terça-feira, março 31, 2009

Iluminação de almoço

Hoje, enquanto almoçava, tive uma daquelas iluminações típicas de quem se sente enfartado. Foi uma ideia brilhante, como há muito não tinha. E que ideia era essa?

Simples: a criação, na Margem Sul, de um Círculo Nietzscheano. Fantástico, não é? Pois. A coisa funcionaria nos seguintes moldes: às sextas-feiras, a partir das 10 da noite, todos os membros do círculo (aberto a homens e mulheres) colocariam um bigode postiço à Nietzsche e partiam para os bares, munidos com obras do notável filósofo alemão. No meio de shots de vodka e whiskey e absinto e sumol pêssego (dá uma moca do caraças, esta merda!!!), declamavam passagens dos livros. Prestar-se-ia, assim, homenagem não só a um vulto da cultura mundial, como também à arte de apanhar grandes bezanas com os amigos. E no final da noite, quem se atirasse todo nu para cima de um cavalo seria agraciado com a Ordem do Bigode Nietzscheano.

Porreiro, não acham? Eu acho...

Vá, quem é o segundo (o primeiro fui eu) a inscrever-se no iconoclasta Círculo Nietzscheano?! (Uma nota: se alguém conhecer a Mónica Sofia, digam-lhe que está em cima da mesa uma proposta para fazê-la sócia honorária do Círculo. É só ela vir falar comigo...)

segunda-feira, março 30, 2009

Lúcidos comentários acerca do conceito de "pagar propinas"

Não dá! Eu bem tento manter a calma e a presença de espírito, mas quando sou forçado a largar, assim do pé para a mão, umas boas centenas de €uros, quando supostamente o ensino público deveria ser gratuito (pois, 'tá bem... em que planeta vivo eu?!), os humores necessariamente aquecem. E quando os meus humores aquecem, quem sofre são os leitores deste blogue. Ou seja, vocês. Azarito...

Isto é o que se me oferece dizer acerca desse tão metafísico conceito que é o de "pagar propinas":

FODA-SE, FODA-SE, FODA-SE, VÃO-SE TODOS FODER, SEUS CHULOS DE MERDA!!! JÁ VIRAM BEM ESTA PORRA, CARALHO?! FIQUEI SEM UM TUSTO À VOSSA CONTA, SEUS EXPLORADORES DA TRETA! AINDA SE AS AULAS FOSSEM FIXES, MAS NÃO, SÃO UMA SECA DESCOMUNAL, IGUAL ÀS SECAS QUE AS VOSSAS MULHERES APANHAM QUANDO ESTÃO A LEVAR COM AS VOSSAS AMOSTRAS DE PILINHAS, SEUS FANCHONOS D'UM RAIO! POR CAUSA DAS VOSSAS LEIS DE MERDA, QUE ME OBRIGAM A PAGAR O CARALHO DAS PROPINAS SE QUISER CONTINUAR A FREQUENTAR A BOSTA DE CURSO QUE FREQUENTO, ESTOU SEM DINHEIRO PARA AQUELAS COISAS ESSENCIAIS, TIPO A PLAYBOY E O CAMANDRO. QUEM É QUE AGORA ME VAI COMPRAR A PLAYBOY, HUM? O PRESIDENTE DA REPÚBLICA? O PRIMEIRO-MINISTRO? O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA? O SECRETÁRIO DE ESTADO DO MINISTRO DOS ASSUNTOS PARLAMENTARES? A PRIMA DA TIA-AVÓ DO VIZINHO DO 3ºF DA MINISTRA DA EDUCAÇÃO? PUTA QUE OS PARIU A TODOS, MEUS CABRÕES! TOMARA QUE O MEU DINHEIRO SIRVA PARA A CONTRATAÇÃO, A TERMO INCERTO, DE UMA TRIBO DE NEGÕES AFRICANOS E QUE ESTA VOS ENRABE, VIOLENTAMENTE E A SANGUE-FRIO, A TODOS!

sexta-feira, março 27, 2009

Reportagem Peter of Pan: Meia-maratona de Lisboa (3)

(conclusão dos posts anteriores)

A caminhada prosseguiu, e quase sem dar por isso, cheguei ao final da ponte 25 de Abril. O que é dizer: acabavam os motivos de interesse. Ou não: ali em Alcântara, ajuntaram-se uns quantos espectadores para aplaudir os participantes, inclusivamente aqueles que, como eu, não corriam. Resolvi agradecer a simpatia de todos os que puxavam do lado de fora com uns não menos simpáticos manguitos. E quando um senhor de meia-idade me atirou com um "Malcriado" para cima, não fiz mais senão repetir a célebre frase que o deputado José Eduardo Martins lançou, em plena assembleia da República, ao também deputado Afonso Candal: "Vai pró caralho!". Com um pouco de sorte, acontecer-me-á o mesmo que aconteceu ao próprio Eduardo Martins: serei convidado para fazer comentários políticos na Sic Notícias. O que é fixe, sempre pode dar-se o caso de ficar a conhecer a Marta Atalaya ou a Ana Lourenço, duas das jornalistas portuguesas com mais sex-appeal.

(ainda outro aparte: agora que já há uma Playboy portuguesa - voltarei a este assunto em breve - por que não pedir a estas duas mocitas que posem para a revista? De preferência, ao mesmo tempo e em figuras de sugestivo lesbianismo, nham, nham...)

Foi também na zona de Alcântara que tive uma agradável surpresa: o reabastecimento. Paletes e paletes com garrafas de água esperavam junto da estrada, disponíveis para os participantes da corrida. Saquei uma meia dúzia, que acondicionei devidamente dentro da mochila que carregava às costas, e continuei o passo, apenas para ser de novo surpreendido: logo a seguir às paletes com água, estavam mais paletes com garrafas de Powerade, ou seja, uma bebida isotónica, ou lá como se chama essa gaita. Peguei numa dúzia de exemplares, e vá de enfiar aquilo na mochila junto da garrafada que já por lá se encontrava. Fiquei todo contente, com esta história toda não precisaria de ir ao supermercado comprar bebidas (as alcoólicas não contam!) durante as próximas três semanas. O único problema que isto gerou foi o acréscimo de peso, e isto quando ainda faltavam cerca de 4 quilómetros - a Avenida da Índia desde Alcântara até aos Jerónimos - para terminar a aventura maratonesca.

Portanto, esta segunda parte da prova fi-la a arrastar-me. Só despertei para a vida junto da Cordoaria Nacional, porque estava a decorrer neste espaço uma Feira da Mulher. À entrada, encontrava-se uma vistosa fémea... se lá dentro fosse tudo assim, adeus meia-maratona! O problema é que, mal esbocei um elegante movimento de abandono da prova, a minha companheira trocou-me as voltas e pregou-me uma rasteira que me levou a beijar o piso de alcatrão. Não tive a mínima hipótese de ver mulherada na Feira da Mulher...

Os restantes quilómetros foram, pois, penosos. Bebi metade dos líquidos que havia armazenado na mochila, e se isto trouxe como vantagem um alívio no peso que carregava, como desvantagem gerou uma vontade imensa de me "aliviar". Mas só poderia fazê-lo quando terminasse a prova, uma vez que as casas de banho ambulantes disponibilizadas pela organização tinham filas de 50 metros. Esta gente não sabe fazer o xixi em casa, depois dá nisto...

Foi, então, com alegria que vi o final da prova. Já me sentia até rejuvenescido, e pensei para mim: "Agora corto a meta, vou buscar a medalha, os morfes e o gelado que esta malta costuma oferecer para quem acaba a prova, vou mijar ali ao CCB e pisgo-me para casa". Porém, não foi isto que aconteceu. Nos últimos 100 metros da meia-maratona, encontrava-se uma fila de senhores controladores: um deles chegou-se junto de mim e mandou-me encostar às boxes. Motivo: eu tinha entrado ILEGALMENTE na prova, ou seja, não tinha o dorsal obrigatório para competir, e que teria de ser adquirido por 17€ num balcão de um banco qualquer. É claro que não dei um tusto para a coisa, e entrei à socapa na ponte; só no fim é que levei com a organização em cima e fui obrigado a retirar-me, vergonhosamente, da corrida. Morri na praia, por assim dizer, mas poderia ter sido pior: olhem se o gajo tivesse dito "Você não tem dorsal? Volte já tudo para trás!".

Acabava desta forma abrupta e menos feliz a minha aventura. Valeu a pena, de qualquer modo. Não paguei um pintelho e diverti-me q.b. Ainda levei umas quantas garrafas com água e Powerade para casa. Para o ano, estou lá novamente!

Bom fim-de-semana, e corram muito!

quinta-feira, março 26, 2009

Reportagem Peter of Pan: Meia-maratona de Lisboa (2)

(continuação do post anterior)

Estas minhas compassivas e pias reflexões foram interrompidas pela chegada das 10h30, que anunciava o início da prova. Quis correr, mas era tanta, tanta malta que não conseguia mexer uma perna sem acertar na pessoa que estava imediatamente à minha frente.

Desisti então de competir, tendo-me decidido antes por fazer o que, afinal, todos faziam: passear pela ponte e tirar fotografias à doida. A primeira que tirei após o começo da prova foi a que vem abaixo, que exibe a famosa via de gradeamentos, odiada por 90% dos automobilistas, vá lá saber-se porquê:

Enquanto ocupava o meu tempo com estas actividades culturais, e ouvia outros participantes mandarem-me bocas como "Otário do caraças, pára de tirar fotografias e mexe-te", passaram por mim as habituais aves-raras que se vêem na meia-maratona. Entre outras espécies, contei 4 marmanjos vestidos de bebé (não consegui fotografá-los, infelizmente), um palhaço, um bispo, uma prostituta a acompanhar o bispo (ou então era a Lucrécia Bórgia, não tenho certeza... bom, vai dar à mesma merda!) e até uma banda que maratonava e tocava ao mesmo tempo os instrumentos.

(um aparte: para tirar a foto acima, vi-me obrigado a subir ao separador central da ponte. O problema foi que, ao fazê-lo, senti um straaaaaap: foram os meus boxers que se rasgaram por completo!...)
O meu cromo preferido, contudo, foi este que tive oportunidade de fotografar, e que segue abaixo. Trata-se de um entusiástico adepto sportinguista, que exibia uma belíssima bandeira do clube verde-e-branco, brandindo-a à frente de todos, não se importando com os cantos dos ladrõe... dos lampiões que regozijavam com a vitória na Taça da Liga. Ah, lagarto!!! Assim é que é!

(Outro aparte: não é muito comum, mas também há lagartos de cor! Por "cor", quero dizer pretos!)
Aproveitei também para me armar em suicida (não, não teve nada a ver com a derrota do Sporting no dia anterior) e, sem ser visto pela segurança (ou então não, eles viram-me mas não ligaram nenhuma, devem ter pensado "Olha, mais um maluco que se quer «amandar» daqui! Que se lixe, só espero que não faça barulho quando bater na água!"), galguei as protecções e meti-me mesmo à beirinha da ponte, a despeito das vertigens. Fotografei Lisboa ao longe e depois olhei para o abismo abaixo de mim, e o abismo abaixo de mim devolveu-me o olhar. Sim, esta frase é completamente ripada do grande Friedrich Nietzsche, e eu nunca antes tinha compreendido o seu significado. E continuo sem compreendê-lo, a verdade é essa, mas no futuro gostava de deixar crescer um bigode farfalhudo como o do filósofo alemão.

(conclui amanhã, que isto já está a ficar enorme e agora não tenho pachorra para acabar o post)

quarta-feira, março 25, 2009

Reportagem Peter of Pan: Meia-maratona de Lisboa (1)

Decorreu, domingo último, 22 de Março, mais uma edição da Meia-maratona de Lisboa, a 19ª. Já há muito tempo que não participava em tal evento, mas este ano lá me resolvi a dar uns passinhos em cima da ponte ex-António de Oliveira Salazar. Eu e mais 34999 pessoas...

Muito boa gente preparou-se com afinco para a prova: desde Fevereiro que vinha apanhando com malta a correr nas ruas, jardins, estradas, passeios ou ginásios só para ficarem em forma e fazerem boa figura em cima da ponte. Já eu não estive com essas merdas e o meu "treino" limitou-se a uma exigente sessão de halterocopismo no dia anterior ao da Meia-maratona, em que acompanhei o famigerado Sporting-Benfica da final da Taça da Liga com uma garrafa de vinho branco, outra de tinto, uma cervejola (preta), licor de hortelã, licor de café, licor Beirão, licor de não-sei-o-quê (não sabia grande coisa...) e, para rematar, um copito de Porto. Se fosse obrigado, para participar na corrida, a soprar no balão, estava bem lixado!!!!

Mas a verdade é que não me sucedeu nada, mesmo tendo eu entrado na ponte de maneira ilícita (não, não foi só a bebedeira... adiante saberão que outra ilegalidade cometi!). Assim que cheguei ao local de partida, vi que estava um nevoeiro do caraças, como documenta a foto abaixo:



Cheguei a suspeitar que, com o nevoeiro e no meio de tanta gente, me aparecesse à frente El-Rei D. Sebastião, mas por azar só vi vários desconhecidos chegarem-se junto de mim para me olharem o peito (pela primeira vez, percebi o que é ser rapariga!). Motivo: queriam ler a frase que se destacava da minha exuberante t-shirt vermelha: "Por Que No Te Callas?!" É que eu sonhava encontrar o Hugo Chavez no meio de tanta maralha (afinal, o gajo passa cá a vida!!!) e mostrar-lhe a indumentária, só para ver a reacção; na falta dele, já ficava contente se encontrasse o seu amiguinho Sócrates, que, esse sim, participou na corrida, para lhe enfiar a t-shirt goela abaixo. Infelizmente, não dei nem com o Chavez, nem com o Sócrates, mas pedi a muita malta que andava a gritar "SLB! SLB!" que olhassem para o que eu vestia e fizessem o que lá era dito!

Quem encontrei lá, doidinho para se fazer à estrada, foi este gajo:



Ainda o ouvi dizer, bem alto, "Tirem-me daqui, caralho! Estou aqui há tanto tempo e tenho vertigens! E além disso nunca atravessei a puta dessa ponte a pé! Deixe-me ir este ano!", mas ninguém lhe ligou nenhuma, coitado, como aliás acontece há cerca de 2000 anos, a começar pelos padrecos da Igreja Católica Apostólica Romana, que segundo consta também não participaram na Meia-maratona, devem ter ficado em casa a dizer mal dos homossexuais, parece que é o desporto predilecto dessa gente.

(continua amanhã)

terça-feira, março 24, 2009

Logo à tarde/noite...

...ou, caso não tenha tempo, amanhã de manhãzinha, prometo uma reportagem inteira dedicada à 19ª meia-maratona de Lisboa, decorrida no último domingo. Com fotografias e tudo!

segunda-feira, março 23, 2009

Roubo! Roubo! Roubo! Carta ao Procurador Geral da República

A/C de Sua Excelência, o Procurador Geral da República, Fernando José Pinto Monteiro


Caríssimo Senhor:

A minha indignação é o que serve de motivo para redigir, a vossa excelência, esta carta. Desconheço se vossa excelência se deu conta do crime ocorrido no passado sábado em Faro, um crime de proporções gravíssimas que lesa deveras a nossa mui querida e estimada república, da qual vossa excelência é procurador geral. Se vossa excelência não faz ideia de que vil crime falo, passarei de seguida a informar vossa excelência, vossa excelência. Procurarei ser o mais claro e objectivo, por via a uma melhor compreensão, por parte de vossa excelência, de tudo o que vossa excelência não viu ou não soube, se é que não viu nem soube.

O que se passou foi isto: o Sporting foi roubado, caralho! Roubado à força toda! O minuto 73 da final da Taça da Liga disputada no Estádio Municipal de Faro constitui o maior assalto jamais cometido em Portugal desde que um filho da puta qualquer roubou a virgindade à Catarina Furtado! Vossa excelência não viu aquela merda?!? Quem é que no seu perfeito juízo assinalaria aquele penalty? Toda a gente no estádio viu: não é penalty! Toda a gente em casa viu: não é penalty! Até o árbitro auxiliar viu, e disse: não é penalty! E o árbitro, o senhor Lucílio Baptista, que não viu o lance, chega junto da grande área e o que faz?! Marca penalty! Que merda é esta, caralho?!?!?!

Espero que vossa excelência se prepare para tomar as devidas providências. Isto é: quero que o senhor Lucílio Baptista seja detido, levado a tribunal, julgado, condenado, estripado, queimado num auto-de-fé público a levar a cabo no Estádio Alvalade XXI, lar de todos aqueles que foram ingrominados no passado sábado, e que as cinzas que sobrarem sejam levadas junto do cão do Obama, para posteriores medidas urinárias. Fazer isto será fazer justiça, e vossa excelência, enquanto procurador geral da República, tem o dever de exigir que a justiça seja feita, foda-se!

Ah, e já agora, de forma a compensar devidamente quem foi alvo de indigno assalto, sugiro que a Taça da Liga seja entregue aos vencedores de direito, os jogadores do Sporting Clube de Portugal. A lei, a moral, o estado democrático e eu assim o pedimos!

Obrigado.

Sem mais, e com a maior cordialidade,

Peter of Pan

P.S.: Também aceito que, em vez de deter, levar a tribunal, julgar, condenar, estripar, queimar e levar as cinzas do Lucílio Baptista ao cão do Obama, seja tomada apenas a seguinte medida: ENRABEM O GAJO! ARRANQUEM-LHE OS TESTÍCULOS E DÊEM-NOS À ÁGUIA VITÓRIA, JÁ QUE ELE GOSTA TANTO DE AJUDAR LAMPIÕES! ESPETEM-NO NUMA BACIA DE ÁCIDO! TIREM-LHE OS OLHOS COM UMA COLHER, JÁ QUE ELES NÃO SERVEM PARA NADA! PENDUREM-NO DE PERNAS PARA O AR JUNTO DA ESTÁTUA DO MARQUÊS DE POMBAL E DEIXEM-NO FICAR ASSIM DURANTE 3 MESES, SEM ÁGUA OU COMIDA! CORTEM-LHE A GLANDE! ESPATIFEM-LHE O CARRO! ESCREVAM PALAVRAS OFENSIVAS NAS PAREDES DE CASA! PONHAM-LHE 10 PRETOS TODOS NUS À PORTA! PEGUEM NUMA PROSTITUTA SIFILÍTICA, AIDÉTICA E TUBERCULOSA E OBRIGUEM-NA A TER SEXO COM ELE, MAS COM UM DILDO DE PLÁSTICO! E IMPEÇAM-NO DE VOLTAR A APITAR JOGOS DO SPORTING, PORRA, FILHO DA PUTA DE UM CABRÃO!!!!

sexta-feira, março 20, 2009

TRAGÉDIA: a Jenna Jameson está ACABADA!!!!

Estou em choque! Estou sem respiração! Estou abalado! Mais abalado do que se visse, por hipótese, o Sporting perder 7-1 com uma equipa alemã: a brilhante porn-star, Jenna Jameson, está acabadíssima. Basta atentar na foto abaixo:


Jenna Jameson e as suas duas fiéis companheiras.

Mas o que é isto, pá?!?! Como foi possível deixar-se chegar a este ponto?!?! Ela parece uma subnutrida a quem lhe sopraram nas mamas! Está toda chupada! Caquética! Acabada! A próxima imagem mostra tudo, tudo, tudo!!!

À esquerda, Jenna Jameson como deveria ser sempre.
À direita, uma coisa esquisita.



É como se, de um momento para o outro, a Isabel Figueira se transformasse na Lili Caneças! É inacreditável! É horrível! É um atentado estético! E é, acima de tudo, uma humilhação para todo e qualquer heterossexual que se preze. Eu, só com o susto, aposto que vou ficar sem ter uma erecção por uns bons dois meses...

Não se admite uma desfeita destas. É um crime de lesa-picha. Parece impossível, brincar assim com os "sentimentos" dos apreciadores de boa pornografia...

Bom fim-de-semana e, como forma de protesto, não vejam filmes porno.

quinta-feira, março 19, 2009

Seca como pedra

Era um gajo tão, mas tão calhau, que quando ficava doente consultava um geólogo...


(vá, confessem, já tinham saudades destas sequinhas!!!)

quarta-feira, março 18, 2009

Eu era normal/Até o metal/Dar cabo de mim

Há certas vantagens em ser-se um despudorado apreciador de heavy metal e viver com uma pessoa que abomina, ingenuamente, tão notável estilo musical. A minha gaja não percebe por que é que eu gosto de heavy metal. A minha gaja não entende como é que sou capaz de gastar dinheiro a comprar cds que "são só barulho". A minha gaja não compreende o porquê de eu fazer mil e mil quilómetros só para ver a banda x ou y tocar. E é por a minha gaja não perceber, entender ou compreender que a situação se torna tão gira: ela vê a minha paixão pelo heavy metal como um ataque pessoal, como algo concorrente e substancialmente mais perigoso do que apanhar-me com a Cláudia Vieira, a Monica Bellucci e a Scarlett Johansson, nuas, numa piscina pública. Por outras palavras, a minha gaja tem ciúmes do heavy metal, ciúmes esses agravados quando lhe toca limpar o pó aos cerca de 700 cds que possuo desse género de música (fora os de outros estilos... É: limpar o pó lá em casa é uma autêntica odisseia!). Por isso, e sendo ela uma pessoa muito "senhora do seu nariz", vê-se obrigada a competir com algo tão abstracto quanto a música. E no rescaldo de tão inaudita competição, quem sai a ganhar, de uma maneira ou de outra, sou eu! Por isso é que disse, no início do post, haver vantagens em estar com alguém que detesta a metalada, e isso ficou comprovado ontem.

O dia de ontem, para os mais distraídos, era dia de concentração metaleira no Pavilhão Atlântico do Parque das Nações. Motivo: o concertozorro que reunia as instituições Testament, Megadeth e Judas Priest, tudo colectivos que o mais orgulhoso dos headbangers adora ou, pelo menos, respeita. Já há cerca de 6 meses que ansiava por este concerto, mas o destino trocou-me as voltas ao pregar-me com uma valente otite aqui há coisa de duas semanas. Ainda mantive a esperança sincera de recuperação, mas infelizmente, pesem algumas melhorias, continuo a padecer de dores no ouvido, dores essas que iriam certamente intensificar-se num contexto de exposição a violentos decibéis, de modos que tive de optar por ficar em casa. A custo...

Mas o próprio "ficar em casa" teve muito que se lhe dissesse, pois eu, de 5 em 5 minutos, suspirava bem fundo ("Aiai...") e lamentava não estar, naquele momento, no Pavilhão Atlântico ("Ah, aposto que os Megadeth vão tocar a Peace Sells, e eu não estou lá para ouvir... bu-uh!"). Face a isto, a minha gaja irava-se. A cada triste esgar meu, ela respondia com um duro franzir de sobrancelhas. Até que explodiu e resolveu confrontar-me: "Ouve lá, mas tu preferias estar no meio de gente vestida de cabedal a ouvir gajos a gritar que nem malucos em vez de ficares aqui comigo, no conforto do lar?!?!". Ainda procurei ser diplomata: "Amorzito, as duas situações não são comparáveis. Eu estou contigo todos os dias, e sei que posso estar contigo todos os dias, e gosto disso, mas quantas vezes tenho a oportunidade de assistir a um cartaz com três bandaças como o de hoje? Já viste a frustração que é não poder estar lá por causa de uma merda de uma otite?!". A verdade é que não fui lá muito convincente, e a minha gaja amuou. E quando a minha gaja amua, o universo inteiro sofre as consequências. Mas ontem não. Ontem as consequências foram benéficas. Para mim, em particular, e para o universo inteiro em geral. Toda ela raiva, exclamou: "'Tá mas é calado! Vais já despir-te todo e deitar-te na cama, vou mostrar-te o que é um concertozorro!"

E mostrou! E aquilo não foi um concerto: foi um autêntico recital! E nada distante do espírito heavy metal, pois também houve gritos e grunhidos à mistura! Saí de lá pior, ou seja, melhor, do que se estivesse andado no mosh durante 3 horas seguidas! Esqueci-me logo de, na mesma altura, estar a ocorrer uma coisa qualquer no Pavilhão Atlântico, ou lá onde era. Ao querer competir com a minha paixão pelo metal, a minha gaja serviu-me de bandeja outro tipo de paixão, tão hot as hell quanto o próprio heavy metal, com a vantagem de não me ter prejudicado o ouvido e, a bem dizer, qualquer outra parte do corpo, que agradeceu o evento.

Moral da história: agora ainda sou mais fã de heavy metal do que dantes. A minha paixão por este estilo musical continua a proporcionar-me horas e horas de prazer, e o ódio da minha gaja pela minha paixão por este estilo musical também me proporciona horas e horas de prazer. Hoje à noite, assim queira o meu corpo ainda ressacado do "concertozorro" de ontem, vou lamentar-me por não estar a assistir aos Evile em Dublin, a ver se tenho a mesma sorte... :)

terça-feira, março 17, 2009

Ceboladas

Eu adoro cebola. Cozida ou crua, não importa como. O problema é o mau hálito, mas nada que umas litradas de uísque martelado, bem aviadas depois de comer uma cebola, não resolvam. O pior depois é o fígado, mas que se lixe.

Esta minha predilecção por cebola tem implicações necessárias nas escolhas do supermercado. Cada ida significa trazer umas quantas. Pode ficar a faltar muita coisa, mas cebola não. E hoje, quando a minha gaja me deu a lista das compras, vi que não estava presente esse lacrimejante vegetal. Protestei: "Gaja, esqueceste-te de pôr aqui as cebolas", ao que ela respondeu: "Ah, é verdade, desculpa. Traz umas quatro, mas pequeninas, e vê lá se desta vez as apalpas antes, pois da última vez só trouxeste cebolas moles!"

E lá fui ao supermercado, devidamente alertado para a técnica de selecção e para o tamanho das cebolas. Cestinho pelo braço, ingredientes colocados lá dentro, e chego à zona das cebolas. Mexo e remexo e mexo e remexo (sim, parece uma canção pimba...) e lá consigo encontrar quatro cebolitas. Para confirmar a rigidez das mesmas, começo a apalpá-las. E a apalpá-las. E a apalpá-las, ao mesmo tempo que dizia, baixinho, "Ui, está rijinha esta, mesmo boa!"... até que surge uma senhora cinquentona, ar indignado, e põe-se aos berros: "Ó RAPAZ, O QUE ESTÁ VOCÊ A FAZER?! TARADO!!! E... E... E AINDA POR CIMA CEBOLAS MENORES?!?! QUE HORROR! PEDÓFILO! TARADO! POLÍCIA! SEGURANÇA! ESTÁ AQUI UM RAPAZ A VIOLENTAR CEBOLAS! DAS PEQUENINAS!!!!"

Achei que não valia a pena discutir com uma pessoa tão visivelmente perturbada, enfiei as cebolas no cesto e corri o mais depressa possível para a caixa. Paguei, e ao longe ainda vi a cinquentona apontar para mim junto de um segurança, decerto confidenciando-lhe coisas horríveis. Ainda a ouvi gritar, na minha direcção, algo como "É AQUELE! É AQUELE! É O BIBI DAS CEBOLAS!"

Cheguei a casa, pousei as compras e narrei a história à minha gaja. Ela, ao invés de me compreender e me dar umas palmadinhas nas costas, começou a chorar, mas não foi por acção das cebolas: as lágrimas eram de tanto rir! E a culpa tinha sido toda dela, pois foi ela que me aconselhou a apalpar cebolas pequenas.

As merdas por que eu tenho de passar, sinceramente...

P.S.: "Bibi das cebolas"?!?!!? As senhoras de meia-idade andam a ver muita televisão, ai andam andam!!!!

segunda-feira, março 16, 2009

Cortar a guedelha: subsídios para uma investigação pessoal

Cortar o cabelo é, a cada ano que passa, uma tarefa mais e mais deprimente. Em primeiro lugar, pelo simples facto de estar a perder cabelo, e de uma forma absurda, independentemente do tipo de champô anti-queda que usar. O crescimento da minha careca é, tal como o buraco da camada do ozono, fait accompli, e isso desmoraliza-me, em especial quando o tempo é mais fresquinho. Felizmente para mim, este ano o Verão parece que se antecipou, se calhar compadeceu-se e pensou "olha, aquele cromo vai rapar os poucos pêlos que tem em cima do crânio, vou chegar mais cedo e fazer uma bequinha de calor só para o contentar um bocadinho... depois quando ele for à praia, espeto-lhe um escaldão nos colhões, só para me divertir!" É um sacana, este Verão...

Outro aspecto que me deprime, para além desta coisa chata que é verificar o tamanho da minha zona carecoidal, é chegar à conclusão de que fiz mal em adquirir uma máquina de cortar cabelo. Contextualizo: comprei, no ano transacto, uma máquina porque pensei que assim iria poupar algum dinheiro, dinheiro esse que poderia perfeitamente ser mais bem aplicado na compra de cds. Além disso, a médio prazo, aquele investimento compensaria, pois os euros poupados em não ir ao barbeiro já chegaram para pagar a dita máquina. Só que esta história tem um senão. E esse senão é eu não conseguir cortar o pêlo a mim próprio, significando isto que tenho de pedir ajuda, significando isto por sua vez que tenho de pedir ajuda à minha gaja.

E é aqui que um simples corte de cabelo se transforma noutra coisa. Não é que a minha gaja corte mal o cabelo, bem pelo contrário. Aquilo fica fixe, sem dúvida. O problema é que a minha gaja, tal como todas as outras gajas, quando se vê numa situação de poder, abusa. Lembram-se das sábias -e tão repetidas - palavras de Lord Acton: "o poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente"?!? Lembram-se? Pois é verdade! O poder corrompe. O poder absoluto corrompe absolutamente. E o poder absoluto, nas mãos de uma gaja que ademais se encontra munida de uma máquina de cortar cabelo, além de corromper absolutamente, é um perigo do caraças para os gajos que estão sentados e descansados a ver o cabelo cair a seus pés. É que a minha gaja, mal acabou de me rapar a cachola, atacou logo:

Gaja: Bom, já está. E agora, vamos tirar esses pêlos do sovaquito, vamos?
Eu: Fónix... Para que é que é isso? Deixa lá estar os bacanos...
Gaja: Não! Vou tirar-te esses pêlos, é mais higiénico e bonito.
Eu: Só se for numa gaja. Não tiro os pêlos dos sovacos coisa nenhuma! Tens de parar com essa mania de me transformares num metrossexual.
Gaja: Não te estou a transformar em nada. Mas vou tirar-te esses pêlos!...
Eu: Não vais nada! Quem manda nos meus pêlos sou eu, e se eu digo que não os tiras, é porque não os tiras mesmo!!! Ai o c...!
Gaja: Ouve: quem manda nos teus pêlos és tu, mas quem tem a máquina sou eu, e se não me deixas passá-la pelos sovacos, juro pela minha saúde que te faço passá-la pela picha!
Eu: Amorzito, não me queres rapar os sovacos?!

Horrível, não é? Ainda bem que só volto a cortar o cabelo daqui a uns 4 meses...

P.S.: Parece que houve um terremoto ontem no Alentejo. Finalmente algo fez mexer aquela gente...

sexta-feira, março 13, 2009

E se fossem mas era todos pró...

Não há pachorra para vocês!!!! Ausento-me por dois dias, sento-me finalmente para ver os vossos últimos comentários e zás, em vez de palavras só encontro números. Na realidade, dois números: 7 e 1.

Afinal, vocês estão a tentar dizer-me exactamente o quê, hmmm?!?!


P.S.: A terminar, lanço o único comentário verdadeiramente lúcido à derrota do Sporting ocorrida esta semana:

foda-se...


Bom fim-de-semana!

terça-feira, março 10, 2009

Assim se vê a fraqueza do PC!


O cartaz acima exibe o novo slogan do PCP, já a preparar as legislativas deste ano. Quando o vi pela primeira vez e li o conteúdo, com aqueles dizeres "Sim, é possível", disse para mim próprio: "Não, não é possível". É que jamais suspeitei que o PC se inspirasse em catchphrases criadas por políticos norte-americanos, jamais, ainda por cima uma tão bacoca e parva como "Yes, we can". É que, na minha ideia, e apesar de já ultrapassada a guerra fria, americanos e comunistas são sempre inimigos. Sempre! Americanos e comunistas são como judeus e árabes, como portistas e benfiquistas, como ciganos e pretos, como... bem, americanos e comunistas são, no fundo, como americanos e comunistas! Ou seja, não há ponte nem diálogo possíveis, apenas um ódio e inimizade profundos. Tem sido assim, será sempre assim, e é por essa razão que deparar com um cartaz comunista inspirado numa frase norte-americana parece algo tão improvável como, sei lá, o governo dos EUA adoptar políticas socialistas e desatar, por exemplo, a nacionalizar bancos e empresas. Quer dizer, ninguém vê isto a acontecer, pois não?!?!

Pois é, caramba!

Assim sendo, alguém me faça o favor de avisar o camarada Jerónimo: ESTE CARTAZ É CONTRA-NATURA! Como bem poderia ter dito o cardeal Saraiva Martins, "um partido comunista a inspirar-se em golpes propagandísticos norte-americanos não é normal. Não é normal. Não é isso que vem na Bíblia!"

É nestas pequenas merdas que um gajo sente que o mundo está efectivamente a mudar... e não propriamente para melhor!

P.S.: Leitores, rejubilem: amanhã não vai haver post. Motivo: vou estar o dia inteiro sem internet. Se tiverem sorte, quinta-feira também. Aproveitem o dia de amanhã (quiçá também o depois de amanhã) para descansarem de parvoíces e imbecilidades. Mas olhem que volto!...

segunda-feira, março 09, 2009

Nunca discutam com mulheres por causa de arrumações e decorações e... bem, nunca discutam com mulheres!

Volta e meia, esqueço-me eu próprio de respeitar o conselho que ora vos dou. Volta e meia, esqueço-me que nunca, mas NUNCA, se deve dizer a uma mulher, seja ela mãe, esposa, irmã, amiga, prima, vizinha, filha, avó ou líder do PSD, estas simples palavras: "não achas que isto ficava melhor aqui?" É que as gajas tomam qualquer sugestão, por menor que seja, como um ataque pessoal. É como se ficassem feridas no mais íntimo dos seus seres; provavelmente, porque assumem (de forma errada) que aquele apontamento "não achas que isto ficava melhor aqui?" significa "não tens jeito nenhum para a lida da casa, ó Maria! Aposto que a Soraia Chaves punha este lar como deve ser!" Enfim, trata-se da típica atitude feminina que tende a exagerar as coisas, fazendo de tudo uma tempestade num copo de água, daí os homens terem de ficar calados e bem caladinhos no que toca aos assuntos domésticos. Se não ficam, acontece-lhes algo parecido ao que aconteceu comigo, que cometi a ousadia de sugerir à minha gaja que arrumasse o bule do chá noutro lado...

Eu [simpaticamente]: Gaja, não achas que...
Gaja: Que o quê?
Eu: Ahm... [procuro escolher as palavras certas] Não achas que devíamos arrumar o bule noutro sítio? É que enfiá-lo dentro deste armário, junto de tachos e panelas, não me parece lá muito bem...
Gaja [perdendo logo as estribeiras]: Ah sim?! Não te parece bem?! [a voz sobe de tom] Então diz-me lá, ó espertalhão, onde é que o bule deve ficar, hã?
Eu [olhando em torno da cozinha]: Bem, por exemplo, ora deixa cá ver... olha, e que tal nesta prateleira, junto daqueles pires?
Gaja: Estás doido? Ali à vista? Os pires são beiges, o bule é azul e branco!!! Não bate a bota com a perdigota!!
Eu: Não ficava mal, e...
Gaja [interrompendo-me rispidamente]: Nãããão, claro que não... e os teus posters de bandas de heavy metal no quarto também ficavam bem, não era?!
Eu: O que interessa é a funcionalidade...
Gaja: Qual funcionalidade, qual quê! Não tens mesmo jeito nenhum para a decoração!
Eu: Então e se o bule ficasse em cima da mesa, junto da fruteira?
Gaja [já a explodir de raiva]: E se ficasse em cima da tua cabeça? Ou melhor: e se eu fosse buscar um cordel e te pendurasse a merda do bule pela picha?!?!
Eu:...

Fugi dali, naturalmente, e lá deixei o bule no sítio dele, escondido no armário e a fazer companhia a tachos, panelas e travessas. A minha gaja lá sabe... por isso, reitero o conselho do título: nunca discutam com uma mulher por causa de arrumações e decorações.

sábado, março 07, 2009

Uns são filhos de Deus, os outros enteados

No Brasil, um bispo resolveu excomungar a mãe e os médicos que fizeram um aborto a uma menina de 9 anos, que tinha sido violada pelo padrasto.

Esclarecedor das prioridades da Igreja: não li uma palavra de repreensão do mesmo bispo ao perpetrador do crime, muito menos se propôs a excomunhão deste. Ao que parece, para os sacerdotes o aborto é um pecado, mas a violação não.

sexta-feira, março 06, 2009

E, para não destoar do post abaixo, uma imagem deveras sintomática


Este é o último número da revista Humanística e Teologia, publicada pela Universidade Católica do Porto. Revelador: tanto celibato e tanta conversa de contenção sexual, e afinal os senhores padrecos só pensam é no diaconado, nas virtudes diaconais (está no índice, que me abstive de reproduzir. É que sou um bocado púdico...) e em como poderão estender esse processo ("diaconado permanente"??!!? Não sei o que é, mas quero uma para mim).

No fundo, no fundo, estes padrecos são todos uns enconados...

Bom fim-de-semana e abraços diaconais a todos.

quinta-feira, março 05, 2009

quarta-feira, março 04, 2009

Moderação, precisa-se

Caros leitores (os dois ou três...): a partir deste momento, os comentários deste blogue passarão a ter... tcharam... moderação!!!! UAU! Digam todos: "Que fixe"!!!!

Pois é, pá. Prometo continuar a publicar as vossas parvoíces às minhas parvoíces, mas agora passa tudo pelo crivo do censor. Que sou eu, claro.

Continuem a aparecer.

Um grito de revolta! (mas baixinho, que dói-me o ouvido)

AAAARRRRGGGGHHHH!!!!! Estou com uma otite no ouvido direito que não há meio de passar e o concertozorro Judas Priest + Megadeth + Testament está quase aí! Se eu faltar a este rendez-vous metaleiro, juro que arranco a orelha e o ouvido e mais não sei o quê e passo o resto da vida a escutar, com o esquerdo, só e apenas o cd da Popota!

Que raiva, raios partam...

terça-feira, março 03, 2009

O Peter of Pan ajuda a ganhar dinheiro!!!!

Hoje de manhã no comboio, oiço um desabafo de um angustiado jovem: "A vida não vale nada. Sem dinheiro, a vida não vale nada!" Compreendo o desespero do pobre moço, mas não concordo. Minimamente. A vida é mais do que ter dinheiro. Aliás, a vida é melhor sem dinheiro! Falo por experiência própria, eu que doo o meu guito todo a meninas simpáticas que por mim passam na rua. Elas, depois, em sinal de agradecimento, despem-se. E a seguir lançam-se-me, em abraços e beijos lúbricos. Eu, claro, embora não necessite destes calores humanos, concedo, porque entendo que seria uma afronta recusar os obrigados das mocinhas. Sou mesmo boa pessoa, que querem?

Mas sei que há quem esteja como o jovenzinho acima. Gente que não concebe a vida sem carcanhol. Pessoas incapazes de ver os verdadeiros prazeres da vida, ou de procurar "juicy pussy" no Google. Indivíduos sem olhos para a verdadeira beleza do mundo, cegos que estão pelos bens materiais. É para eles que vai este post, porque no fundo sou um altruísta e considero que energúmenos desses merecem todo o apoio possível. Daí os meus 10 conselhos para ganhar dinheiro. Aproveitem!

10 conselhos para ganhar muito dinheiro:
o método Peter of Pan

1 - Iniciar uma carreira na política, de preferência no PS. Afinal, é o partido que está no poleiro, e os portugueses são tão bacocos que é bem provável que lá fique por mais 4 anos.
2 - Dar o cu no Parque Eduardo VII.
3 - Abrir um banco e depois pedir garantias ao Estado (arranjar uma offshore é opcional. Mas aconselha-se).
4 - Dar o cu no Cais do Sodré.
5 - Fundar uma igreja e viver à conta das dádivas dos fiéis (também pode ser um clube de futebol, basta substituir "fiéis" por "sócios". No fundo, os dois grupos são papalvos).
6 - Dar o cu no Parque Florestal de Monsanto.
7 - Fazer uma filha, esperar que ela chegue aos 18 anos e telefonar ao Cristiano Ronaldo.
8 - Dar o cu no Intendente.
9 - Gravar um disco só com músicas plagiadas ao Tony Carreira. Plagiador que plagia plagiador não merece castigo.
10 - Dar o cu no Jardim do Príncipe Real.

Cá está. É só seguirem um destes pontos. Ou, se quiserem realmente ser bem sucedidos, todos. Só espero que, de futuro, não volte a escutar lamentos como o do rapazote de hoje de manhã.

Abraços a todos e boas fortunas.

segunda-feira, março 02, 2009

Em cada um de nós (e por "cada um de nós" refiro-me, naturalmente, a mim...) há o potencial para o bem e para o mal!

Cena 1: saio de casa para apanhar o comboio que me conduzirá ao local de trabalho. Perto da estação, deparo com uma esforçada velhinha que luta para arrastar uma pesada sacola. Chego-me ao pé da respeitável anciã: "Minha senhora, vai apanhar o comboio? Precisa de ajuda para levar o saco?" A vetusta dama levanta a cabeça para mim, e nem precisa dizer uma palavra sequer: aqueles olhos, quase ao ponto da lágrima, exprimem tudo. Pego na sacola, coloco-a às minhas costas e caminho na direcção do comboio. Ao meu lado, a cota vai soltando frases como "obrigada, meu jovem", ou "você é um anjo", ou ainda "se não fosse o menino, não sei o que seria das minhas costas". Uma senhora com um rapazinho ao colo observa todo este episódio junto das bilheteiras, e exclama para o petiz: "Vês aquele senhor? É bom! Quando cresceres, vais ser bonzinho como ele!"

Cena 2: preparo-me para atravessar uma passadeira numa rua secundária de Lisboa. Mal meto o pé no alcatrão, vruuummm, passa um carro, sem parar. Automaticamente, debito os inevitáveis impropérios: "Cabrão, filho da puta, palhaço do caralho". Ao redor, os restantes transeuntes fazem expressões de desagrado ofendido. Uma mãe moralista tapa os ouvidos à criança. Uma freira, que passava pela rua, benze-se e olha-me de lado. E o paneleiro do condutor trava, rispidamente, cerca de 20 metros adiante. Sai da viatura, encara-me com ar de poucos amigos e, resolvido a não levar um desaforo daqueles para casa, dirige-se para mim. E eu, pior do que estragado, decido correr para ele, pronto para lhe aplicar um pontapé certeiro naquelas fuças, ao mesmo tempo que continuo as ofensas: "Anda cá, meu rabeta, vou-te foder a boca toda, hás-de aprender a parar nas passadeiras, otário de merda, esfolo-te já os colhões", e etc. e etc. e etc. O sujeito percebe que não tem estofo para encarar a situação, mete-se a toda a brida no veículo e zás, toca de zarpar dali, para imensa fúria minha, que já estava a escassos metros do carro. Ainda lhe mando um "Hás-de morrer enrabado por um elefante", que causa asco aos ouvintes (meia Lisboa, considerando o volume elevadíssimo em que gritei esta porcaria). Frustrado, conto até 10 e volto atrás, isto enquanto os lisboetas olham para mim como se fosse Lúcifer incarnado...

Enfim, ser humano é isto...