O meu filho gosta muito do Pocoyo. Já eu não percebo nada daquilo. Um bonequinho antropomórfico de fato-de-treino azul relaciona-se com um pato, uma elefanta cor-de-rosa (grandes brocas fumaram aqueles ilustradores, parece-me), uma cadela e um passaroco azul. E o que faz o Rocócó?! Anda e salta de um lado para o outro, agita-se, vai atrás dos bichos, eu sei lá! E o meu puto ri-se. E eu sem compreender nada destes bonecos, pergunto-lhe "Filho, gostas de ver o Mocotó?". Ele nem responde, fascinado pelo que o televisor exibe. Não satisfeito pela minha ignorância, tenho ido consultar a Crítica da Razão Pura a ver se encontro alguma referência ao Balacó. Mas nem na secção sobre a apercepção transcendental descubro a mínima opinião do Kant sobre estes bonecos, o que só demonstra como o idealismo alemão é pateta.
No episódio de ontem, o bico do pato girou em 360º, coisa que Newton ou Einstein dificilmente julgariam possível. Tentando trazer o meu petiz para o mundo real, avisei que os bicos dos patos não se movem assim, mas uma vez mais ele não me ligou nenhuma. Ainda perdoo que a elefanta se mova sobre duas patas (bastaria que a evolução tivesse decorrido de maneira um poucochinho diferente para termos elefantes bípedes), agora bicos giratórios, isso, parafraseando o treinador do Benfica, nem que os patos nascessem 10 vezes.
Juro-vos que o Renhónhónhó me anda a dar cabo da cabeça...
Juro-vos que o Renhónhónhó me anda a dar cabo da cabeça...
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