quarta-feira, junho 08, 2011

Contribuir para o país: as minhas propostas para o próximo governo


Já que o Passos Coelho e o Portinhas vão andar preocupados a negociar ministérios e secretarias de Estado ou, como se costuma dizer numa linguagem mais popular, tachos, venho aqui dar uma ajudinha, apresentando soluções de qualidade para uma composição governativa que é, à falta de outro adjectivo, fixe. Se atentarem nestas propostas, Passos Coelho e Portas já têm mais de metade do trabalho feito e podem dedicar o seu tempo a outras coisas, como estar com a família (caso do líder do PSD) ou ir atrás de rabos masculinos (caso do líder do PP. Não sou eu que digo, é a Ana Gomes que insinua...).

Ministério da Economia e das Finanças:



Justificação: não há muito a justificar, diga-se. A fusão do ministério da Economia com o das Finanças é desde logo uma medida visando combater o despesismo. É certo que o Pina Moura já foi ministro das Finanças e da Economia à época do Guterres e só ajudou a rebentar esta merda, mas convenhamos, o Tio Patinhas exibe outra competência. Seria a escolha óbvia para o lugar. Contudo, caso o magnata venha a declinar o convite, seja por estar muito ocupado a nadar em dinheiro, a guerrear com o Patacôncio, a meter juízo no Donald, seja por ser uma personagem de banda desenhada, tenho mais alguém em mente, alguém que sobreviveu sempre com parcos recursos ao salazarismo, ao PREC, ao Cavaco, ao Santana, ao Sócrates, e a todos os outros governos: a minha mãe.

Ministério dos Negócios Estrangeiros:



Justificação: sim, o Miguel Damião (O Último a Sair). "Quem é esse?", perguntarão vocês, que não vêem televisão porque estão demasiado ocupados a sacar filmes pornográficos da internet. O Miguel Damião é um actor açoreano que, n'O Último a Sair, exagera de tal forma o seu sotaque ilhéu que ninguém o entende. Ora, é de alguém assim que nós precisamos no teatro das relações internacionais. Nada confere tanto respeito ao país como o nosso representante diplomático estar a falar nas Nações Unidas, ou na União Europeia, e ninguém perceber a ponta de um corno. Estamos a dizer aos outros que eles são muita burros, e portanto é melhor fazerem as coisas à nossa vontade, o que é ainda mais bonito quando não sabem eles que vontade é a nossa.

Ministério da Agricultura e das Pescas:



Justificação: mas alguém tem dúvidas? Alguém tem algo a dizer?! Não há ninguém que melhor se adeqúe ao cargo de ministro da Agricultura e das Pescas do que o engenheiro Sousa Veloso. Anos e anos de experiência, provas dadas no desempenho das suas funções, sobriedade, saber, e ainda por cima é mesmo engenheiro, ao contrário de outros. É a pessoa indicada para tirar este sector do abandono a que tem sido votado pelos sucessivos governos da República. Ninguém percebe de cebolas, couves, hortaliças e batatas como ele.

Ministério da Defesa e da Administração Interna:



Justificação: também não há muito a dizer aqui. Fundir a Defesa com a Administração Interna, além de poupar recursos, faz com que tanto o Exército como as polícias, ou seja, as entidades responsáveis pela segurança aquém e além-fronteiras, estejam debaixo da mesma alçada administrativa. E quem melhor do que um tipo que já foi boina verde e ranger do Texas para comandar esse ministério? E não digam que não, ou ele vem cá e aplica-vos um rotativo nas fuças!

Ministério do Andar Esquisito:



Justificação: tenho razões muito profundas para propor este ministério. Raciocinem comigo: em todos os executivos, há gaffes e palhaçadas, não é?! Ora, se o próximo governo contar com um ministério como o do Andar Esquisito, todas as atenções, no que a bacoradas diz respeito, estarão aí centradas. Portanto, os outros ministros podem perfeitamente fazer corninhos no Parlamento, ou infectar hemofílicos, ou comprar submarinos, ou abater sobreiros, e mil e outras coisas, que ninguém dará por nada, pois todos, desde a comunicação social à oposição, só terão olhos para as palhaçadas que decorrem no ministério do Andar Esquisito. E o ministro só pode ser o John Cleese, mas se ele não quiser aceitar, o Paulo Gonzo pode constituir uma boa segunda escolha.


E pronto, são estas as minhas sugestões. Que tal, hã?!?!

1 comentário:

Rafeiro Perfumado disse...

Falta o Dr. House para o Ministério da Saúde e o tipo do Lie to Me para director do SIS.