terça-feira, junho 15, 2010

Bibliofilismo


O sentido em que uso a palavra que dá nome ao título não é o sentido habitual. Claro que eu gosto de livros, aliás toda a minha vida profissional tem girado em torno desses objectos, e já uma vez fiz amor com uma edição do Conde de Monte Cristo, e foi bom. Pelo menos, para mim foi; para o livro, não sei, até porque ele nunca me disse nada. Acho que ficou chateado por lhe ter colado as páginas... enfim, o que é que ele queria?!?!

Falo, aqui, de bibliofilismo na semântica do levantador de livros. Nos últimos dois dias, e por culpa de o local onde trabalho estar a sujeitar-se a obras de restauro, ando a trasladar a livralhada toda para outro poiso. E custa, porque é mesmo muito livro. Nas passadas 48 horas, já devo ter dado mais movimento aos bíceps, aos peitorais e, por que não?, ao esternocleidomastoidéu do que o Arnold Schwarzenegger num ano de culturismo. E, em boa verdade, eu é que estou a fazer realmente culturismo, porque ando a carregar com a cultura às costas. Lindo, não é?!

Isto serve também para desmistificar aquela ideia de que os tipos amantes de livros não passam de uns lingrinhas de óculos, uns fracotes, uns pólvora-seca. No meu caso, isso até corresponde à realidade, mas dêem-me mais uns 3 ou 4 dias nestes exercícios de pura força e pura resistência e vão ver se não fico com um corpanzil de fazer inveja a qualquer lutador de wrestling. Se duvidam de mim, venham cá ver com os próprios olhos. E se continuarem a duvidar, dêem cá uma mãozinha, a ver se não me dão logo razão...

E agora desculpem, vou ali acartar mais uma tonelada de livros, ok? Até amanhã.

2 comentários:

Lexy disse...

E depois é ver-te a pregar os bons costumes com um número cada vez mais considerável de músculos exercitados. Sim senhor.

Pulha Garcia disse...

e quando vierem os livros digitais? como vai ser o amor?