Como Abril tem andado armado em Junho ou mesmo Julho - embora hoje não, hoje, como pode avaliar-se pela nuvens que encobrem o céu, Abril está apenas armado em parvo - , no Sábado eu e a gaja demos um saltito até à praia, aproveitando a soalheira tarde que fazia.
E foi um belo dia, devo dizer, pois o sol estava simpático, mostrando-se mas não querendo abusar das suas propriedades queimatórias; a areia, embora suja, tinha espaço limpo suficiente para nós deitarmos a toalha sem ser em cima de uma fralda abandonada ou numa cratera pejada de beatas de cigarro; não havia vento e a água, em que eu mergulhei, nadei e boiei, embora um pouco fria, estava boa.
Sim, bem sei que já vos oiço a fazer a inevitável pergunta: "Ó Peter, mas e então e as gajas?!?! Como estamos de gajas?!? Muitos bikinis a passear? Muito fio dental?!?! Muito topless?!?! Viste muitos cus e muitas mamas?!?! E que te pareceram?!?! A fome que, devido à crise, alastra em Portugal tem servido, ao menos, para reduzir a percentagem de focas gordas e aumentar o número de gajas boas, ali rijinhas, com tudo no sítio, sem celulite e o caraças?!?!?" Eu percebo a vossa preocupação, pois estes temas são da máxima importância. Porém, recordo-vos que estava acompanhado da minha gaja, o que quer dizer que foi construída uma muralha da China de areia em meu redor que impedia, enquanto me encontrava deitado na toalha, de olhar para a praia em busca de corpos femininos. É a vida...
Ora, não podendo então realizar uma análise - que creio seria fundamental para vós - aprofundada do factor gajedo, limito-me a constatar um fenómeno que pode muito bem prejudicar qualquer estadia, seja breve ou mais alongada, na praia: refiro-me, claro, às crianças. Pá, as crianças, os putos, a pitalhada, enfim, os ranhosos, deviam ser impedidos de ir à praia. Tudo muito bem, se as pessoas querem levar cães, acho que sim, que podem, porque os cães nem incomodam assim tanto, é verdade que deixam uma poia ou outra, ladram, correm, soltam areia e por vezes até, ao sacudirem-se, mandam pingos de água salgada para cima de nós, mas nada disto se compara ao que as crianças conseguem fazer. Crianças na praia equivale mais ou menos a soldados americanos em cenário de guerra, ou ao Teixeira dos Santos no ministério das Finanças, ou ao Yannick Djaló num relvado de futebol: dê lá aquilo por onde der, é inevitável que dali sairá merda!
O Sábado passado nada mais fez que comprovar esta minha opinião. Desde choros e berros (ui, como as crianças choram e berram, caraças), daqueles que se enfiam mesmo mesmo dentro dos ouvidos, estejam eles entupidos com água do mar ou não, a brigas anárquicas na areia, com total indiferença para quem está deitado na sua toalha a querer apanhar com sol nas costas e de repente se vê com um pé de uma criança a 2 milímetros do nariz, passando por correrias desenfreadas que levantam mais areia do que qualquer canídeo é capaz, já para não falar nas belas surpresas que são as poças de xixi no meio da areia mais dura, as crianças são capazes de aterrorizar qualquer pessoa de bem que deseja ir à praia aliviar do stress.
Daí o meu apelo: se vocês são pais, por favor, neste 2011, evitem trazer crianças para a praia. Sei lá, deixem-nas sozinhas em casa, faz-lhes bem um pouco de independência. Ou tragam-nas para a praia, mas com açaime, trela e correntes ligadas aos pés, daquelas com uma bola de 10 quilos na ponta. Ou, sei lá, as praias que construam um pré-fabricado onde os pais possam deixar os querubins durante o tempo que vão a banhos. Até podem, nesse espaço, estimular-se actividades próprias e adequadas para as crianças, como por exemplo introdução à aprendizagem ao fabrico de sapatos. Imaginem 50 ou 60 putos, ali dentro de um pré-fabricado de madeira, em pleno Verão, a coser sapatos enquanto os adultos se esforçam por apanhar cancro de pele no lombo, e vão ver se os dias de praia não se tornarão muito mais agradáveis. Pensem nisto, ok?
Até amanhã.
E foi um belo dia, devo dizer, pois o sol estava simpático, mostrando-se mas não querendo abusar das suas propriedades queimatórias; a areia, embora suja, tinha espaço limpo suficiente para nós deitarmos a toalha sem ser em cima de uma fralda abandonada ou numa cratera pejada de beatas de cigarro; não havia vento e a água, em que eu mergulhei, nadei e boiei, embora um pouco fria, estava boa.
Sim, bem sei que já vos oiço a fazer a inevitável pergunta: "Ó Peter, mas e então e as gajas?!?! Como estamos de gajas?!? Muitos bikinis a passear? Muito fio dental?!?! Muito topless?!?! Viste muitos cus e muitas mamas?!?! E que te pareceram?!?! A fome que, devido à crise, alastra em Portugal tem servido, ao menos, para reduzir a percentagem de focas gordas e aumentar o número de gajas boas, ali rijinhas, com tudo no sítio, sem celulite e o caraças?!?!?" Eu percebo a vossa preocupação, pois estes temas são da máxima importância. Porém, recordo-vos que estava acompanhado da minha gaja, o que quer dizer que foi construída uma muralha da China de areia em meu redor que impedia, enquanto me encontrava deitado na toalha, de olhar para a praia em busca de corpos femininos. É a vida...
Ora, não podendo então realizar uma análise - que creio seria fundamental para vós - aprofundada do factor gajedo, limito-me a constatar um fenómeno que pode muito bem prejudicar qualquer estadia, seja breve ou mais alongada, na praia: refiro-me, claro, às crianças. Pá, as crianças, os putos, a pitalhada, enfim, os ranhosos, deviam ser impedidos de ir à praia. Tudo muito bem, se as pessoas querem levar cães, acho que sim, que podem, porque os cães nem incomodam assim tanto, é verdade que deixam uma poia ou outra, ladram, correm, soltam areia e por vezes até, ao sacudirem-se, mandam pingos de água salgada para cima de nós, mas nada disto se compara ao que as crianças conseguem fazer. Crianças na praia equivale mais ou menos a soldados americanos em cenário de guerra, ou ao Teixeira dos Santos no ministério das Finanças, ou ao Yannick Djaló num relvado de futebol: dê lá aquilo por onde der, é inevitável que dali sairá merda!
O Sábado passado nada mais fez que comprovar esta minha opinião. Desde choros e berros (ui, como as crianças choram e berram, caraças), daqueles que se enfiam mesmo mesmo dentro dos ouvidos, estejam eles entupidos com água do mar ou não, a brigas anárquicas na areia, com total indiferença para quem está deitado na sua toalha a querer apanhar com sol nas costas e de repente se vê com um pé de uma criança a 2 milímetros do nariz, passando por correrias desenfreadas que levantam mais areia do que qualquer canídeo é capaz, já para não falar nas belas surpresas que são as poças de xixi no meio da areia mais dura, as crianças são capazes de aterrorizar qualquer pessoa de bem que deseja ir à praia aliviar do stress.
Daí o meu apelo: se vocês são pais, por favor, neste 2011, evitem trazer crianças para a praia. Sei lá, deixem-nas sozinhas em casa, faz-lhes bem um pouco de independência. Ou tragam-nas para a praia, mas com açaime, trela e correntes ligadas aos pés, daquelas com uma bola de 10 quilos na ponta. Ou, sei lá, as praias que construam um pré-fabricado onde os pais possam deixar os querubins durante o tempo que vão a banhos. Até podem, nesse espaço, estimular-se actividades próprias e adequadas para as crianças, como por exemplo introdução à aprendizagem ao fabrico de sapatos. Imaginem 50 ou 60 putos, ali dentro de um pré-fabricado de madeira, em pleno Verão, a coser sapatos enquanto os adultos se esforçam por apanhar cancro de pele no lombo, e vão ver se os dias de praia não se tornarão muito mais agradáveis. Pensem nisto, ok?
Até amanhã.
2 comentários:
Quem te ler até pensa que estás a falar a sério... oh "criança do genero humano"! ;))
Acho que da próxima em vez de areia defes construir o muro à tua volta com cimento, e arame farpado à volta!
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