terça-feira, janeiro 18, 2011

O meu pé esquerdo

Dói-me como se estivessem a mutilar-me os órgãos genitais com um saca-rolhas...

Dói-me como se o meu clube tivesse sido enfiado na gaveta por uma equipa de uma cidade conhecida por ser a capital do móvel, e que na sequência o presidente do meu clube apresentasse a demissão...

Dói-me como se num país que se queixa de iliteracia andassem a vender livros como se estes fossem gravados a ouro, só assim se percebe que eu, mandando vir de Inglaterra, pague 7€ pelo The Book Thief e em Portugal a respectiva tradução, A Rapariga Que Roubava Livros, não se venda por menos de 22€, até parece que os tradutores são extraordinariamente bem pagos, ó caraças!...

Dói-me como se as eleições presidenciais fossem já no próximo domingo e não se possa dizer, de qualquer dos candidatos, algo como "Epá, este indivíduo parece ser sério, competente, honesto e capaz de desempenhar com eficácia as funções de Presidente da República"...

Dói-me como se as várias televisões preferissem mostrar a qualquer hora do dia imagens de violência e de porrada, já para não falar em concursos acéfalos e repetitivos até ao tutano de pessoas extremamente gordas que são obrigadas a guardar segredos dentro de uma casa só para perseguirem os seus sonhos de cantores, nem em telenovelas com argumentos de uma finesse que quase parece terem sido escritos pela equatoriana analfabeta que faz a contabilidade do BPN, e se calhar até foram, mas evitam passar pornografia hardcore porque alegadamente isso estraga as cabecinhas dos cidadãos, até parece que nunca esgalharam uma; se isso estraga a cabecinha, então é porque não o sabem fazer convenientemente, ouviste ó João César das Neves?, ouviste ó Papa Bento Ratzinger XVI?

Enfim, dói-me à farta!

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