Como fica a cozinha depois de a gaja ter cozinhado:
Como fica a cozinha depois de EU ter cozinhado:
Conclusão: exacto! Quando sou eu a cozinhar, a coisa é muito mais divertida!
quarta-feira, fevereiro 29, 2012
segunda-feira, fevereiro 27, 2012
Diálogos parvos (a série continua)
Eu: Não sei por que é que as mulheres estão sempre a queixar-se quando aumentam de peso.
Ela: Tu não sabes porque és homem!
Eu: Sim, mas... São só uns quilinhos a mais, não estou a ver qual é o drama.
Ela: Tu não percebes.
Eu: Quer dizer, não é exactamente o fim do mundo. O que importa mais um pneuzinho aqui, mais uma gordurazinha ali?!?...
Ela: A coisa não é só física, é também psicológica. E não sei se já reparaste, mas estás a ficar com duplo queixo!
Eu: Hã?! Duplo queixo?!? Eu?!?! Onde, onde?!?! AHHHHHHH! Tira, tira!!!! AHHHHHH! Mata, MATA!!!! AHHHHHHHH!
Tenho só a acrescentar que, além do duplo queixo, a roupa está também a encolher, mas isto pode ser apenas do frio...
...espero!
Ela: Tu não sabes porque és homem!
Eu: Sim, mas... São só uns quilinhos a mais, não estou a ver qual é o drama.
Ela: Tu não percebes.
Eu: Quer dizer, não é exactamente o fim do mundo. O que importa mais um pneuzinho aqui, mais uma gordurazinha ali?!?...
Ela: A coisa não é só física, é também psicológica. E não sei se já reparaste, mas estás a ficar com duplo queixo!
Eu: Hã?! Duplo queixo?!? Eu?!?! Onde, onde?!?! AHHHHHHH! Tira, tira!!!! AHHHHHH! Mata, MATA!!!! AHHHHHHHH!
Tenho só a acrescentar que, além do duplo queixo, a roupa está também a encolher, mas isto pode ser apenas do frio...
...espero!
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sexta-feira, fevereiro 24, 2012
A evolução das discussões ao longo dos anos
Neste post, vou comprovar uma tese. A tese é: à medida que vamos ficando velhos, o teor das nossas discussões eleva-se, mas a maneira como desenvolvemos tais discussões mantém-se. Ou seja, com a idade, a metafísica vai-se distanciando da epistemologia. Não perceberam esta última frase? Não se preocupem, eu também não, coloquei-a só para dar um ar de coiso.
Passarei de seguida à demonstração. Lembram-se quando eram pequenos? Eu, embora tenha uma memória digna de um doente de Alzheimer, lembro-me. E sei bem como eram as discussões nessa época. Dou-vos só dois exemplos, que tenho a certeza despertarão em vós centenas de episódios semelhantes:
Discussão típica #1:
Eu: Iá, o Super-Homem dava porrada no Batman.
Amigo: Não dava! O Batman é que vencia o Super-Homem.
Eu: Ihhh, ganda estúpido! O Super-Homem tem superpoderes, tipo superforça, super-raios dos olhos, supervelocidade...
Amigo: Cala-te! O Batman tem um bruta carrão e tem um cinto com bués cenas.
Eu: És estúpido!
Amigo: Tu é que és!
Eu: Tu é que és mil vezes!
Amigo: Tu é que és duas mil vezes!
Discussão típica #2:
Eu: Iá, o Sporting é bué melhor que o Benfica.
Amigo: Iá.
Eu: E quando os dois jogarem, o Sporting vai ganhar 5 a 0.
Amigo: Vai ser 10 a 0.
Eu: Ihhh, tantos?! Vai ser 5, vais ver.
Amigo: Uma merda. Vão ser 10.
Eu: 5.
Amigo: 10.
Eu: És estúpido!
Amigo: Tu é que és!
Eu: Tu é que és mil vezes!
Amigo: Tu é que és duas mil vezes!
Estou convicto de que vocês, agora, estão a derramar uma lagriminha pela face, ao recordarem-se de discussões iguais a estas nos vossos tempos de infância. Argumentações similares ocupavam grande parte dos nossos tempos livres. Com a idade, porém, os assuntos vão sendo outros. Em lugar de discutirmos qual é o super-herói que dá um enxerto no outro, ou por quantos o Sporting vai vencer o Benfica, passamos a ter altercações sobre questões supostamente mais refinadas, como política, literatura, filosofia, arte. Mas a essência da discussão, essa, como eu quero mostrar, mantém-se. Ainda há dois dias, tive este acalorado e aceso diálogo com uma amiga minha:
Eu: Pá, o Klimt não vale nada.
Amiga: Hã? Não estás a falar a sério, pois não?
Eu: Estou, estou. O Klimt é uma porcaria.
Amiga: Não é nada!
Eu: É sim. As obras dele são pirosas como tudo. E feias. Já me viste aquela porcaria d'O Beijo?! Como é possível aquilo estar num museu?! Aquilo é horrível!
Amiga: Não é nada, é lindo. Horríveis são os rabiscos a que chamas arte. Como é que podes gostar do Pollock?! Até o meu cão fazia melhor!
Eu: És estúpida!
Amiga: Tu é que és!
Eu: Tu é que és mil vezes!
Amigo: Tu é que és duas mil vezes!
E pronto. Tese comprovada! O que é que mudou aqui?! Tirando a elevação do tema, e considerando - o que não é de todo líquido - que falar sobre arte contemporânea é um tema mais elevado do que falar sobre porrada entre personagens fictícias ou sobre a possibilidade de o Sporting espetar 5 ou 10 no Benfica (à sua maneira, também uma ficção...), com o que ficamos? Exactamente com as mesmas criancices de sempre. E quem diz arte, diz outras coisas. Há cerca de um mês, estive quase a andar à porrada com um colega de trabalho porque um de nós (eu) teimava que a escrita lobo antunesiana ia beber muito ao Vergílio Ferreira da época de um Nítido Nulo, e o meu colega dizia que não, isso era uma idiotice. Mais uma vez, lá está: assuntos elevados, mas a mesma maneira de os colocar.
Portanto, tenho ou não tenho razão?! Claro que tenho. E se não concordam, é porque são estúpidos infinitas vezes!
Passarei de seguida à demonstração. Lembram-se quando eram pequenos? Eu, embora tenha uma memória digna de um doente de Alzheimer, lembro-me. E sei bem como eram as discussões nessa época. Dou-vos só dois exemplos, que tenho a certeza despertarão em vós centenas de episódios semelhantes:
Discussão típica #1:
Eu: Iá, o Super-Homem dava porrada no Batman.
Amigo: Não dava! O Batman é que vencia o Super-Homem.
Eu: Ihhh, ganda estúpido! O Super-Homem tem superpoderes, tipo superforça, super-raios dos olhos, supervelocidade...
Amigo: Cala-te! O Batman tem um bruta carrão e tem um cinto com bués cenas.
Eu: És estúpido!
Amigo: Tu é que és!
Eu: Tu é que és mil vezes!
Amigo: Tu é que és duas mil vezes!
Discussão típica #2:
Eu: Iá, o Sporting é bué melhor que o Benfica.
Amigo: Iá.
Eu: E quando os dois jogarem, o Sporting vai ganhar 5 a 0.
Amigo: Vai ser 10 a 0.
Eu: Ihhh, tantos?! Vai ser 5, vais ver.
Amigo: Uma merda. Vão ser 10.
Eu: 5.
Amigo: 10.
Eu: És estúpido!
Amigo: Tu é que és!
Eu: Tu é que és mil vezes!
Amigo: Tu é que és duas mil vezes!
Estou convicto de que vocês, agora, estão a derramar uma lagriminha pela face, ao recordarem-se de discussões iguais a estas nos vossos tempos de infância. Argumentações similares ocupavam grande parte dos nossos tempos livres. Com a idade, porém, os assuntos vão sendo outros. Em lugar de discutirmos qual é o super-herói que dá um enxerto no outro, ou por quantos o Sporting vai vencer o Benfica, passamos a ter altercações sobre questões supostamente mais refinadas, como política, literatura, filosofia, arte. Mas a essência da discussão, essa, como eu quero mostrar, mantém-se. Ainda há dois dias, tive este acalorado e aceso diálogo com uma amiga minha:
Eu: Pá, o Klimt não vale nada.
Amiga: Hã? Não estás a falar a sério, pois não?
Eu: Estou, estou. O Klimt é uma porcaria.
Amiga: Não é nada!
Eu: É sim. As obras dele são pirosas como tudo. E feias. Já me viste aquela porcaria d'O Beijo?! Como é possível aquilo estar num museu?! Aquilo é horrível!
Amiga: Não é nada, é lindo. Horríveis são os rabiscos a que chamas arte. Como é que podes gostar do Pollock?! Até o meu cão fazia melhor!
Eu: És estúpida!
Amiga: Tu é que és!
Eu: Tu é que és mil vezes!
Amigo: Tu é que és duas mil vezes!
E pronto. Tese comprovada! O que é que mudou aqui?! Tirando a elevação do tema, e considerando - o que não é de todo líquido - que falar sobre arte contemporânea é um tema mais elevado do que falar sobre porrada entre personagens fictícias ou sobre a possibilidade de o Sporting espetar 5 ou 10 no Benfica (à sua maneira, também uma ficção...), com o que ficamos? Exactamente com as mesmas criancices de sempre. E quem diz arte, diz outras coisas. Há cerca de um mês, estive quase a andar à porrada com um colega de trabalho porque um de nós (eu) teimava que a escrita lobo antunesiana ia beber muito ao Vergílio Ferreira da época de um Nítido Nulo, e o meu colega dizia que não, isso era uma idiotice. Mais uma vez, lá está: assuntos elevados, mas a mesma maneira de os colocar.
Portanto, tenho ou não tenho razão?! Claro que tenho. E se não concordam, é porque são estúpidos infinitas vezes!
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quarta-feira, fevereiro 22, 2012
Eram 4 da madrugada e eu estava a pensar nisto
No fundo, uma metáfora dos dias que correm. O queijo é o crescimento económico, o pessoal que se espatifa todo são os países em busca de uma saída para a crise, não reparando que, nesse desejo, o declive é inclinado, escorregadio e é isso mesmo, um declive, portanto é sempre a cair. No final, como se a coisa fosse uma sequela do Highlander, só um pode sair vencedor. E se estiveram atentos ao vídeo, podem reparar que os senhores que estão lá em baixo, aguardando pela chegada dos competidores, assumem o papel da troika: é como se, por um lado, dissessem "nós estamos cá para vos ajudar e amparar", mas bem lá no fundo, o que eles pensam é "desçam essa merda e espatifem-se para aí, c!#"lho!".
A única posição em que se pode apreciar os acontecimentos é, claro está, a do lado de fora. Quem está fora, pode rir a bom rir. Nada lhe vai acontecer. Quem está lá dentro, mesmo que ria (os chamados patetas alegres), não tem escapatória: consiga ou não o queijo, as possibilidades de trambolhão são infinitas. Nestas histórias, já dizia o outro, o corpo é que paga...
A única posição em que se pode apreciar os acontecimentos é, claro está, a do lado de fora. Quem está fora, pode rir a bom rir. Nada lhe vai acontecer. Quem está lá dentro, mesmo que ria (os chamados patetas alegres), não tem escapatória: consiga ou não o queijo, as possibilidades de trambolhão são infinitas. Nestas histórias, já dizia o outro, o corpo é que paga...
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segunda-feira, fevereiro 20, 2012
O tempo é mesmo uma coisa tramada
Longe vai a época em que eu poderia fazer fisicamente qualquer coisa sem sofrer consequências. Lembro-me de ter feito duas directas seguidas no Porto, em trabalho. Lembro-me de ter dormido na rua após uma severa bebedeira. Lembro-me de trabalhar, ir a concertos, andar aos gritos, à biqueirada e ao mosh e depois ir trabalhar novamente. Lembro-me de estar com gripes daquelas de ficar internado no hospital, mas ainda assim ir jogar futebol com os amigos. Várias horas seguidas. E marcar golos. Lembro-me de tudo isto e muito mais.
Ontem, porém, bastou-me adormecer durante meia hora apenas ao ombro da cara metade para ficar com dores no pescoço daquelas mesmo lixadas, dores que nem a Linda Blair deve ter sentido quando protagonizou o Exorcista. Tenho de recuar vários anos (bastantes, mesmo!) para recordar uma dor semelhante: foi na ressaca do concerto dos Metallica em Alvalade, corria o ano de 1993, onde eu abanei tanto a cabeça que andei à rasca do pescoço aí durante uns três dias. Só que, nesse célebre 16 de Junho, ainda se percebe a coisa: estive a massacrar o carolo 45 minutos durante Suicidal Tendencies, e mais 2h 30 m durante Metallica. Compreende-se, então, que o pescoço tenha dado de si perante uma actividade tão intensiva. Agora, não se compreende de forma alguma que, só porque me encostei ao ombro amado durante míseros 30 minutos, esteja a ser torturado no cachaço. E mais: ao passo que naqueles três dias eu não fiz nada para curar o pescoço, mas ele ainda assim ressuscitou, esta manhã teve de vir a gaja com uma pomada e espalhá-la pela zona dorida, no sentido de acalmá-la (não funcionou, digo já!). Portanto, conclusão: além de estar mais fraquinho, estou mais maricas (ui, pomadinha no pescocinho...).
É isto o que a passagem do tempo nos faz. Amolece-nos. Ai, o meu pescoço!!!!
Ontem, porém, bastou-me adormecer durante meia hora apenas ao ombro da cara metade para ficar com dores no pescoço daquelas mesmo lixadas, dores que nem a Linda Blair deve ter sentido quando protagonizou o Exorcista. Tenho de recuar vários anos (bastantes, mesmo!) para recordar uma dor semelhante: foi na ressaca do concerto dos Metallica em Alvalade, corria o ano de 1993, onde eu abanei tanto a cabeça que andei à rasca do pescoço aí durante uns três dias. Só que, nesse célebre 16 de Junho, ainda se percebe a coisa: estive a massacrar o carolo 45 minutos durante Suicidal Tendencies, e mais 2h 30 m durante Metallica. Compreende-se, então, que o pescoço tenha dado de si perante uma actividade tão intensiva. Agora, não se compreende de forma alguma que, só porque me encostei ao ombro amado durante míseros 30 minutos, esteja a ser torturado no cachaço. E mais: ao passo que naqueles três dias eu não fiz nada para curar o pescoço, mas ele ainda assim ressuscitou, esta manhã teve de vir a gaja com uma pomada e espalhá-la pela zona dorida, no sentido de acalmá-la (não funcionou, digo já!). Portanto, conclusão: além de estar mais fraquinho, estou mais maricas (ui, pomadinha no pescocinho...).
É isto o que a passagem do tempo nos faz. Amolece-nos. Ai, o meu pescoço!!!!
sexta-feira, fevereiro 17, 2012
O grande combate da nossa era
trava-se entre as minhas calças e a minha barriga. Esta manhã, após uma luta titânica que parecia querer concluir-se num impasse, as calças lá venceram, conseguindo cercar e apertar a barriga, não obstante o sofrimento do botão, entalado qual Martim Moniz. Espera-se um retomar do confronto logo a seguir ao almoço. A coisa promete...
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terça-feira, fevereiro 14, 2012
E dizem que as mulheres são difíceis de entender... Vá-se lá perceber o Sporting!
O que têm em comum estes três jogadores seminus? Dois são Pintos, e os três já passaram pelo SCP. E conseguiria eu meter aqui uma imagem mais gay do que esta?! Sim, conseguiria, não me testem...
É triste quando algo com um passado tão glorioso e uma história tão relevante e significativa vive hoje momentos de desgraça, com conflitos abertos e a possibilidade iminente de uma bancarrota. Mas chega de falar na Grécia. Atentemos antes no Sporting, uma instituição com um passado tão glorioso e uma história tão relevante e significativa que vive hoje momentos de desgraça, com conflitos abertos e a possibilidade iminente de uma bancarrota. Hã?! Pois...
O Sporting é o clube mais bipolar do mundo. Num dia jura-se aos santinhos que o treinador é para ficar (só faltou um "Domingos forever" - onde é que eu já vi isto?!), no dia imediatamente a seguir, prega-se com ele no olho da rua (onde é que eu também já vi isto?!). Eu começo a achar que as estratégias do Sporting são decididas na base seguinte: mete-se uma série de opções, escritas em papelinhos posteriormente dobrados, para dentro de uma tômbola, gira-se a tômbola e depois retira-se um papelinho. O que sair dali, é o "projecto" para os próximos dois meses. Ontem, a direcção do Sporting resolveu ir à tômbola e retirou o papelinho que dizia "despedir o treinador". Assim foi. E depois, para ocupar o lugar vago, recorreu a outra tômbola que contém só nomes de treinadores, que vão desde o Bobby Robson (já falecido) até ao roupeiro Paulinho, passando pelo Stephen Hawking e pela Imelda Marcos. Quê, acham bizarro terem lá o nome de uma pessoa com fetiche por sapatos? Não achem: lembrem-se que até há muito pouco tempo tivemos um director desportivo com o fetiche dos fatos. O Sporting também é isto.
E pronto, desta tômbola saiu o papelito com o nome do Sá Pinto que, conta-se à boca pequena, foi tirado não apenas com base na aleatoriedade. Parece que o papelito aviou uma série de outros papelitos para ganhar posição no momento em que a mão do Godinho Lopes se enfiava na tômbola... Seja como for, e qualquer que tenha sido a causa, a consequência está aí: Sá Pinto é o actual treinador do SCP. O que torna todo o clube em algo ainda mais surreal, pois levou-se ao extremo a ideia de que, quando as coisas correm mal, é preciso dar um murro na mesa. Sá Pinto, pá...
Confesso que ainda estou a reagir aos acontecimentos. Não me agrada muito ver o Sporting transformado num murro das lamentações, nem acho que tenha sido um upgrade assim tão vistoso termos, em poucas semanas, passado da papa Cerelac para a batata a murro, e já se sabe que, quem não comer, terá o Sá Pinto para lhe aviar na marmita. Vai ser só afiambrar, vai (ok, já chega de trocadilhos culinários).
Porém, quer goste, quer não, o Sá Pinto passa a ser o meu comandante-em-chefe. E isto tem que se lhe diga. Habituar-me à ideia, penso eu, não vai ser difícil: complicado mesmo será, cada vez que o Sporting perder ou me chatear a cabeça, eu resistir a querer partir a boca ao treinador!
Só mais duas coisas: primeiro, devo dizer que aquilo de que o Sporting precisava era de pontos, não de Pintos. Segundo, e estando nós hoje no dia em que se celebra o enamoramento, acho que é de mau tom o Sporting assumir uma relação com alguém tão afamado pela sua conduta, digamos, mais física. É como se estivesse a dizer "quanto mais bates, mais gosto de ti". Não é exactamente, creio, a melhor das mensagens para o dia de S. Valentim...
O Sporting é o clube mais bipolar do mundo. Num dia jura-se aos santinhos que o treinador é para ficar (só faltou um "Domingos forever" - onde é que eu já vi isto?!), no dia imediatamente a seguir, prega-se com ele no olho da rua (onde é que eu também já vi isto?!). Eu começo a achar que as estratégias do Sporting são decididas na base seguinte: mete-se uma série de opções, escritas em papelinhos posteriormente dobrados, para dentro de uma tômbola, gira-se a tômbola e depois retira-se um papelinho. O que sair dali, é o "projecto" para os próximos dois meses. Ontem, a direcção do Sporting resolveu ir à tômbola e retirou o papelinho que dizia "despedir o treinador". Assim foi. E depois, para ocupar o lugar vago, recorreu a outra tômbola que contém só nomes de treinadores, que vão desde o Bobby Robson (já falecido) até ao roupeiro Paulinho, passando pelo Stephen Hawking e pela Imelda Marcos. Quê, acham bizarro terem lá o nome de uma pessoa com fetiche por sapatos? Não achem: lembrem-se que até há muito pouco tempo tivemos um director desportivo com o fetiche dos fatos. O Sporting também é isto.
E pronto, desta tômbola saiu o papelito com o nome do Sá Pinto que, conta-se à boca pequena, foi tirado não apenas com base na aleatoriedade. Parece que o papelito aviou uma série de outros papelitos para ganhar posição no momento em que a mão do Godinho Lopes se enfiava na tômbola... Seja como for, e qualquer que tenha sido a causa, a consequência está aí: Sá Pinto é o actual treinador do SCP. O que torna todo o clube em algo ainda mais surreal, pois levou-se ao extremo a ideia de que, quando as coisas correm mal, é preciso dar um murro na mesa. Sá Pinto, pá...
Confesso que ainda estou a reagir aos acontecimentos. Não me agrada muito ver o Sporting transformado num murro das lamentações, nem acho que tenha sido um upgrade assim tão vistoso termos, em poucas semanas, passado da papa Cerelac para a batata a murro, e já se sabe que, quem não comer, terá o Sá Pinto para lhe aviar na marmita. Vai ser só afiambrar, vai (ok, já chega de trocadilhos culinários).
Porém, quer goste, quer não, o Sá Pinto passa a ser o meu comandante-em-chefe. E isto tem que se lhe diga. Habituar-me à ideia, penso eu, não vai ser difícil: complicado mesmo será, cada vez que o Sporting perder ou me chatear a cabeça, eu resistir a querer partir a boca ao treinador!
Só mais duas coisas: primeiro, devo dizer que aquilo de que o Sporting precisava era de pontos, não de Pintos. Segundo, e estando nós hoje no dia em que se celebra o enamoramento, acho que é de mau tom o Sporting assumir uma relação com alguém tão afamado pela sua conduta, digamos, mais física. É como se estivesse a dizer "quanto mais bates, mais gosto de ti". Não é exactamente, creio, a melhor das mensagens para o dia de S. Valentim...
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segunda-feira, fevereiro 13, 2012
Um gay fez-me olhinhos na rua
E o grave é eu não saber se hei-de ficar agradado (me so sexy...) ou irritado. Até porque não é a primeira vez que isto acontece.
Acho que vou ficar agradado. Afinal, galã que é galã, é galado tanto por gajas como por bichas. Mas lanço desde já um apelo a todos os panascas deste país: não abusem, está bem?! Podem olhar, mas não podem comer.
Acho que vou ficar agradado. Afinal, galã que é galã, é galado tanto por gajas como por bichas. Mas lanço desde já um apelo a todos os panascas deste país: não abusem, está bem?! Podem olhar, mas não podem comer.
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sexta-feira, fevereiro 10, 2012
quarta-feira, fevereiro 08, 2012
segunda-feira, fevereiro 06, 2012
Diálogos parvos, versão 257812478985623131
Eu: Mas que raios?! Por que é que estás a cantar música pimba?
Ela: E?! Qual é o problema?!
Eu: Isso é muito estúpido!
Ela: Pfff. Diz a pessoa que só faz coisas anormais.
Eu: Iá, como por exemplo?
Ela: Dás puns e arrotos!
Eu: E onde é que isso é anormal? Até parece que nunca ninguém deu puns e arrotos em toda a História da Humanidade!
Ela: Como os teus, não!
Eu:... Hmmm, ok, ganhaste esta...
(e agora todos perguntam: em que se distinguem os meus puns e arrotos de todos os outros puns e arrotos?!? Pá, não queiram saber. A sério...)
Ela: E?! Qual é o problema?!
Eu: Isso é muito estúpido!
Ela: Pfff. Diz a pessoa que só faz coisas anormais.
Eu: Iá, como por exemplo?
Ela: Dás puns e arrotos!
Eu: E onde é que isso é anormal? Até parece que nunca ninguém deu puns e arrotos em toda a História da Humanidade!
Ela: Como os teus, não!
Eu:... Hmmm, ok, ganhaste esta...
(e agora todos perguntam: em que se distinguem os meus puns e arrotos de todos os outros puns e arrotos?!? Pá, não queiram saber. A sério...)
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sexta-feira, fevereiro 03, 2012
quinta-feira, fevereiro 02, 2012
Reflexões a frio
Agora que estamos a atravessar uma vaga de frio, e se anuncia uma descida ainda mais acentuada das temperaturas para os próximos dias, é altura de começarmos a pensar nas consequências de um inverno rigoroso. E, para mim, só há uma consequência que vale a pena destacar: em termos de frio, começamos a aproximar-nos do resto da Europa. Durante muito tempo, andámos, gabarolas, a elogiar o nosso clima ameno, enquanto os tipos no resto da Europa, principalmente no norte, rapavam um griso do caraças. Esquecíamo-nos, contudo, de que nessas zonas havia e há frio, mas também havia e há boas condições de vida, bons salários, bons governantes, boas gajas, bom tudo o resto. E talvez, julgo eu, as coisas estejam relacionadas... E talvez, digo eu, se o frio aumentar cá na Lusitânia, talvez a produtividade do trabalhador médio português aumente, pois ele não só terá trabalhar, como terá de trabalhar mais para aquecer.
Não, esperem lá... trabalhar para aquecer?! Com os nossos salários, com o nosso custo de vida, com as nosso patronato acéfalo, com os nossos contractos colectivos, trabalhar para aquecer já é o que fazemos desde 1141. Ó pá, sendo assim, p'ró caraças mais o frio!...
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