quarta-feira, dezembro 31, 2008

2009 e coiso

Desejo um bom 2009 e isso a todos vocês. Faço-o agora porque à noite devo estar demasiado bêbedo, ou a ser sodomizado, ou ambos, para vos desejar boas entradas... Voltaremos a falar pró ano!

terça-feira, dezembro 30, 2008

O balanço de 2008 segundo o Peter of Pan

Enfim, já sabemos que chegados a esta altura, apanhamos sempre com os balanços do ano. O Peter of Pan resistiu durante muito tempo a fazê-lo, mas agora rende-se finalmente à moda. Aqui fica, pois, 2008 em balanço lúcido:

Figura nacional de 2008: Eu.
Figura internacional de 2008: Eu, quando fui a Espanha.
Facto nacional de 2008: Tudo o que eu fiz.
Facto internacional de 2008: Tudo o que eu fiz em Espanha.
Frase nacional de 2008: "O Alberto João Jardim cheira mal da boca". Autor: eu.
Frase internacional de 2008: "O George Bush cheira mal do cérebro". Autor: eu.
Clube nacional de 2008: Sporting.
Clube internacional de 2008: Sporting, quando jogou fora de Portugal.
Blog nacional de 2008: Peter of Pan.
Blog internacional de 2008: Peter of Pan.

Já está. Até que ficou engraçadozito, este balanço. E totalmente imparcial!

segunda-feira, dezembro 29, 2008

Trocadilho fácil, previsível, seco e estúpido. Uma cortesia do Peter of Pan

Diz-se por aí que irrompeu um surdo de gripe pelo país. Eu não sei se percebi bem, pois acho que estou a ficar surto...


(É podre, bem sei, mas não estou com capacidade para fazer posts melhores do que isto... não quando a minha cabeça está tensa com as expectativas para a passagem de ano!!! Tenho uma entrada para o Moulin Rouge: aquilo vai ser só bebidas e mamas, tudo ao molho!)

sexta-feira, dezembro 26, 2008

O que o Nuno Gomes disse ao árbitro Pedro Henriques: um exclusivo Peter of Pan

Já se passaram alguns dias, até entrou pelo meio o Natal e tudo, mas ainda se fala do problemático Benfica-Nacional da passada segunda-feira, tudo porque o Benfica não ganhou o jogo (qual é o espanto, caraças??!!). Uma das razões de queixa dos benfiquistas, para além da justíssima anulação de um golo precedido de mão na bola, prende-se com a expulsão do Nuno Gomes já pós-jogo, tudo porque, alega o árbitro da partida, o militar Pedro Henriques, o jogador lampião terá proferido palavras impróprias. Até hoje, creio que ninguém ainda tinha tido acesso ao que realmente aconteceu naquele túnel lampião (e não, não estou a falar do José Castelo Branco com uma lanterna enfiada no cu), mas uma alforreca ganzada com quem eu tenho o prazer de trocar ficheiros via emule mandou-me um mp3 que revela tudo o que se passou. Mp3 que eu, como bom cidadão, tenho o prazer de vos transcrever:

Túnel do estádio da Luz, após o jogo Benfica-Nacional, que terminou com um empate a 0:

Quique Flores (em voz de fundo): Qué caray, qué mierda, qué coño, joder!
Nuno Gomes (aproximando-se do árbitro Pedro Henriques): Ó Pedro, que merda foi aquela, pá?
Pedro Henriques: Está a falar do quê, Nuno?
Nuno Gomes: Daquela merda do golo anulado, foda-se!
Quique Flores (continua a ouvir-se em voz de fundo): Coño, qué empate de mierda, hijos de puta!
Pedro Henriques: Ó Nuno, então o teu colega jogou a bola com a mão, o que querias?
Nuno Gomes: Jogou com a mão, o caralho! A bola é que veio embater-lhe na mão, se calhar ele tinha de cortá-la, não?
Pedro Henriques: Ouça lá, o árbitro sou eu, não discuta uma decisão minha.
Nuno Gomes: Não discuto, o caralho! Vai levar na peida, anulaste um golo limpinho, pá!
Pedro Henriques: Foi falta, e como foi falta, o golo não é limpo, e o árbitro sou eu, já lhe disse.
Nuno Gomes: O árbitro és tu, uma merda! Não tens nível para ser árbitro. Só fazes porcaria.
Quique Flores (ainda em voz de fundo): Mis jugadores son maricones, jodanse! Mierda!
Pedro Henriques: Se eu fosse a si, Nuno, preocupava-me mais com marcar golos dentro do campo do que em criticar os árbitros fora dele.
Nuno Gomes: Estás a insinuar o quê, meu palhaço, meu filho da puta? Olha que eu sou um excelente avançado! E bonito! E tenho o melhor penteado da liga portuguesa!
Pedro Henriques: Nuno, mais tento na língua, por favor!
Nuno Gomes: Os meus longos cabelos sedosos são o terror das defesas adversárias!
Pedro Henriques: Nuno, acalme-se, já está a passar das marcas. Mandar-me para o caralho eu ainda aguento, chamar-me filho da puta eu ainda aturo, agora ouvir barbaridades acerca do seu cabelo é que não! Ou você fica por aqui, ou eu expulso-o!
Nuno Gomes: Expulsas é o caralho! Os meus cabelos são belos e eu não tenho vergonha de os mostrar!
Pedro Henriques: Já chega, nunca nenhum árbitro teve de passar por tanto. Você está expulso!
Nuno Gomes: Foda-se!
Pedro Henriques: Agora já é tarde demais. Vá para os balneários e aproveite para lavar esse sebo que tem em cima da sua cabeça...
Quique Flores (sempre em voz de fundo): Coño, Benfica es una mierda, queria entrenar el Casa Pia, caray!...

Foi isto que se passou. Realmente, o comportamento de Nuno Gomes foi vergonhoso, e a sua expulsão justíssima. São episódios destes que não dignificam em nada o futebol português...

P.S.: um muito obrigado à alforreca ganzada pelo mp3 original!

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Então é assim:

Desejo a todos um excelente Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Não bebam...








...pouco!

terça-feira, dezembro 23, 2008

Lista de Natal do Peter of Pan

Lisboa, 23 de Dezembro de 2008,


Querido Coelhinho da Páscoa:


Escrevo-te neste Natal porque não estou para me meter com o menino Jesus nem com o Pai Natal. Com o menino Jesus não me meto porque não me apetece passar 2009 a ter de ir constantemente ao tribunal de Monsanto, que é onde são julgadas as pessoas que se metem com meninos. E com o Pai Natal não me meto porque, além de ser um velho barbudo e gordo, explora esclavagistamente as pobres das renas, de modos que não vou pedir nada a alguém que demonstra tanta falta de ética. Portanto, recorro a ti, caro Coelhinho, convicto de que só tu poderás dar resposta aos meus pedidos.

Bem sei que tens muito trabalho e tal, pois já deves estar a preparar a Páscoa de 2009, ainda por cima a crise levou a um downsizing de galinhas, o que faz com que tenhas de ser tu, pobre lapino, a pôr os ovos, o que é tarefa assaz difícil para um mamífero, pessoalmente só conheço duas espécies que o fazem, o ornitorrinco e o Pinto da Costa, e este tem ainda a vantagem de pôr ovos de ouro, com os quais paga aos árbitros e às prostitutas.

Mas vá lá, faz-me lá este jeitinho, ó Coelho. Eu até fui um bom menino durante este ano de 2008. Ao contrário dos anos anteriores, neste não atirei nem uma velhinha para a linha do comboio, não fiz sexo oral com nenhum perú nem, tão-pouco, gozei com qualquer deficiente profundo, excepto o ministro Teixeira dos Santos, mas com esse toda a gente goza, portanto não conta. Por essa razão, creio estar em condições de te pedir aquilo que desejo para o meu Natal, que deverá ser escolhido entre os itens da seguinte lista:

1 - Paz no Mundo.
Eu sou um tipo deveras altruísta, e se há algo que me chateia, para além do Sporting ir em 4º lugar na liga portuguesa, é não haver paz no mundo. Eu quero tanto a paz no mundo, mas tanto, que seria até capaz de matar todas as pessoas no planeta para que esse meu sonho se concretizasse! Mas com a tua ajuda, Coelho, creio ser dispensável tanta violência. Tu, com um simples estalar de patas de coelho, podes fazer isso por mim.

2 - Uma perna partida ao Lisandro Lopez e ao Reyes.
Como vês, Coelhinho, penso mesmo sempre primeiro nos outros. Vê lá que não é para mim que eu quero uma perna partida: é ao Lisandro Lopez e ao Reyes! Se pudesse, partir-lhas-ia eu mesmo, mas não posso porque nos próximos tempos vou estar ocupado em partir os braços ao Moreira e ao Hélton (ao Quim e ao Nuno Espírito Santo já não é preciso, parece que os deles já estão paralisados há muito). É por isso que preciso de ti, Coelho! E, já agora, se puderes também dar um ataque de caganeira ao Hulk e ao Katsuranis, ficar-te-ia muito agradecido.

3 - Uma visita ao domicílio por parte de todas as playmates.
Coelhinho da Páscoa, tu és um coelhinho, não és? Não és, na verdade, um orangotango disfarçado de coelho, pois não? Portanto, se és um coelhinho, deves dar-te bem com as meninas coelhinhas da Playboy, não é? Pois... tenho certeza que sim... então orienta aí as gajas para que venham ter comigo e me "distraiam" durante, sei lá, coisa de um fim-de-semana. Prometo tratá-las como merecem ser tratadas as coelhinhas! Se elas pedirem muito, prometo vestir o meu fato de lebre.

E é só isto, Coelhinho. Como vês, não é muita coisa. Afinal, não quero tomar muito do teu tempo. Escolhe um destes três itens, já me deixarás muito e muito satisfeito. E olha que quando eu estou satisfeito, sou capaz de comer milhares de ovos da Páscoa... o que significa que o teu trabalho encontrará em mim um denodado consumidor.

Sem mais, e com os maiores cumprimentos,

Um abraço do teu admirador,

Peter of Pan

P.S.: Ó Coelhinho, se estiveres com dificuldades em escolher, deixa lá o item 1. Eu não quero assim tanto a paz no mundo... Opta só pelo 2 ou pelo 3. Fica bem!

P.S.2: Ó Coelhinho, desculpa lá mais uma vez... se quiseres, podes também cagar no 2. Resta-te então um pedido, espero que o possas realizar. Eu vou já à farmácia aviar umas 50 caixas de viagra, ok? Porta-te e bom Natal para ti também!

P.S.3: Não é que esteja a dar-te graxa, mas para mim tu és muito mais coelho que o Bugs Bunny e o Roger Rabbit juntos!!!

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Visita à loja de artigos para bebés

Ontem foi dia de efectuar as últimas compras de Natal. Época que eu, particularmente, abomino, quase tanto como a de Carnaval, e isto desde o final dos anos 80, altura em que se começou a dizer que o Sporting "só é campeão até ao Natal". Fiquei com raiva a esta fase do ano, claro está, além de que o facto de ser ateu também não ajuda nada. Como querem que eu celebre o nascimento do filho de um gajo que eu não acredito que exista??!!

Porém, como vivemos num mundo de "só recebes se deres" e eu gosto muito de receber prendinhas, cheguei à conclusão que tenho de dar também uns presentes, nem que seja o habitual par de meias ou de cuecas. E foi assim que ontem me apanhei num centro comercial à procura de cenas para meter debaixo da árvore das pessoas mais chegadas.

Correu tudo bem, encontrei o que queria, mas a páginas tantas deu-me uma paralisia cerebral e entrei numa daquelas lojas com artigos para bebés. E foi todo um mundo novo que se abriu perante mim: jamais suspeitei que houvesse tanta oferta, e tão diversificada, para malta cuja única contribuição para o mundo é fazer cocó nas fraldas! Fiquei mesmo impressionado, juro-vos, e por um momento tive o sincero desejo de voltar a ser bebé. Cheguei até ao ponto de perguntar a uma simpática senhora, que por ali se entretia a observar camisolinhas e pantufinhas, se me dava de mamar, mas ela limitou-se a responder que não, pois tinha deixado as mamas em casa, junto dos sete filhos.

De entre as várias coisas que vi, destaco estas:

1. Hoje em dia, os biberons são todos xpto. Aquilo parecem mais foguetões! Até possuem umas pegas de lado, tipo asinhas, para - suponho eu - os lactantes melhor agarrarem. Longe vai o tempo em que os biberons eram escorregadios e em forma de garrafa de coca-cola, o que não ajudava muito a tarefa aos bebés, que ficavam logo a pensar (eu, pelo menos, ficava!) "Foda-se, mas tenho de beber outra vez aquele líquido viscoso que serve para desentupir canos? Se me dão novamente daquela merda, juro que me cago tanto que vão demorar três horas a descolar-me a poia do cu!". Os motivos também são muito mais interessantes: já nada de coelhinhos e patinhos e coisinhas fofas: agora os biberons têm desenhos de Nodys, e de Rucas, e das tetas da Lucy, o que estimula muito a arte de chuchar, especialmente aquelas últimas.

2. Os carrinhos de bebé estão muuuuuito à frente! Aliás, na minha época nem havia carrinhos! Eu tive de aprender a andar com apenas duas semanas de vida, qual carrinho qual quê! Está bem que os meus pais, esses espertalhões, me estimularam a andar com palavras de incentivo como "Corre, filho! O Alberto João Jardim vem aí!", mas talvez não tivesse sido má ideia comprarem-me um carrinho para me transportar pela rua, mesmo que não fosse tão estiloso como os de agora. Sempre me poupava as solas dos pés que, já se sabe, são frágeis em tão tenra idade. A única coisa positiva de ter aprendido tão cedo a andar foram as palavras que eu ouvia das minhas vizinhas: "Ah, tão novo e já sabe andar", diziam elas. "Vai ser um campeão olímpico! Ou um jogador de futebol", acrescentavam. Ao que eu respondia (eu aprendi a falar com apenas 4 dias): "É?!?! E vão ver quando eu aprender a usar esta coisa que tenho aqui pendurada! Vou mas é ser um actor pornográfico". Infelizmente, passados todos estes anos, ainda não aprendi a usar aquela coisa..
Bom, mas adiante, ou melhor, voltemos atrás, pois estava a falar dos popós. O que eu queria dizer é que os carrinhos de bebé de hoje estão todos artilhados. Rodas com jantes cromadas, aillerons traseiros e dianteiros, luzinhas laterais... foda-se, parece que estamos numa concentração de tuning! Os bebés de hoje, quando saem à rua naqueles bólides, parece que acabaram de sair do Pimp My Ride... na minha opinião, a polícia devia estar atenta a estas merdas!...

3. As banheiras têm um design bem mais apelativo e bebé-friendly. Têm um ar confortável, aquelas coisas, e não fosse eu ter tomado banho só há duas semanas, e juro que me mandava lá para dentro. Mas pronto, sempre posso fazê-lo em 2009 no dia em que resolver tomar o primeiro banho do ano, provavelmente a 13 ou 14 de Abril! Depois conto-vos tudo.

Há, ainda, outra coisa que me cativou sobremaneira na loja de artigos para bebés. É assim: não vi lá muitos bebés. Nem gajos. Mas gajas?!!!?? Malta, aquilo estava À PINHA de gajedo!!!! As mulheres são naturalmente atraídas para este tipo de lojas, e uma vez lá dentro, há algo que desperta dentro delas, algo que os psicólogos apelidam de sentimento maternal, mas que eu, como sou mais inteligente e perspicaz do que essa classe profissional, chamo apenas de instinto de procriação. Não havia uma única gaja lá dentro que não tivesse esse desejo de procriar, ou seja, de fazer filhos, ou seja, de fazer amor, ou seja, de ir para a cama, ou seja, de mandar uma queca! Cheguei pois à conclusão que o melhor local de engate do mundo - ah, que digo eu, do universo! - são as lojas de artigos para bebés! Garanto-vos, se eu já tivesse aprendido a utilizar aquela coisa da qual já vos falei atrás, tinha ali apanhado um séquito de fémeas que me dava para, vá lá, dez anos se usasse uma por dia, 20 anos se fosse dia sim, dia não.

Por isso, voltarei certamente a frequentar este tipo de lojas, e não apenas na época natalícia. Primeiro, quando quiser tomar banho. Segundo, quando aprender finalmente a usar aquilo que tenho entre as pernas...


P.S.: Não percam o post de amanhã! Tema: a lista de Natal do Peter of Pan!!!!! Vai ser fixe com'ó caraças!

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Sopa (na brasa)...

Que eu sou um gajo distraído, não é novidade nenhuma. Sou daquelas pessoas a quem aquele dito popular "tu até te esquecias da cabeça se ela não estivesse agarrada ao corpo" assenta que nem uma luva. Sou assim, pronto, e não há receita que altere este estado de coisas. Nem cordéis atados aos dedos, nem comprimidos para a memória, nem dietas livres de queijo... nada! Como dizia o grande Valmont nessa grande história sobre a natureza humana que dá pelo nome de Ligações Perigosas, é algo que "está para além do meu controlo"!

Hoje deu-se mais uma prova disso mesmo. A minha gaja ia à rua fazer as coisas do costume (comprar comida e mais não sei o quê) mas antes pediu-me: "Amor da minha vida, meu garanhão sexy e senhor da minha alma e do meu corpo, podes por favor ver a sopa? Daqui a uns 10 minutos, apaga o lume, está bem, meu querido, meu coração, minha paixão?"

"'Tá bem, fónix, vai lá à tua vida que a sopa fica em boas mãos. Ah, e traz 24534 caixas de gelado, que é para eu ter sobremesa nos próximos 3 dias", respondi eu, convictamente.

E ela lá foi à rua, e eu fiquei em casa. Mas lembrei-me lá da sopa... liguei o PC, abri o browser e fui logo aos favoritos linkar o site da Playboy. Enquanto contemplava as apostas da revista em termos de playmates para o próximo ano de 2009, algo se passava na cozinha, só que eu não dava conta. Pudera... tão entretido estava eu com aquela carne, ia lá agora lembrar-me da sopa?!?!

Até que 20 minutos depois, a minha gaja chega, carregadinha de sacos. Como bom gentleman, minimizei a janela do site e fui ajudá-la. Foi aí que se deu este diálogo:

Gaja: Snif, snif... hmmm, cheira-me a qualquer coisa...
Eu: Snif, snif... sim, a gelado. Quantas caixas trouxeste?
Gaja: Não, não é isso... cheira-me a queimado!
Eu: Snif, snif... achas?
Gaja: Ouve lá, tu apagaste o lume?
Eu: Qual lume?
Gaja: O lume da sopa!!!
Eu: Qual sopa?
Gaja: AAAARRRRGGGGHHHHHH!!!

E desatou a correr para a cozinha, onde a sopa jazia, coitada, numa autêntica fogueira inquisitorial. Resultado: tudo para o lixo, e a minha gaja ficou sem me falar durante o resto da manhã. Não sei se por despeito, se por fome...

E eu? Bom, eu também acabei por ficar com fome... afinal, a sopa foi-se e já era tarde demais para começar a fazer outra. Em compensação, fiquei com uma tesão do caralho graças ao site da Playboy. Não é que isso alimente, mas pelo menos diverte e coiso e tal.

Moral da história: um gajo, quando é distraído, é mesmo muito distraído. E agora tchau, vou ali ver se cato qualquer coisinha na rua... é que estou mesmo cheio de tusa, caramba!!!!

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Tempo de efeméride no Peter of Pan

E eu quase a deixava escapar! Faz este mês precisamente um ano que decidi, em boa hora, reabrir este blog. O regresso deu-se a 7 de Dezembro, com um lúcido ensaio sobre a cimeira UE-África e os problemas provocados pela presença do ditador hmmm... zimbabwano, não, isto soa mal, não será antes zimbabwista? zimbabwense?... ah, que se lixe, do ditador preto, Robert Mugabe, que podem ler ou reler aqui.

Na altura, como isto era um projecto de um grupo, ainda assinava com o nick Eterno Entorno (uma estupidez, bem sei...), depois passei a identificar-me somente como Eterno, e depois assumi a personalidade de Tanis. Até que me cansei desses nicks parvos e, como já mais ninguém posta neste blogue a não ser eu, a minha identidade passou a tomar o nome do próprio blogue. Até porque dá menos trabalho, caralho!

A motivação para reabrir o blogue, cuja primeira encarnação se dá em 2005, ano profícuo em que debitei besteiras atrás de besteiras, é muito singela: atravessava eu uma fase menos "católica", com desaires atrás de desaires, e como já tinha visto os dvds todos dos Monty Python pela 3924534ª vez, tinha de arranjar qualquer coisa que me divertisse e fizesse esquecer aquele período mau. Foi então que me lembrei das fotografias da Monica Bellucci que guardo debaixo da cama para situações em que me encontro deprimido. Levantado o piçal, senti no entanto que precisava de algo mais duradouro e que me levantasse também o moral. É aí que se dá o eureka: "E se reactivasses o Peter of Pan, caralho?", disse para mim mesmo. "Boa, estronço. Vamos lá reabrir aquela merda e falar mal de tudo e de todos a torto e a direito!", respondi-me. E assim fiz.

E por cá estou, e passado um ano, muita coisa mudou. Não foi apenas o blogue que renasceu, mas também o autor. A fase má encontra-se irremediavelmente ultrapassada, fiz novas amizades, "enforquei-me" com uma parceira da blogosfera, tornei-me cidadão da margem sul e continuo um maldizente incansável. O blog prestou assim o seu serviço em favor da minha pessoa, e chegado aqui poderia muito bem dizer "foi bom, então adeus".

Mas não o vou fazer. Vou continuar a escrever merdas atrás de merdas. Estar na blogosfera, afinal, dá-me um gozo do caraças. É giro mandar umas caralhadas, dizer mal de americanos, benfiquistas, políticos, filósofos continentais e de muitas mais pessoas. E enquanto o Sporting não ganhar uma liga dos campeões, altura em que, de emoção, morrerei com um ataque cardíaco, vou andar por cá. A melgar-vos o juízo com textos inenarráveis e opiniões absurdas. A atirar asneira atrás de asneira. Porque, como dizia um actor que faleceu este ano, Paul Newman, no final do A Cor do Dinheiro: "hey, I'm back". E vim mesmo para ficar, raios partam!

Portanto, a todos os que têm lido e aturado os posts mais parvos da blogosfera, muito obrigado. Continuarei a contemplar-vos com as minhas parvoeiras. Vão passando por cá, já sabem o que a casa gasta. E desculpem lá qualquer coisinha, caralho...

quarta-feira, dezembro 17, 2008

O sexo fraco

É comum ouvir-se por aí que os homens são uns privilegiados, que têm as portas abertas quando querem subir na vida, ao passo que as mulheres têm de suplantar obstáculos atrás de obstáculos para serem bem sucedidas. Diz-se que o mundo, as organizações, a sociedade são falocêntricos, e que as mulheres são discriminadas.

Pois eu não concordo. Se olharmos bem para o que se passa, nada é assim. A experiência diz-nos precisamente o contrário daquele choradinho. É o homem que tem de malhar mais para chegar ao topo! É fácil percebermos o porquê através de uma análise comparativa entre aquilo que se exige a cada um dos sexos:

Qualidades que um homem tem de possuir para subir na vida:
- inteligência
- auto-confiança
- proactividade
- assertividade
- resistência
- etc.

Qualidades que uma mulher tem de possuir para subir na vida:
- mamas.


Espero que tenham ficado convencid@s...

terça-feira, dezembro 16, 2008

Uma verdadeira sapatada na crise

Sapatos: a melhor arma de insurreição política
desde 13 de Dezembro de 2008


Como havia prometido, vou comentar o episódio da tentativa de agressão ao Bush com um par de sapatos. Não me interessa tecer grandes considerações sócio-políticas acerca do episódio, nem vou fazer juízos de valor. Acho que é irrelevante saber se os iraquianos são mais livres hoje, porque podem mandar sapatadas nos opressores, do que nos tempos de Saddam, em que não podiam nem levantar a mão, quanto mais o pé. Também não questiono a pertinência em si do acto, nem se foi bom ou se foi mau. Do mesmo modo, não discuto se o jornalista podia ter tido melhor pontaria. Não é por aqui que quero seguir. A reflexão que fiz vai noutro sentido.

E é este: descobri o negócio do futuro! A atitude do jornalista iraquiano despertou-me a consciência! É que devido à força das imagens, estou absolutamente convencido que a moda irá pegar. Sapatadas nos líderes será a próxima - e bem sucedida - forma de contestação política e, quiçá, de atentados. Por essa razão, resolvi abrir uma sapataria. Mas uma sapataria especializada em agressões. Onde os sítios de prova serão substituídos por bancas de tiro ao alvo, semelhantes às que podemos encontrar em feiras, em que se derrubarmos as latas, ganhamos um urso (a diferença é que, agora, o objectivo é acertar logo no urs..., quer dizer, no político). E onde haverá uma enorme variedade de escolha para todo aquele que deseje atirar calçado, desde as leves pantufas até às poderosíssimas botas com biqueira de aço (estou também em conversações com as Nações Unidas, no sentido de saber se sapatos femininos com salto-agulha são permitidos). Já estou mesmo a ver: José Sócrates sai de uma reunião de ministros e tungas, apanha com um par de sapatos vela nas trombas! Nicolas Sarkozy sai de um motel com a Carla Bruni e pimba, vem um gajo por trás e espeta-lhe um par de coturnos, tamanho 44, no lombo! Gordon Brown sai do nº 10 de Downing Street e zás, leva com um par de chanatas na tola! Tudo material fornecido pela minha sapataria, é claro!

Digam lá se não é uma ideia maravilhosa! Ao mesmo tempo, contribuo para a contestação política e enriqueço-me! É uma verdadeira sapatada na crise, e só tenho a agradecer ao jornalista iraquiano. Obrigado, pá! Bem hajas!

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Afinal o verdadeiro inimigo encontra-se dentro de mim.


Amanhã prometo que falo da tentativa de sapatada ao Bush... os acontecimentos ainda estão muito frescos e considero não estar, neste momento, em condições de os analisar. Até porque cada vez que olho para a merda do video desato a rir que nem um perdido, caraças!!!!

Hoje é outro o assunto que coloco neste verdadeiro espaço de opinião pública que é o Peter of Pan. Um assunto pessoal que quase me faz ter vergonha de mim próprio. Quase...

Começo pelo princípio. Podia também começar pelo fim. Ou pelo meio. Ou a 3/4. Ou mesmo a (3456*42)/234563. Mas não, vou mesmo começar do princípio. E no princípio é isto: todos os leitores deste blogue sabem - ou deviam saber - que "I am the antichrist, I am an anarchist", como canta a lendária Anarchy in the U.K., dos Sex Pistols. Nunca escondi a minha ideologia anarquista e de extremíssima esquerda, desde que isso não sirva para me confundir com os pseudo-anarcas totós do género dos manifestantes gregos nem com a malta meio bloquista de que já falei aqui! Porque, afinal, anarquia não é andar com piercings, dreadlocks, tatuagens e o caralho a quatro e partir merdas e provocar distúrbios. Anarquia é emancipação face a qualquer autoridade à qual não se dá o consentimento e ter liberdade para fazer o que se deve, não o que se quer (são duas coisas diferentes, meus bandalhos!). Anarquia é libertarianismo, não libertinismo, caralho!!!!

Mas pronto, deixo-me agora de moralismos ideológicos e vou passar a falar de coisas sérias. Portanto, sou anarquista, já perceberam. O que faz de mim um opositor fervoroso do capitalismo selvagem e das atitudes burguesas, geradoras da opressão do homem pelo homem, foda-se! O problema é que, de quando em vez, eu próprio sofro uns desvios burgueses e transformo-se em algo que odeio e abomino. Foi o caso de ontem. Por via de ter um teste escrito esta semana, encontro-me a estudar matéria de Teoria das Organizações. Isso implica deparar-me com merdas do tipo gestão & marketing, cash-flow, valor-cliente, valor acrescentado para o accionista, EVA, MVA, e conceitos semelhantes, puta que os pariu a todos.

Ora, a dada altura, enquanto eu lia estas tretas, deu-se um curto-circuito qualquer no meu anárquico cérebro e sofri uma metamorfose. Em resumo, passou-se isto: larguei os livros. Dirigi-me ao quarto. Peguei no robe. Fui até à sala. Sentei-me no sofá. Cruzei os braços. Chamei a escrav... a minha companheira. Ordenei-lhe "vai buscar-me um uísque com duas pedras de gelo, caralho" e espetei-lhe uma palmada no rabo. Liguei a t.v. no canal Bloomberg. A escrav... a minha companheira trouxe-me o copo. Comecei a sorver o uísque. Soltei um "ahhhhhhhhh" de satisfação. E deixei-me levar por este momento burguês, saboreando-o e enleando-me nele.

Até tomar juízo e despertar do meu sono aburguesado! Demorou mais de 10 minutos, mas finalmente recuperei a consciência! Que estava eu a fazer, foda-se? Estava a negar-me a mim próprio! A contradizer os meus pensamentos, as minhas atitudes, as minhas emoções! Estava a tornar-me exactamente o contrário do que sou! Soltei um "ahhhhhhhhh" de raiva! Bebi o resto do uísque de penálti. Fui buscar a garrafa. Bebi o conteúdo de penálti. Atirei copo e garrafa contra a parede, onde se estilhaçaram. Corri para a minha igual. Espetei-lhe um beijozorro e fizémos amor ali mesmo, no chão da cozinha. E depois voltei à sala de estudo. Joguei livros e papéis na rua, saí também e depois urinei em cima daquele lixo todo. Era a vingança, caralho! O anarca em mim renascia! E foi belo, foi muito, muito belo!!!! Voltei para casa, desliguei a t.v., meti o primeiro cd punk que vi na minha colecção e vá de abanar a cabeça e pontapear tudo o que estivesse no meu caminho (não, não foi por estar bêbado... eu sou assim mesmo!).

Foi duro lutar comigo próprio. É difícil uma pessoa manter-se coerente. Mas sobrevivi. Os laivos de burguesia que de mim se apoderaram ontem foram expulsos. Corridos. Enxovalhados. Enfrentei uma batalha e saí vencedor. Pronto para continuar denegrir o capitalismo selvagem e a autoridade. Pronto para mandar à merda as forças da direita e, também, as que se dizem de esquerda (foda-se, se aquela merda que se deu ontem na Aula Magna, o suposto "Encontro das Esquerdas" é representativa da esquerda portuguesa, então eu sou o único gajo verdadeiramente de esquerda neste país! E isto também exclui os comunas, pá! Anarca que é anarca também não grama os comunas).

E foi isto, porra. O inimigo capitalista e burguês, às vezes, está em nós...

domingo, dezembro 14, 2008

AHAAHAHAHAHAAHHAAHAHAHAHAHAHAHAHA




Na terça-feira comentarei este episódio. Isso se conseguir parar de rir...

sexta-feira, dezembro 12, 2008

E há quem ainda se gabe disto...

A editora Gradiva é, na minha opinião, uma das melhores de Portugal. Tem a melhor colecção de Filosofia deste país (Filosofia Aberta), possui os grandes clássicos de divulgação científica, de autores nacionais e estrangeiros (Ciência Aberta), disponibiliza óptimos livros para compreender a política e a sociedade (por exemplo, na colecção Trajectos) e tem ainda um conjunto de edições humorísticas de respeito, sobretudo na colecção E Agora Para Algo Completamente Diferente, embora as traduções sejam tão más que, por vezes, dá mais vontade de chorar que de rir.

A Gradiva tem, contudo, um defeito incontornável: é a casa que publica as obras de José Rodrigues dos Santos. E além de publicá-las, vangloria-se de o fazer, o que na minha óptica é difícil de compreender. É um pouco como se um benfiquista se gabasse de ter o Nuno Gomes na equipa, ou um país se gabasse de ter como ministro das Finanças o Teixeira dos Santos. Coisas que não passam pela cabeça de indíviduos lúcidos, creio eu.

Lucidez é, infelizmente, aquilo que não vai na mona dos responsáveis da Gradiva. Ontem, recebi na minha caixa do correio mais uma actualização da newsletter da editora, que rezava assim:


"HUNGRIA COMPRA TODA A OBRA DE JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS

A editora húngara Kossuth adquiriu esta semana os direitos de todos os romances de José Rodrigues dos Santos apresentados na última Feira de Frankfurt. A Kossuth comprou cinco livros do autor da Gradiva: A Ilha das Trevas, A Filha do Capitão, Codex 632, A Fórmula de Deus e O Sétimo Selo. De fora ficou apenas o último romance, A vida num sopro, que ainda não tinha sido publicado na altura da Feira de Frankfurt.O húngaro torna-se assim a 14ª língua em que a obra de José Rodrigues dos Santos é publicada. A Kossuth recebeu este ano o prémio de Melhor Editora Húngara de 2008, galardão atribuído pelos seus pares."

Como podem adivinhar, já apaguei o email. Mas a notícia merece-me dois apontamentos:

1 - Não dá para a Hungria, além da obra, comprar também o autor? Podia fazer-se um pacote, do tipo "compre toda a obra de José Rodrigues dos Santos e leve também o autor. Preços especiais por orelha". Quer dizer, sempre era menos um estarola que por cá ficava, e simultaneamente livrávamo-nos de um pivot parvo, de um mau director de informação e de um péssimo escritor!

2 - A Kossuth é a melhor editora húngara de 2008?!?! E compra a obra de José Rodrigues dos Santos?!!?? Há aqui qualquer coisa que não bate bem... Das duas, uma: ou a boa literatura vale, para os húngaros, o mesmo que a pintura do Bangladesh vale para a arte mundial, isto é, zero, ou, então, quem escolhe os livros na Kossuth é uma capivara com o QI de um grilo com síndrome de Down.

Já agora, não querem comprar também essa obra-prima que é o livro do Zezé Camarinha? E a biografia do Tony Carreira, por que não?!?! Hmmmm? Aproveitem, pá!

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Mais um post sobre política (bem, mais ou menos!)

Ontem, enquanto escutava as declarações de Manuela Ferreira Leite em galharda defesa do líder da bancada parlamentar do PSD, Paulo Rangel, tive uma erecção.

Serei gay?

(gay não serei certamente, mas a Manuela Ferreira Leite não dá uma tesão assim!...)

quarta-feira, dezembro 10, 2008

O porquê de eu querer ter filhos.

Volta e meia, há sempre uma gaja a perguntar-me isto "Gostavas um dia de ter filhos?". Devem pensar que sou alguma fonte de esperma... e pensam bem! É o que dá ter um par de testículos hiper-produtivos. Não é para todos, meninos!!!!!

Bom, mas a realidade é que, por detrás desta aparentemente inocente pergunta, o que toda a gaja quer realmente saber são duas coisas, nadinha inocentes. Só que eu, profundo conhecedor da psicologia feminina, topo-as logo, e assim sei que, quando elas me perguntam "Gostavas um dia de ter filhos?, na verdade estão a perguntar isto:

1) Para que é que queres ter filhos?

2) Gostavas de me dar uma trancada, inserir a tua preciosa semente no meu útero e engravidar-me?

É, as gajas são mesmo assim, falsas e traiçoeiras! Infelizmente, uma vez que sou comprometido, tenho sempre de dar a volta à questão para evitar responder à subquestão nº 2, mas sou sempre sincero na minha resposta à subquestão nº 1. Eis o que eu faço, quando confrontado com aquela pergunta:

Gaja qualquer: Olá, estás bom? Que tal o Sporting ontem? Olha, gostavas de ter filhos?
Eu: Olá, estou sim. É o maior! Sim, um dia gostava, tenho razões muito fortes para isso, e agora tchau aí, a minha gaja proibiu-me de ser visto com gajas.

Como vêem, uma fuga subtil antes que a subquestão nº 2 entre em acção, e a sinceridade colocada na resposta à subquestão nº1. Tenho, efectivamente, razões muito fortes para desejar ter uma prole com a minha carga genética.

E, afinal, que "razões muito fortes" são essas?

Bem, nunca falei isto antes a ninguém, mas hoje vai. Hoje vou contar aqui, em primeira mão, o porquê de eu querer ter filhos. Todavia, antes disso, exigem-se dois pontos prévios: primeiro, o que eu quero não é ter filhos. O que eu quero é ter UMA CATREFADA de filhos. Segundo, o que eu quero não é ter uma catrefada de filhos de ambos os sexos. O que eu quer é ter uma catrefada de filhos HOMENS. Não por qualquer motivo altruísta de perpetuação da espécie e lenga-lengas afins. As razões por que eu tenho estes desejos vão elencadas abaixo:

1 - Quero ter uma catrefada de filhos homens porque quero, no futuro, ter uma equipa de futebol com quem jogar. Portanto, uns 10 filhos está fixe. Se fizer mais uns 5 ou 6, melhor: sempre dá para formar um banco. Com sorte, os filhos saem ao pai, o que significa que serão dotados de altas capacidades futebolísticas, ocasião em que os inscreverei no Sporting e, aí sim, posso aspirar a ver o Sporting vencedor da Champions League!

2 - Quero ter uma catrefada de filhos homens porque quero, no futuro, gerir uma organização mais ou menos terrorista capaz de mandar a Al-Qaeda à Meca. Com uma brigada de filhos, meto o pé no rabo saudita do Bin Laden, imponho-me aos restantes talibãs e dinamito como deve ser o sistema norte-americano, sem a morte de inocentes nem destruição de propriedade. O mundo tornar-se-á assim um lugar muito melhor (então não? Sem americanos e sem terroristas, só ficará a faltar dar cabo dos benfiquistas para isto se tornar um paraíso!), e eu serei democraticamente eleito líder do planeta.

3 - Quero ter uma catrefada de filhos homens porque quero, no futuro, viver às custas das mães das meninas que casarem com os meus descendentes.

E pronto, é isto. E vocês, para que é que querem ter filhos? Se não tiverem razões melhores do que as minhas, sugiro-vos que façam umas vasectomias...

terça-feira, dezembro 09, 2008

Discussões conjugais: lavar a loiça!

Ahhhhhhhhhhhhh, que bem que soube este fim-de-semana de três dias...

Bom, mas não é sobre isso que venho dissertar hoje. O tema deste post é a autêntica guerra que se tem travado lá por casa, à custa de uma insignificância: o facto de eu, em toda a minha lucidez, me recusar a lavar a loiça.

É assim: não é que eu lave mal. Nem tenho o hábito de partir copos e/ou pratos durante a execução de tão doméstica tarefa. Simplesmente não sou grande apreciador da arte, sobretudo quando está, mesmo ali ao lado, uma máquina que procede à lavagem por mim. O que deixa mais tempo para as coisas que realmente aprecio fazer, como sentar-me em frente à T.V. com uma garrafa de licor Beirão, sacar álbuns manhosos de bandas death metal do Turquemenistão ou - a minha actividade predilecta... - redigir cartas eróticas à Salma Hayek!

Só que a minha gaja não me compreende. Ela exige à força toda que eu lave a loiça suja. Em vez de a enfiar na máquina. Tudo porque "a máquina gasta muita água" e tal! Se isto faz algum sentido...

Ora, por via disto, têm sido geradas algumas discussões, compostas por partes racionais (as minhas) e irracionais (as dela). Mas eu não cedo. Em nenhuma circunstância. Apele ela para aquilo que apelar. Porque do meu lado está a força dos argumentos e a masculinidade, ao passo que do lado dela está a ameaça, a chantagem, o confronto bacoco e o sentimentalismo feminino. Em suma, a minha gaja recorre a todo o género de truques baixos para me forçar a lavar a loiça, porém a minha hombridade resiste e não lhe liga nenhuma! A guerra está, pois lançada, e temo que só acabará quando se verificar uma destas três hipóteses: a) a minha gaja arranja uma justificação racional para que eu lave a loiça (deve ser, deve!); b) eu fujo de casa; c) passamos a ter todas as refeições em loiça de papel.

Não acreditam? Eis a prova, retirada de uma das nossas muitas discussões:

Golpe baixo nº 1: Ofensa pessoal!

Gaja: Vai lavar a loiça, ó mandrião!
Eu: Não vou!
Gaja: És sempre a mesma coisa! Preguiçoso! Calão!
Eu: Cala-te e vai-me buscar a grade de cerveja, que vai começar o Sporting!
(a força do meu argumento convence-a e ela começa a lavar a loiça, isto depois de me trazer a grade)

Golpe baixo nº 2: Ameaça!

Gaja: Vai lavar a loiça!
Eu: Não vou, hoje é a tua vez!
Gaja: 'Tás bêbado?! Tenho sido eu a lavar nos últimos 34 dias!
Eu: Então, a prática faz a perfeição. Continua, tens todo o meu apoio!
Gaja: Grrrrr... VAI JÁ LAVAR A LOIÇA, SENÃO EU PARTO TODOS OS TEUS CDS!
Eu: Cala-te. Eu fechei à chave a porta do escritório!
(a força do meu argumento convence-a e ela começa a lavar a loiça)

Golpe baixo nº 3: Chantagem emocional!

Gaja: Vai lavar a loiça!
Eu: Não vou, doem-me as mãos!
Gaja: E eu?!?! A mim dói-me o corpinho todo! Estou cansada do trabalho! Das aulas! Dos transportes públicos! Da tua falta de solidariedade! Buu-uhhhhh!
Eu: Olha, se queres chorar, vai para a casa-de-banho, que é para eu não te ouvir.
(a força do meu argumento convence-a e ela começa a lavar a loiça, interrompendo de vez em quando a tarefa para enxugar as lágrimas)

Golpe baixo nº 4: Chantagem sexual!

Gaja: Vai lavar a loiça!
Eu: Não vou, tenho de ir ao site da Playboy!
Gaja: Vai JÁ lavar a loiça, ou esta noite não há sexo para ninguém!
Eu: Pffff... deixa estar, vou passar a noite a escrever cartas à Salma!
(a força do meu argumento convence-a e ela começa a lavar a loiça)

Cá está! Homem que é homem não cede aos truques de baixo nível invocados pelas mulheres. Continuo a resistir! Lavar a loiça é que não!!!! Jamé!

sábado, dezembro 06, 2008

Epá, também não era preciso levarem a coisa tão à letra...

Quando a Manuela Ferreira Leite sugeriu, ironicamente ou não, que se devia suspender a democracia por seis meses, nunca pensei que as coisas chegassem a este ponto: ontem, no parlamento, 30 deputados do PSD tentaram pôr a teoria em prática e resolveram suspender a democracia por um dia!...

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Resposta a Luís Filipe Menezes, esse garanhão.

Luís Filipe Menezes, esse nome incontornável da política nacional, veio dizer que a actual direcção do PSD, encabeçada por Manuela Ferreira Leite, é a pior de sempre da história do partido.

Eu, que sempre fui anti-PSD (e PP, e PS, e PCP, e BE, e PNR, e PND, e PCTP/MRPP, e... hmmm, quantos partidos é que existem cá?!!?!?), não tenho razões para apoiar a senhora ex-ministra da Educação e das Finanças. Se o Luís Filipe Menezes, essa luminária, diz que a MFL é uma péssima líder, quem sou eu para duvidar? Se o Luís Filipe Menezes, esse distinto homem, diz que a presente direcção é a pior de sempre, que tenho eu a ver com isso?

Mas há aqui uma coisinha que me leva a responder ao "homem do Norte": ouve lá, caralho, tu também estiveste lá, não foi? E só fizeste merda, não foi? E foste corrido, não é verdade? E ficaste com azia, certo? E o PSD só desceu nas sondagens, foi mal-visto, ridicularizado e desprezado, quase como na era Santana Lopes, correcto? Então com que caralho de autoridade tu vens falar de uma merda dessas, pá?! Deixa lá estar a senhora "o-melhor-era-suspender-a-democracia-por-seis-meses"! Ela mesmo sendo a pior líder de sempre do PSD consegue ser melhor do que tu. Isto é: tu, para seres o pior, ainda tinhas de evoluir muito, carago. Vai lá mas é pedir ao Ribau que te lamba o rabo, enquanto tu lambes o rabo ao Pinto da Costa e sonhas em ir ao rabo ao Rui Rio (leitores, por favor: experimentem dizer esta frase 3 vezes seguidas, muito depressa - acho que inventei aqui um belíssimo trava-línguas!). Vê se deixas o PSD afundar-se em paz, e abandona o barco como o rato que és, pá! Foda-se!


P.S.: Bom, fiquei mesmo impressionado com o trava-línguas apresentado atrás. Vamos formalizá-lo? Vamos! Digam lá, muito depressa:

"O Luís Filipe Menezes pede ao Ribau que lhe lamba o rabo, enquanto lambe o rabo ao Pinto da Costa e sonha em ir ao rabo ao Rui Rio."

Fantástico, não é? Afinal, a política portuguesa ainda se presta a coisas giras!...

quinta-feira, dezembro 04, 2008

5 Coisas em que, inexplicavelmente, não sou levado a sério

Normalmente, não sou levado a sério em assunto nenhum. Isto porque, normalmente, não falo a sério sobre assunto nenhum. Excepto os cinco que se seguem abaixo. E eu, na minha ingenuidade, não percebo por que razão sou desrespeitado quando os trago à liça. O que me choca e entristece, pois aparentemente todos os cinco temas são de fácil compreensão. Ei-los:

1 - O Sporting é o melhor clube do mundo!

Defesa da minha posição: O Sporting pode não ser o clube que mais ganha, que mais adeptos tem, entre outros pormenores, mas é o melhor clube do mundo porque é o mais irreverente, o que melhores jogadores forma, o que tem o futebol mais atraente e jovial e, como se não bastasse, o que tem fãs mais giras (Isabel Figueiras, Marisa Cruz...)!

Reacção das outras pessoas: "Alguém chame um psiquiatra, está aqui um indivíduo que sofre de problemas mentais!"

2 - Os americanos são culpados de todos os males do mundo!

Defesa da minha posição: Não preciso! A afirmação é auto-evidente.

Reacção das outras pessoas: "Você é um comuna, um Louçã, um Bin Laden."

3 - A Filosofia portuguesa não existe!

Defesa da minha posição: Se Eduardo Lourenço, Manuel Maria Carrilho ou José Gil são filósofos, então o meu cão é o Descartes.

Reacção das outras pessoas: "Iconoclasta! Bandido! Inimigo da cultura portuguesa!"

4 - O Alberto João Jardim é um rinoceronte!

Defesa da minha posição: Alberto João Jardim é gordo, cheira mal e grunhe.

Reacção das outras pessoas: "Alberto João não é nenhum rinoceronte. Isso é um insulto cobarde! É óbvio que o Dr. Jardim é, isso sim, um hipopótamo!"

5 - Eu sou um homem extremamente sensual!

Defesa da minha posição: As gajas não me largam a braguilha.

Reacção das outras pessoas - gajos: "Ahahaahahaahahahahahaahahahah"
Reacção das outras pessoas - gajas: "Ahahahaaahahahahahaahaahahaah"

Quer dizer, parece-me claro que todos estes 5 pontos são verdades absolutas, mas infelizmente sou o único a apreendê-las. Até quando serei votado ao mais vil desprezo? Quanto tempo mais demorará a lucidez a invadir as mentes do resto do mundo? É triste ser o único ser vivo no planeta provido de bom senso...

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Obrigado, Fnac! Vai à merda, Fnac!

Depois de anos, anos, anos e mais anos à espera, finalmente vejo lançados em DVD os 12 magníficos episódios da melhor série portuguesa de humor de todos os tempos: O Tal Canal! Quando ouvi a notícia pela primeira vez, tive um orgasmo. Quando a confirmei, tive outro! E quando vi o DVD nas estantes da Fnac, tive ainda outro... até que vi o preço!!!!

Pois é, o preço, pois é... 35 EUROS por um DVD simples só com 12 episódios não é roubo, é assassínio. Por praticamente o mesmo preço, adquiri a colecção completa dos Monty Python!

Fiquei decepcionado, é óbvio. Mandei um peido dentro da Fnac, em protesto, e vim-me embora sem O Tal Canal. Assim não há fã que resista, e assim não vale a pena os artistas, as editoras e sei lá mais quem queixarem-se dos downloads ilegais. Vão levar todos na peida, pá!

terça-feira, dezembro 02, 2008

Conselho musical (pesado) do Peter of Pan

O

Aviso: este post contém ordinarice explícita!


Há uma banda... há uma banda que me deu a volta à cabeça, vai já para cerca de dois anos. É um segredo bem guardado do metal nacional... e que segredo! Para muitos tolinhos, isto pode parecer uma conjugação infernal ("música portuguesa + metal?!? Fooooda-seeeeee! Já agora, o Carlos Queiroz é bom treinador, não?!"), mas os melómanos mais exigentes compreenderão as suas virtudes.

Vou então falar um bocadinho da banda... que banda!!!! São portugueses, como já referi, e denominam-se Hyubris, termo grego a significar algo como ofensa cometida contra os deuses, e que veio a degenerar na concepção mais familiar de "pecado". Os Hyubris praticam folk-metal, que é um subgénero da música pesada ligado - como o nome deixa transparecer - a elementos folk. Normalmente, os grandes nomes desta onda são nórdicos, irlandeses ou até mesmo alemães. Porém, a banda mais fixe são mesmo os Hyubris, caralho! Eles fazem um folk de gente grande, e um gajo às tantas não sabe se há-de andar à biqueirada, ao mosh ou dançar como um duende possuído pelo espírito de um druída. É mesmo música à maneira, e quem cospe para o chão ao escutá-los deveria ser castigado com uma oferta de todos os cds do Tony Carreira.

É por essa razão que deixo a todos os leitores um conselho: ouçam-nos, caralho! Foda-se! Caralho! Foda-se! Ouçam-nos à exaustão! Vão aos concertos! Comprem os cds! Esperem pelo próximo, que é suposto sair em Fevereiro do próximo ano! Aprendam a gostar de música de verdade, caralho!!!! Música com guitarras distorcidas! Com flautinhas! Com vozes soprano! Com blastbeats! Com gaitas de foles! Que mais querem, caralho? É MÚSICA mesmo música, daquela à maneirex. Ouçam! A ver se os Hyubris deixam de ser apreciados por uma minoria lúcida. Coloquem-nos nos tops! Exportem-nos! E mandem foder os U2, os Coldplay, os Oasis, e demais bandinhas da treta! Por uma vez que seja, escutem um bom som.

É isto, caralho. Já agora, passem pela página dos Hyubris no myspace. Aqui.


P.S.: Não, não sou membro da banda. Nem ganho à comissão. Sou fã, nada mais, foda-se, caralho, foda-se!