sexta-feira, dezembro 22, 2006

Já que o Natal se aproxima...

...ficam aqui alguns conselhos que só o Peter of Pan, o blog mais/menos/assim-assim (riscar o que não interessa) filosófico da 'net, poderia dar:

1 - Ofereçam o menor número de prendas possível. Por duas razões, uma material e a outra ética. A razão material diz que, quanto menos prendas se oferecerem, menos dinheiro é preciso gastar. Faz sentido, penso eu. Já a razão ética afirma que só se deve dar presentes a quem se portou bem durante o ano. Ora, não é preciso investigar muito para concluir que, excepto um tal de Eterno Entorno, que se fosse mulher seria uma santa mas como é um homem é apenas um santinho, toda a população mundial teve, em 2006, um comportamento para lá de nefasto. Aos cépticos que exigem provas, tomem lá: o Sporting ganhou o campeonato? Não! O Alberto João Jardim continua a ser o Presidente do Governo Regional da Madeira? Sim! A Monica Bellucci dignou-se a visitar a minha casa? Não! O Carrilho e o Santana Lopes deixaram de publicar livros? Não! E a malta deixou de os comprar? Não! O Vaticano resolveu dar nova vida à Inquisição para terminar com esse flagelo pseudo-literário? Duplo não! Sendo assim, QED.

2 - Evitem passar estes dias com a família. Sim, bem sei que o Natal é a festa da família, a altura em que todos se juntam e blábláblá, mas... quem no seu perfeito juízo está com pachorra para aturar aquela tia que não faz mais do que roubar azevias e filhozes da mesa, ou aquele irmão que há 5 anos atrás se atirou à nossa namorada e à namorada da nossa namorada, ou ainda aquele primo bêbado da província que não se poupa a comentários como "Xim Xenhor, que bela consoada" e "Ó primo, mais um copo?" a cada 10 minutos? Se desejam um Natal bem passado, fujam dessa tortura enquanto é tempo. Sugiro-vos que engatem uma tipa qualquer num hipermercado (se forem mulheres, substituam "uma tipa" por "uma tipa e um dildo") e se escapem até ao Iraque para uma consoada inesquecível. E já agora, fiquem por lá para a passagem de ano, parece que os fogos-de-artifício serão de arromba.

3 - Neguem-se a ler qualquer livro de filosofia. Este é o melhor conselho que vos posso dar. Ninguém, no seu perfeito juízo, se porá a ler filosofia nesta altura do ano. Na verdade, ninguém com um pingo de sanidade no seu cérebro lê filosofia, seja em que altura for, mas muito menos no Natal. Ler filosofia pelo Natal é como ver um filme do Steven Seagal no Festival de Cinema de Berlim, é como ouvir o Tony Carreira no teatro La Scala, é como peidar no Palácio de Buckingham à frente da família real. Não façam isso, ponto final. E se alguma aventesma tiver a indecência e o mau-gosto de vos oferecer um ensaio filosófico, não vão mais longe: atirem-lhe com o prato de bacalhau às fuças.

4 - Desliguem o televisor. Afinal, dão sempre os mesmos programas por estes dias: Música no Coração pela 34964576730ª vez, um telefilme manhoso qualquer com uma adaptação do Conto de Natal do Dickens, especiais Dança Comigo, Morangos com Açúcar e sei lá mais o quê, etc. Larguem mão. Vão antes à internet sacar uns filmes porno que, além de possuírem maior valor artístico do que as estopadas atrás referidas, sempre nos ensinam qualquer coisa de social e moralmente útil. Eu, pelo menos, nunca mais fui o mesmo desde que vi a filmografia completa da Jasmin St. Claire: aprendi finalmente que, se me baterem, devo oferecer a outra nádega.

5 - Tenham um óptimo Natal e um excelente 2007.

Eterno Entorno

quinta-feira, novembro 30, 2006

Raphael Mezrahi - Linda de suza

segunda-feira, novembro 27, 2006


Why is the idea of a thinking machine so compelling?

Minsky: I think there is a worldwide survival problem. As the population grows and people live longer, there won't be anybody to do the work. So there is an urgent need to make inexpensive mechanical people that are able to do all the things that moderately unskilled people do now.

Dennett: I don't find that very convincing, Marvin. I think we're interested in it for purely curious, scientific reasons. We want to know how we work.

Minsky: Or make machines that work better than us and can solve all the problems we wanted to but couldn't. As Hans Moravec used to say, "The machines will be us."

Dennett: Marvin, I have a slogan for you that came to mind while I was reading your book. I've used it myself as a paper title. "My body has a mind of its own, so what does it need me for?"

Minsky: [Laughs.] I once peeled a label off a London bus. It read: MIND YOUR HEAD.

(+)

sábado, novembro 25, 2006

http://meaningoflife.tv/

Tem coisas muito variadas, com gente de diferentes proveniências: tem por exemplo, entrevistas com o Dennett, Pinker, Fukuyama e o Freeman Dyson. Vale a pena dar uma vista de olhos nesta última só para contemplar o verdadeiro Mr. Spock

terça-feira, novembro 21, 2006

Who Wants to Be A Millionaire?

Boston University's doctoral program in cognitive neuroscience prepares students for a career in brain modeling, robot design, or biomedical engineering—or for winning cash on the television quiz show Who Wants to Be A Millionaire?. Researchers in my department, Cognitive and Neural Systems (CNS), seek to understand the brain's mechanisms, including three cognitive systems that happen to be essential for a profitable performance on Millionaire: learning, memory, and decision-making. This summer—the start of my final year in the CNS Ph.D. program—I decided to apply my graduate skills to a decidedly practical purpose and auditioned for a turn in the show's perilous hot seat. (+)
Seed Salon: Robert Trivers and Noam Chomsky
The only Zen you find on the tops of mountains is the Zen you bring up there.”

domingo, novembro 19, 2006

Another State Of Mind / Joel Tudor

domingo, novembro 05, 2006

domingo, setembro 17, 2006

E... o olho do rabo ...



Hahahaha ...


by Aristoxena

quarta-feira, setembro 06, 2006

O olho da mente

quarta-feira, agosto 30, 2006

terça-feira, agosto 29, 2006

o trabalho filosófico

Há alturas em que chegamos as certas conclusões que, de acordo com as convenções em vigor, não são supostas fazer sentido. Pode acontecer que apesar da força dessas convenções, continuemos a acreditar nelas. Pode então acontecer descobrirmos que alguém pensou o mesmo que nós, sendo esse pessoa, alguém cuja autoridade não pode facilmente ser colocada em causa. Pode até acontecer essa pessoa ser alguém que tenho dito mais coisas que vos interessaram. Para alguém que eventualmente pensou que a maioria das coisas que se lêem em Filosofia (incluindo Analítica) são produto de um uso leviano da razão, aconselho vivamente a leitura do texto de Dummett disponível na página pessoal de M.S. Lourenço e entitulado "Elogio do Perfeccionismo segundo Michael Dummett".
É certo que não sou ninguém para dar conselhos, mas ainda assim, aqui vão dois.
O meu conselho aos filósofos que pretendam ser socialmente aceites como pessoas tão sérias como os cientistas, é que em vez de se preocuparem com fazer parecer o seu trabalho como possuindo o mesmo grau de rigor e clareza que o de um profissional da Ciência, aprendam um mínimo de Ciência. Primeiro, aprendiam o suficiente para não fazerem as afirmações de teor científico absurdas que por vezes fazem. Segundo, aprendiam que o rigor e a clareza em Ciência não são bem aquilo que a maioria dos filósofos pensam ser o caso. O meu conselho para os filósofos em geral, é que não liguem a coisas como o respeito (ou a falta dele) que socialmente é atribuído à Filosofia, ou com a imagem que alguém vai ter de vocês quando disserem que estudam Filosofia.

Cão

domingo, agosto 27, 2006

Conto idiota para leitores semi-embriagados!

Terra. 2006, Ano do Senhor. Um esquilo faz InInInIn. Um gato faz miau. Um primeiro-ministro de Portugal não faz nada. Atrás de mim, um certo editor pede-me para avançar com o raio da história. Resolvo responder-lhe diplomaticamente e com uma delicadeza capaz de envergonhar o próprio Descartes: "Mete os cinco dedos da mão direita no esfíncter." A princípio, ele mostra-se confuso, até que decido acrescentar "No teu!" Não temo que esta atitude de adolescente insubordinado prejudique o meu futuro enquanto futuro escritor falhado. Um homem por vezes tem de se impor, e quando o faz é melhor não usar de falinhas mansas. Afinal, se eu quisesse armar-me em choninhas, teria ido para militante do CDS/PP.

[Interrupção no conto para uma mensagem de alerta: NUNCA deixem um amigo, um familiar, um conhecido ou até mesmo um treinador do Benfica inscrever-se como militante do CDS/PP. Parece que o CDS/PP é um partido de direita... e de betos... e de conservadores... e do Paulo Portas. Tomem cuidado!]

O meu editor deixa escapar uma expressão de surpresa. Certamente não esperava aquela boca do esfíncter ("boca do esfíncter"?!?!?! Que livros de anatomia ando eu a ler?), mas agora é tarde para voltar atrás. Ademais, eu NÃO quero voltar atrás! Antes que ele consiga esboçar uma qualquer resposta, insisto: "E se não estás contente, pega aqui no meu mastruço, rasga a porra do contrato e dá meia-volta, seu Alberto João Jardim da literatura."

Terra. 2006, Ano do Senhor. Passaram sete minutos desde a primeira frase. Um esquilo volta a fazer InInIn, mas agora numa entoação diferente. Um gato volta a fazer miau, mas com um sotaque alentejano. Um primeiro-ministro de Portugal continua sem fazer nada, só que agora veste um roupão cor-de-rosa e exibe uma tatuagem com os dizeres "Marocas Forever". Atrás de mim, um editor acena-me com a rescisão de contrato, o que significa o despedimento. Resolvo deixar a porcaria da vida literária e para me dedicar somente à culinária tailandesa. Esperem por mim num restaurante das redondezas.

FIM (ou, como se diz na minha terra, "puta que os pariu")

Eterno Entorno, num momento de devaneio ébrio

sexta-feira, julho 21, 2006


freegan n. A person, usually a vegan, who consumes only food that is obtained by foraging, most often in the garbages of restaurants, grocery stores, and other retailers. Also: Freegan. [Blend of free and vegan.]
—freeganism n.

A dieta do Eterno Retorno



Will to Power Bar

When your Wille zur macht is a flagging or you're just a little tired of transvaluating all values, these will help! These bars, like other 'energy bars' are packed with protein, vitamins and chocolatey goodness. Whether you’re philosophizing with a hammer, or just trying to get through your day, these will help.

The Unemployed Philosophers Guild

The Philosopher's Zone

At its heart, philosophy is about asking simple, even silly, questions: the sort of questions you probably asked when you were a kid. What's it all about? Why is there something rather than nothing? Does time stretch infinitely backwards as well as infinitely forward? Sometimes, these simple questions have complex answers, and The Philosopher's Zone is your guide through the strange thickets of logic, metaphysics and ethics.

But as well as looking at the world of philosophy, The Philosopher's Zone will also look at the world through philosophy. Today fundamental and perplexing issues - risk assessment, bio-technology, our relations with animals, relations between cultures, the question whether a society can be open, tolerant and, at the same time, secure and the Zone will look at what philosophical analysis can contribute to our understanding of these issues.

sábado, julho 15, 2006

sexta-feira, junho 30, 2006

A freshman college student asked his grade advisor what he should study. "Logic," was the answer.
"What is logic?"
"Logic enables one to deduce certain facts from others. For example, do you have a lawn mower?"
"Yes."
"From which I conclude that you have a lawn."
"Yes, I have a lawn."
"From which, I take it, you have a house."
"Yes, I have a house."
"Then you are married."
"Yes, I have a wife."
"And children?"
"Yes, I have children."
"From which I conclude that you are a heterosexual male."
"I am indeed a heterosexual male. Gee, this logic is amazing! From the fact that I have a lawn mower, you could deduce that I am an heterosexual male. Remarkable!"
As would happen, later the student met in the hall another student whom he knew and told him that he should study logic.
"What is that?" the friend asked.
"It enables you to deduce one proposition from another. For example, do you have a lawn mower?"
The friend replied, "No." The student then said, "You faggot!"

segunda-feira, junho 26, 2006

quarta-feira, junho 21, 2006

Last year, Technology Review announced a $20,000 prize for any molecular biologist who could demonstrate that a much-publicized prescription for defeating aging by biogerontologist Aubrey de Grey was "so wrong that it was unworthy of learned debate." The purpose of the challenge was to determine whether de Grey's proposals, called SENS (for Strategies for Engineered Negligible Senescence), were science or fantasy. Here are the three submissions that qualified for consideration according to the terms of the challenge.
The Prophet of ImmortalityControversial theorist Aubrey de Grey insists that we are within reach of an engineered cure for aging. Are you prepared to live forever?
Dear Rousseau:

I am a receptionist. When people call the company I work for, they always either expect that I know everything or nothing. (And so they are always wrong.) And they are so rarely polite, and have quite obviously so rarely given any thought to what it takes to do my job, or what they would really have to say to me to enable me to help them in a swift and effective manner, that it makes me wonder: why? What makes them behave so irrationally?

—At Their Service


Dear Service:

When someone has been brought up to command others, everything conspires to rob him of justice and reason. Great pains are taken, we are told, to teach young princes the art of ruling; but it does not appear that this education does them any good. It would be better to begin by teaching them the art of obeying. The greatest kings known to history were not among those brought up to rule, for ruling is a science that is least well mastered by too much practice; it is one a man learns better in obeying than commanding. As Tacitus would have it, Nam utilissimus idem ac brevissimus bonarum malarumque rerum delectus, cogitare quid aut nolueris sub alio Principe aut volueris. [The best as well as the shortest way to find out what is good and what is bad is to consider what you would have wished to happen if someone other than yourself had been Prince.] If those higher up always imagined themselves trading places with those less “high,” the world could be a different place.

Yours truly,
Jean-Jacques Rousseau

h2so4

segunda-feira, junho 12, 2006

Summa theologiae

Let's face it. Evil is running rampant. Terrorists strike without warning. Corporate executives defraud the public and their own employees. Politicians tear apart the fabric of national unity for their own agendas. Popular culture has become a banal river of unadulterated trash, a "hellmouth" slowly dumbing down our sense of reality. The people are paralyzed by indecision, ennui or terminal cynicism.
Meanwhile, the ozone layer is perforated, glaciers are melting, and crazies set wildfires that denude the landscape. While Generation X passes the baton to Generation Y, adolescence is still hell, AND THERE'S ONLY ONE LETTER LEFT!
We need someone who can not only deconstruct the problem of evil, but kick it's hiney; someone with a preternatural sense of comic timing and an eye for fashion.
We need Buffy.

terça-feira, junho 06, 2006

quarta-feira, maio 31, 2006

terça-feira, maio 30, 2006

domingo, maio 28, 2006

quarta-feira, maio 24, 2006

Two professors at a logic conference stand in front of a blackboard, on which is written the sentence "Only an idiot would believe a sentence like this!" The first professor asks the second, "Do you believe that?" The second answers, "Of course not! Only an idiot would believe a sentence like this!"

domingo, maio 21, 2006

Confessions

(...)and i said "Dear God could you tell me what's wrong with the world?"; The answer was: "My son please try again later. God is dead right now but the Super-Man should be awakening at any moment now. Thank you so much. Nietzsche"
CP

terça-feira, maio 16, 2006

Ali G entrevista Noam Chomsky

O central de todos os portugueses


"Vou fazer aos adversários aquilo que fiz ao meu barbeiro. Já agora, gostam das minhas orelhas? Bonitas, não são? Se a minha prestação no Mundial for fraca, acham que consigo arranjar trabalho como duplo do Dumbo?"

Ricardo Costa, comentando à RTP o facto de ter sido convocado por Luís Felipe Scolari para o Mundial 2006:

"O mister Scolari sabe bem o que eu VALO."

Rapaz, não é por nada, mas olha que não deves VALHER lá grande coisa...

Eterno Entorno,
em directo para o Grande Concurso Nacional de Língua Portuguesa

domingo, maio 14, 2006

Dúvida Ontológica

Ao ouvir o relato da final da Taça de Portugal, "dei de caras" com a seguinte frase: "Fulano igual a si mesmo!". Impõe-se a questão: mas afinal fulano poderá não ser igual a si mesmo? É que, caso fulano for igual a outro fulano que não ele, então fulano não será mais fulano mas uma cópia de outro fulano...
Estranho...muito estranho!
CP

Nowhere Man



Free File Hosting at Bolt

Aristoxena

sábado, maio 13, 2006

Série "Grandes Diálogos Urbanos" ( II ) ?

Este diálogo inclui a participação da minha perplexa pessoa . Aconteceu na zona de restauração das galerias do Chiado, à hora de almoço, a difícil hora de almoço ...

« - Desculpe, esta cadeira está livre ? Posso levá-la ?
- Bem ... (mirou-me de alto a baixo) ... Ela ocupada não está, mas ... se ma tirar... vou ter de pôr a carteira no chão, não é ?!? »


Eu levei a cadeira .



By Aristoxena (o regresso)

A Filosofia e o Espelho da Natureza

"Fiquei giro nesta capa, não fiquei? Se o livro não vender, a culpa é da editora, das livrarias, dos livreiros e do público português."

Como reconhecer um filósofo (?!) português:

1 - É um recalcado.
2 - É um ressentido.
3 - Nunca tem culpa de nada.
4 - Joga a culpa sempre nos outros.
5 - Adora autopromover-se.
6 - Prefere perder tempo a escrever livros idiotas ao invés de perder tempo a ter sexo com a mulher.
7 - É militante de um partido político.
8 - Usa sempre o termo "verdade" num sentido pós-pragmatista e pós-tarskista, mas não sabe o que isso significa.
9 - Não aperta a mão a ninguém.
10 - Considera o imperativo categórico kantiano apenas como "uma coisa esquisita e incompreensível" saída da pena do filósofo de Konigsberg.
11 - Não tem ética.
12 - Não tem moral.
13 - Não tem vergonha na cara.
14 - Não tem coerência.
15 - Tem uma mulher muita boa, mas nem isso lhe vale.

Eterno Entorno, um tipo que não é filósofo,
não é português, não é o Carrilho
e também não é a Bárbara Guimarães,
mas não se importava de ser caso
lhe dessem um vestido giro e umas mamocas grandes


P.S.: Este post foi escrito sob a influência mafiosa e cabalista da Sic-Notícias, do PSD, dos assessores de campanha, dos contabilistas butaneses, da equipa de futebol do Vitória de Guimarães, da célula liechtensteiniana da Al-Qaeda, do bigode do Artur Jorge, do ex-bigode do António Guterres, do prepúcio do Jorge Ritto e do mamilo direito da mama esquerda da prima do lado do tio-avô da Monica Bellucci. É bom que acreditem em mim, caso contrário vou já ali e escrevo um livro!

quinta-feira, maio 04, 2006

Encontrado Eterno Entorno mas em....espanhol?

Pois é... se não acreditam aqui está o link: El fin del mundo del fin

Tens muito que explicar pá!!
CP

domingo, abril 30, 2006

Série "Grandes Diálogos Urbanos"

Transcrevo este breve excerto de um diálogo levado a cabo recentemente numa capital qualquer do nosso país:

"— Ouve lá, porque é que vais por aí? Pelo outro lado é muito melhor!!!!
— Não é nada, por aqui é muito mais perto.
— Mas aí cheira a mijo!!!
— Aqui a meio da rua já não cheira!
— Pronto, está bem..."

Juro que não percebi...

Eterno Entorno

quarta-feira, abril 19, 2006

Cursos

Ahh que boas memórias guardo do dia em que disse ao meu pai que ia mudar de curso e que ia tirar o curso de filosofia! Boas memórias...até ele perceber que eu estava a falar a sério!
CP

quarta-feira, abril 05, 2006

Feixe Filosófico

Talvez seja uma boa ideia: feixe filosófico.

quinta-feira, março 02, 2006

quarta-feira, março 01, 2006

Getting Physical

Late last year, researchers in England published a study purporting to establish a link between creative output and number of sexual partners. As the lead author (under)stated, “Creative people are often considered to be very attractive and get lots of attention as a result.”
The theoretical physicists of the 20th century were no exception. Promiscuous chasers by profession, physicists ever-pursue objects that lie partially hidden to the immediate senses, but are evidently there behind nature’s many layers. The best physicists are able to tease a peek beneath all that partially-covered exterior, as any pickup artist would: with a mix of cleverness and straightforward arrogance. This is hardly just simple metaphor; for many of the greatest physicists, this libertine modus operandi also fueled their private lives.

Marvin Minsky

domingo, fevereiro 26, 2006

Francis Picabia


"Notre tête est ronde pour permettre la pensée de changer de direction." - Francis Picabia

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Virgin Megastore

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Meta-anedota


Correndo o risco de já fartar com o Kripke, aqui vai mais uma.

He had a tendency to rock to and fro all the time and was a notoriously messy eater, a dispenser of crumbs to his neighbors at the table. There are many anedoctes about Kripke's eccentricities, but the one I like the best goes as follows. At a conference a group of philosophers were playing guitars and singing folk songs after the formal sessions were over. They asked Kripke to join in and he replied, "If anyone else did, that would be the end of it, but if I do, it will be just another Kripke anedocte." (This is what we philosophers call technically a "meta anecdote.")
in Colin McGinn, "The Making of a Philosopher"
Já agora, recomendo o livro do McGinn. É uma espécie de introdução à filosofia no formato de autobiografia intelectual. Gosto do livro sobretudo pela sua última característica. McGinn apresenta-se como um gajo normal que é filósofo, algo que não é muito normal entre filósofos. Não o serem gajos normais, mas o apresentarem-se como tal.
Cão

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Transformers

Lembram-se dos Transformers?

domingo, fevereiro 19, 2006

Para quem quiser ir experimentando, para ver se fica bem


Eis uma ferramenta útil.

O humor é uma coisa muito séria...


Nietzsche dizia: "Não acredito num Deus que não saiba dançar!" Já eu digo: "Recuso pertencer a uma religião que não tem sentido de humor!"
Um aviso aos dirigentes e terroristas islâmicos: Pá, vão chatear os americanos e deixem a bonecada em paz. Excepto o Bush, claro!

(Qualquer acto de violência cometido contra este blogue será da exclusiva responsabilidade do Jyllendes-Posten)

Eterno Entorno

domingo, fevereiro 12, 2006

A solução

Primeiro enviamos a caixa com um cadeado. A outra pessoa recebe a caixa e coloca-lhe mais um cadeado. Reenvia a caixa para nós e quando a recebemos tiramos o primeiro cadeado. Voltamos a enviar à outra pessoa, agora só com o cadeado que ela lhe colocou. Quando esta recebe a caixa pela segunda vez, só tem de abrir esse cadeado. E pronto: é garantido que mais ninguém consegue abrir a caixa, o que possibilita enviar o conteúdo em segurança. Engenhoso, não? Confesso que não consegui resolvê-lo sozinho e tive esperar que alguém me explicásse a solução. Ao que parece foi usando este mesmo princípio que se começaram a fazer transferências de dados importantes pela net.

sábado, fevereiro 11, 2006

Uma pista

Se é que alguém continua a ler este blog depois do Eterno Retorno ter deixado de aqui escrever com regularidade, e se é que alguém está a tentar resolver o quebra-cabeças, aqui vai uma pista: a solução passa por utilizar mais do que um cadeado na mesma caixa. Ou será que já toda a gente conhece a solução?

Cão

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Um quebra cabeças

Imaginem que querem enviar um objecto a alguém e que para garantir que ninguém o rouba durante o envio, vocês colocam o objecto numa caixa fechada a cadeado. Quando a outra pessoa recebe a caixa com o objecto lá dentro, como é que ela a pode abrir? Suponham que tanto a caixa como o cadeado são invioláveis e que só existe uma chave para o cadeado, a qual está posse de quem envia. Notem que não é possível abrir a caixa à força, nem enviar a chave (pois alguém a podia roubar).

quinta-feira, fevereiro 09, 2006


Maurizio Cattelan
La Nona Ora
1999
wax, clothing, polyester resin with metallic powder, volcanic rock, carpet, glassat

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Douglas Hofstadter, no prefácio a "Gödel's Proof" de Ernest Nagel e James R. Newman


When Nagel and Newman were composing Gödel's Proof, the goal of getting computers to think like people - in other words, artificial intelligence - was very new and its potential was unclear. The main thrust in those early days used computers as mechanical instantiations of axiomatic systems, and as such, they did nothing but churn out proofs of theorems. Now admittedly, if this approach represented the full scope of how computers might ever in principle be used to model cognition, then, indeed, Nagel and Newman would be wholly justified in arguing, based on Gödel's discoveries, that computers, no matter how rapid their calculations or how capacious their memories, are necessarilly less flexible and insightful than the human mind.
But theorem-proving is among the least subtle of ways of trying to get computers to think. Consider the program "AM," written in the mid - 1970s by Douglas Lenat. Instead of mathematical statements, AM dealt with concepts; its goal was to seek "interesting" ones, using a rudimentary model of esthetics and simplicity. Starting from scratch, AM discovered many concepts of number theory. Rather than logically proving theorems, AM wandered around the world of numbers, following its primitive esthetic nose, sniffing out patterns, and making guesses about them. As with a bright human, most of AM's guesses were right, some were wrong, and, for a few, the jury is still out.
For another way of modeling mental processes computationally, take neural nets - as far from the theorem-proving paradigm as one could imagine. Since the cells of the brain are wired together in certain patterns, and since one can imitate any such pattern in software - that is, in a "fixed set of directives" - a calculating engine's power can be harnessed to imitate microscopic brain circuitry and its behavior. Such models have been studied now for many years by cognitive scientists, who have found that many patterns of human learning, including error making as an automatic by-product, are faithfully replicated.
The point of these two examples (and I could give many more) is that human thinking in all its flexible and fallible glory can in principle be modeled by a "fixed set of directives," provided one is liberated from the preconception that computers, built on arithmetical operations, can do nothing but slavishly produce truth, the whole truth and nothing but the truth. That idea, admittedly, lies at the core of formal axiomatic reasoning systems, but today no one takes such systems seriously as a model of what the human mind does, even when it is at its most logical. We now understand that the human mind is fundamentally not a logic engine but an analogy engine, a learning engine, a guessing engine, an esthetics-driven engine, a self correcting engine. And having profoundly understood this lesson, we are perfectly able to make "fixed sets of directives" that have some of these qualities.
To be sure, we have not yet come close to producing a computer program that has anything remotely resembling the flexibility of the human mind, and in this sense Ernest Nagel and James Newman were exaclty on the mark in declaring, in their poetic fashion, that Gödel's theorem "is an occasion, not for the dejection, but for a renewed appreciation of the powers of creative reason." It could not be said better.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Ai tu és isso? Então toma lá:

Uma vez que o nosso colega Cão (ASSINA OS TEUS POSTS, CARAGO!!!!!!) tem feito o favor de nos agraciar com excertos de Jerusálem, do escritor português contemporâneo Gonçalo M. Tavares, achei por bem compartilhar convosco uma amostra da obra deste autor desconhecido mas igualmente de qualidade:

"Ao subir a rua, não pude desviar o olhar daquelas nalgas que se meneavam bem na minha frente. Um traseiro irrepreensível, pensei para com os meus botões. A dona daquela parcela de carne assemelhava-se a uma deusa grega que descera à terra para conviver com os meros mortais. Não que eu alguma vez tivesse visto uma deusa grega, mas dá um efeito literário interessante escrever isto. Está bem, podia usar no seu lugar uma deusa hindú, ou nipónica, ou até nórdica, mas achei melhor uma grega. Bom, adiante. Adiante também caminhava ela, e eu atrás. Sempre atrás. Eternamente atrás. Oh, o que não daria para estar dentro daquelas calças! Aqueles movimentos provocavam-me dores no baixo-ventre... Seriam dores boas, dores más?!?! Não sei, nunca estudei muito as teorias relativistas da pós-modernidade, de modos que vou abster-me de tomar partidos axiológicos.
E, de repente, a divindade parou. Estaquei também, mais por mimetismo do que por desejo consciente. Ela voltou-se para mim. Eu, que já estava virado para ela, não me voltei. Seria estúpido da minha parte fazê-lo. Ela olhou-me nos olhos. Digo eu, embora isso são seja seguro, uma vez que a minha vista estava pregada ao seu peito. E se o traseiro era bom, o que dizer daqueles seios!... Começou a caminhar para mim. A dor no meu baixo-ventre intensificou-se... lembrei-me daquela vez em que, num jogo de futebol, levei com o esférico bem no meio dos colh... quer dizer, nas partes baixas. Estava mais perto. Mais perto ainda. Tão perto que quase sentia a sua respiração quente. E a minha dor não parava de aumentar. E ela a aproximar-se. E eu sofrendo tão profundamente que só pensava em chamar uma ambulância. Até que, finalmente, ficámos cara-a-cara. E aí a donzela exclamou: "Parvalhão", deu meia-volta e foi-se embora. Abandonado naquele passeio de calcário, fiquei com uma cara de idiota que nem queiram saber. E não vão saber mesmo porque também não vou contar!"

in Eterno Entorno, Vila Nova de Poiares
Eterno Entorno, em mais outro desvio por este blog

Mais do mesmo... virtudes das analogias

O secretário da Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, comparou quinta-feira o Presidente venezuelano, Hugo Chavez, a Adolf Hitler, sublinhando que tinham os dois sido eleitos legalmente.

Fonte: Diário Digital

Acrescento mais alguns nomes passíveis de sofrer a mesma comparação: Cavaco Silva, Jacques Chirac, Lula da Silva, Tarja Halonen, Heinz Fischer, Vaclav Klaus, Maria de Lurdes Modesto, Manuel Luís Goucha, Luís Filipe Vieira, o cozinheiro sueco dos Marretas, Pikachu, Soror Mariana Alcoforado (1) e uma longuíssima lista de personalidades que se estende pelos cinco continentes ou até mais, se considerarmos o arquipélago da Madeira como um território à parte.

Já quanto a George W. Bush, duvido que tenha lugar neste rol. Afinal, quem pode garantir a legalidade da sua eleição? É melhor perguntar ao Rumsfeld, a luminária das comparações. Já agora, peço também ao Donald que nos ilustre acerca das semelhanças entre a defesa do Benfica no último derby e a Administração Bush.
_________________________________
(1) Pronto, está bem... admito que alguns destes nomes não passam de puro disparate. Ninguém acredita que Luís Filipe Vieira tenha sido eleito legalmente...

Eterno Entorno, num pequeno desvio por este blog.

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Jerusalém 2

"No entanto, Mylia começou a sentir algo no estômago. A princípio este aviso deixou-a perplexa: não era a sua dor, era outra coisa, mas igualmente forte, mais forte ainda.
Que ridículo, apeteceu-lhe dar uma gragalhada. Estou com fome, murmurou, há horas que não como. Estou aqui de noite, sozinha, mas o meu estômago veio; estou acompanhada.
O motivo de troça foi, logo de imediato, motivo de reflexão e de um certo temor, pouco explicável. Aquela dor no estômago, que manifestava a vontade de comer, essa dor era ainda mais forte que a outra: a dor constante da doença, a dor que lhe traria rapidamente aquilo que todos os grandes e pequenos medos fogem. Como é possível, perguntou-se Mylia, que a dor provocada pela vontade de comer pão seja mais forte? Porque os médicos já o garantiram: vou morrer da dor que agora não consigo ouvir.
Ela percebeu, claramente, que ali, junto à igreja, estavam em competição duas dores grandes: a dor que a ia matar, a dor má, assim ela a designou, e, do outro lado, a dor boa, a dor do apetite, dor de vontade de comer, dor que significava estar viva, a dor da existência, diria ela, como se o estômago fosse, naquele momento, ainda em plena noite, a evidente manifestação da humanidade, mas também das suas relações ambíguas com os mistérios de que nada se sabe. Estava viva, e nessa circunstância doía mais, naquele momento, de um modo objectivo e material, do que a dor de que ia morrer, agora secundária. Como se naquele momento fosse mais importante comer um pão do que ser imortal."
Gonçalo M. Tavares, Jerusalém

segunda-feira, janeiro 30, 2006

O grande Guru

Como já é costume, o artigo abaixo exagera. É a sociedade do espectáculo, nem mais: eles são sempre os melhores, de longe e sem mácula; nunca tiveram dificudades, dúvidas acerca do que queriam, desde pequenos que são invejáveis e a sua história resume-se a uma sucessão de grandes feitos; eles são as estrelas e nós os espectadores. Treta, isso é tudo treta.
Mas como se trata do Kripke, a ala (supostamente) analítica do Departamento deixa aqui para vocês linkarem.
By CHARLES McGRATH
Published: January 28, 2006

Modernices

Steps Towards a Computational Metaphysics (video) (slides)

Ed Zalta e Branden Fitelson

The Metaphysics Research Lab
Center for the Study of Language and Information

sábado, janeiro 21, 2006

Simpsons vs. Futurama

Concordam que numa comparação Simpsons vs. Futurama, ganham os Simpsons? Não é que o Futurama seja mau. Antes pelo contrário: eu acho aquilo super bem feito. Contudo, é díficil as personagens do Futurama serem tão boas como as dos Simpsons. Parece-me que a vantagem dos Simpsons sobre o Futurama não está nas histórias, mas sim nas personagens. E mais uma vez, não é que as personagens do Futurama sejam más. Os Simpsons é que são imbatíveis. Já agora, conseguem dizer que há um episódio mau nos Simpsons? Eu diria que não conheço nenhum, mas mesmo que exista um ou outro, não deixa de ser incrível a quantidade de episódios bons. Enfim, já que abrimos a cabeça ao Homer, não fica mal fazer-lhe agora um elogio. É verdade, não ficaram surpreendidos por ele ter cérebro?

Cão

Cérebros num alguidar

quarta-feira, janeiro 18, 2006

No último parágrafo, da última página de "Truth and Other Enigmas", lê-se:


Just because the scandal caused by philosophy's lack of a sistematic methodology has persisted for so long, it has been a constant preocupation of philosophers do remedy that lack, and a repeated illusion that they had succeeded in doing so. Husserl believed passionately that he at last held the key which would unlock every philosophical door; the disciples of Kant ascribed to him the achievement of devising a correct philosophical methodology; Spinoza believed that he was doing for philosophy what Euclid had done for geometry; and before him, Descartes supposed that he had uncovered the one and only proper philosophical method. I have mentioned only a few of many examples of this illusion; for any outsider to philosophy, by far the safest bet would be that I was suffering from a similar illusion in making the same claim for Frege. To this I can offer only the banal reply which any prophet has to make to any sceptic: time will tell.
Michael Dummett

sábado, janeiro 14, 2006

Jerusalém

"O próximo século será o da seriedade ou então perderemos tudo o que conquistámos, pensava Theodor. Se continuarmos a gastar a nossa energia criativa em divertimentos inúteis, em prostitutas e anedotas fáceis, em breve surgirá uma outra espécie animal, mais circunspecta e inapta para o bom humor, que tomará conta, em pouco tempo, das nossas instituições principais. A tendência para contar anedotas pode fazer cair uma cidade, pensava Theodor com alguma ironia - uma espécie animal que se afaste do divertimento e do prazer terá grandes vantagens biológicas em relação aos seres humanos; e Theodor não deixava de olhar para o seu caso: médico importante, investigador muito admirado há três ou quatro anos atrás, que, naquele preciso momento, três e pouco da manhã, numa rua da cidade, caminha para o centro, absolutamente excitado, sem conseguir desligar-se da fotografia que há pouco vira, da mulher deitada na cama, com sangue no nariz e as pernas ostensivamente abertas, exibindo a vagina rodeada de pelos púbicos; avançando, pois, estava Theodor Busbeck, a passo firme, dirigindo-se para a absoluta inutilidade, para o absoluto tempo perdido, num tempo de excitação, sim, de pura excitação, de divertimento e portanto de eficácia negativa, em suma: tempo de não-humanidade, tempo onde não se constroi. Se fôssemos só isto, o que eu sou neste momento, a caminhar apressadamente com o pénis duro, desejando encontrar rapidamente uma mulher, se fôssemos só isto seríamos agora os cães dos nossos cães."
Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares

sábado, janeiro 07, 2006

Mais algumas palavras sábias sobre o assunto

…Whether or not it would be nice to knock disagreeing philosophers down by sheer force of argument, it cannot be done. (It would be nice, of course. Robert Nozick has drawn attention to our strange way of talking about philosophical argument as if its goal were to subjugate the minds of our esteemed colleagues and to escape their efforts to do likewise unto us). Philosophical theories are never refuted conclusively. (Or hardly ever. Gödel and Gettier may have done it.) The theory survives its refutation – at a price. Argle has said what we accomplish in philosophical argument: we measure the price. Perhaps that is something we can settle more or less conclusively. But when all is said and done, and all the tricky arguments and distinctions and counterexamples have been discovered, presumably we will still face the question which prices are worth paying, which theories are on balance credible, which are the unacceptably counterintuitive consequences and which are the acceptably counterintuitive ones. On this question we may still differ. And if all is indeed said and done, there will be no hope of discovering still further arguments to settle our differences.

Once the menu of well-worked-out theories is before us, philosophy is a matter of opinion. Is that to say that there is no truth to be had? Or that the truth is of our own making, and different ones of us can make it differently? Not at all! If you say flatly that there is no god, and I say that there are countless gods but none of them are worldmates, then it may be that neither of us is making any mistake of method. We may each be bringing our opinions to equilibrium in the most careful possible way, taking account of all the arguments, distinctions, and counterexamples. But one of us, at least, is making a mistake of fact. Which one is wrong depends on what there is.

David Lewis
Philosophical Papers, Volume I

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Até que ponto é o aborto um assunto referendável?

Para que é que serve uma comissão de bioética? Não é para emitir pareceres informados, baseados em algo mais do que a nossa opinião subjectiva? Não é com base nesse pareceres que a legislação deve ser formulada? Não é o aborto uma questão do foro da bioética? É o aborto um assunto que levamos a sério? Se levamos a sério, não será que queremos que a legislação sobre o aborto seja justa? Não são os membros de uma eventual comissão de bioética quem está mais bem preparado para opinar sobre o assunto? Para que é que serve estudar bioética, ou melhor, porque é que é importante a existência pessoas que se dedicam à bioética? E se devemos ler um livro que reúne os mais importantes artigos acerca da questão do aborto, então não seria simplesmente melhor (mais razoável) se as pessoas que opinam sobre o aborto fossem os membros de uma comissão de bioética (os quais são supostos terem lido e pensado nesses e numa quantidade considerável de outros artigos)? Estamos justificados a pensar que a nossa opinião acerca do aborto é tão bem fundamentada como a de um membro de uma comissão de bioética?
Cão

quinta-feira, janeiro 05, 2006

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Já agora, convem acrescentar que

Hilary Putnam: The dangerous aspect of Postmodernism is the sometimes explicit contempt for the idea of justified belief (what Dewey called "warranted assertibility"). Since I said some critical words about analytic philosophy in my answer to a previous question, let me say that the good side of analytic philosophy its consistent criticism of Postmodernism.