Lembram-se daquele sketch dos Monty Python com velhotas delinquentes?!? Se não se lembram, é este aqui, vejam que eu espero:
Pronto, já viram?!
Hoje vivi uma situação semelhante no comboio. Fui tentar sentar-me no único lugar livre da carruagem, um lugar junto à janela. Os outros três lugares (recordo que era um comboio: os assentos são aqueles 2 a 2, virados um para o outro) encontravam-se ocupados por três vetustas velhotas; o que eu queria ocupar, reparei enquanto me aproximava, afinal não estava propriamente livre, visto ter umas malas de velhota em cima. Educadamente, pedi licença. As velhas levantaram a cabeça e baixaram-na de novo. Nada! Voltei a pedir licença. Entre uns renhónhónhós de reclamação, uma das velhas lá tirou as malas de cima do banco. Sentei-me. Senti três pares de olhos dardejando na minha direcção. Eu, que já viajei em carruagens apinhadas de bêbedos, de ciganos, de negros, de adeptos do Benfica, pela primeira vez tive medo. Medo esse que se viu reforçado quando as velhas resolveram entrar na galhofeira. Falavam aos berros, riam-se com aquele riso assustador e agudo, um IHIHIHIHIHIHIHIHIH que se entranha nos ouvidos e de lá não quer sair, uma delas babou-se, outra abriu a boca de tal maneira, revelando uma caverna tão negra e profunda, que fiquei surpreendido por não ver de lá sair um ou dois morcegos. O medo por mim sentido depressa se transformou em terror, e o terror só não se transformou em cagaço porque me concentrei muito. Já tinha visto Orçamentos de Estado mais simpáticos do que a situação presente. Eu só desejava que aquilo acabasse...
Por sorte, acabou três estações depois. Só que a saída das velhas dos seus respectivos lugares foi tudo menos pacífica: a que estava imediatamente à minha frente, ao levantar-se, deu-me com a mala no joelho. De forma irónica, proferiu um "Ah, desculpe, jovem"... e riram-se as três com aquele irritante IHIHIHIHIHIHIHIHIHIHIHIHIHIH! Além de mal educadas, eram provocadoras. Mas pronto, ao menos tudo tinha terminado e, se bem que ferido no meu orgunho, estava vivo. E inteiro. A partir de agora, contudo, sempre que vir velhotas em grupo, fujo. É melhor...
Pronto, já viram?!
Hoje vivi uma situação semelhante no comboio. Fui tentar sentar-me no único lugar livre da carruagem, um lugar junto à janela. Os outros três lugares (recordo que era um comboio: os assentos são aqueles 2 a 2, virados um para o outro) encontravam-se ocupados por três vetustas velhotas; o que eu queria ocupar, reparei enquanto me aproximava, afinal não estava propriamente livre, visto ter umas malas de velhota em cima. Educadamente, pedi licença. As velhas levantaram a cabeça e baixaram-na de novo. Nada! Voltei a pedir licença. Entre uns renhónhónhós de reclamação, uma das velhas lá tirou as malas de cima do banco. Sentei-me. Senti três pares de olhos dardejando na minha direcção. Eu, que já viajei em carruagens apinhadas de bêbedos, de ciganos, de negros, de adeptos do Benfica, pela primeira vez tive medo. Medo esse que se viu reforçado quando as velhas resolveram entrar na galhofeira. Falavam aos berros, riam-se com aquele riso assustador e agudo, um IHIHIHIHIHIHIHIHIH que se entranha nos ouvidos e de lá não quer sair, uma delas babou-se, outra abriu a boca de tal maneira, revelando uma caverna tão negra e profunda, que fiquei surpreendido por não ver de lá sair um ou dois morcegos. O medo por mim sentido depressa se transformou em terror, e o terror só não se transformou em cagaço porque me concentrei muito. Já tinha visto Orçamentos de Estado mais simpáticos do que a situação presente. Eu só desejava que aquilo acabasse...
Por sorte, acabou três estações depois. Só que a saída das velhas dos seus respectivos lugares foi tudo menos pacífica: a que estava imediatamente à minha frente, ao levantar-se, deu-me com a mala no joelho. De forma irónica, proferiu um "Ah, desculpe, jovem"... e riram-se as três com aquele irritante IHIHIHIHIHIHIHIHIHIHIHIHIHIH! Além de mal educadas, eram provocadoras. Mas pronto, ao menos tudo tinha terminado e, se bem que ferido no meu orgunho, estava vivo. E inteiro. A partir de agora, contudo, sempre que vir velhotas em grupo, fujo. É melhor...
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