quinta-feira, abril 07, 2011

Pessoas com nomes de bichos: estudo, análise e diagnóstico da coisa

Se estavam a pensar que eu hoje viria falar de política e de ajudas externas, azarito! Não tenho por hábito falar de minudências. Hoje, o assunto é profundo e toca a todos: pessoas com nomes de bichos! Quantas pessoas conhecem cujos apelidos são bichos?! Desde os comuns Pinto e Coelho, passando por Lobo, Pombo, Leitão, Pardal, Peixe ou pelos menos vulgares Cão (lembram-se do Diogo?), Gato ou Rato, do qual temos até um exemplo na nossa recém-dissolvida assembleia da república na figura da Rita Rato que, não por acaso, é uma bela rata... aham, desculpem, Rita. Há, até, nomes mais exóticos, como Leão ou Lagarto, Falcão, Gavião... curiosamente, porém, nunca vi - para grande tristeza dos lampiões - ninguém chamado Águia.

A grande pergunta que, necessariamente, se coloca é, então: Por que é que há bichos dignos de figurarem como nomes de pessoas e outros não?!? Se temos um João Lagarto, por que não temos um André Crocodilo?! Por acaso um crocodilo é menos nobre do que um lagarto?!? E os nossos parentes mais próximos?! Nunca se questionaram por não encontrar ninguém com os apelidos Orangotango, Chimpanzé ou Bonobo?! E por que carga de água as aves se assumem como maioritárias no grupo de pessoas que têm nomes de bichos? Além dos supracitados Pombo, Pardal, Falcão ou Gavião, também podemos encontrar Pato, Galo e um sem número de outra passarada... mas alguma vez viram um Mário Avestruz?! Ou uma Sara Abelharuco?!? E porquê?! Que razões subjazem a tal discriminação? E os insectos?! Se os insectos, enquanto espécie, são em maior diversidade e número que as aves, por que é que essa proporção não se reflecte nos apelidos das pessoas? Tirando Barata ou Formiga, não me recordo de encontrar pessoas cujos nomes fossem insectos. Já depararam com algum Nuno Tarântula?! Ou uma Joana Percevejo?! Eu não!

E os seres aquáticos, como ficam?! Sim, temos o genérico Peixe, mas há razões para haver um Emílio Peixe, ex-jogador do Sporting, Benfica e Porto, e não haver uma Maria Alforreca que, sei lá, seja patinadora nos hipermercados Continente?! Não há, creio eu! E ninguém se chega à frente para explicar o porquê destas tretas! Parece, na realidade, que no que toca a dar nomes de bichos às pessoas, o ditado orwelliano faz história: "todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros". E ninguém sabe porquê. Pensem nisto.

2 comentários:

Ilda disse...

Percebi-te! Nos dias de hj uns são mesmo mais iguais que outros e quem se lixa é sempre o mexilhão! ;)

Ai que desgrácia disse...

Eu sou... Coelho!!! Ahhhhahhhh!!!