As minhas idas a casas de banho públicas andam a ficar demasiado, enfim, disparatadas. Há poucos minutos dirigi-me a uma, encontrei um amigo e ficámos uns bons minutos a discutir filosofia moral e a possibilidade de fundar uma ética assente na ausência de bases normativas. Não foi a primeira vez que estabeleci conversa filosófica num WC, mas poucas vezes terão sido tão produtivas quanto esta.
Durante este diálogo, porém, uma terceira pessoa entrou no espaço e ficou a olhar para nós os dois como se fôssemos subcomissários da PSP de Guimarães. De certeza que este gajo subscrevia a tese de que não é possível haver moral nem normatividade. Só isso explica que se tenha fechado num cubículo e desatado a soltar gases. É o recurso daqueles que não têm argumentos...
Eu e o meu amigo fomos às nossas mijinhas, lavámos as mãos e continuámos a discussão fora dali. Mas ambos sentimos que se perdeu qualquer coisa. Há um certo je ne sais quoi nos WC que puxa à especulação filosófica. E como extra, podemos limpar o colón e a bexiga.
Começo a pensar que a casa de banho contemporânea pode - e deve (olha, normatividade!) - funcionar como um análogo da ágora ateniense.
Eu e o meu amigo fomos às nossas mijinhas, lavámos as mãos e continuámos a discussão fora dali. Mas ambos sentimos que se perdeu qualquer coisa. Há um certo je ne sais quoi nos WC que puxa à especulação filosófica. E como extra, podemos limpar o colón e a bexiga.
Começo a pensar que a casa de banho contemporânea pode - e deve (olha, normatividade!) - funcionar como um análogo da ágora ateniense.
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