sexta-feira, fevereiro 26, 2010

É que até já tinha saudades!!!

Não me recordava mais da última vez que o Sporting tinha vencido uma partida, só sei que havia sido há muito tempo atrás. Mas ontem, finalmente, ganhámos! Ganhámos?!? Não: cilindrámos, arrasámos, atropelámos os bifes do Everton, com essa particularidade espectacular que ainda dá mais valor à coisa que é a de tal equipa contar com um guarda-redes amerdicano. Foi tão lindo e só tenho pena de não ter visto este recital ao vivo.

Tudo correu bem, portanto, e até o Djaló foi capaz de não jogar muito mal. Ou muito me engano, ou o Sporting a partir de agora vai engatar. Somos muito bem capazes de ainda virmos a lutar pelo título e, por que não, a conquistar o mesmo! [por favor, não se riam, está bem?!?]

A vitória sportinguista encheu-me de um entusiasmo tal que fui tentar enfiar no meu leitor de mp3, com capacidade para 4 Gb, todos os cds que possuo dos Paradise Lost (mais de 50, e tudo original, que eu cá sou incapaz de piratear a minha banda predilecta). Noutro dia, eu acharia tal acto impossível de cumprir, não só pelo tempo que demoraria a executar a trasladação, como também porque, à partida, não se pode enfiar o Rossio na rua da Betesga, o que é dizer: dificilmente uma discografia tão extensa como a daquela maravilhosa banda caberia num leitor de mp3 com baixa capacidade de armazenamento. Mas ontem, inchado pela vitória do SCP, eu sentia-me capaz de tudo e fiquei até às 3 da manhã a transferir as músicas, para desgosto da gaja que, abandonada no leito, só clamava "Por que é que não te vens deitar? Por que é que não vens despejar o teu entusiasmo em mim? Por que é que só queres saber dessa banda? Eles até são ingleses! Ao menos eu sou portuguesa! E tenho mamas!!!". Enfim, é muito eloquente, a minha gaja...

Bom, resta-me dizer que completei a tarefa e, espanto dos espantos, coube tudo. Agora ando todo contente pela rua com os fones enfiados nos ouvidos enquanto escuto o zénite da música, revelando um sorriso nos lábios que expressa claramente que sim, sou lagarto e sim, ontem espetámos 3 bifas nos bifes e sim, o mundo é belo e isso inclui a Madeira pós-tempestade.

E já vos disse que sempre gostei muito do Miguel Veloso?!?

Bom fim-de-semana e ouçam muito heavy metal enquanto assistem aos jogos do Sporting.

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Alberto João, seu cabrão, tu não és um Jardim, és um poço de estupidez sem fim

Uma das maneiras de chamar a atenção do motor de pesquisa do Google é colocar, explícita ou implicitamente, no nosso site palavras-chave ou expressões que sabemos serem muito buscadas pelos utilizadores. Mas não é sobre isto que venho falar hoje e sim sobre o negacionismo de Alberto João Jardim e José Sócrates sobre o recente desastre que se abateu sobre a Madeira.

Ora, todos nós sabemos [mamas] o que se passou na Madeira. Tratou-se de um desastre [cu] repetidamente transmitido pelos canais de televisão [pachacha]: mortos, desaparecidos, feridos, casas destruídas, ruas intransitáveis [lesbianismo]. Porém, do lado da despedaçada ilha da Madeira parece haver dois discursos, nenhum dos quais perceptível, pois afinal ninguém [pornografia hardcore] percebe o sotaque madeirense.

Um dos discursos, destinado aos governantes do Continente [bondage e sodomia] refere que o que se passou na Madeira foi uma calamidade e que a ilha precisa de ser reconstruída [grelo todo aberto com uma vara de cinco metros lá enfiada], discurso esse aliás que foi respondido pelo governo com a anulação do finca-pé sobre a Lei das Finanças Locais e pela União Europeia [sexo por detrás e pela frente] com o prometido envio de 75 milhões de €uros ou coisa que o valha. O outro discurso, porém, pretende contradizer aquele [cumshot mesmo no meio dos olhos] em duas vertentes: primeira [lábios vaginais puxados para os lados], nega-se o número de mortos. Se as entidades oficiais falam em 42, ou mais, o Alberto João fala em 39 ou menos. Tudo para menorizar a destruição [todas as posições do kamasutra com duas irmãs de 18 anos] que assolou a ilha e para salvaguardar a imagem desta junto dos turistas internacionais. Pode-se pensar que o Alberto João age assim por respeito para com os turistas [spooning agarrando-lhe as tetas], mas é aqui que entra a segunda vertente do discurso negacionista: Alberto João e José Sócrates não querem declarar o estado de calamidade na Madeira [clítoris] porque se o fizessem teriam de pagar indemnizações [broche] aos turistas apanhados pelo mau tempo.

Conclui-se assim que os truques de linguagem [minete feito a uma morena por uma loira] são um instrumento essencial da vida política portuguesa, incluindo a madeirense [sexo à espanhola]. Por um lado, quer-se fazer crer que o apocalipse chegou à pérola do Atlântico [cruzar de pernas com um vibrador enfiado no rabo], visível nos pedidos de ajuda. Por outro lado, quer-se demonstrar, para efeitos de imagem internacional, que está tudo bem e [ménage a trois] a vida continua.

Já estávamos habituados a que os políticos [chuchar nos bicos dos seios] estivessem mais preocupados com as aparências, à maneira do famoso ministro da Defesa iraquiano, do que em despertar para a realidade [dupla penetração]. Mas o que é novo na situação da Madeira [face sitting] é a convivência, em simultâneo, de duas hiper-realidades antagónicas: a destruição imensa que varreu toda a população [sadomasoquismo com uma milf] e a ideia de que o melhor é as pessoas circularem pois não há nada para ver. Que filhos da puta! [vagina rapada]

E pronto, era isto. Até amanhã. [hímen rompido por um tassalho de 30 centímetros]

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Falar sobre coisas sérias: alcoolismo

Imagem retirada de um sítio qualquer da www.
Digam lá se não apetece saltar ali para dentro...

Sou comummente chamado de alcoólico por amigos, colegas de trabalho e até pela minha própria companheira. Se eu me chamasse José Sócrates, reputaria tal acusação de ignomínia, infâmia e e arranjaria uma teoria da conspiração para escapar com o rabo à seringa. Mas não, eu não sou o primeiro-ministro e tão-pouco gosto de fugir ao debate. A verdade verdadinha é que eu não sou alcoólico. Eu apenas gosto do sabor da bebida, o que é algo completamente diferente. Uma coisa é gostar de beber, outra é ser dependente da bebida.

Se querem uma comparação para melhor entender a distinção, ei-la: há pessoas que gostam de crianças, e há pessoas que são pedófilas. As pessoas que gostam de crianças são normais; as pessoas pedófilas são padres. Portanto, nada de confusões!

Um tipo, como eu, que gosta de beber só com muita má fé pode ser taxado de alcoólico. Porque não sou, de maneira nenhuma, dependente do álcool. Eu consigo até ficar duas horas seguidas sem beber uma pinga! Na minha visão (que por vezes consegue ser um bocado turva), um alcoólico é alguém que não larga por nada deste mundo a sua garrafa de líquido. Ora, eu consigo muitas vezes estar longe da garrafa, desde que esteja perto de uma lata, de um garrafão, de um barril ou de um alambique. Se classificam de alcoólico alguém assim, então têm de chamar aqueles que bebem água todos os dias de H2Ólicos.

Admito que já passei por algumas bebedeiras. Sim, eu também já fui adolescente, que pensam? Contudo, ao contrário daquilo que muitos ébrios narram - perda de consciência, falta de memória, delírios, etc. - eu quando ficava bêbado mantinha a minha lucidez, pelo que nunca fazia figuras tristes. Ia várias vezes ao grego, ai pois ia, mas nunca vomitei pevides pelo nariz, ao contrário de certas pessoas que eu cá conheço; nunca me deu vontade de mijar contra um poste, nem vieram ideias de me despir no meio da rua em pleno Inverno, como fez o meu amigo (!!!) Richa; cheguei a dormir debaixo de uma varanda (e sabia que estava a fazê-lo!), mas nunca me deitei só em cuecas ao lado do Paulito na cama de casal dos pais deste, como fez o meu outro amigo (!!!) Joca. O mais ultrajante que fiz foi bater às portas de um Convento e gritar "Quero freiras, quero freiras", mas não tinha bebido mais do que duas cervejas nessa noite...

Mesmo estes episódios de sereno desvario desapareceram quando entrei na idade adulta, o que pelas minhas contas ocorreu há cerca de três meses atrás. Agora, o máximo a que chego quando estou em momentos de boa disposição etílica é dizer coisas como "O Sporting vai ganhar a Liga dos Campeões na próxima época, vão ver", ou "Se enfiassem um saco preto na cabeça da Manuela Ferreira Leite, ela até se tornaria numa mulher por quem valeria a pena um homem apaixonar-se", ou ainda "Pá, camandro, estou a ver recuperações económicas à minha frente". Alguma vez isto são comportamentos típicos de um alcoólico?! Não acho...

E agora despeço-me porque tenho ali uma garrafinha de vinho branco à minha espera. Até amanhã e bebam quanto baste.

terça-feira, fevereiro 23, 2010

Lúcidos comentários acerca de Deixa-me entrar


Pá, alguém viu ontem a estreia do Sinais de Fogo?!?! Juro que temi pela saúde do meu televisor: são poucas as coisas que aguentam levar simultaneamente com doses tão grandes de bazófia e arrogância, pois se há duas pessoas que têm bazófia e arrogância de sobra, elas são o José Sócrates e o Miguel Sousa Tavares. Estivesse lá o Mourinho e aposto que o planeta afundar-se-ia sobre si próprio.

Mas não é sobre o programa de entrevistas do autor de Equador que quero falar. É sobre algo muito mais simpático: o filme sueco Deixa-me entrar.

Pelo título, os menos avisados podem ficar a pensar tratar-se de uma película pornográfica, mas não. O nome original também não ajuda lá muito: "Lat den rätte komma in", o que poderia ser traduzido por "Deixa-me ir-te à rata", ou por "Leite de rata como-a eu", ou até por "Vira para cá esse cuzinho". Pronto, está bem, este último já é um poucochinho exagerado e nada tem a ver com o original sueco, nem em termos fonéticos.

O filme não é pornográfico. Nem erótico. É, isso sim, um filme sobre vampiros, mas nada de coninhices como os da saga Crepúsculo. A coisa é bem mais profunda: Eli é uma criança que sofre de vampirismo, e isto, ao contrário do que outros procuram evidenciar, pouco tem de romântico (olá, Pattinson, olá, amiguinhas que se babam pelo Pattinson). Ao mudar-se para um novo bairro, acaba por conhecer Oskar, um rapaz filho de pais separados e maltratado na escola; são, pois, dois jovens inadaptados que descobrem, no meio dos seus problemas, nascer uma amizade e cumplicidade. Mesmo que Eli padeça de uma doença grave, que a obriga a alimentar-se de sangue humano.

Deixa-me entrar é um filme de vampiros diferente, porque não é bem um filme de terror, muito menos uma palhaçada para entreter adolescentes. É mais um drama com pitadas de horror pelo meio, e isto porque a abordagem ao tema é feita de forma humana. Já que estamos com cinema originário da Suécia, imaginem que o Ingmar Bergman resolvia fazer um filme sobre vampiros e não estarão muito longe daquilo que caracteriza Deixa-me entrar. Porém, mesmo sendo um drama sobre a existência humana, em particular sobre a angústia de ser jovem e incompreendido, é um filme com tomates, e se metessem numa jaula de combate a menina Eli e o totó Pattinson, não tenho a menor dúvida em quem é que apostaria o meu dinheiro: no Miguel Sousa Tavares!

(Não, agora a sério, seria na Eli, claro!)

Se puderem, vejam o filme. São cerca de duas horas bem passadas e que não defraudam o espectador. E se depois quiserem algo mais animadito, então passem pela segunda melhor coisa que veio da Suécia, logo a seguir às mamas das suecas:




Até amanhã e boas mordidelas

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

As minhas sociedades portuguesas

Deparei com uma reportagem na SIC sobre a revelação, no Reino Unido, de documentação relativa a supostas aparições de objectos voadores não identificados em solo de sua majestade. Os repórteres, numa atitude de "encher chouriços", resolveram ir falar com dois mocinhos para os auscultarem acerca da importância de tal notícia que, como devem calcular, é imensa, quase tanto quanto informar acerca do estado da roupa interior da primeira dama Maria Cavaco Silva.

E quem eram os dois mocinhos, quem eram?! Não sei, não lhes fixei os nomes, mas fixei em nome de que associação eles falavam. Os dois mocinhos, que andavam na casa dos 20 e ainda tinham acne, além daquele ar de nerd, típico de gente que nunca abandonou o quarto durante a sua existência (portanto, são virgens, embora as mãos já não o sejam...), pertenciam à Sociedade Portuguesa de Ovnilogia.

Sim... Sociedade Portuguesa de Ovnilogia. Pessoalmente, desconhecia a existência disto no nosso país. Sempre me convenci da profundidade da idiotice nativa, da estupidez lusa, da parvoíce tuga. Mas não calculava que a grunhice atingira níveis organizativos tão elevados patentes numa assim denominada Sociedade Portuguesa de Ovnilogia, que pelo nome faz o Grande Oriente Lusitano parecer uma brincadeira de aventais (no fundo, é-o mesmo!).

É claro que, quando eu vejo coisas parvas no meu país - e a Sociedade Portuguesa de Ovnilogia é, certamente, uma coisa parva -, penso sempre para comigo: "Mas ainda é possível ser mais parvo, não é?!" e desafio-me para tentar superar aquela notável fasquia. Nem sempre consigo, é verdade, mas como em muita coisa na vida, o gozo está em meter as mãos na massa e ir à luta, independentemente de se alcançar ou não o resultado previamente desejado. Foi assim que comecei a pensar em Sociedades Portuguesas que eu próprio fundaria, e que se deveriam caracterizar pela sua inenarrável estultícia. Acabaram por vir estas a lume:

Sociedade Portuguesa de Largar o Tijolo. Se uma Sociedade Portuguesa de Ovnilogia se debruça sobre alegadas aparições de Ovnis e analisa o seu impacto, as suas origens na galáxia de Lguon e as cores dos seus tripulantes, uma Sociedade Portuguesa de Largar o Tijolo lançar-se-ia em apuradas investigações sobre a qualidade dos tijolos largados pelos portugueses, o meio ambiente em que são largados (casa? trabalho? centros comerciais?), a alimentação que lhes está na base, a densidade das fibras, a presença ou não de laxantes e assim por diante. Um membro da Sociedade Portuguesa de Largar o Tijolo converter-se-ia, então, num especialista da defecação no nosso país, algo que desde logo, tento em conta a quantidade de merda que se produz em Portugal, o tornaria numa autoridade mundial na área.

Organização Lusitana "então e a merda deste tempo, hã?!". Poucas coisas dizem "Portugal" como a irritante conversa sobre o estado do tempo. Nós podemos estar no local de trabalho, num almoço de família, num táxi a caminho do aeroporto, no jardim da Estrela a ver sites porno no nosso portátil: há-de sempre haver alguém a vir junto de nós para proferir aquelas palavritas: "então e a merda deste tempo, hã?!". Sendo esta uma atitude tão transversal, nada melhor do que criar uma associação que junte estes camelos indivíduos. Desta forma, eles ficam à vontade para tecer considerações atmosféricas uns com os outros. Estou mesmo a imaginar as reuniões:

- Então, senhor S., já viu a merda deste tempo?
- Sim sim, dona P. Uma merda. E viu o tempo ontem?
- Então não, senhor S.?! Uma merda! Ó doutor J., que tempo estão a prever para amanhã?
- Uma merda, dona P.
- Obrigado, doutor J. Está a ver, senhor S.? Então e a merda deste tempo, hã?

Sport Lisboa e Benfica. Pensei em criar um clube parvo com uma designação igualmente parva, mas só depois me lembrei que já existia...

Enfim, não sei se estas três organizações ultrapassam, em tontice, a dita Sociedade Portuguesa de Ovnilogia, ou mesmo o Partido Socialista, mas foram esforços sinceros nesse sentido. O que acham vocês?

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Meus amigos, isto é inacreditável (2)

Ontem, contei a história da repartição de finanças que efectivamente funcionava. Hoje, aconteceu-me algo quase tão inacreditável: vi uma cena de quase pancadaria na estação do comboio e não me fui meter ao barulho!

Para perceberem melhor esta inaudita conduta, narro-vos três singelos episódios retirados da minha biografia.

Episódio 1. Algures nos anos 90 do século XX. Um campo de futebol. Duas equipas jogam uma contra a outra. Eu pertenço a uma das equipas. Há uma jogada mais ríspida entre um meu companheiro de equipa e um jogador adversário e, quais Brunos Alves dos subúrbios, começam à batatada um com ou outro. Eu resolvo meter-me na bagunça para separar as águas, mas enquanto separo os dois contendores e grito "Acalmem-se, c"#$lho, vamos jogar à bola", espeto uma pêra em cada um.

Episódio 2. Também algures nos anos 90 do século XX. A estação de metro do Campo Grande. Um homem discute rispidamente com a mulher (pelo menos, eu acho que era a mulher...). A discussão evoluí depressa para o sopapo. A mulher grita. Não há nenhum segurança por perto. Eu resolvo intervir e chego-me junto do marmanjo. Olho de alto para baixo (é a vantagem de ter mais de 1,80m) e digo, com voz grossa: "Ó meu filho da puta, levantas outra vez a mão e eu f*do-te a boca toda à biqueirada". O gajo ainda responde qualquer coisa, mas não consegue aguentar a ameaça e lá se acalma. Ele e a mulher apanham o metro (curiosamente, o mesmo que eu iria apanhar) e lá fazem a viagem normalmente.

Episódio 3. 1 de Janeiro de 1998. Uma praia qualquer na Ericeira. Estou a comemorar a passagem de ano com um grupo de amigos. Deslocamo-nos da praia para um bar qualquer. Eu tenho um atacador desapertado e paro para atá-lo. Os meus amigos continuam a marcha. Nisto, vejo vir contra mim uma nuvem com uns 6 ou 7 tipos à pêra uns com os outros. Aquilo mais parece uma manada à solta. Já estão em cima de mim quando acabo de atar o raio do ténis. Impossibilitado de fugir, só tenho uma solução: envolver-me na refrega. A nuvem arrasta-me e ainda acerto em cheio na fronha de um gajo; depois aquilo muda de direcção e eu fico para trás. Retomo a marcha interrompida e dirijo-me para o meu grupo de amigos, onde duas ou três pessoas assistiram à minha prestação e me perguntam o porquê de eu ter dado um soco num desconhecido. Ainda hoje não sei responder...

Estes três episódios são bem demonstrativos de que eu não deixava passar uma oportunidade para molhar o biscoito, embora sempre me tenha considerado um pacifista. Mas hoje, ao assistir a uns empurrões entre um gajo muita gordo e outro gajo menos gordo, não fiz qualquer comentário, muito menos espetei um rotativo em cada um, nem sequer proferi ameaças de punho fechado. Não fiz nicles e deixei aquilo tal como estava para me concentrar apenas em apanhar o comboio. Quando já me encontrava na carruagem, ainda lancei um olhar para a estação, onde os dois gordalhufos continuavam aos empurrões (maricas... empurrõezinhos é para meninas!), agora acompanhados de um segurança também anafado. Desviei o olhar, abri um sorriso, disse para comigo "Ena, estou a ficar adulto. Já não me meto nestas coisas", meti os fones e apreciei a viagem.

Ora isto, tendo em conta a minha heteróclita personalidade, é quase tão absurdo quanto demorar menos de 10 minutos numa repartição pública...

Bom fim-de-semana e agridam-se uns aos outros, que eu agora já não intervenho.

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Meus amigos, isto é inacreditável

E ainda não caí em mim. Então não é que ontem fui a uma repartição das finanças tratar de uns assuntos e, pasme-se, demorei não duas horas, não cinco horas e meia, não dois dias mas sim uns absurdos 10 minutos! 10 MINUTOS!!!!!

Nunca na minha vida tinha passado tão pouco tempo numa repartição pública. Nunca na minha vida conseguira não apanhar uma seca tremenda. Nunca na minha vida escapara de assistir aos choros agudos de bebés, às discussões entre ciganos e pretos, entre cidadãos e funcionários, entre funcionários e funcionários, entre velhotes e velhotas, entre crianças de 10 anos e velhotes. Nunca na minha vida entrara num destes sítios sem, meia hora depois, estar a mandar toda a gente levar no pacote.

Mas ontem foi a surpresa total. Ninguém discutiu, ninguém prometeu porrada, não havia bebés chorões, não mandei ninguém apanhar na anilha, ninguém me roubou a senha nem eu roubei tão-pouco a senha a outrem, não passei por nenhuma seca, tudo se desenrolou rápida e eficazmente, fui bem atendido e prontamente despachado.

Tratou-se, pois, de uma experiência absolutamente nova na minha vida. Se mo contassem, eu jamais acreditaria. Aliás, se alguém, por mais próximo que fosse, me dissesse "Se tu fores ali à repartição das finanças, escusas de levar um livro porque vão despachar-te num instante", essa mesmíssima pessoa seria logo ali "despachada" com um valente pontapé no traseiro. Porém, vi-o com os meus próprios olhos.

E isto, de certa forma, é assustador. Será que este país começa finalmente a funcionar?! Se sim, que Portugal teremos daqui a um par de anos? Reconhecer-nos-emos numa pátria onde o funcionalismo público finalmente mostra ser eficaz?

Enfim, são questões que lanço aqui à vossa consideração. Que acham vocês?

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

O Sol, quando nasce, é para todos

Entro numa papelaria para saber que livro a 1€ tinha saído com a Sábado desta semana e sou confrontado com uma multidão de pessoas a exigir o Sol. Quem olhasse para a rua, decerto concordaria com os pobres cidadãos, pois o céu apresenta-se cinzento, chuvoso e desagradável. Um poucochinho de sol não vinha mesmo a calhar mal. Mas não, esta gente não estava preocupada com as condições climatéricas: o que elas queriam na verdade era o jornal Sol, essa nhónhózice em forma impressa dirigida pelo direitalho arquitecto José António Saraiva.

E isto demonstra como o governo PS é estúpido, burro e otário, e deixo de fora o incompetente e o aldrabão porque isso é desde logo uma lapalissada. Já não bastava a treta que houve com o 24 Horas, esse exemplo de bom jornalismo, e com o telejornal da TVI, agora conseguiram fabricar mais um mártir na imprensa. O Sol, um semanáriozeco pouco mais que insignificante, foi agora elevado a paladino da liberdade de expressão, e tudo porque um certo engenheiro e seus acólitos têm cagunfa de deixar vir a público trafulhices que quiseram cometer.

O governo quis, pois, impedir o Sol de nascer, mas o resultado foi contraproducente. Agora as pessoas já não se limitam a esperar que o Sol chegue: exigem que ele chegue. No meio desta história, quem vai acabar com uma insolação é mesmo o PS e os seus boys. E é muito bem feito.

É a eles, a todos eles, fascistas travestidos de socialistas (ou será ao contrário?!), que dedico a letra que se segue, letra essa que pertence a uma música interpretada por esse autêntico mito do cançonetismo luso, Marco Paulo. Para todo o governo, militantes socialistas e qualquer pessoa que impeça a circulação de notícias, aqui fica Sempre que brilha o Sol [insert aplausos e gritos histéricos]:

Sempre que brilha o sol,
Naquela praia
Sinto o teu corpo vibrar,
Dentro de mim
O teu respirar
Os teus olhos
O cabelo
Os teus beijos
Eu estremeço
Oh! Oh! Oh!

Sempre que brilha o sol,
Naquela praia
Sinto o teu corpo vibrar,
Dentro de mim
O teu respirar
A saudade
A loucura
O deliro
Eu estremeço
Oh! Oh! Oh!
Amor...
Estou aqui na praia
Com este sol que me acompanha
E me queima...
E me queima...

Chupa-mos, Sócrates. Chupa-mos, governo PS. Chupem-mos, tribunais. O Sol e a liberdade de expressão por vezes podem ser uma merda (um queima-nos a pele e faz-nos suar em bica, a outra permite que gente estúpida diga coisas estúpidas) mas não podemos viver sem eles. Portanto, dêem lá liberdade de expressão ao jornal Sol e deixem-se de merdas. Têm medinho?! Olhem, não fizessem porcaria...

Bom fim-de-semana e ataquem muito o governo.

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Nomes de putos: algumas tentativas


Quem está ou já esteve numa relação, sabe que a dada altura um ou mesmo os dois membros do casal faz(em) a inevitável pergunta: "Se tivermos filhos, que nomes daremos?!?" A minha opinião é que a resposta a isto, além de unir mais ainda o casal, constitui um passatempo que se pode revelar bastante divertido. E é um exercício, convenhamos, muito mais benéfico para a saúde do que a "outra" pergunta que costuma atormentar uma das duas pessoas na relação, normalmente o elemento masculino. Sim, vocês sabem do que estou a falar... são quatro sílabas tenebrosas, que aqui coloco fora da sua ordem só porque me apetece: SA, TO, CA, MEN.

Atribuir nomes à pitalhada é algo que pode ser deveras estimulante. Para mim, é-o certamente, porque é a ocasião perfeita para dar asas à minha fértil imaginação. Nomes vulgares como Paulo, Ana, João, Carla, Rui, Susana e afins estão absolutamente excluídos: há que ir um bocadinho mais longe, até porque não pretendo que fiquemos como os romanos.

Explico já esta dos romanos: na antiga Roma, era comum colocar o nome de Gaius aos petizes. Qualquer marmanjo tinha o Gaius no nome: Gaius Brutus, Gaius Julius César, Gaius Octavianus, Gaius Augustus... enfim, eram quase todos Gaius. Ora, o que é interessante é que Gaius derivou para o nosso vulgar "gajo", e as razões são óbvias: se todos são Gaius, então um Gaius é um gajo qualquer. Estão a ver as coisas que aprendem com este blog?!?!

Bom, o que eu quero então evitar é que os meus rebentos sejam uns gajos quaisquer, pelo menos no nome. Basta de vulgaridade: é preferível fazer um esforçozito para dar um nome verdadeiramente autêntico, único e que, para além do mais, reflicta algo de que os pais gostem.

Com isto em mente, comecei a lançar propostas. Estranhamente, a gaja não ficou lá muito convencida. Não sei porquê... Para ser honesto, não vejo defeito algum nos nomes que atirei para cima da mesa. Ei-los:

Proposta nº1. Nome de rapaz: Liédson Maradona.

Explicação: Trata-se claramente de um nome muito pouco comum. Quem é que se chama Liédson Maradona? Ninguém! A associação do melhor futebolista de todos os tempos com o melhor futebolista a jogar em Portugal é algo extremamente original. E é sem dúvida algo que reflectiria os meus gostos.

Reacção da gaja: um intimidador olhar coruscante lançado na minha direcção e um leve rosnar, levantando ligeiramente o lado esquerdo do lábio superior ao ponto de eu lhe conseguir ver um dente canino. Com medo do que pudesse acontecer ao meu pescoço, não insisti.

Proposta nº 2. Nome de rapariga: Monica Scarlett Bellucci.

Explicação: Sim, Mónica não é um nome propriamente invulgar, mas quantas Monicas Scarletts Belluccis vocês conhecem?!? Além do mais, o nome invoca imediatamente beleza, classe, categoria, charme. Fixe, não é?!

Reacção da gaja: um seco mas esclarecedor "estás a ver aquela faca da cozinha? Queres ver aquilo que consigo fazer com ela na tua zona genital? Se continuas com essa história, quer-me bem parecer que não vais ter filhos com ninguém!". Ora, esta reacção fez com que eu desistisse do plano B, que seria Megan Beyonce Fox, e do plano C, que seria Soraia Cláudia Binoche Chaves Catarina Furtado Laetitia Angelina Vieira.

Proposta nº 3. Nome de rapaz: Frederico Nicho Espinosa Aristotélico.

Explicação: Supra-sumo da originalidade. Conjugar três dos mais notáveis filósofos, três das mentes mais privilegiadas que a humanidade já produziu, no mesmo nome, mas dando-lhe a volta para ser ainda mais original (evidente na mudança de Nietzsche para o mais português-friendly Nicho). Com um nome destes, o puto tiraria 20 a todas as disciplinas sem precisar de fazer um elemento de avaliação que fosse.

Reacção da gaja: desta vez, não proferiu ameaças. Nem sequer me lançou olhares. Muito menos rosnou. Apenas pegou numa caixa de fósforos e colocou-a junto da estante onde tenho os livros de Nietzsche, Espinosa e Aristóteles. Percebi a mensagem e deixei cair mais esta ilustre proposta.

Proposta nº 4. Nome de rapariga: Mamas Vagina.

Explicação: É original? É! É bonito? Sem dúvida! E tem como grande vantagem evitar os deslizes freudianos. Qual o homem que nunca passou por lapsus linguae ao chamar amigas e/ou colegas? Eu, volta e meia, sempre que queria chamar a Teresa, saía-me um "Ó tetas, ajuda-me aqui". Quando queria telefonar à Rosa e era atendido pela mãe desta, só com muita dificuldade conseguia impedir um "Podia passar-me à boazona das trancas grandes, se faz favor?" Ora, com um nome como Mamas Vagina, os colegas da rapariga já não precisariam de enganar o inconsciente, porque o nome já explicitaria aquilo em que os rapazes costumam pensar. Além disto, como seria divertido, no recolhimento do lar, atirar à mocita "Mamas Vagina, vai ali ajudar a tua mãe na cozinha" ou "Mamas Vagina, podes ir sair mas quero-te em casa às 9 da noite!"... Espectacular, não era?!?

Reacção da gaja: telefonou de imediato para a Linha Saúde 24, pedindo com urgência a presença de pessoal capacitado para lidar com doentes mentais. Eu consegui atirar ainda mais lenha para a fogueira ao dizer-lhe "Mas meu amor, apesar de estares psicologicamente perturbada, eu amo-te muito". Resultado: revirou os olhos e caiu redonda no chão (deve ter sofrido uma subida súbita de tensão, tadinha), despertando umas 3 horas depois.

Infelizmente, nenhuma das minhas maravilhosas propostas foi bem aceite pelo meu par. O tradicionalismo na hora de escolher os nomes ainda impera naquela cabecinha, e isso fá-la torcer o nariz a nomes mais vanguardistas. Ou muito me engano, ou os putos vão ficar mesmo uns gaius quaisquer...

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Companheiros, amigos, lagartagem em geral:


Batemos no fundo. O nosso rugido já não assusta ninguém. A nossa juba, outrora gloriosa, está descuidada. O coração de leão está ferido e, ao contrário do que se costuma dizer (um animal ferido torna-se mais perigoso), exangue. Falta-nos a força, o brio, a coragem. O "esforço, dedicação, devoção e glória: eis o Sporting" deixou de ser um mote para passar a significar um conjunto de palavras sem sentido. Estamos a ser vulgarizados por qualquer equipa que contra nós jogue. O Djaló faz-nos pensar que, afinal, o Nuno Gomes até tem jeito para a bola. O Rui Patrício decidiu desde há uns jogos para cá recordar os piores momentos do Ricardo. O Grimi tem a velocidade de uma tartaruga paralítica. E o Carvalhal consegue ter menos sentido táctico do que o espalhanço do Abrunhosa nos Ídolos.

Somos, neste momento, o Leão Cobarde d'O Feiticeiro de Oz. Não há volta a dar-lhe. Estamos tão, mas tão mal que a minha gaja, ontem, nem festejou o 4º e último golo do Benfica. Limitou-se a olhar para mim com uma expressão de "tss, tss, coitadito" que doeu mais do que os olés dos adeptos lampiões ontem no Alvalade XXI. Fiquei tão de rastos que, no final, nem me apeteceu partir o ecrã do televisor. Nem tive vontade de pegar no carro e ir ao estádio mandar umas valentes pázadas nos jogadores, técnicos e dirigentes do Sporting. Também eu, enfim, me encontro em estado de catatonia, um pouco à semelhança da defesa sportinguista no jogo de ontem. Reacções, nicles...

E agora, a partir daqui, como é?!?! Como sabem, eu sou um defensor da eutanásia. E sendo-o, acho que a única solução para o Sporting é desligar a máquina. Poupem-nos de mais sofrimento. Vendam a Academia ao Barcelona, o Estádio Alvalade XXI à Igreja Universal do Reino de Deus, as taças que o clube ganhou durante a sua história ao Museu Nacional de Arte Antiga e ponham fim ao clube. Chutem o Djaló para o Haiti. O Polga para o Brasil, de onde aliás nunca deveria ter saído. Devolvam o Grimi ao Milan, que a esta hora deve estar a rir-se a bom rir, mas incluam subrepticiamente na devolução o Pedro Silva, o Tiago e o Sinama-Pongolle, só para nos vingarmos. E mandem o Carvalhal, o Bettencourt, o Rogério "mercenário" Alves, o Salema Garção (arranja um nome de homem, pá!) e todos os outros dirigentes para a puta que os pariu! Acabem com o Sporting de uma vez por todas, porque já não aguento mais ser saco de pancada de benfiquistas e portistas. Já chega!

:(

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Epá, o gajo tem mais vidas do que um gato!

O primeiro-ministro é atacado por todos os lados, tem a oposição, os jornais, as televisões e os opinion makers contra si, abana e abana e abana, mas quem cai é o Abrunhosa! Fónix, o sacana é difícil de abater, raios o partam...

Já que estamos numa de PS, será que sou a única pessoa no mundo que tem vontade de pegar numa tábua e espetá-la, com toda a força, na testa do Francisco Assis, líder da bancada parlamentar socialista? Não, vejam bem a configuração da testa do homem: não dá mesmo ganas?! Quem diz uma tábua, diz um taco de críquete, ou uma espátula, ou um bacalhau, ou o Manuel Maria Carrilho. Enfim, qualquer coisa espalmada para bater naquela superfície. A população de Felgueiras é que tinha razão...

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Lúcidos comentários sobre Homens que matam cabras só com o olhar


"Mas por que motivo nenhuma das cabras foi nomeada para o Óscar de Melhor Actriz Secundária?". Esta é, decerto, a pergunta que qualquer pessoa de bem fará após assistir ao filme Homens que matam cabras só com o olhar. Até na indústria do cinema os pobres animais são discriminados e desvalorizados. Não há direito... Os tipos de Hollywood são, no fundo, uns cabrões.

Cabrão é, também, o George Clooney. Homens que matam cabras só com o olhar é um filme feito tendo por público-alvo os homens, mas a verdade é que, por causa do Clooney, a proporção de homens para mulheres nas salas de cinema é de 1 em 3. Nem o título da película serve para dissuadir o gajedo [esta foi forte, desculpem lá...].

Duplamente cabrão é o George Clooney, porque mostra o rabo no filme, mesmerizando por completo o sector das cabras mulheres presentes na sala de cinema. Sim, já sei que este spoiler vai convencer irremediavelmente as mulheres que ainda estariam indecisas sobre ver ou não o Homens que matam cabras só com o olhar. O que me leva a uma outra questão, profunda, provocadora e fracturante como só as questões do Peter of Pan sabem ser (chupa-mos, Francisco Anacleto Louçã!): O que é que as gajas vêem nos rabos dos gajos?!?!

Vamos lá a ver: um gajo, quando olha para o rabo de uma gaja, aprecia-o não só na sua estética mas também porque imagina aquilo que pode vir a fazer com ele, o que em última análise envolve o sexo anal. E é isso que, para nós, separa os bons befes dos befes aonde não arriscaríamos colocar o nosso apêndice viril.
Ora, uma gaja quando olha para o rabo de um gajo, o que pensará?! Ela não pode nunca equacionar fazer sexo anal com um rabo masculino ("nunca", aqui, é para ser visto de um ponto de vista estilístico: é claro que há homens que gostam de ser enrabados - e falo literalmente - por mulheres, mas isso são fetichismos que não cabem no presente texto...). Assim, não o podendo, o que raios vê uma mulher no rabo de um homem?! E, particularizando mais a questão, o que raios vê uma mulher no rabo do George Clooney?!? Por minha parte, nem o achei nada de especial...

Bom, mas deixemo-nos destes temas importantes e passemos ao filme propriamente dito. Vale a pena ver o Homens que matam cabras só com o olhar? Ah, atenção que agora estou a dirigir-me aos leitores masculinos, porque acredito que as mulheres, depois de terem lido que o Clooney mostra o rabo, pararam imediatamente de pôr os olhos neste blogue e foram comprar bilhetes para a sessão mais próxima...

Sim, vale. O filme é uma desbunda cómica sobre um ramo do exército norte-americano (cambada de idiotas) que é convertido ao movimento new age (mais outra cambada de idiotas), dispondo-se a resolver os conflitos de uma maneira não agressiva. A coisa vai muito bem, diverte, tem algum nonsense (embora seja baseado em factos verídicos, o que mais uma vez prova como a realidade pode ser mais estúpida que a ficção) e as actuações são boas: além das cabras, cumpre-me destacar o grande Jeff Bridges, num papel muito dudesco... (vão ver O Grande Lebowski se não sabem do que estou a falar!)

Portanto, gajos: vão ver o filme que, além de se divertirem, têm como valor acrescentado estar numa sala pejada de gajas.

E gajas, não se esqueçam que urge responder ao repto acima lançado: que vêem vocês nos rabos dos gajos?, e que esta questão traz associada uma subquestão: que vêem vocês no rabo do Clooney?, e que esta subquestão traz associada uma subsubquestão: onde é que o rabo do Clooney é melhor que o meu?!?!

Vá, aguardo as vossas respostas...

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Uma discussão matinal pela manhã (não é pleonasmo, é que já tive discussões matinais pela tarde...) é tudo o que um gajo precisa para enfrentar o dia!

Eu e a gaja somos pródigos em discussões. Hoje, o motivo de tão acentuada querela teve a ver com aquilo que iríamos pôr no pão: manteiga ou doce de amora (não vale usar os dois em simultâneo, porque isso coloca logo fim às contendas, e nós não queremos tal, porque senão ficamos sem assunto à mesa). Coisas de altíssima importância, portanto. Eu optei desde logo pela manteiga, mas ela, casmurra, só queria o doce de amora. Então estivemos cerca de 20 minutos nisto:

Eu: Vamos pôr manteiga no pão.
Ela: Nem penses. Com doce de amora fica melhor.
Eu: Nunca! A manteiguinha é que casa bem.
Ela: 'Tás parvo. Amora!
Eu: Manteiga!
Ela: Amora!
Eu: Manteiga e não se fala mais nisso.
Ela: Amora e tu está mas é caladinho!
Eu: Cala-te tu, afinal eu é que sou o gajo da casa e o que eu digo é lei. Portanto, manteiga.
Ela: Ha, que engraçadinho... DOCE DE AMORA!
Eu: Não grites: é manteiga e ponto final, caraglio!
Ela: Não sejas mal educado ou eu enfio-te amoras pelo cu!
Eu: E eu barro o coiso com manteiga e espet... bom, estás a ver a ideia, não estás?!?
Ela: Ordinário. Doce de amora!
Eu: Sabes qual é a única coisa que temos em comum, sabes?!
Ela: Não!
Eu: A teimosia! Tu és uma teimosa do caraças, eu não!

Depois deste meu dito espirituoso, a discussão acabou. E acabou porque a gaja não achou lá muita piada e resolveu ver qual o som que um tacho produziria quando afinfado na minha cabeça.

Sim, acabámos por comer o pão com doce de amora...

...e sim, ficou bom.

Bom fim-de-semana e comam muito pãozinho com manteiga!

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Os meus amigos (amigos?!?!) são todos uns tarados...

Ando a braços com umas dores no pulso esquerdo, de tal modo que fui mesmo obrigado a comprar uma ligadura elástica. Não sei se é tendinite, se é pulso aberto, se é artrite, se é o raio que me parta: só sei que dói. A causa? Tenho andado a escrever muito nas últimas semanas, e não, não se trata de cartas de amor à Monica Bellucci. Antes fosse...

As pessoas com quem me cruzo, porém, acham que a razão é outra... quando me cumprimentam e calham olhar para o meu pulso canhoto, só lhes dá para o mesmo. Aqui deixo alguns exemplos:

Amigo 1: Olá, Peter, estás bom?! Então o que é essa porcaria que trazes aí? Uma ligadura? Tens de começar a esgalhar menos...

Amiga 1: Olá, beijinho, beijinho, então e a vida, vai bem? Mas e o que é isso, uma pulseira nova? Uma ligadura elástica? Lesionaste-te a bater uma?

Amigo 2: Olha quem é ele!!! Estás porreiro, pá?! Pá, que é isso que tens ao pulso? Abriste-o enquanto lias a Playboy, hehehehe?!?

Amiga 2: Caríssimo Peter of Pan, como vais? Há quanto tempo não nos víamos... E pelo aspecto do teu pulso, continuas a ser um onanista de primeira água!

Amigo 3: 'Tás fixe, ó me... quéssamerdanopulsopá?!?! Andaste a espancar o macaco, foi?!

Tem sido isto nos últimos dias... cambada de tarados, estes supostos amigos... ainda por cima, são maus amigos, porque não me conhecem bem. A mão que eu utilizava para fazer festinhas no panzinho nunca era a esquerda, era sempre a direita. A direita é que era, para mim, a mão suja. Palhaços...

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Por que é que insisto em torturar-me?!?!


Sou de uma equipa que ontem conseguiu ser humilhada pelo Porto por uns ultrajantes 5 a 2.

Sou de uma equipa que, na passada temporada, conseguiu pela primeira vez aceder à segunda fase da Liga dos Campeões, onde defrontou o Bayern de Munique... e perdeu 5 a 0 em casa e 7 a 1 fora.

Sou de uma equipa que ficou 18 anos sem ganhar um campeonato em Portugal...

...e que já está há 8 sem ganhar outro.

Sou de uma equipa disputou uma final da Taça UEFA no seu próprio estádio... e foi capaz de perder contra uma mal amanhada equipa russa.

Sou de uma equipa que possui a melhor e mais elogiada academia do mundo, mas que só serve para formar jogadores que se tornarão estrelas em clubes adversários ou estrangeiros.

Sou de uma equipa que, entre os seus simpatizantes, conta com o Durão Barroso...

...e o Santana Lopes...

...e o Paulo Portas!

Sou de uma equipa que é gozada por ingleses, espanhóis, alemães, italianos, austríacos, portistas, benfiquistas, bracarenses, leirienses.

Com tudo isto, a pergunta de um milhão de dólares é: MAS POR QUE RAIOS É QUE EU AINDA NÃO MUDEI DE CLUBE?!?!?!

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Hoje é dia de enfrentar as forças do mal

Como todos os leitores sabem, sou uma pessoa de gostos requintados. E como pessoa de gostos requintados que sou, o meu clube só poderia ser o Sporting. Porém, não sou um sportinguista como os outros: odeio mais o Porto do que o Benfica! Se me viesse parar às mãos uma bomba e me fosse dado a escolher onde colocá-la, entre o Estádio do Dragão e o Estádio da Luz eu escolheria sempre o primeiro.

É que, para mim, o Porto, não obstante todos os bons jogadores e bons treinadores que vem tendo, será sempre a encarnação do mal. O Porto é uma espécie de Sauron do Senhor dos Anéis misturado com o Imperador da Guerra das Estrelas. É um clube que representa as profundezas mais negras da alma, os recônditos mais obscuros da existência, e tem de caber aos bons - o Sporting - derrotar as forças das trevas, em lugar de a elas se aliar, que é o que (para meu desagrado) tem sucedido de há alguns anos a esta parte. Ninguém faz um pacto com o diabo e fica a rir-se...

Por tudo isto, o jogo de hoje à noite é algo especial. O título já ficou irremediavelmente para trás. Por mais optimista que um lagarto seja (e eu sou-o), não creio que seja razoável aspirar à conquista da Liga Portuguesa quando temos lampiões de Braga e lampiões de Lisboa 15 pontos à nossa frente. Portanto, restam-nos, em Portugal, as taças e, na Europa, a Liga. E há que fazer os possíveis para ganhar estas merdas!

O obstáculo mais imediato às nossas pretensões é o Porto, que nos recebe hoje naquele antro de corrupção, ladroagem, tráfico e má-vida que é o Estádio do Dragulho. É o equivalente do Frodo e do Samwise entrarem em Mordor, ou do Luke Skywalker voar pela Deathstar adentro ou até do Neo ficar cara a cara com a Matrix. Ou seja: vamos jogar ao coração da Besta, o que basta para acagaçar muito boa gente. Mas eu não tenho medo, e os valentes sportinguistas também não devem ter. Porque o bem está do nosso lado e nós estamos do lado do bem. E mais importante que o bem, é o Liédson! Portanto, vamos a eles, sem cagunfas, sem respeitinho (não se pode ter respeito pelo darkside...), sem deferências: é ir lá, espetar-lhes uns dois ou três golos, não sofrer nenhum e vir embora com a vitória no bolso. E, pelo caminho, mandar o Pintinho, o Reinaldinho e o Jesualdinho apanharem no cuzinho!

Força, Spooooooooorting!!!!!!!!!!

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Invariavelmente, é isto

Às segundas-feiras, caio sempre para o lado de sono. E não adianta deitar-me cedo nem dormir 20 horas seguidas: sono e segunda-feira são indissociáveis.

Pergunto-me se isto não será algum vírus...