Em recente entrevista à RTP, Carlos Silvino, o Bibi, disse ter o sonho de, um dia, trabalhar no mundo da música.
Com a experiência toda que adquiriu nos últimos anos, não me admiraria que fizesse carreira a compor canções infantis...
terça-feira, agosto 31, 2010
segunda-feira, agosto 30, 2010
Anjinhos
Não percebi a intenção do Papa Bento XVI em condecorar o Cavaco Silva e o José Sócrates quando nós, os outros portugueses, é que somos os anjinhos...
quinta-feira, agosto 12, 2010
As crianças são o melhor do mundo, o tanas!
Ontem, fui a uma festa de aniversário. Na mesma, estavam presentes várias crianças. Corriam de um lado para o outro, brincavam, gritavam, espalhavam-se no chão, esbarravam nas mesas, cadeiras e paredes, batiam umas nas outras, mordiam-se, levantavam-se, corriam, choravam, babavam-se. E davam puns.
Ao fim de meia hora disto, cheguei a uma conclusão: já não quero ter filhos! Contento-me se a minha gaja me oferecer uma bola de futebol!...
Ao fim de meia hora disto, cheguei a uma conclusão: já não quero ter filhos! Contento-me se a minha gaja me oferecer uma bola de futebol!...
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segunda-feira, agosto 09, 2010
Fotojornalismo do bom: o Peter of Pan vai à aldeia mais portuguesa de Portugal!
Pois é, pá, um dos benefícios de estar de férias é poder ir dar voltinhas que, nos dias normais, são impossíveis. Assim, se num dia normal eu acordaria cedinho para ir trabalhar, no passado sábado acordei cedinho para ir até Monsanto, povoação pitoresca edificada em pedra. E posso dizer que andar por aquelas terras secas e quentes quando faz um calor de 40º à sombra é toda uma experiência! Fazer caminhadas com temperatura amena é para meninos: os homens verdadeiramente machos sobem encostas de 800 metros com o Sol a bater de chapa e ainda batem no peito como quem diz "é só isto que tens para dar, é?!". Depois, e este é mais um ponto bastante positivo de visitar terreolas quando a temperatura do ar se assemelha ao interior de um forno de cozer pão, é que não só há menos pessoas a fazer o mesmo percurso como as que o fazem não resistem muito tempo, sobretudo se forem de etnia não-mediterrânica, o que significa que, após meros 5 minutos de exposição ao solinho, têm a pelezinha a apresentar belíssimas erupções, tudo acompanhado de uma ruborização que nos faz pensar se eles não terão genes de lagosta.
Antes ainda de vos mostrar algumas imagens que valem a pena, ou não tivessem sido elas tiradas por mim, um comentário significativo: os autóctones são verdadeiros clones do Diácono Remédios! Aqui, não me refiro, claro está, ao bigode, embora tivesse visto muitas pessoas cujos bigodes eram muito mais farfalhudos do que o daquela personagem interpretada pelo Herman José, e por pessoas refiro-me naturalmente a mulheres, porque não tenho por hábito olhar para homens, daí não saber se os bigodes destes fazem ou não jus aos das suas companheiras.
Refiro-me, isso sim, à oralidade: aquelas gentes falam "mejmo ashim", o que torna mais difícil do que os 12 trabalhos de Hércules tentar dialogar com essas pessoas sem me rir à gargalhada. A sério, é muito complicado engolir o riso quanto uma senhora de 80 anos se chega junto a mim e me diz "Ó menino, não shabe que não pode ujar echa iágua?! Isho faj mali!..." Acho giro, pronto...Bom, fiquem então com as iconografias, legendadas por moi-même, em português de Lisboa.
Ora, parece-me que este pessoal de Monsanto é um bocado armado ao pingarelho. Ele é "a aldeia mais portuguesa de Portugal", ele é o "Café mais português"... alguém diga a esta gente que ser português não é propriamente motivo de orgulho. Pode ser que assim eles percam a mania. E o que é, exactamente, o ser mais português?! É ter mais bigode, mais pança, mais unhas grandes no mindinho, e mais garrafões de tintol que os outros portugueses?!?! É isso?!
A entrada para uma gruta. Enchi-me de coragem e fui lá dentro. Curiosamente, aquilo não cheirava muito a mijo, e isso faz-me duvidar de Monsanto ser realmente "a aldeia mais portuguesa de Portugal". Se Monsanto fosse mesmo mesmo portuguesa, este espaço tresandaria a ácido úrico. É tudo marketing, pá!...
Isto é aquilo que eu chamo de um grande calhau. Gosto muito destes calhaus que, pela sua dimensão e estilo, se distinguem dos demais. Aliás, este calhau emite tanta individualidade que seria até adequado dar-lhe um nome. Proponho desde já que se abra uma votação para decidir que nome se há-de atribuir a este grandioso calhau. Eu tenho já uma simpática sugestão: José Sócrates. Não sei, parece-me um nome que assenta tão bem ao calhau quanto o calhau assenta bem ao nome. Que tal?
Aqui está a prova de que a construção civil portuguesa era, noutros tempos, muito criativa. Antigamente, faziam-se casas com calhaus, e em cima de calhaus, para as pessoas irem lá morar. Hoje, são calhaus que fazem casas para que outros calhaus lá possam residir.
Dentro do castelo de Monsanto. A aldeia, em boa verdade, foi erigida como posto fronteiriço, no propósito de defender estas terras das ameaças de castelhanos, mouros e benfiquistas. Já no século XIX, serviria igualmente como tentativa de estancar as invasões francesas. Enfim, como se sabe essa missão não foi exactamente bem sucedida: os franceses invadiram Portugal, castelhanos e mouros é o que se sabe, pois basta caminharmos por Lisboa em Agosto para sentirmos o cheiro dessas duas comunidades, e penso que não é preciso falar muito dessa autêntica praga que é a lampiã, que supostamente atinge números da ordem dos 6 milhões de pessoas (e aqui uso "pessoas" num sentido muito lato) no nosso país.
Monsanto vista de cima, mais propriamente do seu altaneiro castelo. Trata-se, de facto, de uma povoação muito bonita. Aliás, eu até sou da opinião de que, no seu todo, Portugal é belíssimo quando visto de cima. O problema é quando a nossa perspectiva se torna mais próxima...
Para o olhar mais destreinado, isto é apenas um amontoado de calhaus. Uma observação mais atenta e avisada, contudo, destrinça o que está nesta imagem: trata-se, afinal, da homenagem de Monsanto ao acto de mostragem de um cartão amarelo. Note-se o desenho do rectângulo e, no canto inferior esquerdo, calhaus como dedos que seguram o dito rectângulo. É como se Monsanto estivesse a dizer aos inimigos castelhanos: "Vocês são feios. E espanhóis. Tomem lá um cartão amarelo, voltem para trás e, por favor, não tenham filhos". Infelizmente, os espanhóis não fizeram caso deste conselho. E o universo só ficou a perder com isso...
Por aqui passaram portugueses. Mas não foram muitos, porque o lixo no chão não era assim tanto. Mais uma vez: "a aldeia mais portuguesa de Portugal"?!?! Yeah, right...
E pronto, cheguei ao fim daquilo que vos queria mostrar. Havia mais, mas não tenho tempo, pois afinal estou de férias e daqui a pouco tenho de ir dormir. Amanhã, se me apetecer, faço uma reportagem igual para Penha Garcia. E nunca se esqueçam: Monsanto é um espanto!
Antes ainda de vos mostrar algumas imagens que valem a pena, ou não tivessem sido elas tiradas por mim, um comentário significativo: os autóctones são verdadeiros clones do Diácono Remédios! Aqui, não me refiro, claro está, ao bigode, embora tivesse visto muitas pessoas cujos bigodes eram muito mais farfalhudos do que o daquela personagem interpretada pelo Herman José, e por pessoas refiro-me naturalmente a mulheres, porque não tenho por hábito olhar para homens, daí não saber se os bigodes destes fazem ou não jus aos das suas companheiras.
Refiro-me, isso sim, à oralidade: aquelas gentes falam "mejmo ashim", o que torna mais difícil do que os 12 trabalhos de Hércules tentar dialogar com essas pessoas sem me rir à gargalhada. A sério, é muito complicado engolir o riso quanto uma senhora de 80 anos se chega junto a mim e me diz "Ó menino, não shabe que não pode ujar echa iágua?! Isho faj mali!..." Acho giro, pronto...Bom, fiquem então com as iconografias, legendadas por moi-même, em português de Lisboa.
Ora, parece-me que este pessoal de Monsanto é um bocado armado ao pingarelho. Ele é "a aldeia mais portuguesa de Portugal", ele é o "Café mais português"... alguém diga a esta gente que ser português não é propriamente motivo de orgulho. Pode ser que assim eles percam a mania. E o que é, exactamente, o ser mais português?! É ter mais bigode, mais pança, mais unhas grandes no mindinho, e mais garrafões de tintol que os outros portugueses?!?! É isso?!
A entrada para uma gruta. Enchi-me de coragem e fui lá dentro. Curiosamente, aquilo não cheirava muito a mijo, e isso faz-me duvidar de Monsanto ser realmente "a aldeia mais portuguesa de Portugal". Se Monsanto fosse mesmo mesmo portuguesa, este espaço tresandaria a ácido úrico. É tudo marketing, pá!...
Isto é aquilo que eu chamo de um grande calhau. Gosto muito destes calhaus que, pela sua dimensão e estilo, se distinguem dos demais. Aliás, este calhau emite tanta individualidade que seria até adequado dar-lhe um nome. Proponho desde já que se abra uma votação para decidir que nome se há-de atribuir a este grandioso calhau. Eu tenho já uma simpática sugestão: José Sócrates. Não sei, parece-me um nome que assenta tão bem ao calhau quanto o calhau assenta bem ao nome. Que tal?
Aqui está a prova de que a construção civil portuguesa era, noutros tempos, muito criativa. Antigamente, faziam-se casas com calhaus, e em cima de calhaus, para as pessoas irem lá morar. Hoje, são calhaus que fazem casas para que outros calhaus lá possam residir.
Dentro do castelo de Monsanto. A aldeia, em boa verdade, foi erigida como posto fronteiriço, no propósito de defender estas terras das ameaças de castelhanos, mouros e benfiquistas. Já no século XIX, serviria igualmente como tentativa de estancar as invasões francesas. Enfim, como se sabe essa missão não foi exactamente bem sucedida: os franceses invadiram Portugal, castelhanos e mouros é o que se sabe, pois basta caminharmos por Lisboa em Agosto para sentirmos o cheiro dessas duas comunidades, e penso que não é preciso falar muito dessa autêntica praga que é a lampiã, que supostamente atinge números da ordem dos 6 milhões de pessoas (e aqui uso "pessoas" num sentido muito lato) no nosso país.
Monsanto vista de cima, mais propriamente do seu altaneiro castelo. Trata-se, de facto, de uma povoação muito bonita. Aliás, eu até sou da opinião de que, no seu todo, Portugal é belíssimo quando visto de cima. O problema é quando a nossa perspectiva se torna mais próxima...
Para o olhar mais destreinado, isto é apenas um amontoado de calhaus. Uma observação mais atenta e avisada, contudo, destrinça o que está nesta imagem: trata-se, afinal, da homenagem de Monsanto ao acto de mostragem de um cartão amarelo. Note-se o desenho do rectângulo e, no canto inferior esquerdo, calhaus como dedos que seguram o dito rectângulo. É como se Monsanto estivesse a dizer aos inimigos castelhanos: "Vocês são feios. E espanhóis. Tomem lá um cartão amarelo, voltem para trás e, por favor, não tenham filhos". Infelizmente, os espanhóis não fizeram caso deste conselho. E o universo só ficou a perder com isso...
Por aqui passaram portugueses. Mas não foram muitos, porque o lixo no chão não era assim tanto. Mais uma vez: "a aldeia mais portuguesa de Portugal"?!?! Yeah, right...
E pronto, cheguei ao fim daquilo que vos queria mostrar. Havia mais, mas não tenho tempo, pois afinal estou de férias e daqui a pouco tenho de ir dormir. Amanhã, se me apetecer, faço uma reportagem igual para Penha Garcia. E nunca se esqueçam: Monsanto é um espanto!
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quinta-feira, agosto 05, 2010
Tremei, mundo
Daqui a mais ou menos uma hora, vou cozinhar.
Não sei por que é que há tanta preocupação com o Irão ou a Coreia do Norte. Se a comunidade internacional soubesse daquilo que sou capaz no exíguo espaço de uma cozinha, teria em pouco tempo o exército norte-americano, a força aérea alemã, a marinha russa e os dois submarinos portugueses aqui à porta.
E claro, recebê-los-ia todos com a minha versão muito original de esparguete (trata-se da verdadeira arma de destruição em... massa!), que os inspectores das Nações Unidas já classificaram como "a maior ameaça à integridade física dos seres humanos desde que alguém se lembrou de colocar na televisão o Rui Santos para falar sobre futebol".
Desejem-me, ao menos, um bom almoço. Tchau.
Não sei por que é que há tanta preocupação com o Irão ou a Coreia do Norte. Se a comunidade internacional soubesse daquilo que sou capaz no exíguo espaço de uma cozinha, teria em pouco tempo o exército norte-americano, a força aérea alemã, a marinha russa e os dois submarinos portugueses aqui à porta.
E claro, recebê-los-ia todos com a minha versão muito original de esparguete (trata-se da verdadeira arma de destruição em... massa!), que os inspectores das Nações Unidas já classificaram como "a maior ameaça à integridade física dos seres humanos desde que alguém se lembrou de colocar na televisão o Rui Santos para falar sobre futebol".
Desejem-me, ao menos, um bom almoço. Tchau.
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segunda-feira, agosto 02, 2010
BLEAURGHBRUMMMZMPREANF
Olá, bom dia, como é que está a ser o vosso início de semana? O meu está a ser bom, muito obrigado.
Não obstante, esta madrugada foi uma coisa assim para o surreal. Então não é que acordo, sobressaltado, por volta das 3 e meia da matina, tudo por causa de um barulho ensurdecedor? Imaginem um espectáculo dos Stomp, mas em bom, ou seja, com mais ritmo: era mais ou menos isso que me chegava aos ouvidos. Fiquei quieto no leito, a tentar perceber de onde viria aquele ruído, e descobri: vinha da minha barriga! Eram barulhos de fome, meus caros e minhas caras! Fome! O meu organismo avisava-me da única maneira que pode avisar-me, que é fazendo um cagaçal do caraças! Duvido que as barrigas de mil etíopes subnutridos pudessem fazer tanto barulho como a minha barriguinha apenas.
(peço desculpa pelo humor negro. Da próxima vez, utilizarei como exemplo mil crianças suecas, pode ser?)
Mas fome porquê?, pensei eu. Afinal, ao jantar tinha ingerido o equivalente vegetariano a um boi, uma vaca, e a sua descendência composta por três vitelinhos. Tinha enchido o bucho, portanto. Como é que, num universo marcado pela obediência estrita às leis físicas (tudo o que sobe há-de cair, é impossível prever o comportamento de partículas minúsculas, o Sporting é o clube mais lindo da Via Láctea) um gajo que manda para dentro quilos e quilos de massa alimentar pode, pouquíssimas horas depois, ter o estômago a roncar de fome?! Sempre soube que o meu metabolismo era acelerado, ele é tipo o Usain Bolt dos metabolismos, se o pusessem à frente do processo Casa Pia, podem ter a certeza que já teria sido tudo julgado e condenado 2 segundos depois do caso ter entrado em tribunal, mas isto é ridículo!
O pior é que o barulho foi tão extremo e intenso que hoje de manhã não se fala de outra coisa no bairro. Quando fui despejar o lixo, deparei-me com o seguinte:
Vizinho 1: Ó vizinha, ouviu aqueles barulhos horríveis esta madrugada? Aquilo foi um terramoto, não foi?
Vizinha 1: Ó vizinho, terramoto não foi, não senti o chão tremer. Eu acho que foram vários trovões, seguidinhos.
Vizinho 2: Minha gente, cá para mim aquilo foi uma explosão. Ouviu-se bem: CATRAPUM, BUM, BAM! O que acha, Peter of Pan?
Eu: Ahhhn, não sei. Só sei que, se a cara da Joana Amaral Dias fosse música, era uma sinfonia do Beethoven.
Vizinho 1, Vizinha 1 e Vizinho 2, em uníssono: Hã?!
Eu: Já aquele barulho de ontem à noite, se fosse o rosto de uma figura pública, era assim como que a mistura de uma Manuela Moura Guedes com a Odete Santos.
Vizinho 2: Boa, bem visto.
Vizinho 1: Tem toda a razão!
Vizinha 1: Ó Peter of Pan, você tem mesmo jeito para as comparações idiotas.
E foi isto. Aquela coisa foi escutada num raio de vários quilómetros. Não se surpreendam se o caso passar hoje na CNN.
(agora, contudo, já estou bem. Acabei de enfardar 5 pães de leite, 4 caixas de queijo A Vaca Que Ri, 2 pacotes de 1,5L de Ice-Tea e 3 melões, só para desenjoar. Espero que isto acalme as minhas entranhas aí por 20 minutos)
Não obstante, esta madrugada foi uma coisa assim para o surreal. Então não é que acordo, sobressaltado, por volta das 3 e meia da matina, tudo por causa de um barulho ensurdecedor? Imaginem um espectáculo dos Stomp, mas em bom, ou seja, com mais ritmo: era mais ou menos isso que me chegava aos ouvidos. Fiquei quieto no leito, a tentar perceber de onde viria aquele ruído, e descobri: vinha da minha barriga! Eram barulhos de fome, meus caros e minhas caras! Fome! O meu organismo avisava-me da única maneira que pode avisar-me, que é fazendo um cagaçal do caraças! Duvido que as barrigas de mil etíopes subnutridos pudessem fazer tanto barulho como a minha barriguinha apenas.
(peço desculpa pelo humor negro. Da próxima vez, utilizarei como exemplo mil crianças suecas, pode ser?)
Mas fome porquê?, pensei eu. Afinal, ao jantar tinha ingerido o equivalente vegetariano a um boi, uma vaca, e a sua descendência composta por três vitelinhos. Tinha enchido o bucho, portanto. Como é que, num universo marcado pela obediência estrita às leis físicas (tudo o que sobe há-de cair, é impossível prever o comportamento de partículas minúsculas, o Sporting é o clube mais lindo da Via Láctea) um gajo que manda para dentro quilos e quilos de massa alimentar pode, pouquíssimas horas depois, ter o estômago a roncar de fome?! Sempre soube que o meu metabolismo era acelerado, ele é tipo o Usain Bolt dos metabolismos, se o pusessem à frente do processo Casa Pia, podem ter a certeza que já teria sido tudo julgado e condenado 2 segundos depois do caso ter entrado em tribunal, mas isto é ridículo!
O pior é que o barulho foi tão extremo e intenso que hoje de manhã não se fala de outra coisa no bairro. Quando fui despejar o lixo, deparei-me com o seguinte:
Vizinho 1: Ó vizinha, ouviu aqueles barulhos horríveis esta madrugada? Aquilo foi um terramoto, não foi?
Vizinha 1: Ó vizinho, terramoto não foi, não senti o chão tremer. Eu acho que foram vários trovões, seguidinhos.
Vizinho 2: Minha gente, cá para mim aquilo foi uma explosão. Ouviu-se bem: CATRAPUM, BUM, BAM! O que acha, Peter of Pan?
Eu: Ahhhn, não sei. Só sei que, se a cara da Joana Amaral Dias fosse música, era uma sinfonia do Beethoven.
Vizinho 1, Vizinha 1 e Vizinho 2, em uníssono: Hã?!
Eu: Já aquele barulho de ontem à noite, se fosse o rosto de uma figura pública, era assim como que a mistura de uma Manuela Moura Guedes com a Odete Santos.
Vizinho 2: Boa, bem visto.
Vizinho 1: Tem toda a razão!
Vizinha 1: Ó Peter of Pan, você tem mesmo jeito para as comparações idiotas.
E foi isto. Aquela coisa foi escutada num raio de vários quilómetros. Não se surpreendam se o caso passar hoje na CNN.
(agora, contudo, já estou bem. Acabei de enfardar 5 pães de leite, 4 caixas de queijo A Vaca Que Ri, 2 pacotes de 1,5L de Ice-Tea e 3 melões, só para desenjoar. Espero que isto acalme as minhas entranhas aí por 20 minutos)
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