quarta-feira, junho 23, 2010

Balanço da minha ida ao dentista

Correu tudo muito bem, obrigado, não cheguei a estar muito tempo de boca aberta, o guito que tive de desembolsar também não foi assim por aí além, embora eu pessoalmente ache que teria sido mais bem empregue em CDs, a dentista foi simpática e não se pôs com comentários parvos, nem eu, porque afinal tinha uma broca na boca, e ter uma broca na boca inibe qualquer um, o que me faz pensar se não seria uma excelente ideia enfiar uma broca pela goela do José Sócrates abaixo.

Outra ideia excelente, magnífica até, era fazer um Concerto para Vuvuzela e Broca. Tenho pena por o grande Stockhausen já não estar entre nós, porque se havia homem capaz de passar esta minha ideia para pauta, esse homem era ele. Tenho mais pena ainda de não perceber puto de composição, porque se há homem capaz de passar esta minha ideia para pauta, esse homem sou eu - só que infelizmente não sei distinguir uma semínima de uma clave de Fá. Contudo, não me custa afirmar que um tal Concerto para Vuvuzela e Broca seria uma obra de vanguarda que romperia barreiras musicais, estéticas e sonoras. Já estou a imaginar os melómanos no CCB, na Gulbenkian, ou mesmo no Coliseu dos Recreios a escutar uma orquestra composta de vuvuzeleiros e broqueiros... que maravilha! Os otorrinolaringologistas haveriam de esfregar as mãos de contentes.

Já agora, digo-vos que, no meio da intervenção dentária, tive uma espécie de epifania. Enquanto me tratavam da boca, vi imagens de 11 jogadores vestidos de camisolas às riscas verdes e brancas festejando a conquista da Liga dos Campeões. E eu estava lá no meio, com um cachecol que dizia "O Sporting é lindo como duas mamocas daquelas bem redondinhas", a celebrar junto de outros adeptos leoninos, entre os quais se encontravam a Monica Bellucci, a Elizabeth Hurley de há 15 anos atrás e a Manuela Ferreira Leite depois de uma cirurgia estética bem sucedida que a deixou com o corpo da Mia Farrow na epoca do Rosemary's Baby, mas mais cheiinha, ou seja, mais boa. Das duas, uma: ou tratou-se de uma premonição, como aquelas que os malucos têm, e o Sporting vai mesmo conquistar aquele caneco, ou era um efeito secundário da anestesia. Seja como for, foi um momento belíssimo.








(esperem lá: mas eu não levei anestesia... devo ser mesmo maluco)

1 comentário:

Ilda disse...

Tinhas duvidas???