quinta-feira, outubro 28, 2010

Se o governo não quer negociar com o PSD, talvez queira negociar comigo

Antes de mais, cabe-me pedir desculpas pela minha ausência ontem. Não tive tempo e não tive internet. Peço também desculpas por não poder concluir aquela narrativa digna de um Nobel da Física: "E se eu tivesse seguido uma carreira musical?". Fica para outra altura; afinal, necessidades mais prementes colocam-se diante de nós. A minha pança, por exemplo: o que hei-de fazer com a minha pança, que, tal como o défice do país, começa a assumir proporções insustentáveis? A roupa já me começa a ficar curta, e não é por eu estar mais crescido. Tenho o mesmo tamanho de sempre, a minha pança é que não...

Outra necessidade premente, embora não tão premente quanto solucionar o meu problema barrigudo, é saber que rumo dar ao país. E o país, já se sabe, não terá rumo sem orçamento, e o orçamento, já se sabe, anda naquela onda do vai-não-vai. Ontem, governo e PSD suspenderam as negociações; aparentemente, o Teixeira dos Santos não aceitou as condições do Catroga. Sendo assim, está na hora de se apresentar um plano C, e está na hora também de eu, cidadão exemplar que sou, mostrá-lo ao governo (detalhe: este "mostrá-lo" refere-se ao plano C. É bom que isto esteja claro, não tenham vocês ficado com outras ideias...). Eis algumas das propostas que vou colocar em cima da mesa numa reunião que tenho marcada com a equipa do governo mais logo às 3 da madrugada:

  • Isenção de IRS e produtos com IVA a 5% a quem revelar ser do Sporting. Alguns produtos, como é o caso de dvds pornográficos, terão mesmo IVA a 0%. [E, se tudo correr bem nas negociações, como eu prevejo que corra - aliás, por algum motivo levo enfiada uma bazuca nas calças - tentarei até que o Teixeira dos Santos ceda a uma proposta mais arrojada, que é: qualquer sportinguista que compre dvds porno terá de receber 1% sobre o valor acrescentado. Parece-me bonito...]

  • Pode-se ir para diante com a porcaria do TGV desde que, na viagem inaugural, o comboio não tenha travões e que lá dentro estejam o José Sócrates, o Almeida Santos, o Mário Soares, o Pedro Silva Pereira, a Maria de Lurdes Rodrigues (deves estar a pensar que nos esquecemos de ti, deves...), o Jorge Coelho, o Armando Vara e outras vacas e bois socialistas (da treta).

  • Redução drástica do salário pago aos deputados. Se possível, redução drástica do número de deputados. Em boa verdade, numa desconstrução da lei da paridade, o objectivo é alcançar um número de deputados igual a zero. Só ficarão no plenário as deputadas, e destas, só as jeitosas (o que se pouparia, pá!!!!). Não escondo que há por trás desta medida uma motivação ideológica, pois só a Esquerda é que tem deputadas giras. Encontrar uma deputada da Direita que não se assemelhe à digestão de um búfalo africano é tarefa quase tão complicada quanto encontrar sentido de Estado nos cabelos do David Luiz! Bem, a Teresa Caeiro pode ficar, desde que consiga arranjar uma maneira de rejuvenescer uns 20 anos. E a Assunção Cristas também, caso consiga fazer uma operação de mudança de sexo que a transforme definitivamente em mulher.

  • Privatização da RTP. Sem "mas" ou "ses". É privatizar aquele leviatã e mais nada! E colocava-se lá pelo meio uma cláusula a dizer que profissionais como a Judite de Sousa, o José Rodrigues dos Santos e o Luís Freitas Lobo não poderiam voltar a ser reintegrados numa RTP privada. Assim, com uma cajadada matava-se três coelhos: a RTP deixava de dar despesa ao Estado, o Estado ganhava alguns milhõezitos com a venda do canal, e o canal ficaria com melhor qualidade ao livrar-se daqueles três arraçados de mitocôndria.
Que vos parece? Parece-vos bem?! Se tiverem mais alguma coisa que gostariam de ver acrescentada, botem na caixa de comentários. Mas nunca depois das 2h30 da madrugada: é que não se esqueçam que às três vou estar com o cabeça branca...

1 comentário:

Pulha Garcia disse...

Pois Peter. Gostei das tuas ideias. Em particular a do TGV solução final e a dos DVD porno grátis para os lagartos (convenhamos ... mal como a equipa joga têm que ter alguma coisa a que se agarrar)

Ps. Seria um bom começo: "Redução drástica do salário pago aos deputados. Se possível, redução drástica do número de deputados."