terça-feira, outubro 27, 2015

Ganda molha, ó pá!

Fui enganado, ontem.

O dia levantou-se até animador, com um céu azul pontilhado aqui e ali por umas fofinhas nuvens brancas. Arrisquei e levei a bicicleta para o trabalho, até porque quando finalizasse o expediente, tinha de ir aqui e ali por Lisboa resolver umas cenas.

Claro que a partir das 18 horas, mais coisa menos coisa, tinha de cair uma daquelas chuvadas. Nem o meu casaco ultra-xpto-para-andar-de-bicicleta-comprado-caríssimo-aí-uns-5-euros-no-Lidl serviu para atenuar a valente molha que apanhei. Fiquei em estado líquido, verdadeiramente. Mais molhado do que o pito de uma adolescente em dia de concerto dos One Direction. Cheguei a casa a pingar e os meus pés pareciam couves velhas.

E há uma coisa que eu tenho de apontar. Fónix, está bem que caiu água c'mó caraças, mas ajudaria uma beca que as estradas de Lisboa fossem menos esburacadas. Não percebo: sempre e sempre em obras, mas chove e é a mesma merda. Lisboa transforma-se numa piscina, até admira que não tenhamos mais nadadores a lutar por medalhas nos jogos olímpicos quando temos o mar aqui ao pé do território nacional e as águas da chuva tão dentro dele. Ali a zona do Saldanha dava na boa para servir de refúgio aos golfinhos que um dia decidam abandonar o estuário do Sado, e o cruzamento da Marquês de Tomar com a Av. de Berna parecia a fossa das Marianas, mas com uma beca de mais água. Pá, se é para isto que o ex-presidente da Câmara da capital António Costa vai ser primeiro-ministro de um governo de esquerda, podemos esperar nada mais nada menos do que o regresso de Portugal ao seu passado marítimo, onde naus atracadas no Lumiar levantam ferro para levar a reforma agrária ao Alentejo profundo.

A minha bicicleta ficou muito bem lavadinha, contudo...

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