sexta-feira, julho 30, 2010

Os meus planos para as férias

Ahhhh, estou já a saborear os últimos momentos de labuta. Preparo-me para ir de férias, bem merecidas, aliás, e tenho tanta coisa para fazer que decidi separar tudo por semanas.

Assim, durante a primeira semana de férias, penso:

- Dormir
- Não fazer nenhum
- Dormir
- Comer que nem um bruto
- Dormir
- Fazer amor apaixonado com a gaja
- Dormir
- Ver os Dvds que para lá tenho acumulados
- Dormir
- Não fazer a ponta d'um corno.

Já ao longo da segunda semana, proponho-me a:

- Dormir
- Ouvir música até adormecer
- Dormir
- Comer que nem um alarve
- Dormir
- Ver pornografia na internet Procurar artigos relevantes para uma futura tese
- Dormir
- Fazer amor tresloucado com a gaja
- Dormir
- Descansar.

Na terceira semana, porém, é capaz de me dar uma coisa esquisita que me leve a:

- Dormir
- Ler um ou outro livrito
- Dormir
- Comer até cair para o lado
- Dormir
- Fazer amor amalucado com a gaja
- Dormir
- Sair cinco minutos à rua, se não estiver muito calor
- Dormir
- Relaxar.

Por fim, na quarta semana andarei atarefadíssimo com:

- Dormir
- Passear o cão, se não estiver muito calor
- Dormir
- Fazer amor mais ou menos calmo com a gaja, porque afinal as férias estarão perto do fim e não convém um tipo cansar-se muito nesta altura, caso contrário volta às funções laborais e académicas mais esgotado do que quando as deixou, o que é chato!
- Dormir
- Comer até não conseguir levantar-me da cadeira
- Dormir
- Ir até uma Fnac comprar um bilhete para um concertozorro em Setembro
- Dormir
- Ficar na boa.

Como podem confirmar, trata-se de uma agenda preenchidíssima. E bastante variada, que é como eu gosto...

Umas boas férias para todos, mas sobretudo para mim.

quinta-feira, julho 29, 2010

Catalunya

Na Catalunha, o Gaudí edificou algumas das obras arquitectónicas mais impressionantes e belas da humanidade. Na Catalunha, chegou a jogar o melhor futebolista de todos os tempos. Na Catalunha, joga o melhor futebolista da actualidade. Na Catalunha, odeia-se os espanhóis. Na Catalunha há uma cidade chamada Tarragona, que se presta a óptimas rimas envolvendo uma conhecida parte da anatomia feminina. E agora, na Catalunha prepara-se a proibição das touradas, esse "espectáculo" que só é cultura para os idiotas e as pessoas do CDS/PP (hmmm, esperem lá, porquê a distinção? Acaso as pessoas do CDS/PP não são idiotas?!? Não me parece...).

Tudo coisas boas. Quando é que abandonamos de vez a ideia de uma aliança com Espanha (livra!!! deixem-me cá bater três vezes na secretária) e nos encostamos mais à Catalunha?! (Acabei de bater três vezes na secretária e ela agora prometeu queixar-se à polícia. Deixem-me cá dar um tiro na secretária) Aliás, por que é que não negociamos com os espanhóis? Eles dão-nos a Catalunha, e nós em troca cedemos a Madeira. Que tal?! Eles dão-nos o Xavi, o Iniesta, o Puyol, nós oferecemos o Cristiano Ronaldo. Ah não, bolas, este já está em Espanha! Pronto, damos o João Moutinho, pode ser?! Um gajo que é simultaneamente um jogador e uma maçã, para os espanhóis não ficarem a julgar que estamos a aldrabá-los. Pensem nisto...

Catalunya: més que una regió!

quarta-feira, julho 28, 2010

Fábula haiku javarda

Sempre gostei muito de fábulas, aqueles pequenos contos que, utilizando animais como personagens, procuravam ensinar ou explicar algo aos seres humanos. Também gosto muito de haiku, forma japonesa de criar poesia, caracterizada por poucas mas eficazes palavras. E, por fim, sempre apreciei bastante a javardice.

Por isso, e em jeito de homenagem a estas três produções, deixo-vos, aqui no Peter of Pan, a primeira fábula haiku javarda.

A Portugal chegou um urso
vindo do frio russo
e exclamou: "F*da-se, 'tá um calor do c*ralho"

Obrigado a mim por partilhar este momentozinho convosco. Até amanhã.

terça-feira, julho 27, 2010

Noite de Verão

Quando a temperatura sobe, é no mínimo complicado encontrar actividades adequadas para realizar na companhia da amada. Ficar na sala a ver televisão?! Não há canal algum a passar programação de jeito! Optar por ver um dvd? Ela não gosta dos filmes que gosto, e vice-versa! Sexo?! Com o calor que faz, mesmo durante a noite, só se tivermos o ar condicionado ligado. O que, admitamos, provoca superiores gastos de energia, com as consequências que isso tem na factura da luz no final do mês e, também, na pegada ecológica, e eu cá sou uma pessoa muito consciente das alterações climáticas, mesmo que isso custe uma ou outra queca.

Mas ontem tive uma ideia que não só nos permite estar ao fresquinho como também nos distrai. Fomos para a rua! Sim, para a rua. E não, suas mentes depravadas, não fomos para a rua ter sexo (embora, confesso, seja uma ideia que desde há muito povoa os meus neurónios...). O que eu fiz foi puxar de duas cadeiras, uma para mim e outra para a gaja, caso haja alguém daí desse lado que não sabe fazer contas, trazer o portátil comigo e pronto, ficámos os dois a ver trailers de filmes na rua. E enquanto apanhava com o vento suave e refrescante na cara, ao mesmo tempo que o ecrã mostrava o trailer do Survival of the Dead, o novo épico (por acaso, pela amostra, parecia ser uma bela porcaria) do George Romero com zombies, percebi que são estes pequenos e singelos momentos que fazem as maravilhas de uma relação. Há poucas coisas tão agradáveis quanto estar na rua, em pleno Verão, junto da pessoa amada, partilhando a vida longe dos problemas, perto do lar mas longe do calor que lá faz. E, claro, com esse valor acrescentado que é o portátil debitar gritos horríveis de pessoas sendo atacadas por zombies sujos e feios.

Enfim, que mais pode um homem querer?!

segunda-feira, julho 26, 2010

Lúcidos comentários acerca de Inception, o filme


Pois é, no passado Sábado eu e a gaja fomos ao cinema ver esta película. E que película!!!! De longe, o melhor filme que vi nas salas de cinema este ano. É absolutamente obrigatório!

Não querendo cometer actos de spoiling, furtar-me-ei a tecer grandes considerações sobre a história. Digo apenas que, a um nível global, torna-se nítido que Inception, enquanto filme, beneficia de dois factores: o primeiro é o desenvolvimento tecnológico. Um filme como Inception seria impossível há 20-30 anos atrás. Os efeitos especiais são de ponta, e sem eles a história ficaria menos credível. O segundo factor é a história em si. Inception é um daqueles filmes herdeiros de Matrix, nomeadamente do primeiro, a obra que provou ser possível ter um enredo complexo e mind boggling e ainda assim chegar ao grande público. Inception é, no fundo, pura ficção científica e filosófica, exigindo ao espectador atenção, obrigando-o a pensar, mesmo que - e à semelhança de Matrix - aqui e ali o distraia com cenas de tiros e porrada. É claro que Inception não possui uma Monica Bellucci, perdendo aqui claramente para a trilogia Matrix, mas em boa verdade o primeiro filme desta série também não contava com a bomba italiana, portanto esperemos que as eventuais futuras sequelas corrijam esta falha!

Mas por que é o enredo tão atraente?! Porque joga com as nossas dúvidas enquanto seres humanos. A premissa de Inception, que era também a premissa de Matrix, é esta: conhecemos nós realmente o mundo em que vivemos, ou tudo não passa de um sonho? E se não passa de um sonho, o que me impede, a mim, de acreditar que o Sporting é o melhor clube do mundo e que as mulheres, em lugar de dois, possuem 40 seios?! Estas são reflexões, profundíssimas aliás, que filmes como Matrix e Inception nos despertam - mesmo que, paradoxalmente, estejamos a dormir. Mas estes filmes ainda nos conduzem mais além. Levam-nos mesmo a equacionar se nós somos reais, ou apenas projecções de uma qualquer mente tresloucada! E, se nós somos meras projecções, isso significa que os seios da Rita Pereira também o são! Nesse caso, eu faço mesmo questão de querer saber quem foi a mente tresloucada que os projectou, nem que seja só para lhe agradecer. E, já agora, perguntar-lhe por que é que todas as minhas questionações se prendem, em última análise, com mamas...

Em suma, espero que este texto - sobretudo aquelas partes em que falo de seios femininos - vos convença a assistir ao Inception. Vão dar o dinheiro por bem empregue, a não ser, claro, que sejam pitas de 15 anos cujo único interesse no filme é a fuça do DiCaprio. Nesse caso, lamento dizer-vos que sairão desapontadas.

sexta-feira, julho 23, 2010

O mistério dos rabanetes desaparecidos


Mas será que tenho de fazer um bico a alguém para poder arranjar rabanetes?!?!

Recordo-me com alguma dificuldade da última vez em que terei provado os deliciosos e picantes rabanetes, que eu tanto aprecio. Foi há seis meses, num almoço em casa dos pais?! Ou terá sido há três anos, numa orgia com toupeiras passada numa horta?! (Bem, se há algo que posso dizer em abono das toupeiras, é que elas têm faro para encontrar os melhores rabanetes do mundo. Ademais, têm uns belos seios, ólarilas!...)

Nos últimos tempos, tenho andado a desejar rabanetes, mas debalde, pois não consigo encontrá-los em lugar algum. Percorri várias casas de legumes, e nada, mesmo tendo espreitado debaixo das couves, entre os espinafres e os aipos, até mesmo no meio dos tomates! Nada! Nos super e hipermercados, a história é a mesma: não se vê um rabanetezinho que seja! Perguntei, a uma empregada do Pingo Doce, onde poderia encontrar rabanetes e levei como resposta "Naum seeeeei, mêu beim. Qui dróga éh um rábánêtchi, cára?!". Desisti, fui à Fnac, fiz a mesma pergunta e deram-me para as mãos um cd da Ana Malhoa. Não percebi a associação...

Já mandei até uma carta ao Marcelo Rebelo de Sousa. Ele, que tem a mania de perceber de tudo, pode ser que me elucide acerca do paradeiro dos rabanetes. Mas continuo sem obter resposta (acho que ele anda muito ocupado a tentar encontrar coisas positivas na proposta de revisão constitucional do PSD. Enfim, é um trabalho que lhe vai tomar eras...). O que é uma pena, pois anda mesmo a apetecer-me rabanetes. Algum de vós, por acaso, consegue encontrá-los na vossa área de residência? Se sim, expliquem-me como e onde!!!

Bom fim-de-semana. Eu vou passar os próximos dois dias a olhar para fotografias de rabanetes...

quinta-feira, julho 22, 2010

As benzocas de Esquerda

Embora seja de extrema-esquerda, uma ideologia política que defende, radicalmente, que não devem existir preconceitos, nem discriminações, nem intolerância na sociedade, entre outras palhaçadas, sou o primeiro a admitir que não tenho pachorra nenhuma para as meninas "bem" que se dizem de Esquerda. Vá lá, quem é que consegue aguentar dez segundos que sejam de uma tiazorra de Cascais a discursar sobre igualdade de direitos e liberdades fundamentais? Aquilo soa falso e artificial, e é tão deslocado quanto um preto-paneleiro-drogado-desempregado-com-intenção-de-adoptar-uma-criança-romena alegar que está inteiramente de acordo com as políticas do CDS/PP.

Sou, portanto, da opinião que as benzocas de Esquerda têm de escolher: ou são benzocas, ou são de Esquerda. As duas coisas em simultâneo é que não podem ser. Por razões de coerência. Ou largam a vontade de construir um mundo melhor e lutar pelos amanhãs que cantam, ou largam as malinhas Chanel feitas à mão por proletários explorados pelo grande capital.

Já me cruzei com muitas benzocas que se diziam de Esquerda. Gente que vestia roupa cara, guiava brutos carros, começava qualquer frase com um "Ouça lá" e passava férias em hotéis de 6 estrelas no Dubai. Mas que não se coibiam de soltar os lugares-comuns da Esquerda, como "os ricos que paguem a crise!", "abaixo o grande capital!", "saúde e educação para todos", e afins. E depois, como é óbvio, deixavam-me sozinho enquanto se dirigiam ao Campo Pequeno para assistir a mais um desses espectáculos tão caros à Esquerda, a tourada!...Enfim, quando apanho gente desta só me dá vontade de fazer isto:


Porque sim, tais atitudes desanimam um gajo verdadeiramente esquerdista. Será que essa gente não tem em casa um escravo para chicotear? Uma empregada cabo-verdiana para encher de trabalho e pagar mal? Uma colecção de sapatos para organizar? Que vão à vida delas e deixem a Esquerda em paz, pá!...

quarta-feira, julho 21, 2010

Eine Kleine Dialog

Eu: Estás a ver aquele cruzeiro ali à beira Tejo, estás?! Já te imaginaste lá dentro, a dar a volta ao mundo?
Ela: Sim... seria tão bonito!...
Eu: E depois vínhamos os dois juntos até à proa, eu abriria os braços e gritaria "I'm the king of the world"!
Ela: Pfff! Quem pensas tu que és, o Leonardo DiCaprio?!
Eu: Não. Eu sou muito mais bonito.
Ela: Pfff.
Eu: E tenho muito mais estilo.
Ela: Pfff. Mas ele tem muito mais dinheiro do que tu.
Eu: Olha, sabes onde é que ele podia meter aquele dinheiro todo, sabes?!
Ela: Onde? Diz lá, onde?! No cu?!
Eu: Não! Na minha conta bancária...

E é assim que nos divertimos no caminho de retorno a casa. Assinale-se que a gaja conseguiu proferir a palavrinha "cu" de forma a que se fizesse ouvir perfeitamente por todas as pessoas presentes no transporte público que apanhámos...

E se estão a perguntar-se por que raio o título deste post vem em alemão, respondo-vos já que não faço a menor ideia.

terça-feira, julho 20, 2010

Revisão constitucional: Peter of Pan way

Agora anda aí uma cegarrega do caraças por causa de uma revisão constitucional proposta pelo PSD. Admito que ainda não meti muito o nariz na coisa (prefiro meter o nariz noutras coisas, não sei se me faço entender...), mas pelo pouco que pude cheirar, aquilo fede. Aliás, se há algo que caracteriza os portugueses, é eles serem capazes de piorar aquilo que já de si é mau: a actual constituição é má, sem dúvida, mas as propostas do PSD conseguem torná-la ainda pior. Eu acho que esta gente faz de propósito. Ou isso, ou são dotados de estupidez congénita.

Bom, se a revisão constitucional à PSD for levada avante, eu tenho na gaveta uma contra-revisão constitucional. E a minha, ao contrário daquela, tem propostas inteligentes, sensatas e susceptíveis de agradar a todos. Querem um cheirinho? Então cá vai:

Proposta nº 1: O Presidente da República pode até ficar com o poder de demitir o governo, tal como o partido da setinha pretende, desde que seja permitido a qualquer cidadão, incluindo o bêbedo do Manuel Vilarinho, demitir o Presidente da República.

Proposta nº 2: A Assembleia da República deixa de ter um presidente e passa a ter uma representante. E essa representante será, por um prazo de 15-20 anos, a Soraia Chaves. A sua substituição verificar-se-á aquando de rugas e peles caídas, sendo o seu lugar ocupado por uma qualquer mamalhuda boazona que, daqui a umas décadas, andar na berra.

Proposta nº 3: Além de se impedir a recandidatura, a cargos políticos, de indivíduos condenados no âmbito do exercício do poder público, tal como quer o PSD, proponho que esses mesmos indivíduos sejam chibatados em praça pública e tenham ananazes enfiados pelo traseiro.

Proposta nº 4: A Constituição da República Portuguesa deverá incluir o seguinte artigo: "Doravante, e para todo o sempre, o Sporting Clube de Portugal é considerado o clube de futebol mais lindo do país e do mundo, sendo-lhe atribuído o título de Campeão Nacional em todas as épocas, mesmo naquelas em que a sua classificação não seja igual ao primeiro lugar." Este artigo incluirá, ainda, as alíneas seguintes:

a) todos os cidadãos portugueses residentes no território nacional deverão, quando abordados por uma autoridade, apresentar o seu cartão do cidadão e o cartão de sócio do Sporting Clube de Portugal. A não apresentação destes dois documentos em simultâneo será punida com coima não inferior a 5000 €.

b) todos os cidadãos portugueses, residentes em Portugal ou no estrangeiro, deverão, a partir do ano de 2011, incluir nos nomes dos seus filhos os nomes "Liédson", caso nasçam meninos, e "Miguel Veloso", caso nasçam meninas.

c) todos os cidadãos portugueses residentes no território nacional passarão a estar obrigados a visitar o Estádio Alvalade XXI pelo menos uma vez por ano. O não cumprimento desta obrigação justificará penas na ordem das cinco conversas diárias com Carlos Queiroz por um período nunca inferior a 20 dias.

Proposta nº 5: Passa a estar expressamente proibido qualquer canal televisivo ligado ao Estado. Isto significa a privatização da RTP que, de acordo com a nova Constituição, deve ser vendida por tuta e meia ao Sá Leão, que estabelecerá a programação que bem entender.

Isto, como eu dizia, é só um cheirinho. Tenho milhentas propostas prontas a apresentar no parlamento. Aprendam, sociais-democratas da tanga...

segunda-feira, julho 19, 2010

Sabemos que estamos a ficar irreversivelmente velhos quando...

...nos almoços de família, os nossos pais, logo após os cumprimentos do costume, nos lançam à cara, sem qualquer tipo de preparação, frases como

"Meu filho, estás tão careca"

e

"Meu querido, tens tantos cabelos brancos"

e ainda

"Oh, o meu rico menino... está a ficar com a pele enrugada"

e a pièce de résistance

"Bem, mas que grande barrigão que o nosso filhinho tem!"

Ninguém aí desse lado conhece a localização exacta da fonte da juventude, não?!?! Mandem-me as coordenadas GPS disso, s.f.f.!

sexta-feira, julho 16, 2010

Texto superlativamente idiota

É tal como se encontra que eu gosto de Lisboa: nublada e melancólica, mas sem ser fria e negra. Prefiro-a assim aos mais comuns dias soalheiros, típicos do Verão, com uma luminosidade que até fere. Hoje, a capital está como deve estar. Porém, nem todos os habitantes da cidade a admiram nestas condições; quando Lisboa fica soturna nos seus dias, a população parece endoidecer.

Não me admirei, portanto, no meu trajecto matutino, e enquanto admirava a Lisboa obnubilada por simpáticas nuvens cinzentas, por encontrar gente absolutamente tresloucada cometendo actos irreais. Vi, por exemplo, um jovem universitário encostado a uma paragem de autocarro. A sua figura não se me aparentou desde logo saudável, visto que lia um exemplar do jornal do Benfica, e essa minha primeira impressão depressa se confirmou no momento em que o jovem resolveu espirrar. A convulsão foi de tal ordem forte que metade da cara soltou-se-lhe e foi depositar-se no meio da estrada. Um carro, ao vislumbrar tão inaudito objecto, travou a fundo. Outro, que se lhe seguia na traseira, não teve a mesma sorte e bateu, com estrondo, no primeiro. Uma terceira viatura ainda esboçou uma travagem mas debalde: pespegou-se contra o segundo automóvel, que embateu de novo no primeiro, levando este, pela posição em que se encontrava, a capotar.

Eu, vendo tudo isto confortavelmente do lado do passeio, só me lembrei de lançar "Netherlands, twelve points. Le Pays-Bas, douze points. Holanda, 12 pontos", no melhor estilo Eládio Clímaco. Nenhum dos outros transeuntes percebeu a minha ironia, e muito menos o jovem universitário lampião, que lançava incompreensíveis mas nada impolutos impropérios (que linda aliteração, pá!) na minha direcção enquanto tentava recuperar, do meio do asfalto, a metade do seu rosto.

Reconhecendo que a minha presença naquele local não estava a ser propriamente desejada, continuei a caminhar pela linda Lisboa livre (oh, mais uma aliteraçãozinha tão gira...). Perto de um dos muitos hotéis da capital, estava um funcionário da Câmara a proceder à poda de uma árvore. Executava o seu ofício calma e delicadamente, quando, à entrada do hotel, pára um autocarro com matrícula espanhola. Janelas são abertas e surgem cabeçorras espanholas. Não demora nem meio segundo para que todas aquelas cabeças desatem a cantar, em uníssono, "Y Viva España, La La La La La La La La", com certeza ainda deslumbrados que estão por aquela treta de Mundial. Aproximo-me do autocarro, grito "Hey, cabrones" repetidas vezes, até assegurar que todas aquelas cabeças estão voltadas para mim, levanto a mão esquerda, lentamente, viro as costas da mão, lentamente, para os espanhóis, baixo, lentamente, o polegar, baixo, lentamente, o indicador, baixo, lentamente, o anelar, e por fim baixo, lentamente, o mindinho, revelando aos espanhóis um majestoso manguito. Eles não gostam e, à semelhança do jovem universitário lampião sem meia-tromba, lançam-me, nada lentamente, ofensas verbais. Mas nisto ouve-se um zunido grave, seguido de um TRÁS ensurdecedor: a árvore que estava a ser podada acabara de cair... mesmo em cima do autocarro dos espanhóis. Alguém lá em cima deve gostar muito de mim... e muito pouco de peropomperos!

Abandono o cenário e persigo o meu caminho, nesta Lisboa enevoada. À direita, vislumbro anciãs a debicar pedaços de papo-seco junto dos pombos. À esquerda, observo dois casais homossexuais a dançar O Lago dos Cisnes. Adiante, um lisboeta vestido de Batman passeia o seu cão que enverga a fatiota do Robin. Atrás, um grupo de toxicodependentes diverte-se a tentar enfiar seringas usadas num caixote do lixo, como se fossem jogadores de basquete.

Não há dúvida: Lisboa está completamente ensandecida. A humanidade não se habituará jamais à visão de uma Lisboa coberta de nuvens no Verão. Suspiro fundo, lanço um último olhar a estas ruas inquietas e vou mas é trabalhar.

Bom fim-de-semana

quinta-feira, julho 15, 2010

"O tamanho é o que verdadeiramente importa". Sim, mas qual tamanho, caraças?!

Considero-me uma pessoa extremamente pacata, calma, pacífica e racional. São poucas as cousas (há quanto tempo não viam grafado "cousas" em lugar de "coisas", hum?!) que me levam ao desatino. Agências de rating?! Pfff, elas que venham aqui ratingar-me, a ver se me importo!... Derrotas do Sporting?! Ó pá, elas são tantas que um tipo, a partir de uma certa altura, fica anestesiado!... Não ter o canal Playboy desbloqueado?! Sim, é chato, admito, mas quem precisa de canais eróticos por cabo quando temos essa autêntica arca pessoana do erotismo e da pornografia que é a internet? (e há quanto tempo, se é que alguma vez, viram associados os termos "arca", "pessoana", "erotismo" e "pornografia"? Há coisas que só este blogue faz por vocês, não é?!)

No entanto, tenho de desabafar, aqui, que as tretas dos tamanhos perturbam - e de que maneira - a minha habitual índole fleumática. Fui criado e crescido a escutar duas opiniões em tudo contraditórias: uma, que era o tamanho o que verdadeiramente importava; outra, que não era o tamanho e sim a magia o mais relevante. Ora, pessoalmente não sei o que quer dizer esta coisa de "magia", por isso sempre resvalei para o lado daqueles que afirmam ser o tamanho importante. Afinal, trata-se de um critério mais objectivo e, assim, mais facilmente interpretável, do que "magia". Em princípio, um metro é um metro, um hectare é um hectare, e os meus 25 centímetros são 25 centímetros, certo?!

ERRADO! Há por aí muito bom fabricante de vestuário e calçado que não obedece a estes critérios supostamente objectivos. Para esta gente, um metro tanto pode ser um metro quanto 80 centímetros, um litro pode equivaler a um decímetro e um quilómetro, este, pode ser classificado, muito arbitrariamente, como "uma coisa grande c'mó caraças"! Só estas discrepâncias explicam que eu, quando quero comprar roupa ou calçado, raramente consiga atinar no tamanho! Normalmente, as minhas camisas e t-shirts são L. "L", de large, já se sabe. Portanto, quando vou a uma lojinha, ou, mais amiudemente, aos ciganos, procuro de imediato os tamanhos que à partida sei servirem-me. O mesmo acontece quando me desloco a uma sapataria: 42 é o meu número, e ponto final.

Só que, e não sei por que carga de água, é muito raro, mesmo muito, os fabricantes atinarem à certa com as medidas. Por razões místicas e misteriosas que eu não sou capaz de deslindar, os L nem sempre são L e os 42 são só uma tatuagem colocada na sola do calçado e que nada têm a ver com o tamanho dos meus belos e sensuais pés.

Ainda no último fim de semana, fui comprar duas camisas e um par de chanatos. Supostamente, bastar-me-ia escolher o tamanho L para as primeiras e o 42 para os segundos. Afinal, se há esta uniformidade de medidas, se há um reconhecimento nacional e internacional das mesmas, então é porque em qualquer lado, em qualquer loja, de qualquer marca e modelo, o vestuário e o calçado são os mesmos no que aos diversos tamanhos concerne. Mas na prática não o são. Na prática, eu posso ir à loja X e sair de lá com uma t-shirt L bem assente, e logo de seguida entrar na loja Y e descobrir que, afinal, as t-shirts que me caem bem são as XL. E posso ir depois à loja Z só para verificar que as únicas t-shirts que me servem não são as L nem as XL, as quais me dão aquele aspecto de "saca de batatas" e sim as M. Na prática, eu posso ir à sapataria A à procura de uns ténis 42 e sair de lá efectivamente com uns 42 calçados, e logo de seguida entrar na sapataria B e só conseguir meter o pé nuns 44, e depois ir à sapataria C e dar conta que, olhem que porra, uns 41 até se adaptam bem aos meus tesouros de pontapear bolas de futebol.

Devido a estas tretas, uma pessoa tem sempre, e inevitavelmente, de perder tempo na porcaria dos vestiários a experimentar as peças. O que, na minha óptica, era algo perfeitamente escusado. Tenho para mim que os vestiários só servem para aquelas gajas que procuram, à força toda, ver todas as santas peças de roupa, em todas as combinações possíveis ("será que este vestido fica bem com estes sapatos? ou fica melhor com aqueles?"). Os vestiários não deveriam destinar-se a indivíduos mais práticos, como eu, que sabem de antemão aquilo que querem levar. A mim não me interessa se as calças de ganga combinam bem com os téninhos pretos, ou se a camisa azul casa bem com os sapatos tipo vela. A única coisa que eu quero saber é se me servem, e bastaria, num mundo justo e racional, que os tamanhos indicados nas peças dissessem a verdade. O problema é que, quais Josés Sócrates, não dizem! E ao não dizerem, obrigam-me - helás! - a ir à porcaria dos vestiários, onde invariavelmente estão dezenas de focas a experimentar soutiens e vestidinhos justos, e ainda por cima esquecem-se de fechar completamente a cortina, revelando ao mundo em geral, e a mim em particular, que procuro um cubículo, a visão aviltante daquelas banhas a sair para fora da roupa, o que me provoca logo dores de cabeça e me faz perder a esperança na humanidade, se não pensasse imediatamente nos golos que o Liédson marcou ao Benfica desde que veio jogar para Portugal juro que era capaz de desmaiar ali no meio dos vestiários!

E depois, claro, tenho de vestir e despir e despir e vestir, e repetir as operações tantas vezes quanto o número de peças que tenho vontade de levar e o número de tamanhos disponíveis na loja. Se quero duas camisas, tenho de experimentar, pelo menos, os tamanhos M, L e XL de cada uma. Portanto, só aqui, estão múltiplas operações em potência. Operações que poderiam, se os fabricantes fossem pessoas inteligentes, ser evitadas. Se isso não acontece, é porque, de facto, para esta gente o tamanho não é o que mais importa. Se fossem mas era à fava!...

quarta-feira, julho 14, 2010

O regresso das piadas estúpidas e secas

Havia um tipo que passava tanto, mas tanto tempo em hotéis, que os seus inimigos só desejavam que ele fosse morrer lounge.


Peço desculpa e encontrar-nos-emos amanhã.

terça-feira, julho 13, 2010

Previsões do polvo Paul à distância de um clique

Não sabem se devem levar as vossas gajas ao cinema ou ficar em casa?!

Não sabem se seria preferível mandar um pontapé no cu do Sócrates ou, ao invés, enfiar um pontapé nos tomates do Sócrates?!

Têm dúvidas se a Monica Bellucci é mais boa que a Scarlett Johansson?!

E quem será o melhor marcador da Liga 2010/2011? Cinama-Pongolle ou Liédson?!

Não matutem mais. Chegou o site de que todos nós precisávamos: http://especiales.lainformacion.com/polvo-paul/

Aqui, podemos colocar o que quisermos à consideração desse verdadeiro mito do século XXI, o polvo Paul. Ele dará as respostas por nós. Divirtam-se.

segunda-feira, julho 12, 2010

Resumo do Mundial 2010 através das figuras que obtiveram melhores desempenhos individuais

1 - Vuvuzelas: o melhor instrumento de tortura sonora desde que a música popular portuguesa resolveu dar ao mundo uma figura de nome Zé Cabra.

2 - Jabulani: foram poucos os que conseguiram domá-la. Só me lembro de quatro futebolistas que trataram a Jabulani por tu: Liédson, Pedro Mendes, Miguel Veloso e Matías Fernandéz. O resto que se viu foi uma cambada de cepos.

3 - Larissa Riquelme: a melhor prestação humana neste Mundial da África do Sul. Que presença, que recorte técnico, que postura, que mamas!... A vitória da Espanha sobre o Paraguai nos quartos de final constituiu um crime de lesa humanidade, pois impediu que a pobre Larissa, que prometera despir-se caso o Paraguai chegasse às meias-finais, o fizesse. Contudo, o seu desempenho e atitude permanecerão nas cabeças dos verdadeiros adeptos de bóias bola por muitos e bons anos.


4 - Paul, o polvo: de longe, a melhor prestação do Mundial 2010. Humilde e sem falhas. Muitos duvidaram dele ("ah, é só um polvo"), mas a realidade acabou por lhe dar razão. Oito tentáculos de sabedoria futebolística, centenas de ventosas de conhecimento táctico. Acertou onde os Luíses Freitas-Lobos, os Antónios Tadeias e principalmente os Ruíses Santos falharam. E em troca pelos seus prognósticos não exigia mais do que um mexilhão. Aprendam, estações televisivas!

sexta-feira, julho 09, 2010

Balanço oficial do Optimus Alive 2010: dia 1

Depois de ter passado quase uma hora no eléctrico até chegar a Algés...

Depois de ter levado com todo aquele calor em cima...

Depois de ter aguentado com os milhares de adolescentes que gritavam ao meu lado...

Depois de ter abanado o capacete durante Moonspell...

Depois de ter andado à luta para chegar às casas de banho...

Depois de ter feito novo esforço para ir à zona dos comes e bebes...

Depois de ter voltado para trás e abanado o capacete durante Alice In Chains...

Depois de ter dado nova volta para visitar os limpíssimos e bem cheirosos lavabos...

Depois de ter abancado no chão para estancar a dor intensa nas costas durante Kasabian...

Depois de ter esperado quase 20 anos para ver pela primeira vez Faith No More...

Depois de ter abanado o capacete, saltado, gritado, pulado, cantado, durante Faith No More...

Depois de ter demorado mais de não sei quantos minutos para sair do recinto do festival enquanto todos os outros procediam de igual modo...

Depois de ter andado mais de não sei quantos quilómetros até chegar ao carro que me iria dar boleia...

Depois de ter chegado a casa tarde e a más horas, cansado, sonolento, dorido...

Depois de ter acordado para vir trabalhar...

...posso garantir, com imensa tristesa, QUE ESTOU A FICAR VELHO PARA ESTAS COISAS!!!!

quinta-feira, julho 08, 2010

"Os animais são o espelho dos seus donos"

Esta é uma frase batida que várias vezes costumo escutar, querendo dizer que os animais reflectem, em termos de personalidade, o carácter daqueles com que estão habituados a conviver.

Se assim é, o que diz de mim o facto de o meu cão ter tentado violar, esta manhã, uma das minhas gatas?!?!? E o que diz ainda de mim o correlativo facto de essa gata, em vez de se pirar, se ter jogado languidamente no chão como se esperasse as invectivas do canito?!?!

Que eu saiba, nunca lhes dei estes exemplos. Nunca tentei violar, sei lá, uma avestruz. Portanto, não sei de onde é que o cachorrito retirou a ideia de uma relação sexual interespécie. E, que eu saiba, também nunca me deixei seduzir por um jacaré, daí também desconhecer como é que a minha gata chegou à conclusão de que era fixe deixar-se embalar por um macho detentor de uma matriz genética distinta da sua.

São é uns badalhocos, estes bichos...

quarta-feira, julho 07, 2010

O Cristiano, a russa, a barriga de aluguer e o filho dela

Não acham que esta história toda em volta da paternidade do Cristiano Ronaldo tem potencial para um filme de Hollywood?! Um drama com laivos de espionagem da época da guerra fria à mistura, pois claro, ou não fosse a actual namorada do CR9 uma russa e a barriga de aluguer que lhe forneceu o rebento uma norte americana. Filmado pelo Tarantino, pois então, e com os desempenhos ímpares de Robert Pattinson como Cristiano Ronaldo, Kristen Stewart como Irina Shayk, a barriga da Angelina Jolie como barriga de aluguer e, completando o naipe de actores principais, Baby Herman, o bebé de Who Framed Roger Rabbit, como o filho do Cristiano Ronaldo. E ainda com a participação secundária de João Moutinho como a primeira maçã podre que o filho de Cristiano Ronaldo come.

Teria tudo para ser um blockbuster...

terça-feira, julho 06, 2010

Actividades pouco agradáveis de levar a cabo quando está muito calor: ler!

Não quero vir para aqui armar-me em intelectual, mas gosto de ler. Ler, contudo, e ao contrário do que as pessoas comuns pensam, é uma actividade que não casa lá muito bem com as temperaturas mais altas. É verdade que costuma ser no Verão que as pessoas prometem "pôr as leituras em dia", e isso, mas eu, quando as temperaturas sobem, leio menos. Para mim, ler é uma actividade sobretudo invernosa, adequada aos dias chuvosos e mais frios, nos quais um tipo só está bem é em casa, refastelado no sofá, a passar os olhos por páginas e mais páginas.

Na realidade, a actividade que mais aprecio fazer na época estival é, sem sombra de dúvida, esta: imaginar que sou uma peça de tetris e tentar enfiar-me, todo nu, no frigorífico. Aconselho-vos, se forem adeptos de desportos radicais, a experimentarem. É decididamente divertido e refrescante, oferecendo-nos também uma sensação de paz e bem-estar... considerando que se retiraram previamente os pepinos e as cenouras! Ou então, não: afinal, cada um sabe aquilo com que gosta de sentir arrepios...

Pelo contrário, ler não é nada refrescante. Quando, em dias de maior estucha, tento ler umas linhas, acabo invariavelmente por derreter-me. E, aqui, "derreter-me" é para ser interpretado no seu sentido literal: a leitura é uma actividade que consome muitos dos meus recursos energéticos, e ao fazê-lo provoca um sobreaquecimento do meu sistema central, e se vocês nunca tiveram tal experiência, posso afirmar que é extremamente desagradável, e javardo, estar a ler um livro do Julio Cortázar e a cada meio segundo cair, sobre a mancha textual, suor às cataratas. Ao fim de meros 5 minutos de leitura, tenho necessariamente de ir tomar um duche... e o livro também. Por motivos de leis físicas que agora me escapam, eu quando saio do banho venho renovado; já o livro fica pronto para uma viagem grátis até ao balde do lixo.

Ler, portanto, é algo que não recomendo no Verão. E agora tchau aí, vou ver se me consigo enfiar meia-hora num frigorífico.

segunda-feira, julho 05, 2010

Os corruptos roubaram-nos o Moutinho?! Quem é que nós vamos chamar?!

O único, o grande, o implacável super-herói cujo fato parece que foi feito a partir das sobras de uma sobremesa de natas com ranho:


Ele é o Nerfed Whiffle (hã?!?!), ou, em bom português, o Super Leonino Nerd, e vai dar cabo de todos aqueles que roubam jogadores formados na melhor academia do mundo!!!!

Feito aqui. Ripado à Poplex.

P.S.: Utilizei-me a mim próprio como modelo para a criação deste super-herói. Digam lá se não ficou igualzinho...

sexta-feira, julho 02, 2010

...e para o menino Sporting, uma salva de palmas!!!! EHHHHHH!!

Ontem foi um dia especial. O clube mais lindo do mundo, incluindo o terceiro, que é onde Portugal se insere, comemorou 104 primaveras. 104 primaveras cheias de alegrias, vitórias, conquistas e títulos.

Mas deixemos agora o mundo da fantasia. Além de soprar as 104 velinhas, o Sporting aproveitou o dia de ontem para apresentar, aos seus fiéis e pacientes adeptos, os equipamentos para a época de 2010/11, que se quer gloriosa e vencedora (mau, lá estou eu de novo a imaginar coisas!). O equipamento principal, este que abaixo vos deixo, não traz grandes alterações ao tradicional vestuário leonino. Riscas verdes e brancas e tal, calções pretos, enfim, aquela coisa bela que nós, adeptos, aprendemos a amar e a idolatrar.
No entanto, é no equipamento alternativo que as surpresas surgem. Como se pode ver na sample abaixo, a segunda camisola lagarta caracteriza-se por uma pequena faixa verde traçada sobre o ombro direito, sendo o restante colorido a negro.


Esteticamente, posso dizer que aprecio muito, mas não deixa de me causar alguma estranheza. A reacção que eu tive quando vi esta camisola pela primeira vez foi semelhante à que qualquer pessoa teria caso soubesse que um bando de gatos estava a fazer um filme sobre a guerra do Vietname, resolvendo chamar-lhe Apocalypse Nhau! É uma ideia engraçada, inovadora, simpática até, mas qualquer indivíduo de bom-senso fica a pensar seriamente no resultado concreto da coisa...

Ora, a minha opinião é que este equipamento secundário do Sporting, por mais atraente e revolucionário que seja, pode estar a passar a mensagem errada. Eu sei que o Sporting não ganha um campeonato nacional desde 2002, sei que principalmente a última temporada foi para esquecer, sei que o clube está à beira da falência, sei que a nossa academia só serve para formar talentos que serão futuramente aproveitados noutros clubes, alguns até nossos rivais, sei que há uma crise de militância dos simpatizantes leoninos, cada vez mais descrentes. Eu sei isso tudo, e é por sabê-lo que não vejo com bons olhos esta ousadia da direcção lagarta em apresentar-nos, a nós, órfãos de vitórias sportinguistas, uma camisola que expressa com toda a nitidez que o futuro do clube do nosso coração será negro!

Afinal, estão a preparar-nos de antemão para o quê, hum?!?

Um bom fim-de-semana e não se esqueçam: VIVÓ SPORTING!!!

quinta-feira, julho 01, 2010

Volta e meia, as mulheres conseguem mesmo dar-nos cabo da cabeça!

Polémico o assunto deste post?! Talvez... mas é a mais pura das verdades. As mulheres, façam de propósito ou não, são capazes de tirar do sério o mais tranquilo e bem-intencionado dos homens! E juro que hoje não venho aqui falar de mamas!!!!!

As mulheres irritam os homens porque, em algumas pequenas coisas, comportam-se como seres nada civilizados. Enfim, por vezes dá a sensação, tal como muitos teóricos advogavam, que as mulheres não pertencem exactamente à categoria do homo sapiens sapiens; estão um bocado abaixo desta fasquia, e nós, homo sapiens sapiens realmente dignos desse nome, só as aturamos porque, enfim, elas possuem aquilo de que eu hoje não venho aqui falar.

Como comprovo eu este facto? Assim: fui há poucochinho a uma caixa multibanco. Tudo normal, não fossem estar duas tipas à minha frente. Tudo bem, não me importo de esperar uns segundinhos... o problema é quando estes segundinhos se esticam, e esticam, e esticam ao ponto de eu sentir as minhas unhas crescerem enquanto aguardo pela minha vez de meter o cartão na puta da máquina. E porquê? Porque as mulheres, além de serem umas nabas, parece que vão para a caixa multibanco tratar das suas vidas por completo!

A primeira tipa marcou o código mal por duas vezes. Pediu um talão. Depois levantou dinheiro. Pediu um novo talão (mas porquê, caraças?!?!). Carregou o telemóvel. Pediu um terceiro talão (a esta hora, já eu espumava pela boca). Arrumou o cartão na mala e tirou outro (aqui, revirei os olhinhos!). Desta feita não marcou mal o código (parabéns, minha cabra!), mas como sempre tirou um talão. Após ter tirado o talão, fez uma transferência. E que operação executou ela no final? Exacto, tirou outro talão! E eu só pensava para comigo: "eu ainda vou à tromba a esta gaja...". Felizmente, após não sei quantas operações e outros tantos talões, a tipa lá se pirou.

Foi a vez da segunda tipa. Enfia o cartão, marca o código (magnífico! Acertou à primeira! Um prémio para esta senhora, se fazem favor), mas quando está nas opções o telemóvel toca. E este simples pormenor acabou por tornar tudo três vezes mais lento do que seria natural. E eu, claro, à seca, aturando a situação ridícula que foi, para levantar a porcaria de 20 €uros, a senhora perguntar primeiro ao seu(sua) interlocutor(a) pelos filhos, pelo carro, pelo cão, pela puta que o(a) pariu. E o que é que ela fez depois, foi o quê?! Claro: imprime um talãozinho, carrega o telemóvel (mais uns quantos minutos de espera, ao menos não se enganou no número), imprime novo talão, paga a luz, imprime mais um talão, decide que afinal os 20 €uros que tinha levantado há pouco não chegam e levanta mais 20, imprime (já cá faltava) mais outro talão, recebe um sms, de certeza a confirmar o carregamento do telemóvel, vê a mensagem ainda com a merda do cartão lá dentro da caixa multibanco, arruma o telemóvel, tira um novo talão (a sério, alguém consegue explicar-me isto?!?!) e vai-se embora com a maior descontracção do mundo, como se não tivesse feito perder tempo a um homem civilizado como eu, que só queria levantar 10 €uritos para poder ir almoçar e teve de levar com uma estopada pior do que as conferências de imprensa do Carlos Queiroz.

E não, não pedi a porcaria de um talão. O saldo pode ser visto directamente no ecrã, não sei se já sabiam!!!!!

Ó mulheres de um raio, pá!...