Quem tem andado atento às notícias dos últimos dias, sabe perfeitamente que tem andado tudo à volta disto:
a) protestos no Cairo
b) a morte de um anãozinho vermelho de olhos em bico
c) a omnipresente austeridade
d) o caso dos implantes mamários em França
É sobre este último ponto que vou debruçar-me, pois ainda hoje, quando ligava o televisor para levar um upgrade de informação, apanhei logo com a polémica das mamas: o que ia o governo português fazer para alertar as cerca de 1500-2000 mulheres que fizeram implantes na clínica francesa, se aconselhavam a remoção das mamas, enfim, coisas dessas.
Eu considero, já sabem, que falar sobre mamas é um sinal claríssimo de avanço cultural e civilizacional. Quem não fala sobre mamas, está atrasado no caminho do progresso; basta verem que os países de tradição islâmica vetam toda e qualquer discussão sobre partes da anatomia feminina que não sejam a burka. Duvido que o Al-Destak de uma nação como, sei lá, a Arábia Saudita, tivesse condições para meter um cabeçalho de primeira página como o nosso Destak meteu, que dizia qualquer coisa como isto "Portugal não muda as regras dos implantes mamários". Quanto muito, o Al-Destak saudita escreveria algo como Alrrhamalé marrabi alarrabidi medarrhali. E eu não sei o que isto quer dizer...
Mas não é sobre a polémica dos implantes mamários que eu queria propriamente falar. O meu propósito é entender o porquê de as mulheres colocarem implantes. "Ah, é para aumentarem as mamas", dirão vocês, mas isso é uma resposta estúpida. É claro que as mulheres metem implantes para ficarem com umas mamongas maiores, mas isso, em linguagem aristotélica, será a causa final, e eu quero é saber qual é a causa eficiente, isto é, qual é a razão que as mulheres invocam para desejarem um enhancement às suas mamas.
Eu já falei com várias mulheres e parece-me pacífico reduzir todas as respostas que as mulheres dão à pergunta "Ouve lá, ó minha putéfia, mas para que é que queres estourar milhares de euros em silicone para enfiares nas mamas?" a esta (vem em bold e tudo...):
Ah, eu vou fazer um implante porque os homens preocupam-se com o tamanho das mamas das mulheres, e se eu tiver umas mamas grandes, isso dá-me vantagem competitiva face a outras mulheres, seja para conquistar um homem, seja para manter o homem que eu já tenho.
É esta a motivação, portanto, para a decisão do mulherio em desatar a encher clínicas de cirurgia estética e enfiar no peito botijas de silicone. Atenção, isto não é uma crítica: eu próprio, se um dia possuir dinheiro e a saúde me ajudar, gostaria de fazer uns implantes, à maneira do que o Marylin Manson fez anos atrás. Gosto de mamas, querem o quê?!?, e gosto tanto, tanto, que queria ter umas só minhas, Pamela Anderson style. Mas deixemos este breve excurso de lado e voltemos à revelação acima: as gajas, dizem-nos, metem implantes por nossa causa. Isto é, somos nós os "culpados" pela decisão delas.
Só que isto, minha gente, e sobretudo minhas leitoras, é uma aldrabice. Pegada. Este argumento é simplesmente uma maneira de vocês, mulheres, atirarem a bola, e por "a bola" quero dizer "a mama", para o terreno do adversário. Nenhum homem é parvo o bastante para aceitar esta justificação, excepção feita aos grunhos da Casa dos Segredos, que me parecem parvos o suficiente para cair nestes contos de fadas e mais, muito mais. O que eu quero dizer é que este argumento não cola. Mulheres, não tentem culpar-nos a nós, homens, pois por mais apreciadores de mamas que sejamos (e somos, e somos. Pelo menos, eu sou, eu sou!) ninguém vos obriga a fazer uma operação às tetas. É verdade que nos preocupamos com o tamanho das mamas, assim como com a forma delas, delicadeza ao toque e um sem-número de outras qualidades, mas também nos preocupamos com muitas outras coisas e não vos vejo a fazer nada para dar resposta. Querem exemplos? Então tomem lá:
Nós, homens, além de mamas, gostamos de mulheres que não nos chateiem a cabeça quando queremos ir beber umas bejecas com os amigos. Se as mulheres se preocupassem, também aqui, com adquirir vantagem competitiva, nunca perguntariam "a que horas chegas", "aonde é que vão", "vai lá haver strip-tease" ou "o Marco, aquele que tem cinco namoradas ucranianas, vai lá estar? Não te quero ao pé dele, ouviste?". Ficariam caladas e deixar-nos-iam em paz.
Nós, homens, além de mamas, gostamos de nos sentar ao sofá com uma cerveja ao lado, uma taça de amendoins, outra de tremoços, outra de cajus, outra de pistachios, outra de passas, outra de... (bem, já perceberam a ideia), descansar os pés em cima do sofá ou de qualquer superfície que esteja a jeito e ver futebol em paz, sem levar com os habituais "queres amendoins? Vai buscá-los", "não quero nada sujo", "futebol? Mas eu quero ver a telenovela!" ou o ofensivo "és um inútil". A vantagem competitiva ditaria, mais uma vez, não só que as mulheres ficassem caladas, como fossem elas a trazer-nos a cerveja, os amendoins, os tremoços, os cajus, e por aí adiante, e ainda nos fizessem uma massagem aos pés. Não se queixariam de estar a dar bola e, como bónus, durante o intervalo ainda nos presenteavam com um strip-tease e/ou um felácio. Mas não, aqui já não se interessam em adquirir vantagem competitiva...
Nós, homens, além de mamas, gostamos de olhar para muitas mamas. Uma vantagem competitiva considerável seria, então, quando nós olhamos para mamas alheias, não ter a nossa mulher a espetar-nos um valente estaladão. Mas encontrem lá uma mulher assim... é o encontras!
Portanto, o que eu quero dizer, apenas com estes três exemplos, é que as mulheres não fazem os implantes mamários por causa de nós, homens. Se o fizessem, mais facilmente fariam outras coisas. Alegar o contrário é, pura e simplesmente, mentir, o que me leva a deixar a seguinte mensagem: Gajas, se vocês querem pôr implantes, não venham com justificações da treta. Nós não temos culpa de nada. Querem pôr mamas?! Estão por vossa conta, vocês é que sabem. Portanto, se querem mamas, ponham lá as mamas e deixem-se de tetas!...
a) protestos no Cairo
b) a morte de um anãozinho vermelho de olhos em bico
c) a omnipresente austeridade
d) o caso dos implantes mamários em França
É sobre este último ponto que vou debruçar-me, pois ainda hoje, quando ligava o televisor para levar um upgrade de informação, apanhei logo com a polémica das mamas: o que ia o governo português fazer para alertar as cerca de 1500-2000 mulheres que fizeram implantes na clínica francesa, se aconselhavam a remoção das mamas, enfim, coisas dessas.
Eu considero, já sabem, que falar sobre mamas é um sinal claríssimo de avanço cultural e civilizacional. Quem não fala sobre mamas, está atrasado no caminho do progresso; basta verem que os países de tradição islâmica vetam toda e qualquer discussão sobre partes da anatomia feminina que não sejam a burka. Duvido que o Al-Destak de uma nação como, sei lá, a Arábia Saudita, tivesse condições para meter um cabeçalho de primeira página como o nosso Destak meteu, que dizia qualquer coisa como isto "Portugal não muda as regras dos implantes mamários". Quanto muito, o Al-Destak saudita escreveria algo como Alrrhamalé marrabi alarrabidi medarrhali. E eu não sei o que isto quer dizer...
Mas não é sobre a polémica dos implantes mamários que eu queria propriamente falar. O meu propósito é entender o porquê de as mulheres colocarem implantes. "Ah, é para aumentarem as mamas", dirão vocês, mas isso é uma resposta estúpida. É claro que as mulheres metem implantes para ficarem com umas mamongas maiores, mas isso, em linguagem aristotélica, será a causa final, e eu quero é saber qual é a causa eficiente, isto é, qual é a razão que as mulheres invocam para desejarem um enhancement às suas mamas.
Eu já falei com várias mulheres e parece-me pacífico reduzir todas as respostas que as mulheres dão à pergunta "Ouve lá, ó minha putéfia, mas para que é que queres estourar milhares de euros em silicone para enfiares nas mamas?" a esta (vem em bold e tudo...):
Ah, eu vou fazer um implante porque os homens preocupam-se com o tamanho das mamas das mulheres, e se eu tiver umas mamas grandes, isso dá-me vantagem competitiva face a outras mulheres, seja para conquistar um homem, seja para manter o homem que eu já tenho.
É esta a motivação, portanto, para a decisão do mulherio em desatar a encher clínicas de cirurgia estética e enfiar no peito botijas de silicone. Atenção, isto não é uma crítica: eu próprio, se um dia possuir dinheiro e a saúde me ajudar, gostaria de fazer uns implantes, à maneira do que o Marylin Manson fez anos atrás. Gosto de mamas, querem o quê?!?, e gosto tanto, tanto, que queria ter umas só minhas, Pamela Anderson style. Mas deixemos este breve excurso de lado e voltemos à revelação acima: as gajas, dizem-nos, metem implantes por nossa causa. Isto é, somos nós os "culpados" pela decisão delas.
Só que isto, minha gente, e sobretudo minhas leitoras, é uma aldrabice. Pegada. Este argumento é simplesmente uma maneira de vocês, mulheres, atirarem a bola, e por "a bola" quero dizer "a mama", para o terreno do adversário. Nenhum homem é parvo o bastante para aceitar esta justificação, excepção feita aos grunhos da Casa dos Segredos, que me parecem parvos o suficiente para cair nestes contos de fadas e mais, muito mais. O que eu quero dizer é que este argumento não cola. Mulheres, não tentem culpar-nos a nós, homens, pois por mais apreciadores de mamas que sejamos (e somos, e somos. Pelo menos, eu sou, eu sou!) ninguém vos obriga a fazer uma operação às tetas. É verdade que nos preocupamos com o tamanho das mamas, assim como com a forma delas, delicadeza ao toque e um sem-número de outras qualidades, mas também nos preocupamos com muitas outras coisas e não vos vejo a fazer nada para dar resposta. Querem exemplos? Então tomem lá:
Nós, homens, além de mamas, gostamos de mulheres que não nos chateiem a cabeça quando queremos ir beber umas bejecas com os amigos. Se as mulheres se preocupassem, também aqui, com adquirir vantagem competitiva, nunca perguntariam "a que horas chegas", "aonde é que vão", "vai lá haver strip-tease" ou "o Marco, aquele que tem cinco namoradas ucranianas, vai lá estar? Não te quero ao pé dele, ouviste?". Ficariam caladas e deixar-nos-iam em paz.
Nós, homens, além de mamas, gostamos de nos sentar ao sofá com uma cerveja ao lado, uma taça de amendoins, outra de tremoços, outra de cajus, outra de pistachios, outra de passas, outra de... (bem, já perceberam a ideia), descansar os pés em cima do sofá ou de qualquer superfície que esteja a jeito e ver futebol em paz, sem levar com os habituais "queres amendoins? Vai buscá-los", "não quero nada sujo", "futebol? Mas eu quero ver a telenovela!" ou o ofensivo "és um inútil". A vantagem competitiva ditaria, mais uma vez, não só que as mulheres ficassem caladas, como fossem elas a trazer-nos a cerveja, os amendoins, os tremoços, os cajus, e por aí adiante, e ainda nos fizessem uma massagem aos pés. Não se queixariam de estar a dar bola e, como bónus, durante o intervalo ainda nos presenteavam com um strip-tease e/ou um felácio. Mas não, aqui já não se interessam em adquirir vantagem competitiva...
Nós, homens, além de mamas, gostamos de olhar para muitas mamas. Uma vantagem competitiva considerável seria, então, quando nós olhamos para mamas alheias, não ter a nossa mulher a espetar-nos um valente estaladão. Mas encontrem lá uma mulher assim... é o encontras!
Portanto, o que eu quero dizer, apenas com estes três exemplos, é que as mulheres não fazem os implantes mamários por causa de nós, homens. Se o fizessem, mais facilmente fariam outras coisas. Alegar o contrário é, pura e simplesmente, mentir, o que me leva a deixar a seguinte mensagem: Gajas, se vocês querem pôr implantes, não venham com justificações da treta. Nós não temos culpa de nada. Querem pôr mamas?! Estão por vossa conta, vocês é que sabem. Portanto, se querem mamas, ponham lá as mamas e deixem-se de tetas!...
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