz os tecidos encolherem, não é verdade? Pois eu tenho a sensação de que o roupeiro lá de casa deve ter ficado submerso durante algumas horas... não é que eu tenha visto, mas possuo provas indirectas do facto: não há uma cabrona de uma peça de roupa que me sirva!

(ou isso ou hoje, quando me fui vestir, enganei-me e fui à zona "da gaja")

(ou isso ou estou mesmo a ficar mais gordinho)

(mas eu continuo a achar que foi o roupeiro que apanhou água... wishful thinking?!)

(e por que é que eu estou a enfiar aqui tantos parênteses? Terá o meu cérebro também apanhado água?)

(vá, confessem: quantos de vocês sabiam escrever correctamente a palavra "parênteses"? Os que não sabiam, agora já sabem: é assim que se escreve!)

(bom fim-de-semana)

quinta-feira, novembro 26, 2009

Ser chato

Todos nós temos um bocadinho de chatos. Calma, não estou a falar dos bichinhos que atacam a genitália e sim da característica de se ser irritante, estão a ver?, ou, como dizem nos filmes, "a real pain in the ass". Eu, quando quero, consigo ser extremamente chato. Mas nem eu nem, creio, a maior parte das pessoas, consegue ser tão chata quanto aqueles indivíduos que entram pelo nosso território adentro (por "território", pode entender-se o escritório, a casa, a casa-de-banho, o lugar ao nosso lado num transporte público...) e desatam a contar histórias da carochinha, interrompendo-as de cinco em cinco minutos para proferir a frase mais chata de que há conhecimento:

"Não estou a chatear, pois não?"

Como é que é possível haver pessoas com tão pouca noção de si próprias?, é o que pergunto. Eu sei que elas, quando atiram aquela frase, estão à espera de uma resposta simpática do outro lado, de um "Não, não, qual quê! Não está a chatear nada. A sua história sobre a colecção de lenços de papel usados que guarda desde os oito anos é absolutamente fascinante, eu próprio estou com vontade de começar uma mas só com lenços de papel apanhados dentro de peep shows", e que nós, os coitados que têm azar de apanhar com chatos desses, até temos pena deles, mas às vezes - sim, às vezes - dá vontade de lhes dar uma resposta mais torta e dizer que sim, que estão a chatear-nos mesmo bastante, que participar na guerra do Vietnam a combater soldados norte-americanos/soldados norte-vietnamitas (riscar o que não interessa, consoante as vossas preferências bélicas) era algo muito menos arriscado e menos propenso a causar a morte do que escutar conversas enfadonhas, que um ensaio do Heidegger irrita menos, e coisas afins.

Eu só não dou estas respostas porque tenho pena e receio de traumatizar para o resto da vida os chatos. Mas um dia, ah, um dia, se me vir mais chateado do que posso aguentar, passo-me da cabeça e chuto essas e outras imprecações. A ver se eles gostam, chatos do caraças!...

quarta-feira, novembro 25, 2009

Uma vida de dor e de sofrimento

Com muita frequência, mais do que seria desejável, sou abordado por pessoas na rua. Pessoas que se dizem amigas, ou familiares, da minha cara-metade. E esses encontros acabam sempre da mesma maneira: sou exortado, por essas pessoas, "a tratar bem dela". "A ter de fazê-la feliz". "Cuidar para que ela não sofra". "Dar-lhe uma vida boa".

Não percebo tal insistência. Não percebo, também, porque é que as pessoas dizem isso DELA e não dizem isso DE MIM. Afinal, nesta relação, o sportinguista sou eu, EU é que preciso que me façam feliz, EU é que preciso de ser bem tratado, EU é que tenho de ter alguém a aplacar-me o sofrimento...

É triste...

terça-feira, novembro 24, 2009

O comentário de Kanye West ao tralho da Jennifer Lopez nos AMA





HEY J.LO., I'M HAPPY FOR YOU AND IMMA LET YOU FINISH, BUT W. AXL ROSE HAD ONE OF THE BEST FALLS ON STAGE OF ALL TIME! OF ALL TIME!!!!

segunda-feira, novembro 23, 2009

Confissões & Queixas

Confissão: Estou verdadeiramente viciado no joguinho de poker do Facebook. E o pior é que não consigo desligar daquilo e vejo-me a transportar todos os conceitos do poker para a realidade do dia a dia. Quando me perguntam se estou a fazer bem o meu trabalho, eu digo "Sim", o que é claramente uma jogada de bluff; quando a gaja me pergunta se eu quero ir com ela ao supermercado para ajudar a trazer os sacos das compras, eu lanço logo um fold, que é como quem diz "desisto!". Entre amigos, quando alguém se oferece para pagar as imperiais, automaticamente eu tiro o meu dinheiro todo da carteira e faço um raise, ficando todos a olhar com ar de parvos para mim... E quando a minha gaja se põe em cima da cama só em lingerie, levando-me a olhar para os seus seios, imediatamente solto "Um par de ases", e depois quando verifico a minha erecção, dá-me para gritar "Full House"! Será que preciso de ajuda profissional?

Queixa: E o nevoeiro hoje de manhã na margem sul, hum?!? Não dava para ver puto! Mas uma pessoa chega a Lisboa, pimba, o nevoeiro desaparece! Que raio de discriminação vem a ser esta, hã?! Já não basta termos apanhado com aquelas declarações do ex-ministro Mário Lino sobre a margem sul ser um deserto? Agora somos um deserto com nevoeiro? E se aparece por lá el-rei D. Sebastião? Pior, e se ele aparece mesmo ao pé de minha casa? Eu sou anti-monárquico, não quero essa gentalha lá ao pé de mim! (Porém, se em vez do Sebastião, aparecer no meio do nevoeiro a rainha da Jordânia só com um véu a cobrir-lhe o corpinho, eu prometo que até dou algum crédito à monarquia...)

Confissão: Isto é deveras intrigante: eu sou ateu, daqueles mesmo ateus, daqueles tão ateus que fazem o José Saramago parecer um padreco de província, mas ao mesmo tempo sou tão crédulo que até acredito na possibilidade de o Sporting não só vir a ganhar ao Benfica no próximo fim-de-semana como, ainda, que o clube de Alvalade irá conquistar o campeonato. Como é possível, na mesma pessoa, conviverem uma descrença tão aguda e uma crença tão ingénua?

Queixa: Hoje, enquanto me calçava, magoei um colhão. Tratou-se de uma descoordenação qualquer entre os movimentos da minha perna direita, da minha pélvis e da minha cintura que, conjugados, levaram a que eu entalasse o testículo direito entre o meu avantajado pénis e a virilha direita. Agora, dói-me. E de vez em quando, tenho de coçar esta zona. Infelizmente, os meus colegas de trabalho vêem nisto um sinal de má educação, e quando eu lhes tentei explicar que não, não estava a coçar os tomates só por coçar, que o propósito era, e cito as minhas próprias palavras, "aplacar a dor que eu tenho neste colhão, que hoje magoei de encontro ao caralho, foda-se!", eles não reagiram como eu esperava e apelidaram-me de ordinário. Cambada de filhos da puta...

Então bom início de semana e isso...

sexta-feira, novembro 20, 2009

O dia em que descobri o sentido da vida através de um salmão grelhado

Olá, olá, bom dia, bom dia. Começo por dar a resposta ao enigma colocado ontem. Era fácil: tratava-se mesmo de O Rei Pescador, esse grande filme desse grande génio que pertenceu aos grandes Monty Python, o grande Terry Gilliam. Quem nunca viu, deverá fazê-lo assim que possa, pois é realmente um extraordinário momento de cinema, com duas grandes prestações (Jeff Bridges e Robin Williams) e uma história tocante e delirante. É um dos 10 filmes da minha vida, e dizer isto equivale a apôr-lhe o melhor selo de qualidade do mundo, que é o selo de qualidade Peter of Pan.

Hoje não há passatempo, porque não me apetece andar a procurar imagens pelo Google, e também não vou falar daquela vez em que quase fui molestado por um lémur de Madagáscar porque não tenho tempo. Vou, em vez disso, narrar-vos a conversa que tive, anos atrás, com uma posta de salmão grelhado.

Era eu ainda um jovem estudante quando, ao fazer uma noitada de estudos, fui surpreendido por um chamamento na cozinha:

- Pssst. Pssst, eh, tu aí.
Mas eu não fazia ideia de quem me chamava. O que não impediu o chamamento de continuar:
- Eh, psst. Ó tu, com cara de parvo! Sim, tu!
Virei-me para um lado e para o outro. Na cozinha, não se via vivalma. Só lá estava eu e uma posta de salmão grelhado, que tinha deixado de fora para comer daí a um bocado.
- Ó minha besta - prosseguiu a voz - Aqui em baixo, pá!
Foi então que percebi de onde vinha o apelo. Era, efectivamente, da posta de salmão. Não é que eu ficasse excessivamente surpreendido, pois já me aconteceram coisas bem mais esquisitas, mas não pude deixar de mostrar alguma perturbação:
- Quéisto, um salmão que fala?! Hoje nem sequer bebi nada... - falei, mais para mim do que para o salmão.
- Shht, cala-te, rapaz - disse, arrogante, a posta - Tu não estás ébrio. Eu falo. E falo porque tenho muito para dizer. - concluiu o bocado de peixe.
O facto de haver um salmão falante era intrigante, mas mais era ele ter efectivamente algo para dizer. Do que se trataria? O que poderia um salmão argumentar que posse minimamente relevante?
- Rapaz - retomou, calmamente, no seu tom de salmão, o salmão - o que tenho para comunicar é o sentido da vida. Sabes qual é o sentido da vida?
Eu, que pensava no sentido da vida desde os meus seis anos de idade, tinha resposta para ele:
- Pá, a vida não tem sentido. Isso porque a vida não é um ponto de chegada e sim um ponto de partida. Não podes dar sentido a uma coisa no início. Isso é batota! O sentido é construído à medida que se caminha o caminho. E além do mais, tu és uma posta de salmão. O que é que podes dizer sobre o sentido da vida?
- Puto - respondeu-me o salmão - 'Tá calado. Abaixa a bolinha, que eu estou aqui para falar de coisas importantes.
Este salmão era de facto muito arrogante. Devia estar armado em dourada. E não parou:
- Se eu digo que conheço o sentido da vida, é porque conheço o sentido da vida. Eu estive lá! Eu vi! Eu vivi! Eu reflecti! E dei uso às barbatanas. E sei que a vida tem um sentido.
- Ah sim? - retorqui eu, cada vez mais indignado com a jactância de uma mera posta de peixe - Então e qual é ele, ó espertalhão?!
- O sentido da vida é voltar ao rio em que nasceste e aí procriar e deixar descendência, para que as vidas futuras possam renovar aquilo que tu um dia fizeste. - pausou um pouco, para deixar que as palavras fizessem efeito, e retomou a conversa - E isto prova que o Aristóteles estava errado. - concluiu.
Absorvi a sabedoria do salmão, raciocinando naquelas palavras. Poderia ser efectivamente esse o sentido da vida? Regressar ao rio? Mas e quem não nasceu num rio? Eu não nasci. Como é que, então, poderia voltar ao rio em que não nasci e aí procriar e gerar novos eus? Estaria o salmão a falar a sério? Ou toda aquela mensagem não passava de uma metáfora? Seria o rio o símbolo de algo? E se sim, do quê?
Pensei, pensei, pensei, enquanto olhava para o salmão, agora sereno após me ter generosamente comunicado o sentido da vida. Pensei mais. Olhava o salmão. Pensei mais ainda. E de novo olhava o salmão. Pensei tudo o que podia ter pensado, e olhei o salmão até onde podia ter olhado, até que me deu a fome e o comi. E assim acabou a história. Não descobri se aquele era mesmo o sentido da vida, mas posso dizer que aquela posta, regadinha com um niquinho de azeite, estava uma delícia.

Bom fim-de-semana a todos.

[E o contador assinala: 4 dias sem falar em futebol, mamas, cus ou grelos]

quinta-feira, novembro 19, 2009

Passatempo Peter of Pan: adivinhem o filme através das imagens (3)

Antes de mais, quero pedir a todos desculpa por não ter vindo postar ontem. Tal deveu-se a ter andado à porrada com a minha constipação, o que me retirou tempo às normais actividades diárias, como postar, tomar banho ou mandar cartas registadas para a sede do CDS/PP com ameaças de que está lá um sem-abrigo infiltrado.

O Clash of the Titans entre mim e a constipação foi, em si, um evento extremamente interessante. Ela começou melhor, aplicando-me uma chave de braço que me deixou sem respiração, mas aos poucos fui respondendo à altura. Servi-me do meu famoso jogo de pernas para presenteá-la com uns dropkicks aqui, uns Chuck Norris' roundhouse kicks ali e, à hora em que Portugal jogava com a Esbórnia, já a constipação estava a pedir o final do combate. Vitória para mim, portanto.

Mas passemos à frente. Ora, o resultado do passatempo anterior era esse filme para adolescentes bimbas, o Dança Comigo, também conhecido pelo seu nome original, Dirty Dancing. As imagens eram esclarecedoras: um par a dançar, uma parte da anatomia feminina e uns meegos. Tudo junto, só poderia dar "Dança Comigo".

Vamos à charada de hoje. Eis as imagens:




Vá, esta é muito fácil. Amanhã dou a resposta, se bem que nem deveria ser preciso...

[E o contador assinala: 3 dias sem falar em futebol, mamas, cus ou grelos]

terça-feira, novembro 17, 2009

Passatempo Peter of Pan: adivinhem o filme através das imagens (2)

Olá, olá, bons dias, espero que estejam todos com uma constipação 10 vezes pior do que a minha e que graças a isso não consigam levantar-se da cama. Eu devo ter feito mal a alguém numa vida anterior porque, embora estando constipado como o caraças, tive de vir trabalhar. É o que dar ser uma figura importante no local de trabalho... todos dependem de mim, sobretudo as mulheres. Se eu falto, o mais provável é dar-se um suicídio colectivo.

Bom, mas vamos lá a coisas importantes. A resposta à charada de ontem era, obviamente, "Alta Fidelidade", que desde já aconselho todos a verem, e também a lerem o livro (é do Nick Hornby). Para minha surpresa, só duas pessoas acertaram na resposta: El Guru e a nossa amiga de Marte. Estou muito desapontado com todos os outros, muito sinceramente! Eu farto de elogiar-vos nas sessões de copos com os amigos, sou mesmo capaz de, à 23754ª imperial, dizer que são os leitores mais inteligentes do planeta, e fazem-me uma destas?!?! Ó que caraças!...

Mas hoje há uma possibilidade de se redimirem. Basta adivinharem qual é o filme:







Também não é muito difícil, pois não? É mais subtil do que a charada de ontem, mas puxem um bocadinho pela mioleirinha que chegam lá! Amanhã dou a resposta!

[E o contador assinala: 2 dias sem falar em futebol, mamas, cus ou grelos]

segunda-feira, novembro 16, 2009

Passatempo Peter of Pan: adivinhem o filme através das imagens

Hoje deu-me para isto: vou colocar aqui duas imagens e vocês, através da associação, terão de adivinhar qual é o filme que eu tenho na cabeça. Vou dar um exemplo, para ficarem com uma ideia mais precisa: se eu colocasse aqui a imagem de um leão, e de seguida a imagem de uma estrela, qual seria o filme, qual seria?! Exacto, o Voando Sobre Um Ninho De Cucos! Ok, estou a brincar, é claro que se trataria de O Leão da Estrela. Se alguém pensou mesmo que era o Voando Sobre Um Ninho de Cucos, é melhor convencer-se de que sofre de severos problemas de entendimento, e deve portanto arranjar ajuda especializada o mais rapidamente possível.

Como este post é o estreante, a charada é muito fácil. Aqui ficam as imagens:



Espero as vossas respostas na caixa de comentários. Darei a solução (mas vocês não precisam, pois não?! Esta é mesmo muito fácil!!!) no post de amanhã!

[E o contador assinala: 1 dia sem falar em futebol, mamas, cus ou grelos]

sexta-feira, novembro 13, 2009

Chego à conclusão


que a maior parte dos meus posts ou falam sobre futebol, ou sobre mamas, ou sobre futebol, ou sobre pachachas com dentes, ou sobre futebol, ou sobre cus, ou sobre futebol. De vez em quando, lá vem um que relaciona a política com o futebol, ou a filosofia com as mamas, mas é muito de vez em quando. É capaz de ser boa ideia renovar um pouco a minha imaginação. Se na próxima semana escrever alguma coisa que tenha a ver com as temáticas atrás referidas, prometo açoitar-me violentamente.


Bom fim-de-semana e boas mamas.

Nãããão, tudo menos isso!!!


Ao que tudo aponta, será André Villas-Boas o sucessor de Paulo Bento no comando técnico do Sporting. Se isto se confirmar, é um dia triste para mim enquanto adepto sportinguista. Porque eu admito muita coisa: admito o Sporting ter sido fundado por aristocratas, admito o Sporting ter entre os seus simpatizantes figuras da direita como Durão Barroso, Paulo Portas ou António Pires de Lima, admito até que o clube não ganhe uma porcaria de jeito, mas levar com um beto como treinador já é demais. Demais! É querer abusar da paciência de uma pessoa.

Pobre Sporting... volta, Paulo Bento, por favor!!!!

quinta-feira, novembro 12, 2009

Lúcidos comentários acerca de Teeth, o filme


De todos os filmes não-pornográficos que saquei da net nos últimos dias, o que mais me chamou a atenção pela sua estupidez foi este Teeth, que desconheço se saiu em Portugal. Teeth é uma daquelas películas típicas de terror, ou melhor, de terrir, para adolescentes, mas distingue-se das outras pelo seu ponto de partida, que é uma gaja descobrir que tem dentes na perseguida!

Este conceito é desde logo prometedor, e foi o que bastou para que eu me pusesse a ver o filme. Assisti então ao drama de Dawn, uma normal rapariga ultra-cristã que sonha chegar casta ao casamento, até se apaixonar por um rapaz também cristão, e que também fez um voto de castidade, mas que à primeira oportunidade manda a abstinência às urtigas e salta para a cueca da pobre Dawn. Porém, nada há a temer, porque após duas ou três penetrações, o rapazote tem uma supresa do caralho, quer dizer, no caralho: fica sem ele porque a patagónia da Dawn tem esse insuspeito truque que é possuir vigorosa dentição, capaz de dar cabo de qualquer membro, mesmo do mais avantajado (eu é que não lá o metia, podem ter a certeza).

Não vos vou contar o resto da história, apenas vos deixo mais este spoiler: a dada altura, a coitada da Dawn decide ir ao ginecologista avaliar do seu, digamos, original problema. Como é a sua primeira vez, ela não sabe muito bem o que fazer e em que posição se colocar. O ginecologista, no propósito de a acalmar, vem com um daqueles clichés previsíveis "Não te preocupes, eu não mordo", até enfiar a mão dentro da crica da Dawn e aperceber-se que, afinal, quem morde é a dita cuja. Ri a bom rir quando o doutor retira a mão, verifica que ficou sem os dedos e, esvaindo-se em sangue, grita "AAAAAHHHH, VAGINA DENTATA!!!!". Uma daquelas cenas antológicas que deveria ficar para a história do cinema...

Enfim, se querem saber mais, vejam o filme. Não demora muito a sacar e dá para sorrir. Sempre é melhor do que pagar 5 euros para assistir ao 2012, não é verdade?!

quarta-feira, novembro 11, 2009

Sonho de Berlim (por detrás da Cortina de Ferro)


Grande parte das vezes, os nossos sonhos derivam de ocorrências reais, às quais é dada uma enorme liberdade poética capaz de as tornar irreais (até porque são sonhos, certo?!). As vezes que eu já vi a Monica Bellucci no televisor e depois, na própria noite, tive sonhos que envolviam envolver-me com ela numa banheira cheia de espuma... Tantas, tantas...

Esta noite, o sonho foi menos libidinoso e mais politicamente comprometido. Com tanta propaganda feita nos últimos dias à queda do Muro de Berlim, não espantou que os meus sonhos tenham saído afectados. E foi assim que me vi transportado no espaço e no tempo e fui parar ao lado de lá da Cortina de Ferro antes da queda do muro. Pelas ruas de Berlim oriental caminhava, cruzando-me aqui e ali com habitantes da Alemanha de Leste, pessoas tristes de olhar melancólico e rosto fechado. As mulheres, em particular, davam dó, pois arrastavam-se penosamente pela calçada, carregando de cada lado um cesto com vegetais. Dava-me vontade de libertá-las e trazê-las para o lado de cá, mas uma pessoa quando sonha tem de obedecer às regras do sonho, e no meu sonho eu estava obrigado a continuar a caminhar.

Caminhando e caminhando chego a uma praceta, onde decorre uma espécie de ajuntamento comunista. Em cima de um palanque, um dirigente grita palavras de ordem, mas eu não compreendo porque o homem fala em russo. Defronte do palanque, os alemães de leste cochicham uns com os outros, talvez perguntando "Gott im himmell, porrque é que este cabrrón está a falarrr em russo?!?", ainda e sempre com rostos tristes. Olho para o espectáculo por uns minutos, e desta vez o sonho diz-me para intervir, e assim faço: com uma força desconhecida, irrompo pela praceta e, empurrando alguns alemães no processo, rapidamente chego até junto do palanque, onde olho nos olhos o palhaço comuna que papagueava a cassete do Kremlin. Fico uns momentos assim, a fazer cara de mau para o tipo, até ele parar de falar. Quando finalmente se cala, chega a minha vez: "Palhaço de merda, estás para aí a elogiar o teu regime de merda e olha para esta gente, olha para a vida deles. Filho de uma rameira siberiana, são tipos como tu e regimes como aquele que apoias que dão mau nome à Esquerda. Se eu tivesse aqui comigo um saco cheio de mijo, atirava-to já à cabeça, meu rabilóide. Devias ser apanhado num beco escuro por um bando de cossacos que te fizessem ao cu aquilo que os bolcheviques fizeram aos mencheviques."

Como eu falava em português, a besta do russo nada entendia, mas a raiva que embebia as minhas palavras era-lhe bastante perceptível. Sentindo-se atacado, disse-me "Nasdrovnja, pravda nyet nyet navratilova, cecceka moskva, gospodin mikaylichenko andryi shevckenko nyet portugalski cunhalovski pravda", ao que lhe respondi com um gesto universal, que se caracteriza por dobrar de encontro à palma da mão os dedos indicador, anelar e mindinho e esticar para o ar o dedo médio. O pulha não gostou e chamou imediatamente os guardas que ladeavam o palanque. Percebi então que os meus minutos do lado de lá da Cortina de Ferro estavam contados e que o melhor era dar corda aos sapatos e pisgar-me dali para fora. Corro, corro, corro, apanho uma barra de ferro do chão da Berlim oriental e, com o Muro já à distância do tamanho do pénis do John Holmes, dou uma de Sergei Bubka e salto para o lado de cá da Cortina de Ferro. Estranhando não ter levado com nenhum tiro, desvio o meu olhar para as torres de vigia: nelas, os soldados do leste estão a bater palmas, claramente impressionados pela minha atlética exibição. "Fixe", digo para mim, "esta merda até não correu mal. Só espero que o meu exemplo sirva... pá, sirva de exemplo e que os alemães não se deixem levar pelos sovietes".

A saga, no entanto, ainda não estava terminada. Ao virar as costas, em definitivo, para o Muro de Berlim, vejo dois soldados norte-americanos a vir na minha direcção. Um deles grita "Man, you're a fucking hero. You're a symbol of western capitalism", mas mal acaba de dizer a última sílaba da palavra "capitalism", leva com a barra de ferro na tromba (sim, a barra de ferro deveria ter ficado na Berlim oriental, mas é destas coisas que os sonhos são feitos, não é verdade?). O outro soldado olha espavorido para mim e para o colega, sem saber o que fazer. É aí que dou a minha lição política: "Ó palhaço, 'tá lá quietinho e ajuda mas é o teu colega a ir para o hospital. Vocês do lado de cá são iguais aos estúpidos do lado de lá. O totalitarismo do capital não é melhor que o totalitarismo do plano quinquenal. Ah, e chupa-mos". O soldadito, embora não entendesse português, de certeza que percebeu as minhas intenções, pois acaba por deixar-me em paz e levar o companheiro, cujo nariz se esvai em sangue, aos ombros até ao posto médico mais próximo.

Ciente de que nada mais havia a fazer naquele lugar, viro-me uma última vez para o Muro, desço a braguilha, puxo o peterpanzinho para fora e, num gesto derradeiro de provocação, pinto aquela mordaça de betão com a minha urina. Soltos os últimos pingos, arrumado o animal e fechada a braguilha, resolvo apanhar o primeiro táxi e venho para a caótica Lisboa (só em sonhos é que um gajo gosta de ir de táxi!!! E de trocar Berlim por Lisboa!!!). E foi assim que terminou a minha aventura, e idem para o meu sonho. De manhã, só me vieram à cabeça, em jeito de moral (ou será "mural"?) da história, as seguintes palavras: "Aqueles que querem desvalorizar a queda do muro de Berlim com o argumento de que a vida nos antigos países do bloco soviético não está melhor do que antes, são iguais àqueles que desvalorizam o 25 de Abril com o argumento de que a vida em Portugal não está melhor do que na época do Salazar".

Isto é profundo, meus meninos. E tão verdadeiro quanto profundo...

terça-feira, novembro 10, 2009

O dia em que a minha gaja compreendeu, definitivamente, que não sou deste planeta

Porque nós somos um casal muito asseadinho, vai não vai andamos em limpezas. Normalmente é ela quem toma conta do aspirador, e eu do balde e da esfregona, e isto tem uma razão muito corriqueira por detrás: é que se for eu a aspirar a casa, o barulho do aparelho abafa o heavy metal que coloco na aparelhagem para ajudar a suportar as tarefas domésticas, ao passo que andar para a esquerda e para a direita com a esfregona permite-me ouvir o maravilhoso do sonzaço!

No entanto, da última vez que nos pusemos a limpar a maison, tive de ser eu a agarrar-me ao aspirador, isto porque a gaja andava tão entretida a jogar Farmville que descurou a sua colaboração. Portanto, it's a dirty job, but someone has got to do it, e toca de aspirar o chão. À falta da música que, como referi, não poderia colocar porque não se ouviria nada, tive de ocupar a minha mente com outras coisas. E quando a minha cabeça não está entretida a acompanhar os grunhidos death metal do vocalista de Obituary ou a emular os guinchos gélidos das guitarras dos Enslaved, só há uma coisa de que ela se lembra: javardeira!

E foi aí, quando eu estava quase a acabar de aspirar o quarto de dormir, que tive esta iluminação: criar músicas pornográficas para criancinhas! Julguei logo estar perante uma oportunidade óptima de negócio, pois trata-se de um nicho de mercado ainda por explorar. A minha ideia seria criar um projecto que misturasse a ternura de um Avô Cantigas com o lirismo de um Bocage ou, até, de um Manuel João Vieira. E as letras começaram a chegar em catadupa, ao mesmo tempo que ia aspirando as restantes divisões.

A primeira letra que criei foi esta: "O caralhinho não está sozinho", e o refrão reza assim

O caralhinho não está sozinho
Tem um amiguinho
Que é o cuzinho

O caralhinho não está só
Tem outro amigo
É o bóbó!

O bóbó e o cuzinho
São amiguinhos
Do caralhinho!

Imaginem esta merda musicada com uma viola e um teclado, e creio que podem ver o enorme potencial que isto tem!

Depois iniciei a criação de mais outra, ainda em desenvolvimento, "As vogais vão ao cu às consoantes", de que só tenho os seguintes versos:

A A A, vou-te à pá
É É É, cheiras a chulé
I I I, furo-te o pipi
Ó Ó Ó, come o meu cocó
Ú Ú Ú, rebento-te esse cu

Um gajo mete aqui uns coros e o camandro, e a coisa fica mais fixe do que o Requiem do Mozart.

Estando, então, diante de um conceito novo e com pernas para andar, desliguei o aspirador e fui partilhar com a gaja tão inovadora ideia. Expliquei-lhe: "Gaja, 'tou com uma cena bestial na cabeça. E se formássemos uma banda porno-infantil?" Ela, não convencida, limitou-se a torcer o nariz, mas não desisti e comecei a cantar as duas letras acima e que havia criado enquanto aspirava, aguardando por uma reacção.

E a reacção deu-se mas não, certamente, aquela que eu pensava. A minha gaja, incompreensivelmente, e em claro desprezo pelo meu génio, em lugar de apoiar a minha arte, veio logo com um "Mas tu és maluco?! Tu estás doido?! Que raio de coisa vem a ser esta?! Tu não és normal!!! Pobres criancinhas! Já não quero ter filhos contigo!!! Se não tomas juízo já, eu juro que chamo a polícia!".

Fiquei, como seria natural, muito desanimado com esta resposta. É triste ser um génio incompreendido, e ter dentro de si algo que, a ser bem aproveitado, não só me traria segurança económica como levaria alegria a milhares e milhares de criancinhas por esse país - não, mundo! - fora. E é lamentável que a minha própria cara metade não entenda o potencial de um projecto assim. Extremamente lamentável...

segunda-feira, novembro 09, 2009

Um apelo à blogoesfera: como perder peso?!

Acabo de subir à balança para verificar o meu peso. Tenho um choque: 80 kg! Para o meu outrora elegante corpinho, trata-se de um recorde absoluto. Chego, portanto, à conclusão de que preciso perder peso. O problema é que não tenho experiência alguma na área. Não sei como fazê-lo, pronto. Várias opções estão lançadas diante de mim, mas desconheço qual a mais eficaz. É por isso que vos faço um apelo: das acções que me proponho executar, e que listarei já de seguida, qual a que apresenta melhores resultados? Eu não preciso de perder muitos quilos, uns 2 ou 3 certamente bastarão.

Ajude o Peter of Pan! Qual o meio mais eficaz de perder 2 a 3 quilogramas?
Correr atras dos jogadores do Sporting
Utilizar os jogadores do Sporting como saco de pancada
Sodomizar o Felipe Caicedo dez vezes seguidas
Todas as anteriores
pollcode.com free polls


Vá, dêem lá uma ajudinha aqui ao amiguinho...

sexta-feira, novembro 06, 2009

O Sporting e o optimismo antropológico


Conhecem a tese do optimismo antropológico, não conhecem?! Em poucas palavras, e de acordo com o seu teórico mais famoso, Jean-Jacques Rousseau, o que diz é isto: as pessoas são naturalmente boas, a sociedade é que depois as corrompe. Ora, na minha opinião, e tendo em conta os actuais resultados da equipa verde-e-branca, creio que é possível adaptar esta tese para a realidade do futebol.

No fundo, o que eu afirmo é que basta substituirmos os papéis: o Sporting desempenha o papel de sociedade e (eu sei que esta parte já é mais complicada, mas façam um esforço...) os jogadores de futebol desempenham o papel de pessoas, e ficamos com a tese de que "os jogadores de futebol são naturalmente bons, o Sporting é que dá cabo deles todos!"

Ao contrário do Rousseau, que para apoiar a tese recorreu ao mito do bom selvagem, eu disponho de evidência empírica: qualquer jogador é bom antes de envergar a camisola às riscas verdes-e-brancas, e qualquer jogador se estraga durante o tempo que permanece no Sporting. Se permanecer muito tempo, corre mesmo o risco de se danificar para sempre (creio ter sido este, mais do que qualquer outra coisa, o segredo por detrás do sucesso de jogadores como Paulo Futre, Luís Figo e Cristiano Ronaldo: ficaram pouco tempo em Alvalade).

Vamos aos exemplos: Liédson. Uma análise feita só pela rama dirá que este jogador é um contra-exemplo à minha tese. Liédson, afinal, é só o melhor ponta-de-lança a actuar em Portugal. Porém, vejamos as coisas mais de perto. Liédson é o maior, mas suponhamos que em vez de jogar no Sporting, jogava noutro clube. Já estão a ver? No Sporting, o Liédson marca golos com alguma frequência; noutro clube, não tenham dúvidas que marcaria cerca de 50 golos por jogo!

Mais outro caso: Caicedo. O avançado equatoriano está avaliado em mais de 10 milhões de euros. Teve boas prestações no Manchester City. Vem para o Sporting, dá-se-lhe uma bola e ele revela mais desconhecimento no trato com a redondinha do que o Oliveira e Costa relativamente ao buraco do BPN. Até o Miguel Veloso na passerelle joga melhor que o Caicedo dentro das quatro linhas...

Ainda outro caso: Pedro Silva. "Quem é esse?", perguntam vocês, ignorantes do plantel lagarto. Pedro Silva é uma espécie de lateral direito que se caracteriza por ser lento, estúpido, desprovido de técnica, e de táctica, e que só teve algum reconhecimento por parte da massa adepta leonina quando resolveu lançar fora a medalha de vencido da Taça da Liga (sim, aquela que decorreu este ano e em que o Sporting foi absolutamente roubado). Pedro Silva é, pois, uma nulidade... no Sporting, porque ao que parece o rapaz quando estava no Corinthians até dava uns toques.

Por fim, o último caso: Silvestre Varela. Varela começou a dar nas vistas no Casa Pia, emprestado pelo Sporting. Quando voltou ao clube, não deu uma para a caixa. Voltou a ser emprestado, com bons resultados. Regressou ao SCP, recomeçou a não jogar peva. Foi para Espanha, deu espectáculo por onde passou e voltou a Portugal, para o Estrela da Amadora, onde foi o melhor jogador durante a época passada. Este ano, representa o Porto e já conseguiu boas exibições, estando actualmente lesionado, mas ainda assim consegue ser mais produtivo do que quando jogava no Sporting.

Estes quatro casos bastam para que me seja dada razão. Os jogadores até são bons jogadores, mas infelizmente assinam por um clube que pode perceber de muita coisa, mas não de bola. E depois admiram-se que os adeptos tenham de ser corridos a tiro...

Aviso já que quando o Paulo Bento for embora, me vou candidatar ao cargo de treinador do Sporting. Alguém tem de inverter a triste situação do clube, e tem de ser alguém que compreenda profundamente as razões pelas quais o Sporting é o Sporting. E eu compreendo, por isso sou a pessoa mais indicada para fazer do Sporting um clube ganhador, conquistador e demolidor.

A minha primeira medida, acaso seja contratado, será mudar de nome. "Sporting" já há muito é sinónimo de "derrota ou empate humilhante". Proporei que, em vez de "Sporting", o clube passe a ser designado por "Barcelona Clube de Portugal". Que tal, para começar?!

quinta-feira, novembro 05, 2009

As melhores frases de engate são, sem dúvida, as mais simples!

Todos sabem que o Quentin Tarantino é o realizador/argumentista mais fixe do mundo. E quem melhores diálogos cria. Revi recentemente o Jackie Brown, que muita gente detesta (por "muita gente", deve entender-se "idiotas"), e não obstante todo o enredo ser brilhante, há por lá uma pérola que, só por si, faz valer as quase duas horas e meia de filme. Refiro-me a uma conversa entre Melanie (Bridget Fonda) e Louis (Robert de Niro):

MELANIE: That's a picture of me in Japan.
LOUIS: You been to Japan?
MELANIE: I lived there for about nine months.
LOUIS: You lived in Japan, when?
MELANIE: About five years ago.
LOUIS: Who's arm is that?
MELANIE: That's the guy I lived with... his name was... Hir... Hirosh.
LOUIS: Must of made quite an impression.
MELANIE: I never got to know him, really. I couldn't speak Japanese, and his English was terrible. But I couldn't say anything, because his English was better than my Japanese.
LOUIS: That sounds like a problem.
MELANIE: Not really. We didn't have much to say to each other anyway. I never got to know him that well, but I knew enough to know I wasn't missing much. I keep that, because of all the fuckin' time I was there, that's the only picture I got of me in Japan. (she points beyond her shoulder) That's Japan.

Melanie looks up at Louis.

MELANIE: Wanna fuck?
LOUIS: Sure.

Cá está! Só um génio como Tarantino se lembraria de uma punchline tão simples quanto eficaz. Mas eu, como sou esquisito, ainda acho que se poderia ter simplificado mais a coisa. Eis como eu faria, se fosse o autor do diálogo:

MELANIE: Did you know I was in Japan?
LOUIS: No, I didn't!
MELANIE: Lets fuck?!
LOUIS: Yeah!

Mas até isto pode ser ainda mais simples:

MELANIE: Lets f...
LOUIS: (shuts her mouth and jumps into her pants)

Ahhhh, não há verdadeiramente nada como a simplicidade...
  

quarta-feira, novembro 04, 2009

Eu vi, eu vi... eu juro que vi

um amish a passear impunemente pelas ruas do nosso país. Desconhecia, até hoje, que pudessem existir membros desta comunidade em Portugal, mas pelos vistos eles andam por aí. Aquele que vi hoje pode muito bem não ser o único, ou pode até ser uma espécie de batedor que foi mandado para cá com o objectivo de reconhecer o terreno. Que quererão eles?! Transformar Portugal num país conservador através de uma aliança com a Manuela Ferreira Leite? Ou estão a equacionar substituir a Maçonaria como a seita mais parva a ser levada a sério no nosso país? Se for esta última hipótese, os militantes do PS passarão a deixar crescer a barba e a andar com um chapéu antiquado em cima da carola? Será possível que queiram transformar os congressos socialistas e, quiçá, a própria Assembleia da República nisto?:


Não é que eu esteja propriamente com medo, mas lá que acho esquisito vir a ter de conviver com esta gente, ai isso acho. Só ficarei mais descansado - até mesmo entusiasmado - se com eles vier a Kelly McGillis (vá, não me digam que nunca viram A Testemunha...).

terça-feira, novembro 03, 2009

Mas quem é que se terá lembrado de inventar isto?!

A roda. A imprensa de caracteres móveis. A máquina a vapor. A lâmpada eléctrica. Tudo descobertas que vieram ajudar a desenvolver a vida em sociedade. Mesmo que não subscrevamos a tese do determinismo técnico, é algo consensual que a humanidade estaria noutro plano caso as luminárias que se lembraram de vir com aqueles objectos estivessem a fazer qualquer coisa menos produtiva, como por exemplo ver jogos do Sporting.

Infelizmente, nem só de grandes invenções vive o cérebro humano. A mesma espécie que criou o automóvel, o avião, o cd e o wonderbra foi também a espécie que se lembrou disto:

E o que é isto, perguntam vocês, ignorantes da evolução da tecnologia? "Será um boomerangue?!" Não! "Tratar-se-á de um canário disfarçado?!" Não, que disparate! "Ah, é um novo modelo de preservativo?!" Népias, vocês são doidos? Quem é que ia enviar o coiso naquela coisa? "Poderá ser, então, uma daquelas coisas que se enfiam no cu e dão prazer?!" Não, porra, deixem de ser parvos!!! Vou dar mais uma hipótese:


"Uma banana?!" Mas, ó Peter of Pan, seu tolinho, as bananas já foram inventadas há muitos milhões de anos atrás!" Eu sei, eu sei... Só vos peço para olharem a banana e depois olharem aquela coisa esquisita da primeira foto. Não vos ocorre nada?!? Terei de vos mostrar a derradeira fotografia?! Vocês decepcionam-me... Então tomem lá:


Pronto! Já descobriram, finalmente, para que é que aquela coisa serve?!?! Exacto: é um porta-bananas!!! Era mesmo disto que precisávamos para salvar o mundo: uma caixinha amarela em forma de... bem, em forma de banana, que se abre e dá para meter uma banana lá dentro! Quem terá sido o anormal a vir com uma inutilidade destas?!?! PARA QUE É QUE ISTO, EFECTIVAMENTE, SERVE?! "Ah, para guardar bananas, lógico. Foste tu próprio a dizê-lo". Sim, está bem, mas PORQUÊ, caraças?! Com tanta coisa que faz falta inventar, quem é que envida esforços para criar o porta-bananas?! Por que é que a pessoa que se lembrou disto não se lembrou antes, sei lá, de inventar um mecanismo que permita ver a Monica Bellucci a tomar banho? Ou de criar uma táctica que não o losango e apresentá-la ao Paulo Bento? Isso sim, seriam inventos bem-vindos. Mas não: em vez disso, o que temos? O porta-bananas...

Filho-da-puta do cabrão que inventou esta estupidez, é bem feito que morra com um cacho de bananas enfiado na peida...

segunda-feira, novembro 02, 2009

Um jogo de poker é uma lição de vida!


Eu adoro Poker (gosto mais ainda de Poke-Her, se é que me entendem...). E como noticiei na passada quinta-feira, descobri que o Facebook permite aos utilizadores jogarem um joguinho que é o Zynga Poker. Com muita pena minha, devido aos meus compromissos e devido à circunstância de a gaja querer andar a plantar coisinhas e cuidar de animaizinhos no Farmville (mais outra aplicação do Facebook), não jogo tanto quanto gostaria. Mas, de quando em vez, lá vou dar uma cartada.

Foi o que aconteceu ontem durante grande parte do dia. Os planos antecipados que tinha para passar o domingo foram furados e lá me enfiei diante do monitor, não sem antes mandar a gaja fazer as suas coisas (varrer a casa, lavar a loiça, passar a ferro... nós lá em casa somos muito adeptos da divisão de tarefas: ela trabalha, eu divirto-me!)* Eram, pois, umas 16h quando comecei a primeira pokerzada do dia. Possuía 38 mil fichas, que vinham dos outros dias em que havia jogado, e em pouco mais de meia hora, fruto de jogadas geniais da minha parte, cheguei às 85 mil fichas.

Depois disto, foi o descalabro. Imaginem o Benfica a dar tareias de 5 a 0 e 6 a 1 a equipas como o Everton e o Nacional e depois imaginem o mesmo Benfica a sair com o rabo entre as pernas em Braga. Pois: comigo foi pior! Cheio de bazófia por ter ganho tantas fichas em tão pouco tempo, abandonei claramente o meu calculismo e passei a revelar uma arrogância ao jogo maior do que a arrogância do Pacheco Pereira quando se fala de política. Passei a apostar à grande... e a perder também à grande. Quando dei por terminado o meu dia de jogatana, lá pelas 22h30, já só me restavam 15 mil fichas, ou seja, menos do que aquilo com que tinha começado a jornada.

Isto, sem dúvida, é uma lição. Há muito tempo que considero o Poker como o jogo mais filosófico que existe, e o dia de ontem não fez mais do que comprová-lo. A vida, afinal, é como o Poker: há gente que faz bluff. Há gente que só vai lá pela certa. Há gente que tem outras cartas na manga. E há gente que, quando as coisas correm bem - por vezes, bem demais -, fica deslumbrada. E o deslumbramento, assim como qualquer outro tipo de ilusão, tolda o raciocínio e leva-nos a fazer coisas que não faríamos caso estívessemos na posse do nosso pleno juízo. Quando a vida vai bem, o melhor é refrear o entusiasmo em lugar de querer mais, mais e mais. Se não o refrearmos, a bolha corre o risco de rebentar, como aliás se passou com a recente crise económico-financeira que andamos a enfrentar desde 2008.

A vida é isto, e o Poker também. Já agora, ninguém me empresta umas 50 mil fichas para eu limpar os meus adversários?!?! Obrigado.

* Espero bem que não tenham acreditado nisto. Eu farto-me de trabalhar. Se eu ficasse descansadinho no sofá a não fazer um cu, a minha gaja já me tinha enfiado uma vassoura pelo... bem, pelo cu!