No dia da morte do Eusébio, bateu-me uma ideia brilhante, uma daquelas tão geniais que só podia mesmo ser originada na minha massa cinzenta. Essa ideia era juntar grandes jogadores do passado que entretanto tinham falecido (Eusébio, Garrincha, Yashin, Best...), transformá-los em zombies, pô-los num campo da bola e, assim, dar o pontapé de saída no primeiro jogo de futebol para zombies.
Eu sei, eu sei... é mesmo genial isto.
Todavia, toda a gente a quem falo na ideia parece ter uma opinião diferente. Olham para mim de lado. Fazem "não" com a cabeça. Dizem "tss, tss" e deixam-me sozinho. E atiram um "E se deixasses de ser parvo?" quando se vão embora.
E estas são só as reacções da minha mulher!
Eu sei, eu sei... é mesmo genial isto.
Todavia, toda a gente a quem falo na ideia parece ter uma opinião diferente. Olham para mim de lado. Fazem "não" com a cabeça. Dizem "tss, tss" e deixam-me sozinho. E atiram um "E se deixasses de ser parvo?" quando se vão embora.
E estas são só as reacções da minha mulher!
Estou careca de saber (e escrevo "careca" no sentido literal do termo...) que as ideias mais revolucionárias da história não começaram por ser bem aceites. Tudo aquilo que constitui novidade assume carácter de estranheza. E é isso o que se passa com a minha fabulosa ideia de um futebol zombie (atenção: nada a ver com as recentes prestações da equipa do Benfica. Eu aqui falo de zombies a sério, não de jogadores que apenas se parecem com zombies).
Tenho tanta confiança neste meu achado que estou certo um dia ainda se irá fazer um campeonato mundial de futebol para zombies. E depois não venham cá dar-me pancadinhas nas costas! Nem quando esta minha ideia for adaptada para o cinema de Hollywood, apesar da minha resistência, que soçobrará aos argumentos da minha gaja, tipo este:
Ela: então querem pôr em filme aquela tua ideia parva dos futebolistas zombies a jogarem à bola?
Eu: sim, mas vou dizer-lhes não. É um estúdio de Hollywood, e tu sabes o que penso dos americanos.
Tenho tanta confiança neste meu achado que estou certo um dia ainda se irá fazer um campeonato mundial de futebol para zombies. E depois não venham cá dar-me pancadinhas nas costas! Nem quando esta minha ideia for adaptada para o cinema de Hollywood, apesar da minha resistência, que soçobrará aos argumentos da minha gaja, tipo este:
Ela: então querem pôr em filme aquela tua ideia parva dos futebolistas zombies a jogarem à bola?
Eu: sim, mas vou dizer-lhes não. É um estúdio de Hollywood, e tu sabes o que penso dos americanos.
Ela: ah, só que vais dizer que sim.
Eu: não, não vou.
Ela: vais sim, porque isso significa dinheiro a chegar e assim podes comprar-me aquele colar que eu há muito ando a namorar.
Eu: não, não vou.
Ela: vais sim, porque isso significa dinheiro a chegar e assim podes comprar-me aquele colar que eu há muito ando a namorar.
Eu: é que nem penses!
Ela: se dizes não a Hollywood, eu vou dar uma entrevista à Cristina Ferreira onde digo que tens o pénis pequeno.
Eu: mas o meu pénis não é pequeno!
Ela: pois não. É enorme. Gigantesco! Mas em quem achas que os espectadores da Cristina vão acreditar?!?
Eu:... está bem, eu assino o raio do contrato.
E também não venham cá fazer-me homenagens e dar o meu nome a ruas e o caraças depois que a adaptação em filme do futebol zombie ganhe dezenas de Óscares na cerimónia de 2017 para a qual eu e a minha esposa seremos convidados, apesar da minha resistência, que soçobrará aos argumentos dela, tipo este:
Eu: mas o meu pénis não é pequeno!
Ela: pois não. É enorme. Gigantesco! Mas em quem achas que os espectadores da Cristina vão acreditar?!?
Eu:... está bem, eu assino o raio do contrato.
E também não venham cá fazer-me homenagens e dar o meu nome a ruas e o caraças depois que a adaptação em filme do futebol zombie ganhe dezenas de Óscares na cerimónia de 2017 para a qual eu e a minha esposa seremos convidados, apesar da minha resistência, que soçobrará aos argumentos dela, tipo este:
Ela: ihhhh, recebemos um convite para a cerimónia dos Óscares, que fixe, sempre foi o meu sonho.
Eu: sim, mas eu não vou.
Ela: tu o quê?
Eu: não vou. Sabes perfeitamente o que eu penso dos americanos.
Ela: ah, mas é que vais mesmo. Eu quero que toda a gente me veja com o meu vestido ultra fashion da casa Armani e que ao meu lado vai o homem que teve aquela ideia estúpida que tu tiveste dos zombies e da bola e coiso!
Eu: mas é que nunca na minha vida!
Ela: se tu não vais, eu juro que digo a todos os microfones que me entrevistarem na passadeira vermelha que és péssimo a fazer amor.
Eu: mas eu sou bom a fazer amor!
Ela: pois és. És óptimo. O maior! Mas em quem achas que os milhões de espectadores que seguirão a cerimónia em directo vão acreditar?
Eu:...fosga-se, vai lá preparar o caraças do teu vestido...
Quando tudo isto tiver acontecido, lembrem-se de que comecei por ser vilipendiado e vulgarizado.
Eu: sim, mas eu não vou.
Ela: tu o quê?
Eu: não vou. Sabes perfeitamente o que eu penso dos americanos.
Ela: ah, mas é que vais mesmo. Eu quero que toda a gente me veja com o meu vestido ultra fashion da casa Armani e que ao meu lado vai o homem que teve aquela ideia estúpida que tu tiveste dos zombies e da bola e coiso!
Eu: mas é que nunca na minha vida!
Ela: se tu não vais, eu juro que digo a todos os microfones que me entrevistarem na passadeira vermelha que és péssimo a fazer amor.
Eu: mas eu sou bom a fazer amor!
Ela: pois és. És óptimo. O maior! Mas em quem achas que os milhões de espectadores que seguirão a cerimónia em directo vão acreditar?
Eu:...fosga-se, vai lá preparar o caraças do teu vestido...
Quando tudo isto tiver acontecido, lembrem-se de que comecei por ser vilipendiado e vulgarizado.
Sem comentários:
Enviar um comentário