Gosto muito do Walking Dead. No geral, gosto muito de toda a ficção relacionada com zombies, por razões que já tive oportunidade de exprimir aqui. Porém, eu era a excepção lá por casa. A gaja não gostava nada deste género de histórias. Tremia só de pensar em zombies. Achava tudo grotesco. Não queria ver o Walking Dead porque aquilo era só mortos, sangue e violência. Ainda a quis chamar à atenção, dizendo-lhe que "não, a série não é só coisas boas. Também tem uma componente emotiva muito forte e explora as relações entre as principais personagens". Ela não acreditou.
Mas lá foi vendo um ou outro episódio. Virando a cara aqui e ali nas cenas mais gore, conseguia aguentar até ao final. E assim, como quem não quer a coisa, viu quase a segunda temporada toda. E quando começou a terceira, lá estava ela, a meu lado no sofá, à espera que o episódio arrancasse. Se o puto chorava no meio, ela ia lá, de dedo em riste, e lançava um "CHIU! Cala-te que eu estou a ver o Walking Dead". E regressava, rápida, para o seu lugar em frente ao televisor.
E hoje em dia, não quer outra coisa. Ela abdica das telenovelas da SIC e da TVI para ver o Walking Dead. Ela já vai à minha frente no acompanhamento da série, pois fiquei impossibilitado de ver os últimos dois episódios. Episódios que ela já viu! Ontem, no final da emissão, ficou chateada. "Oh, já acabou", disse ela. "Quero mais. Já!". Está tão agarrada áquilo... duvido que um agarrado do Casal Ventoso, na época de ouro desta localidade enquanto paraíso do agarradismo lisboeta, exibisse a quantidade de sinais de privação que exibe a minha gaja quando um episódio do Walking Dead chega ao seu término.
É isto que eu não percebo. Como pode uma pessoa que abominava um certo estado de coisas passar a sacralizar esse mesmo estado de coisas em tão pouco tempo? A gaja, que tão maldizia os zombies, agora parece um zombie a olhar para os zombies. Eu não quero nem pensar no que vai ocorrer daqui a duas semanas, quando der o último episódio desta terceira temporada e a série entrar em pausa. Temo pela saúde dela. E, sobretudo, pela minha.
Conclusão: criei um monstro. A aluna já supera o professor. Grão a grão, enche a galinha o papo. Ah, este último dito não tem nada a ver para o caso. Bem, não interessa. Vocês percebem-me. Nunca mais digo a ninguém para ver o Walking Dead...
Mas lá foi vendo um ou outro episódio. Virando a cara aqui e ali nas cenas mais gore, conseguia aguentar até ao final. E assim, como quem não quer a coisa, viu quase a segunda temporada toda. E quando começou a terceira, lá estava ela, a meu lado no sofá, à espera que o episódio arrancasse. Se o puto chorava no meio, ela ia lá, de dedo em riste, e lançava um "CHIU! Cala-te que eu estou a ver o Walking Dead". E regressava, rápida, para o seu lugar em frente ao televisor.
E hoje em dia, não quer outra coisa. Ela abdica das telenovelas da SIC e da TVI para ver o Walking Dead. Ela já vai à minha frente no acompanhamento da série, pois fiquei impossibilitado de ver os últimos dois episódios. Episódios que ela já viu! Ontem, no final da emissão, ficou chateada. "Oh, já acabou", disse ela. "Quero mais. Já!". Está tão agarrada áquilo... duvido que um agarrado do Casal Ventoso, na época de ouro desta localidade enquanto paraíso do agarradismo lisboeta, exibisse a quantidade de sinais de privação que exibe a minha gaja quando um episódio do Walking Dead chega ao seu término.
É isto que eu não percebo. Como pode uma pessoa que abominava um certo estado de coisas passar a sacralizar esse mesmo estado de coisas em tão pouco tempo? A gaja, que tão maldizia os zombies, agora parece um zombie a olhar para os zombies. Eu não quero nem pensar no que vai ocorrer daqui a duas semanas, quando der o último episódio desta terceira temporada e a série entrar em pausa. Temo pela saúde dela. E, sobretudo, pela minha.
Conclusão: criei um monstro. A aluna já supera o professor. Grão a grão, enche a galinha o papo. Ah, este último dito não tem nada a ver para o caso. Bem, não interessa. Vocês percebem-me. Nunca mais digo a ninguém para ver o Walking Dead...
1 comentário:
Epá aquilo é viciante...
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