terça-feira, abril 17, 2012

Venho eu do almoço...

...vou para o local de trabalho, dá-se-me a dor de barriga, vou até ao W.C. Ocupo um dos dois cubículos e arreio as calças. Dou um pum subtil. Subtilíssimo, mesmo. Ouço passos. O outro cubículo acaba de ser ocupado. E sinto vir lá outro pum. Daqueles nada, nada subtis. Ainda penso na possibilidade de se dar uma coisa assim semelhante a esta



mas fico com vergonha e também desconheço a índole de quem se sentou na outra porcelana. Pode ser alguém sem sentido de humor. E sem gases, o que é tanto ou mais recriminável. Tento aguentar ao máximo o pum. Faço força. Tenho os músculos do cu tão contraídos que se soltasse o tijolo agora, aposto que saía dali um diamante. Ainda assim, por mais força que faça, sinto o pum escapar-se-me. Temo uma tragédia. Escapou-se: não foi o trovão que imaginei pudesse ser, foi mais um fuííííííííín agudo. Do outro lado, o meu compadre tem a lata de dizer "'tá mau isso, hã?!". Nem tenho tempo de responder: o meu cu fá-lo por mim. Outro pum, desta feita um FRÓÓÓÓM que, se um instrumento fosse, só podia ser uma tuba. Se eu tivesse algum sítio onde me esconder, era logo. Quer dizer, até tinha, mas era uma sanita, não conta. Do outro cubículo, o coitado levanta um "Dass!" Lá faço o que tinha a fazer, limpo o que tenho a limpar, visto-me, lavo as mãos e saio do W.C. mais depressa do que o governo inventa medidas de austeridade.

Foi mau, foi muito mau...

1 comentário:

Carmela disse...

:) Só tu para me fazeres rir agora. E com gosto!