terça-feira, abril 19, 2011

Noites de tempestade

Ó pá, foi tão gira a noite/madrugada de ontem! Tantos trovões, tantos relâmpagos e tanta chuva. Foi mesmo fixe. Eu já não via tanta humidade desde que assisti ao Universitárias Badalhocas 4: Vem Enfiar-nos a tua Tuna. A dada altura, imaginei que, se o Turner estivesse vivo, ele teria dado o cu e cinco tostões por um pincel, uma tela e umas quantas aguarelas de forma a imortalizar, em quadro, a magnificência da tempestade de ontem. Já agora, quero um prémio de escrita criativa para mim por, atrás, ter feito um jogo estúpido entre "Tuna" e "Turner". Eu sei que vocês não apanhariam se eu não vos tivesse dito, mas não interessa. Bom, adiante.

Estava a falar de como a noite de ontem tinha sido mesmo fantástica. Foi cabrum e pshhhhhhhhh a noite toda. Cabrum. Pshhhhhh. Pshhhhh. Cabrum. A dada altura, só para dar mais ambiente, fui buscar o meu cd homónimo dos Black Sabbath e pus a rodar a Black Sabbath (é, a Black Sabbath dos Black Sabbath do disco Black Sabbath: a banda tinha muita imaginação para nomes!), a primeira música heavy metal de sempre, que coincidentemente se faz iniciar por uns pshhhhhs e cabruns. E sim, abanei a carola ao som que vinha da aparelhagem e ao que vinha lá de fora, e tive de me conter, muito aliás, para não fazer um mosh à mesa da sala.

Já a gaja não gostou muito da tempestade. Não é coisa que a fascine particularmente. Encolhia-se a cada trovão mais próximo, maldizia a chuva, intrigava-se por me ver tão contente. E foi-se deitar mais cedo do que o costume, cobrindo-se completamente com os lençóis, ao passo que eu peguei num livrinho e fui passando os olhos pelas páginas ao mesmo tempo que estava atento aos cabruns e pshhhhhhs que se faziam sentir. Pouco depois, embalado por este cenário, adormeci, e posso dizer que tive uma noite santa, apenas interrompida por uma ida à casa de banho, interrupção essa que me fez constatar, com agrado, que a tempestade lá fora ainda continuava. Quando voltei ao leito, não foi preciso muito para tornar a cair nos braços de Morfeu, e digo "braços de Morfeu" porque é uma expressão popular que significa dormir que nem um anjinho, não fiquem cá a pensar que um negro musculado, como o do Matrix, se tinha juntado a nós na cama. Quando acordei, fi-lo revigorado, como se tivesse dormido dois dias seguidos. Tudo por causa da tempestade. E do Morfeu. Hã?!?!?

Eu sei que muitos, em particular a minha gaja, não vão achar grande piada ao que vou dizer em seguida, mas gostava muito que esta noite houvesse uma tempestade similar à que ocorreu na noite de ontem. Foi mesmo fixe. As tempestades são do catano, pá!

1 comentário:

Ilda disse...

Que piadinha...