sexta-feira, outubro 17, 2008

Então e que tal se navegasses daqui para fora, ó palhaço?!?!?!

O não-acontecimento literário do ano já está aí: o actor Virgílio Castelo estreia-se na escrita com um romance, O Último Navegador. Ontem, o bandalho de merda (para mim, alguém que papou a Alexandra Lencastre tem de ser classificado como um bandalho de merda, o que é dizer que Virgílio Castelo, Piet-Hein Bakker e 90% dos actores masculinos que contracenaram com ela nas novelas da RTP, SIC e TVI são uns bandalhos de merda) foi dar uma entrevista à RTPn onde, para além de outras alarvidades, asseverou que o objectivo do livro era discutir Portugal, pois não compreendia por que razão os portugueses depreciam tanto o seu país.

Ora, como eu não seria eu se não dissesse mal de Portugal, acto para mim tão natural quanto o de respirar, senti-me naturalmente atingido! E tenho de reagir! Se o bandalho de merda que é o Virgílio Castelo não compreende por que é que alguns iluminados dizem mal de Portugal, eu passo a explicar. Portugal é uma merda porque, além de ter actores e jornalistas estúpidos que têm a mania de saber escrever, não possui um sistema de justiça que funcione, o debate político é desinteressantíssimo, os professores são incompetentes, os alunos burros, a selecção nacional consegue perder com os Estados Unidos num campeonato do mundo, o filme em que a Cláudia Vieira mostra as mamas ainda não estreou, o Alberto João Jardim é uma pessoa real e não um boneco do Contra-Informação, o Sporting não é campeão desde 2002 e, além disso, gajas boazonas como a Alexandra Lencastre dormem com bandalhos de merda, em vez de me fazerem uma visita ao domicílio!

Por eu achar isto serei menos patriota do que o senhor Virgílio Castelo?! Claro que não! Os patriotas dividem-se em dois grupos: o grupo dos que estão contentes com o estado de coisas, que para eles é bom, e o grupo dos que não estão de maneira nenhuma contentes, e querem que as coisas melhorem. O Virgílio Castelo, pelos vistos, pertence ao primeiro grupo. Por pior que as coisas estejam, Portugal há-de ser sempre um país porreiro. Pois eu - e muitos outros, incluindo o Vasco Pulido Valente, mas esse diz mal de tudo, portanto não conta - não me satisfaço com tal. Portugal pode vir a ser um país porreiro, mas ainda não o é. E é necessário apontar por que não o é! Se isto desilude o actor-"escritor" Virgílio Castelo, azar. Ele que vá levar na peida e deixe de escrever livros por motivos tão comezinhos. Porque, efectivamente, como escrevia um autor a sério, "falta cumprir Portugal". E tenho dito, raios partam!

2 comentários:

Anónimo disse...

Ele até é bonito!

Peter of Pan disse...

Quando não fala nem escreve, é!